PASSO DA PÁTRIA - PORTO DE DESTINOS
Documentário longa-metragem que lança um olhar humano sobre o
cotidiano
da comunidade. Dirigido por Alex Régis e Paulo Jorge Dumaresq,
o
filme será lançado amanhã, dia 08, às 20h, no auditório
do IFRN Cidade Alta,
com acesso gratuito.
Fotografia: Alex Régis
"PASSO DA PÁTRIA - PORTO DE DESTINOS"
Via
REDAÇÃO - NOVO JORNAL
A comunidade do Passo
da Pátria se desenvolveu de forma improvisada e desordenada, espremida entre a
linha do trem e o rio Potengi, próximo aos bairros do Alecrim, Cidade Alta e
Ribeira, em decorrência da intensa movimentação comercial no local entre o
final do século 19 e início do século 20, quando foi o principal porto e porta
de entrada do comércio na capital do Rio Grande do Norte.
Este aspecto
histórico do lugar inspirou o título do filme “Passo da Pátria - Porto de
Destinos”, documentário longa-metragem que lança um olhar humano sobre o
cotidiano da comunidade. Dirigido por Alex Régis e Paulo Jorge Dumaresq, o
filme será lançado amanhã, dia 08, às 20h, no auditório do IFRN Cidade Alta,
com acesso gratuito.
Fotógrafo do jornal
Tribuna do Norte há mais de uma década, Alex Régis precisou entrar no Passo da
Pátria algumas vezes para fazer matéria. E os enfoques, quase sempre, eram
negativos, de histórias tristes, de crimes, de problemas. “Tinha ali o local
perfeito, com o cenário composto por barcos e a luz do pôr do sol refletida no
rio Potengi. Depois de fazer a foto, comecei a conversar com o pescador ‘Nino
do Peixe’. Ele falava do Passo com um orgulho, um brilho no olhar que me
despertou o interesse em pesquisar a história da comunidade”, diz o fotógrafo,
contando como surgiu a ideia do documentário.
Ele saiu de lá com a
foto que lhe daria o prêmio BNB de Jornalismo e com a visão menos
preconceituosa. “Eles sofrem discriminação. Quem passa ali na Avenida do Contorno
e olha pra comunidade, tem medo”, diz.
Com o tema definido
e, uma prévia ideia de que linha seguir, convidou o jornalista e dramaturgo
Paulo Jorge Dumaresq para escrever o roteiro e o ajudar na direção. Os dois já
haviam trabalhado juntos no curta de ficção "Incontinências” (2014). Entre
planejamento, pré-produção, produção, edição, finalização e mixagem de áudio, o
documentário levou um ano para ser feito — 100% com recursos próprios e a
colaboração de parceiros.
Os diretores primaram
por contar a história do Passo da Pátria, desde os primórdios até os dias
atuais, pela boca de seus moradores. “Creio que fomos fieis ao nosso intento”,
avalia Dumaresq.
A ideia inicial era
produzir um curta-metragem, mas, ao entrar no Passo, eles se depararam com a
riqueza humana da comunidade, a geografia peculiar do lugar e belezas naturais.
De modo que foram fortemente atraídos pelas possibilidades que o lugar
ofereceu. “Quando assistimos todas as entrevistas e as imagens capturadas,
chegamos à conclusão que o filme tinha virado um longa. Ele ficou com 70
minutos”, diz Alex Régis.
Os realizadores
optaram por uma fotografia limpa, com luz natural e sem muitos efeitos.
“Aproveitamos ao máximo as cores da comunidade. Cor é vida. E o Passo tem sua
dinâmica própria na colorida alegria de seus habitantes. Usamos ainda a cor
sépia para remeter ao passado”, fala Dumaresq.
O documentário é
quase todo construído a partir das memórias e narrativas dos moradores. Mas
Paulo Dumaresq e Alex Régis tiveram também a ideia de convidar um ator para
interpretar Luís da Câmara Cascudo e recitar seus escritos sobre os tempos
áureos do Passo. O escolhido para o papel foi o carioca Ruyter de Carvalho, com
experiência no teatro, no cinema e na TV, inclusive participações em novelas da
Globo, como o folhetim “Que Rei sou eu?”.
“Os textos foram
extraídos do livro História da Cidade do Natal. Mas não quisemos mimetizar o
ator de Câmara Cascudo. Apenas remeter ao folclorista e historiador. É
importante esclarecer isso”, ressalta Dumaresq.
A trilha teve a
direção musical de Adriano Azambuja. Destaque para a canção "Passo da
Pátria - Porto de Destinos" (de Antônio Ronaldo e Franklin Mário),
interpretada pela cantora Antoanet Madureira, e o rap "As margens",
do projeto Éris (Artur Faustino e Bruno Otávio). Participam ainda os músicos
Nicholas Guitarman, Dudu Campos, Isaac Ribeiro e Heudes Régis.
A equipe técnica
prati-camente foi a mesma de “Incontinências”, com a adição da editora e
montadora Suerda Morais, da CaSu Filmes, produtora parceira. A Peron Filmes
também apoiou com equipamentos. Colaboraram ainda Camilla Natasha e Davis
Josino (assistência de produção), Nilson Eloy (som direto e mixagem de áudio) e
Alysson Régis (platô).
O filme contou com o
apoio da Secretaria Municipal de Comunicação Social, Cinemateca Potiguar, IFRN,
Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo, Nalva Melo Café Salão, Bardallo’s Comida
& Arte, Associação para o Desenvolvimento de Iniciativas de Cidadania
(ADIC), CBTU e Estúdio Sonorus.
...fonte...
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