Por
Yuno Silva
Yuno Silva
Nada como bons contatos espalhados pelo mundo para abrir portas muitas vezes inimagináveis, que o diga Flávio Freitas - único artista plástico brasileiro convidado oficialmente para participar da décima edição do Festival Internacional de Percussão em Longueuil, cidade da região metropolitana de Montreal, capital da província de Quebec no Canadá. O traço personalizado de Freitas irá representar o Brasil ao lado do compositor e multiinstrumentista paulista Paulo Ramos e da cantora Bia Krieger, que divide-se entre Brasil, França e Canadá.
Além dos brasileiros, artistas de Cuba, Guadalupe (Ilha do Caribe) e Espanha também foram convidados pelo evento, que anualmente homenageia um país. "Como estão completando dez anos, resolveram escolher quatro países anteriormente homenageados pelo Festival", esclarece o artista.
"Fui indicado por um amigo de Currais Novos, Mocó (Rasmussen Ximenes), que trabalha com arte Naïf e que atualmente mora em São Francisco, na Califórnia (EUA). Ele conhece o pessoal que produz esse festival canadense e foi consultado para sugerir um nome", comemora Freitas, que considera o convite como uma forma de reconhecimento de sua dedicação às artes plásticas. "Quando decidi viver da própria arte sabia que não seria fácil, pensei até em ter um emprego 'normal' para ter aquele dinheiro certo no fim do mês. Se tivesse embarcado nessa de bater ponto, com certeza não teria recebido o convite", festeja o artista.
Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFRN, desde 1998 o carioca radicado em Natal dedica-se exclusivamente às artes plásticas, e seu ateliê está encravado no número 182 da avenida Duque de Caxias, Ribeira, parede com a Travessa Alexandre Garcia (Buraco da Catita). Ele embarca para o Canadá no próximo dia 14 de julho, com transporte, hospedagem e alimentação por conta do evento, onde permanece até o dia 23.
Durante o Festival, o ateliê da Ribeira ficará em clima de reforma, pois o irmão Cláudio Freitas está em vias de inaugurar um restaurante no andar de cima.
Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFRN, desde 1998 o carioca radicado em Natal dedica-se exclusivamente às artes plásticas, e seu ateliê está encravado no número 182 da avenida Duque de Caxias, Ribeira, parede com a Travessa Alexandre Garcia (Buraco da Catita). Ele embarca para o Canadá no próximo dia 14 de julho, com transporte, hospedagem e alimentação por conta do evento, onde permanece até o dia 23.
Durante o Festival, o ateliê da Ribeira ficará em clima de reforma, pois o irmão Cláudio Freitas está em vias de inaugurar um restaurante no andar de cima.
Flávio irá produzir duas telas ao vivo durante apresentações musicais, e uma terceira participação também está marcada - só que de forma coletiva, com os outros três artistas convidados. "Esses trabalhos ficarão com a curadoria do Festival, mas estarei levando trabalhos daqui para expor e vender por lá", disse o artista, já avisando que sabe que os pequenos trabalhos tem mais saída. Apesar do Festival oferecer as tintas e outros materiais, Freitas adianta que levará seus próprios pincéis para não ter erro na hora de produzir ao vivo.
Hoje aos 50 anos, dos quais 13 vivendo da própria arte, Flávio lembra que sempre desejou ser artista. Até os 21 anos estava dividido entre a música e as artes plásticas: "Toquei trompete na primeira fase da Orquestra Sinfônica do RN, ao mesmo tempo que cursava Arquitetura. Em 1982, um professor de música dos Estados Unidos fez um proposta de ir estudar em Boston (EUA) e, como tinha um tio da marinha mercante, embarquei em dezembro daquele ano como o único passageiro de um cargueiro que viajou 16 dias até Nova Iorque. Estava com 20 anos e fiz aniversário dentro do navio", recorda.
Segundo ele, sua desenvoltura para a música era mediana: "Percebi que estava em um nível do meio para baixo na música, enquanto nas artes plásticas era o contrário", disse. Freitas fez vários cursos de artes nas horas vagas, e percebeu que um diploma poderia ajudar bastante um estrangeiro em qualquer lugar do mundo. "Voltei pra Natal, conclui o curso e disse ao colegas que a última coisa que pensava era ser funcionário público e exercer a Arquitetura. Queimei a língua: um ano depois de formado fui convidado para ser arquiteto do governo em Fernando de Noronha. Tudo bem, pensei, estou indo para Noronha, farei esse 'sacrifício'", brinca.
Passou dez anos na ilha, montou loja e começou a trabalhar profissionalmente com artes plásticas. "Vendia trabalhos da minha irmã (Lídia Quaresma) e passei a estampar camisetas, criar bijuterias. Tinha de tudo na loja, de filme fotográfico à picolé".
Hoje seus trabalhos são facilmente identificados em camisetas, quadros e muros da cidade, em estampas de coleções de moda e outras bases. Suas pinceladas são nitidamente inspiradas em inscrições rupestres, e sua técnica é tão variada que se materializa como gravuras (xilogravura, seriggrafia e monotipia), aquarelas, nanquim e guache.
Hoje aos 50 anos, dos quais 13 vivendo da própria arte, Flávio lembra que sempre desejou ser artista. Até os 21 anos estava dividido entre a música e as artes plásticas: "Toquei trompete na primeira fase da Orquestra Sinfônica do RN, ao mesmo tempo que cursava Arquitetura. Em 1982, um professor de música dos Estados Unidos fez um proposta de ir estudar em Boston (EUA) e, como tinha um tio da marinha mercante, embarquei em dezembro daquele ano como o único passageiro de um cargueiro que viajou 16 dias até Nova Iorque. Estava com 20 anos e fiz aniversário dentro do navio", recorda.
Segundo ele, sua desenvoltura para a música era mediana: "Percebi que estava em um nível do meio para baixo na música, enquanto nas artes plásticas era o contrário", disse. Freitas fez vários cursos de artes nas horas vagas, e percebeu que um diploma poderia ajudar bastante um estrangeiro em qualquer lugar do mundo. "Voltei pra Natal, conclui o curso e disse ao colegas que a última coisa que pensava era ser funcionário público e exercer a Arquitetura. Queimei a língua: um ano depois de formado fui convidado para ser arquiteto do governo em Fernando de Noronha. Tudo bem, pensei, estou indo para Noronha, farei esse 'sacrifício'", brinca.
Passou dez anos na ilha, montou loja e começou a trabalhar profissionalmente com artes plásticas. "Vendia trabalhos da minha irmã (Lídia Quaresma) e passei a estampar camisetas, criar bijuterias. Tinha de tudo na loja, de filme fotográfico à picolé".
Hoje seus trabalhos são facilmente identificados em camisetas, quadros e muros da cidade, em estampas de coleções de moda e outras bases. Suas pinceladas são nitidamente inspiradas em inscrições rupestres, e sua técnica é tão variada que se materializa como gravuras (xilogravura, seriggrafia e monotipia), aquarelas, nanquim e guache.
PARCERIA COM "MOCÓ"
Natural de Currais Novos, Rasmussen Ximenes, 39, despertou para as artes plásticas ainda criança quando desenhava caricaturas dos amigos de escola. Inspirado por pintores expressionistas como Matisse e Picasso e pela arte Naïf, inclusive pelo trabalho dos potiguares Iaperi Araújo e Francisco Iran, Rasmussen assina suas obras como Mocó, ou Mocoh nos Estados Unidos, e vem ganhando espaço com suas telas que retratam o cotidiano típico das famílias norte-americanas, um estilo de vida extremamente consumista.
Embora muitos tentem classificar sua arte em um gênero específico, ele passeia com cores vibrantes e senso de humor por uma vertente que pode, perfeitamente, ser encarada como o lado pop da arte ingênua.
...serviço...
Festival Internacional de Percussão
Festival Internacional de Percussão
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Sou Professora e estou elaborando um Projeto sobre este grande artista Flávio Freitas, agradeço as informações postadas nesse blog.
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