janeiro 19, 2014

ARENA DAS DUNAS: ISSO TUDO É PRA VOCÊ

ARENA DAS DUNAS
Com capacidade para 42 mil pessoas durante a Copa e
aproximadamente  32 mil após o torneio da FIFA,
a arena multiuso foi projetada  para receber
convenções, exposições e espetáculos
 nacionais e internacionais
Foto: Vlademir Alexandre

ARENA LANÇA PEÇA PUBLICITÁRIA

Via
TRIBUNA DO NORTE

Estreou neste fim de semana a campanha publicitária de lançamento da Arena das Dunas. Criada pela Criola, agência que também desenvolveu a logomarca do estádio, a campanha tem conceito "Arena das Dunas. Isso tudo é para você" e visa tocar o público de forma verdadeira e emocional. Os filmes para TV apresentam pessoas, de diferentes idades e classes sociais, sendo levadas para conhecer a Arena, em primeira mão. De forma intimista  e delicada, ver-se os seus olhares, gestos e sorrisos de satisfação por estarem ali, vivendo aquele momento histórico para todos os potiguares.

Todas as pessoas envolvidas foram convidadas a participar da campanha de forma espontânea. São donas de casa, barraqueiros, estudantes, arquitetos, enfim, pessoas que fazem parte do grande público que assiste a partidas de futebol no Brasil, seja nos estádios ou na televisão.

A campanha envolve diversas mídias e é composta por filmes de 1 minuto, outro de 30 segundos e teasers, além de anúncios para revistas e jornais, peças para imobiliário urbano e ações de internet. A produção dos filmes leva a assinatura da Mangue Filmes.

CRIOLA PROPAGANDA
Renato Quaresma, Giordano Queiroz, Gabriela Alves, Vinícius Cavalcanti
Agência  também desenvolveu a logomarca do estádio
 e  comemora resultado do trabalho.
Fotografia: Divulgação

O filme tem caráter documental. Foram usadas seis câmeras para registrar os vários flagrantes que a equipe de criação, conduzida por Renato Quaresma e Vinícius Cavalcanti, queria. "Tem um detalhe: nenhuma das pessoas que aparecem no filme havia entrado anteriormente no Arena das Dunas", adianta Renato. Ele lembra que a primeira impressão de quem entra no Arena é de surpresa e encantamento.

O filme de 30 segundos é um convite para a rodada dupla de inauguração oficial do estádio e os locais de venda dos ingressos para ABC e Alecrim, na preliminar de América e Confiança. As vendas começam no dia 18 no site da Arena.

Arena das Dunas | Isso tudo é pra você. from Criola Propaganda on Vimeo.
ARENA DAS DUNAS: TUDO ISSO É PRA VOCÊ
CRIOLA PROPAGANDA & MANGUE FILMES

Ao contrário do que se possa imaginar, a campanha não é uma resposta aos críticos da construção de um estádio de futebol de primeiro mundo em Natal, muito menos ao movimento de junho, quando milhares de pessoas saíram às ruas exigindo a revogação do aumento das passagens de ônibus e melhoria na qualidade dos serviços de educação e saúde, cujos manifestantes exigiam "padrão Fifa" nas escolas e nos hospitais públicos. A estratégia de divulgação vem de muito tempo atrás, quando o estádio sequer estava em construção.

Ao contrário do Machadão, aberto ao público apenas em dias de jogos, o Arena vai funcionar todos os dias da semana. "Temos espaço para restaurantes, academias de ginástica e muitos outros equipamentos de serviço ", lembra Renato. O Arena também tem capacidade para megaeventos em outras áreas, como música. "É um novo conceito que está chegando em Natal", diz ele.

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janeiro 18, 2014

SUELDO SOARESS: COM DOIS "ESSES", SIM

SUELDO SOARESS
"VOU POR AÍ EM CANTOS"
Cantor e compositor potiguar lança single A Poderosa e
 delineia repertório para o quarto disco da carreira
Fotografia: paulo guerra

SUELDO SOARESS NO BALANÇO DA PODEROSA

Por
Yuno Silva
TRIBUNA DO NORTE

Nada de show das poderosas do funk, no Rio Grande do Norte o poder vem da combinação afro-pop-rock-reggae-samba-soul do cantor e compositor Sueldo Soaress. Forte candidata a hit do verão, obviamente dentro dos limites do investimento em marketing, “A Poderosa” de Sueldo tem balanço, suingue, personalidade e uma letra fácil de assobiar que cola como chiclete na mente do ouvinte logo na primeira audição. A bordo de arranjos compartilhados com produtor musical e guitarrista Jubileu Filho (Perfume de Gardênia), a faixa circula há exatos oito dias na internet e coloca tempero extra no repertório do artista.

Investindo em uma pegada comparável ao trabalho de Seu Jorge, sob “as luzes do farol de Gilberto Gil e Jorge Benjor”, Sueldo Soaress, 52, começa a delinear o conteúdo de seu quarto álbum “Vou por aí em cantos”. Com 30 anos de carreira, o músico natalense garante que já está “tudo montado e gravado, só aguardando o momento certo e a hora exata de ser lançado”.

Conhecido no circuito noturno da cidade, Sueldo concedeu entrevista exclusiva ao VIVER por e-mail, pois, no momento, atua sob sua ‘identidade secreta’ de petroleiro embarcado. “Impossível dizer que a música é minha segunda profissão, não consigo fazer essa distinção. Para mim a música é labuta e festa ao mesmo tempo” [rs], esclarece.

Soaress, assim mesmo com dois ‘esses’, incorporado por numerologia, disse que “A Poderosa” foi criada com intenções mais caliente que a média: “Queria uma canção encorpada, de chegada, aquela que quando você escuta de primeira já sente vontade de dançar”. Ele não nega que a música “corresponde a parte mais popular” do novo disco e confessa que a “embalagem rítmica” é peça chave do trabalho. “O novo CD está bem rico desse recurso rítmico. As pessoas encontrarão poesia, emoção e muito suingue”.

“Vou por aí em cantos” traz arranjos de Jubileu Filho e participação dos músicos Ricardo Baya (violão e guitarra), Darlan Marley, Juka Lima e Rogério Pitomba (bateristas), Antônio de Pádua (trompete, pandeiro e violão), Erick Firmino e Ismael Miranda (baixistas) e Diego Brazil (guitarra e violão).

COMPARAÇÃO NATURAL

Mas, afinal, quem é a poderosa da música? “Nessas tocadas noturnas pelos bares e lugares da vida [rs], percebia que no meio da plateia sempre entrava uma mulher com um algo a mais, todos os homens e mulheres percebiam a presença dela. A poderosa é muito isso!” Não está muito longe da poderosa cantada pela funkeira Anitta (Solta o som, que é pra me ver dançando / Até você vai ficar babando // Para o baile pra me ver dançando / Chama atenção à toa // Perde a linha, fica louca).

“Minha poderosa foi muito em cima do algo a mais que percebo nas mulheres! Ela não força nada, enlouquece as pessoas só pelo fato de existir, não se vale de artifícios para nada. É desse tipo de poderosa que a canção fala”, explicou Sueldo ao ser questionado sobre a comparação natural com o mega sucesso nacional. “Na verdade, essa questão do poder é algo bastante delicado para se tratar. Prefiro dizer que a ‘satisfação’ com alguém ou com algo vem a ser mais leve, saudável e duradouro para se deixar sentir. Ter o poder sobre alguém pode ser perigoso para ambas as partes”, filosofa.

“Mirava essa ‘poderosa’ há muito tempo [rs], queria eternizá-la em letra e melodia: o Roberto Carlos conseguiu retratá-la em ‘Furdúncio’, Seu Jorge a chamou de ‘Burguesinha’, eu, carinhosamente, a intitulo de ‘A poderosa’”.

SATISFAÇÃO

Sueldo Soaress estreou em 1982 com o show Tinta Viva, ao lado do amigo e parceiro Pedro Mendes, no palco do Teatro Alberto Maranhão. Juntos assinam “Raça”, única parceria da dupla, que rendeu o primeiro lugar no II Festival de Música e Poesia da UFRN em 1985.

“Tudo o que aconteceu até agora foi exatamente com a velocidade que eu solicitei ao tempo. Todo esses anos  de estrada proporcionam o conforto de me deliciar com a minha arte sem dor alguma, sem exigência nenhuma. A cada dia sinto que a todo momento tenho o prazer de querer saber do novo, saber das possibilidades de me reinventar em tudo que possa contribuir para esse meu grande prazer que é a música!”, destaca.

Para o artista, música é “satisfação” e faz com que mantenha a “parabólica sempre apontada para o que me faz bem”.  Sueldo não segue uma regra básica para compor e diz que a solução para acabar com a “agonia” de uma inspiração que “chega sem respeitar hora, lugar ou situação é simples: lápis, papel e violão”.

Os planos para 2014, além do lançamento de “Vou por aí em cantos”, também incluem um trabalho acústico voz e violão que ele pretende registrar em áudio e vídeo e uma pequena turnê fora do país no segundo semestre.

Vale lembrar que, em 1993, Sueldo Soaress chegou a dar um giro musical fazendo shows na França, Espanha, Alemanha e Marrocos. Levou na bagagem o violão e um repertório com suas belíssimas canções. Essas andanças renderam convite para tocar nos Estados Unidos: participou da celebração do “Dia da Independência” na Union Square e no Coconut Grove Super Club, ambos em São Francisco, Califórnia; e em 1996 retorna aos EUA para participar da turnê de Jorge Benjor.

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janeiro 16, 2014

UM POTIGUAR TOCANDO PELA EUROPA

DANIEL LIMA
UM POTIGUAR TOCANDO PELA EUROPA
Filho de cantores, o baterista potiguar convive
com a música desde que nasceu
Fotografia: Vlademir Alexandre

DE BAQUETAS PELO MUNDO

Por
Yuno Silva
TRIBUNA DO NORTE

De estirpe musical, o baterista natalense Daniel Lima aproveita a temporada de verão no hemisfério Sul para visitar a família, rever os amigos e fugir do frio europeu. Aos 31 anos, 15 dos quais morando no exterior, o músico começa a planejar seu retorno gradativo à esquina do Brasil sem fechar portas para trabalhos internacionais nem desfazer contatos. E olha que não falta nem um nem outro: no mês de julho ele sobe pela quarta vez consecutiva no palco do lendário Festival de Montreaux, além de ter agendada turnê por Israel ao lado de uma cantora de Nova Iorque e do brasileiro Jovino Neto, pianista da banda de Hermeto Pascoal.

É o baterista oficial de Armandinho Macedo na Europa, e de outros baianos “que são os que mais vão pra lá”, informou. Daniel acredita que os músicos brasileiros chamam atenção em qualquer lugar do mundo pela versatilidade, “uma coisa normal aqui. Lá é raro, a pessoa é baixista de jazz, baterista de rock; aqui não tem isso, você é músico e toca qualquer coisa – até para sobreviver. Também temos a parte autodidata, lá eles estudam, só tocam lendo. Eu fui um que cheguei tocando sem saber ler partitura, hoje desenrolo”.

Na Suíça, onde mora atualmente, trabalha na loja de instrumentos e estúdio do marroquino Nabil (Music Store), lugar que recebe visita de gente graúda como Phil Coolins, os irmãos Gibb do Bee Gees, Lenny Kravitz, B. B. King e músicos que tocam com Sting e o guitarrista Carlos Santana. Nos planos para um futuro breve, pretende acionar todos esses contatos para levar “o máximo de gente daqui do RN pra Europa, se a agente não valorizar o que é nosso estamos perdidos. A galera aqui está tocando muito, vão deixar a turma lá de bobeira”, garante.

Como músico não tira férias, de acordo com o próprio Daniel, o filho da cantora Raquel, enteado do baterista Jorge Lima e primo do produtor musical Gabriel Souto aproveita o Sol e o calor no RN fazendo o que mais gosta: tocar. Ele acaba de ser confirmado como o quarto homem da banda DuSouto, após participações em shows este fim de semana, e já trabalha com Marcelo Tinôco e o primo Gabriel na formatação de um novo projeto de frevo (ainda sem nome). “Paulo (Souto) brincou e disse que agora o cachê tem que aumentar pra dividir por quatro”.

Disse ter prazer tocando todos os estilos, mas que acompanhar batidas eletrônicas são o grande desafio para qualquer baterista. Em Natal, já fez parte do grupo Ribeirinha de Pau e Corda, foi da banda de Sueldo Soares, Valéria Oliveira. “Toquei com praticamente todas as cantoras da noite, só Khrystal que não tive o prazer de acompanhar... ainda!”, informa.

Daniel Lima começou tocando guitarra como aluno de Manoca Barreto, e quando se mudou para Israel com a mãe cantora tentou continuar com as aulas. “Mas a casa do professor era do outro lado da cidade, eu tinha uns onze anos, e dormia ao lado de uma bateria. Como tinha instrumento e um baterista (Jorge Lima) dentro de casa, comecei a fazer batucada. Com doze anos fiz minha estreia profissional em Jerusalém”, contou o músico, que foi praticamente alfabetizado em hebraico e nesses 15 anos acumulou fluência em seis idiomas (incluindo o português).

NA CONFIANÇA

“A família incentivou, ao não me proibir de tocar”, brinca, “e como vivia rodeado de músicos nunca tive aula, apenas falavam: ‘presta atenção e toca’”. E nesse de ir tocando, Daniel já se apresentou na França, Itália, Israel, Alemanha, Eslovênia, República Tcheca e Croácia. Participa de uma banda marroquina na Suíça, outra de Cabo Verde na Noruega e de jazz na Áustria.

“Na Europa”, disse, “quando uma pessoa faz um trabalho legal entra no circuito e chove convites. Trabalham muito na confiança. Não é um negócio fechado, pegam um músico de cada canto, escolhem a dedo e vão montando uma banda. Nisso quase toquei com Gal Costa em Montreaux, não rolou por que estava com compromisso na Itália”.

Inquieto, bem dizer um workaholic da música, entre um trabalho e outro, Daniel Lima montou com a ex-esposa austríaca um estúdio de tatuagem. “Quando morava em Graz, na Áustria, uma cidade de estudantes e aposentados, estava cansado de todos os meus trabalhos serem fora. Então fizemos um curso de tatuagem e montamos o estúdio”, disse o natalense, que deixou “tudo pra ela (a ex)”. Para completar o pacote de versatilidade, se juntou com um cineasta e produtores na Áustria e passou a gravar vídeo clipes de bandas. “Nessa época fazia de tudo: fui dublê de baixista, câmera, produtor, figurinista. Fizemos até chover sangue para banda de heavy metal”.

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janeiro 14, 2014

MOACY CIRNE: UM HOMEM MÚLTIPLO

MOACY CIRNE
Escritor, professor, pesquisador e tricolor de coração
Considerado o maior estudioso brasileiro das histórias em quadrinhos
Moacy Cirne detinha um olhar circular e atento,
que poucos possuíam neste país.
Fotografia: João Maria Alves

UM HOMEM MÚLTIPLO

Por

Yuno Silva
repórter
 Cinthia Lopes
editora
TRIBUNA DO NORTE

Moacy Cirne era como uma ponte: uma ponte de mão dupla entre texto e imagem, passado e presente; elo de ligação entre o modernismo, a vanguarda e a tal contemporaneidade. Ou ainda um atalho entre o Seridó, Natal, Rio de Janeiro e o resto do planeta. Crítico, ensaísta e poeta. Passional e radical, teórico e antiacadêmico, Cirne transitava com desenvoltura pelos campos do cinema, das artes visuais e dos quadrinhos. Pioneiro no estudo da arte sequencial no Brasil, membro da primeira turma do Cineclube Tirol e fundador do movimento Poema/Processo, foi seridoense incurável de corpo e alma que não se cansava em citar, comentar e relembrar detalhes sobre suas primeiras descobertas lá para as bandas de Caicó. 

Na verdade, por maior que seja o esforço, irão faltar palavras e adjetivos para alcançar a dimensão de sua personalidade inquieta e universal: Moacy Cirne encantou-se este sábado (11), por volta das 13h, quando sofreu uma parada cardíaca após procedimentos cirúrgicos no fígado. Sua saúde andava abalada, tratava de uma cirrose hepática provocada por resquícios de uma Hepatite tipo C de tempos atrás, agravada pelo surgimento de tumores no órgão. Seu corpo foi sepultado no domingo (12), em Caicó, conforme seu pedido.

A viúva Fátima Arruda, que esteve os últimos 19 anos ao lado do poeta, informou que Moacy fez cirurgia na quarta, teve a parada cardíaca na sexta e faleceu no sábado. “Por enquanto vamos acompanhar as homenagens, depois pensamos em publicar algum material inédito”, disse Fátima, adiantando que Cirne vinha pesquisando várias versões de traduções do Velho Testamento da Bíblia. “Ele estava na angústia de concluir essa pesquisa”, destacou. E confessa quando questionada sobre os amores nutridos pelo poeta: “Seu amor pelo Fluminense era intangível, não dava pra competir!”. Cirne deixa duas filhas, Ana Morena, 27, e Isadora, 23, do primeiro casamento, que moram no RJ.

HQ, CINEMA E POEMA/PROCESSO

Autor de quase três dezenas de livros, Cirne carimbou seu nome para a posteridade logo na estreia com “Bum! A explosão criativa dos quadrinhos” (Editora Vozes), de 1970, obra definitiva para quem pretende ter uma visão crítica e fundamentada sobre o assunto. E vieram outros, pelo menos mais uns oito livros orbitando em torno das HQs, sedimentando o trabalho de Moacy como a principal pesquisa sobre a área.

“Eu era conhecido como ‘o menino do gibi’. Toda quinta-feira, ‘seu’ Benedito vendia na calçada de sua casa as revistas em quadrinhos que comprava em Recife. Ele tinha um caminhão e trazia as coisas para vender em Caicó, inclusive os gibis. Às vezes só chegava na sexta de manhã. Eu ficava lá, de plantão, esperando. Comecei a comprar essas revistas aos sete ou oito anos”, declarou o poeta/processo em entrevista concedida ao jornalista potiguar (radicado em Brasília) Roberto Homem, para o blog Superpauta, no início do mês de dezembro do ano passado.

Sobre o Poema/Processo, Moacy Cirne lembrou na mêsma entrevista que no final da década de 1960 “para aparecer no meio intelectual da cidade, era comum ser apadrinhado por Câmara Cascudo. Nós não tínhamos nada contra Cascudo, apenas nos propusemos a fazer outra coisa”.

VANGUARDA

“Em 1968 houve um debate cultural por aqui, no Sesc, que considero a chegada das vanguardas a Natal. Moacy Cirne estava lá, com Dailor Varela, representando o Poema/Processo”, lembra o jornalista Vicente Serejo. “Era como se fosse a retomada do modernismo, mas na vanguarda, como uma tomada de posição”, conceitua. Serejo conta que Cirne era “metódico, grande leitor e o mais culto dessa turma toda”, e que quando se muda para o Rio de Janeiro passa a alimentar o movimento local com novas ideias.

“Da minha geração, ele foi fundamental. Provavelmente o mais importante. Sempre trazia uma carga de conhecimento do Rio cheia de novidades. Moacy se insere entre os criadores e inventores de novas linguagens, tinha uma visão muito ampla do mundo”, disse o artista visual e poeta/processo Falves Silva, 70, parceiro de Cirne. “Assinei seis ou sete capas de livros dele”.

“Dizer que ele foi o guru, o cabeção do Poema/Processo, é chover no molhado”, garante Abimael Silva, do Sebo Vermelho.

Para o jornalista e crítico literário Nelson Patriota, Moacy Cirne “permaneceu um rebelde, queria sempre inovar. Admiro muito essa faceta inquieta dele, que não se dava por satisfeito com nada e tinha certeza que a arte tinha sempre mais a oferecer”.

BASES TEÓRICAS E HQ

Para Dácio Galvão, poeta, ensaísta, presidente da Fundação Capitania das Artes e amigo pessoal de Moacy, “foi ele que inaugurou o conceito teórico de literatura aqui no RN com base em argumentos científicos. Moacy deixa a subjetividade de lado e provoca um olhar diferenciado, inclusive na área de quadrinhos, quando passa a analisar não apenas o textual mas também as imagens.

Galvão acredita que boa parte da literatura do seridoense é fundamental, como o livro “Vanguarda: um projeto semiológico”. “O livro revela não só a base do Poema/Processo, como revisita Jorge Fernandes. Ele deixa um legado que não admite concessões”.

“Era meu melhor amigo, meu irmão mais velho, meu pai literário. Nosso consolo é sua obra, referência pra qualquer pessoa em qualquer lugar do país”, garante o sebista e editor Abimael Silva, do Sebo Vermelho, responsável pelo lançamento de doze livros de Moacy Cirne.

BÍBLIA

Abimael Silva contou que Moacy Cirne deixou um estudo inédito chamado “Penúltimas leituras seridoenses”, mas que antes de qualquer movimento irá consultar a família. “Sei que ele também trabalhava em uma releitura do Velho Testamento da Bíblia. Vinha pesquisando isso há mais de dez anos”, revela. De fato, da última vez que Dácio esteve na casa de Cirne, o poeta estava envolvido com oito traduções diferentes da Bíblia. “Ele vinha comparando traduções da Bíblia, acredito que para uma futura publicação”, reforçou Nelson Patriota.

DICOTOMIA

“Fomos parceiros, tínhamos em comum a identificação e as  diferenças de ideias. Entre convergências e divergências tivemos uma amizade muito intensa”, disse o jornalista e poeta Jarbas Martins, que conheceu Moacy logo que veio de Caicó morar em Natal. “Ele tinha uns 17 anos, falávamos sobre tudo, cinema,  política, era uma pessoa passional e radical em tudo o que fazia, contrário a toda e qualquer forma de regras burguesas.

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www.tribunadonorte.com.br


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janeiro 13, 2014

POTIGUARES NA SELEÇÃO BRASILEIRA

MARINHO CHAGAS
ÚNICO POTIGUAR QUE DISPUTOU UMA COPA DO MUNDO
UM DOS GRANDES LATERAIS-ESQUERDOS DO FUTEBOL BRASILEIRO
HOJE, MARINHO VIVE EM NATAL, CIDADE ONDE NASCEU
Fotografia: Dibulgação

POTIGUARES NA SELEÇÃO BRASILEIRA

Por

Everaldo Lopes
repórter e colunista
TRIBUNA DO NORTE

Do carioca Nilo Murtinho Braga em 1923 a Souza em 1997, contando ainda com as presenças dos mossoroenses Dequinha e Nonato, de Lula e Souza foi o período em que o futebol do Rio Grande do Norte deu a sua pequena porém importante colaboração à história da Seleção Brasileira. Desse pequeno grupo de seis jogadores, apenas um – Marinho Chagas participou de uma Copa do Mundo – a de 1974,  mas que ficou distante do título máximo. Apesar do bom desempenho da equipe brasileira, o melhor resultado foi a vitória sobre a Argentina. Não foi uma presença brilhante dos comandados de Zagallo, sendo eliminada pela Holanda. O louro Marinho, ainda sem muita experiência e parecendo algo perdido no gramado, assim mesmo recebeu elogios, e até para alguns, um destaque, tendo como nota lamentável as agressões mútuas entre Marinho e o goleiro Emerson Leão. Este, justificou o desentendimento, alegando que precisou gritar várias vezes para que o colega não avançasse muito, com isso dando folga aos ataques holandeses pela direita, com Johan Rep.

PELADEIRO

O natalense Marinho Chagas foi peladeiro no espaço próximo ao rio Potengi, denominado Salgadeira, devido a aproximação do Curtume São Francisco, da família João Motta. ele morando na rua Benjamin Constant, no Alecrim. Seus irmãos João, Clodoaldo e “Bomba” também se dedicaram ao futebol, porém muito longe do brilho do irmão Marinho Chagas (Francisco das Chagas Marinho).  atuou 36 partidas pela Seleção Brasileira, com 24 vitórias, nove empates e apenas três derrotas, assinalando quatro gols.  Foi campeão da Copa Rio Branco e Copa Roca (extintas), Taça do Atlântico e do Torneio Bicentenário dos EE.UU. em 1976. O detalhe: o natalense Marinho nunca perdeu para a Argentina, nem amistoso, nem jogo oficial. Uma das formações do Brasil contra os argentinos foi esta: Leão, Zé Maria, Luiz Pereira, Marinho Chagas e Marinho Peres, Carpeggiani, Valdomiro, Rivelino e Dirceu, Jairzinho e Paulo César “Caju”. Técnico, Zagallo. Esta, a equipe que derrotou os argentinos na Copa de 74, por 2x1.     

NILO MURTINHO

Nilo foi o primeiro jogador carioca a vestir a camisa do América de Natal, ainda um garotão filho de um militar oficial da Marinha do Brasil, que veio servir em Natal. Com apenas 20 anos integrou a Seleção Brasileira em jogos contra seleções do Paraguai, Argentina, Uruguai, o clube New Old Boys/Arg, Rampla Júniors/Arg, Ferenckvaros, da Hungria, seleções da Iugoslávia e França, num total de 37 jogos amistosos ou disputando troféus. Nilo foi jogador do Botafogo Futebol e Regatas, quando o futebol reunia quase que exclusivamente rapazes das melhores famílias do Rio e  São Paulo, alguns jogadores provenientes de famílias abastadas e também de estrangeiros. Foi o caso do famoso atacante Friendereich. 

NILO E O AMÉRICA

Ainda um garotão, defendeu o América de Natal, quando a cidade não tinha ainda um estádio, utilizando os espaços da praça André de Albuquerque e o terreno onde tempos depoiis foi construído o Juvenal Lamartine. Ele integrou a equipe rubra que se sagrou campeão da Taça Independência do Brasil, dia 7 de setembro de 1922, Nilo Murtinho Braga com 19 anos, sendo esta  a equipe vitoriosa: Cazuza, Canela, José Gomes, Américo e Oscar, Chiquinho e Benfica, Nilo, Aguinaldo Tinoco, Arari e João Ricardo.  Nilo passou pouco tempo em Natal, por motivo do seu pai ter que retornar ao Rio. Lá chegando, defendeu o Botafogo de Futebol e Regatas, foi artilheiro do campeonato carioca, tendo falecido em 1975, com 72 anos. Não foi possível obter a in formação se Nilo integrou ainda por algum tempo  o time do Botafogo. Naquele tempo, o futebol era amador, o jogador tinha que parar pelo fato de nada receber do clube que defendia.

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www.cbf.com.br
www.pt.fifa.com

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janeiro 06, 2014

SOLTOS NA BABILÔNIA

DuSouto
A Banda começa o ano lançando novo EP, 
De volta para a Babilônia, base para o quarto disco
 da carreira do trio que mistura um caminhão 
de ritmos, da música regional 
às bases eletrônicas

Foto: Divulgação

SOLTOS NA BABILÔNIA

Por
Yuno Silva
TRIBUNA DO NORTE

Cabe de tudo na sacola do trio DuSouto: dub, reggae, Planet Hemp, afrobeat, drum’n’bass, Bob Marley, Eddie, música regional, Ponta Negra, Karnak, sandálias havaianas, old par, ragga, samba... A lista é grande e ainda inclui Bezerra da Silva, hip hop, jungle, Nação Zumbi, Academia da Berlinda, pop, funk, rock e, claro, muita ‘cretinagem’ e tiração de onda. Ou melhor, muita ‘gréação’. Apostando no balanço sincopado, letras fáceis e ‘trocadalhos do carilho’, Paulo Souto (baixo e voz), Gabriel Souto (bases, efeitos, voz e cavaquinho) e Gustavo Lamartine (guitarra e voz) já testam nos shows músicas que farão parte do novo disco – o quarto da carreira.

Para começar bem o ano eles estão com tudo engatilhado para lançar o EP “De volta pra Babilônia” (Independente). A data e o local do lançamento ainda não foram definidos, mas deve acontecer nas próximas semanas (ou não!). Mas se você não aguenta mais esperar ou foi mordido pelo bichinho da curiosidade, ouça em primeira mão, na versão online do VIVER, o que vem por aí.

“Estamos nos preparativos finais”, garantiu Gustavo Lamartine sobre o lançamento. “E se ligue que o negócio vem quente. As músicas estão prontas e vamos liberar uma delas com exclusividade pra vocês aí da Tribuna. Depois redes sociais e no site (dusouto.com.br) pra galera baixar geral, como sempre fazemos”, disse Gabriel Souto. As novas faixas foram gravadas durante o ano de 2013 e “fazem parte da mesma safra”, destacou Lamartine. “Gastamos um tempinho lapidando as faixas; curtindo mixar e tals. Mas elas estão prontas desde novembro. Decidimos lançar o EP enquanto ele é novinho, pois fazer um disco completo é um processo demorado e às vezes as musicas se perdem no caminho”, emendou Gabriel.

É certo que a banda potiguar não é unanimidade, mas figura entre as queridinhas do público local e coleciona uma legião de fãs fervorosos que sabem de cor  todas as letras.  Justamente para aplacar a ansiedade dessa turma que o trio apresenta as inéditas “De volta para a Babilônia”, “Preta minha treta” e “Babilônia nunca mais” com masterização luxuosa aos cuidados do produtor musical pernambucano Buguinha Dub, nome conhecido no circuito por trabalhos com Mundo Livre S/A, Nação Zumbi, Racionais MCs, Instituto e Cordel do Fogo Encantado.

Mesmo nesses tempos de download gratuito e pirataria, Gustavo Lamartine afirma que lançar discos é como um ritual, “um cartão de visitas, um souvenir que às vezes serve até pra gente dar alguns autógrafos”, diverte-se. “Algumas pessoas querem o CD de todo jeito pra guardar o material gráfico”, verifica o guitarrista e vocalista. Gabriel reforça: “Não se fica rico com CD, mas o pessoal sempre pede depois dos shows, principalmente quando nos apresentamos fora do nosso circuito”. Vale frisar que quem baixa de graça pela internet tem a opção de fazer doações voluntárias. “É com essa grana que investimos em estúdio, equipamento, masterização”, lembra o homem das bases eletrônicas.

EXPERIMENTALISMOS

A pegada do novo trabalho segue a linha que o trio imprimiu no segundo álbum, “Malokero High Society”, de 2009. A música título do EP é um drum’n’bass e, segundo Gustavo Lamartine, “chega a ser prima irmã de ‘Outro dia’. Porém em ‘Babilônia nunca mais’ flertamos com um dubstep viajante (variação eletrônica criada no início dos 2000 na Inglaterra), um lance inédito pra gente; e ‘Preta minha treta’ nem se fala, só Gabriel pra explicar aquela batida. Ainda estou apanhando pra tocar essa [rs]”.

Para Gabriel o novo trabalho lembra o processo criativo do primeiro disco, “DuSouto” (2005) e algumas coisas do Malokero como a inserção de instrumentos ‘exóticos’ como a sanfona. “Temos uma paquera com o dubstep, um casamento com o drum’n’bass e um caso com o ‘samba de break’, e não de breque,  que é como chamo o ritmo de ‘Preta minha treta’, essa é a mais doidinha [rs]”.

Sempre bom refrescar a memória e lembrar que o terceiro disco “Cretino!”, de 2012, teve vídeo clipe selecionado entre os projetos de audiovisual contemplados pelo Movimento HotSpot – iniciativa nacional idealizada pelo produtor Paulo Borges, criador do SP Fashion Week, que visa destacar talentos espalhados pelo Brasil em onze áreas como fotografia, moda, música e design.

ALÉM-FRONTEIRAS

Apesar do êxito local e shows em estados vizinhos, Paulo Gustavo e Gabriel não tem mais idade pra sair “naquela velha batalha de se mandar pra ver se tem um lugar mágico, onde existe mais oportunidades. Esse lugar não existe, é tudo uma Babilônia só [rs]. Acho que uma das missões da banda foi criar mercado aqui”, avalia Lamartine. Já turnês no exterior deixa o trio mais animado pro risco: “Vontade não falta, e faz tempo, temos show pronto pra tocar em qualquer lugar do planeta”, afirma o guitarrista.

“Essa bola tá quicando faz tempo e estamos prontos pra ir e afim de dar um rolé. Não sei se esse ano de 2014 porque com essa Copa não tenho certeza se vai ser propício pra isso, passagens mais caras, sei lá o que vai acontecer, mas vamos estar atentos”, pondera Gabriel.

Ainda nos planos para 2014, além da participação garantida no evento Fifa Fun Fest durante a Copa do Mundo, a banda quer lançar o material gravado ao vivo na Casa da Ribeira durante show semi acústico realizado em março de 2012.

...fonte...
Yuno Silva
Colaboração
Cinthia Lopes
www.tribunadonorte.com.br

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