TOMAS QUARESMA
Com formação de bailarino, cantor e ator, migrou do balé para os musicais
e, atualmente, encena ao lado de Cláudia Raia o espetáculo "Cabaret"
NA TRILHA DOS MUSICAIS
Com formação de bailarino, cantor e ator, migrou do balé para os musicais
e, atualmente, encena ao lado de Cláudia Raia o espetáculo "Cabaret"
NA TRILHA DOS MUSICAIS
Por
Yuno Silva
Em qualquer área de atuação profissional, as palavras talento, dedicação e versatilidade são constantes no dicionário daquelas pessoas que se destacam. Um bom exemplo do êxito dessa combinação é o bailarino, cantor e ator natalense Tomas Quaresma, que aos 24 anos colhe os frutos semeados ao longo de quase duas décadas. Há quatro anos longe de Natal, e passagem pelo Bolshoi, desde setembro, ele integra o elenco do musical "Cabaret", adaptado para o Brasil por Miguel Falabella e estrelado pela atriz Cláudia Raia.
Versátil, ele está habilitado para substituir todos os homens e mulheres nos números de dança e canto - por ter formação em canto lírico, Quaresma alcança vários tons. "Como o show não pode parar, tem sempre que ter alguém coringa no elenco, que saiba todas as coreografias e todas as músicas", explica o artista, que ganha mais por ser swing, denominação da função segundo a nomenclatura do teatro norte-americano.
Em Natal aproveitando o breve recesso de fim de ano, ele curte a brecha na temporada iniciada em outubro ao lado da família. Tomas Quaresma é filho da artista plástica Lídia Quaresma e sobrinho do artista plástico Flávio Freitas, ou seja, a arte corre nas veias.
Antes de enveredar definitivamente na carreira artística, Tomas chegou a cursar seis meses Comunicação Social na UFRN em 2006. "Na época do vestibular, comecei a pensar como ganharia dinheiro com arte em Natal, sair da cidade ainda era uma opção complicada na minha cabeça, deixar minha vida pra trás, sair da casa e do colo dos pais, de perto da minha família e de tudo que conhecia. Como não dava tempo pra me dedicar a dançar, tranquei o curso, sentia que teria que sair daqui do RN para continuar evoluindo. Sabia que o palco era meu lugar".
Atualmente morando no Rio de Janeiro com a irmã - a bailarina Flora Quaresma, que também estuda artes cênicas - e trabalhando em São Paulo, o natalense lembra que começou no teatro aos cinco anos e no balé clássico aos oito. "Sempre quis ser ator, falava que ia fazer faculdade no Rio e tal, e quando comecei a dançar fiquei 'viciado', só pensava nisso".
Estudou em várias lugares, mas considera a Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão (EDTAM) sua principal base de formação. "Foi onde mais evolui e tive oportunidades, a diretora Wanie Rose faz um trabalho incrível e vários de seus alunos já foram atuar no exterior", elogia Tomas, que desde pequeno fez todos os cursos ligado a teatro, dança e canto que aparecia pela frente. "O teatro me ajudou a ser um bailarino melhor, por que eu pensava no que estava dançando e isso sempre foi um diferencial", comemora.
O acúmulo dessa bagagem sedimentou seu talento nato, e ao passar na concorrida audição para ingressar na escola do Teatro Bolshoi em Joinville (SC), em 2007, onde os alunos têm aula de música, dança, circo e teatro, ouvia dos colegas: "caramba você já fez tudo, é bom em tudo, canta, dança e interpreta, tem que fazer musical! E aquilo foi despertando em mim atenção por trilhar o caminhos dos musicais".
Em 2009 muda-se para o Rio de Janeiro, onde percebe que o mundo da dança significava um esforço nem sempre bem remunerado. "Passei quase nove meses preso numa sala sem ver o sol, das 9h às 19h, de segunda a sábado, com professores dizendo que tudo estava ruim; um povo doido que só queria saber de emagrecer, girar mais piruetas. Tinha dia que sentia tanta dor que era difícil dormir, parecia que tinha apanhado - bailarino profissional tem uma carga de exercício maior que um jogador de futebol. Sem falar na falta de salário, falavam que ia ter mas que o patrocínio não tinha saído e tal. Até que um belo dia dei um basta, e fui ver uma peça pra descansar, passear"
Assistiu 21 vezes o musical "O despertar da primavera", versão brasileira de uma peça da Broadway, com elenco todo jovem. Depois dessa overdose sua vida não foi mais a mesma: "Assistindo aquilo eu disse: 'taí, eu consigo fazer isso. E em três meses estudei as técnicas do musical e passei na minha primeira audição que participei, para o musical 'Gypsy', com Totia Meireles, no papel principal", relembra. Depois fez "Um violinista no telhado", com José Mayer e no fim da temporada recebeu ligação de São Paulo chamando para um teste para "Cabaret". "Eles já conheciam meu trabalho, mas precisavam saber como me sairia. E deu certo! No dia seguinte do teste comecei a ensaiar - isso agora pouco, em setembro".
Em Natal aproveitando o breve recesso de fim de ano, ele curte a brecha na temporada iniciada em outubro ao lado da família. Tomas Quaresma é filho da artista plástica Lídia Quaresma e sobrinho do artista plástico Flávio Freitas, ou seja, a arte corre nas veias.
Antes de enveredar definitivamente na carreira artística, Tomas chegou a cursar seis meses Comunicação Social na UFRN em 2006. "Na época do vestibular, comecei a pensar como ganharia dinheiro com arte em Natal, sair da cidade ainda era uma opção complicada na minha cabeça, deixar minha vida pra trás, sair da casa e do colo dos pais, de perto da minha família e de tudo que conhecia. Como não dava tempo pra me dedicar a dançar, tranquei o curso, sentia que teria que sair daqui do RN para continuar evoluindo. Sabia que o palco era meu lugar".
Atualmente morando no Rio de Janeiro com a irmã - a bailarina Flora Quaresma, que também estuda artes cênicas - e trabalhando em São Paulo, o natalense lembra que começou no teatro aos cinco anos e no balé clássico aos oito. "Sempre quis ser ator, falava que ia fazer faculdade no Rio e tal, e quando comecei a dançar fiquei 'viciado', só pensava nisso".
Estudou em várias lugares, mas considera a Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão (EDTAM) sua principal base de formação. "Foi onde mais evolui e tive oportunidades, a diretora Wanie Rose faz um trabalho incrível e vários de seus alunos já foram atuar no exterior", elogia Tomas, que desde pequeno fez todos os cursos ligado a teatro, dança e canto que aparecia pela frente. "O teatro me ajudou a ser um bailarino melhor, por que eu pensava no que estava dançando e isso sempre foi um diferencial", comemora.
O acúmulo dessa bagagem sedimentou seu talento nato, e ao passar na concorrida audição para ingressar na escola do Teatro Bolshoi em Joinville (SC), em 2007, onde os alunos têm aula de música, dança, circo e teatro, ouvia dos colegas: "caramba você já fez tudo, é bom em tudo, canta, dança e interpreta, tem que fazer musical! E aquilo foi despertando em mim atenção por trilhar o caminhos dos musicais".
DO BALÉ PARA OS MUSICAIS
Em 2009 muda-se para o Rio de Janeiro, onde percebe que o mundo da dança significava um esforço nem sempre bem remunerado. "Passei quase nove meses preso numa sala sem ver o sol, das 9h às 19h, de segunda a sábado, com professores dizendo que tudo estava ruim; um povo doido que só queria saber de emagrecer, girar mais piruetas. Tinha dia que sentia tanta dor que era difícil dormir, parecia que tinha apanhado - bailarino profissional tem uma carga de exercício maior que um jogador de futebol. Sem falar na falta de salário, falavam que ia ter mas que o patrocínio não tinha saído e tal. Até que um belo dia dei um basta, e fui ver uma peça pra descansar, passear"
Assistiu 21 vezes o musical "O despertar da primavera", versão brasileira de uma peça da Broadway, com elenco todo jovem. Depois dessa overdose sua vida não foi mais a mesma: "Assistindo aquilo eu disse: 'taí, eu consigo fazer isso. E em três meses estudei as técnicas do musical e passei na minha primeira audição que participei, para o musical 'Gypsy', com Totia Meireles, no papel principal", relembra. Depois fez "Um violinista no telhado", com José Mayer e no fim da temporada recebeu ligação de São Paulo chamando para um teste para "Cabaret". "Eles já conheciam meu trabalho, mas precisavam saber como me sairia. E deu certo! No dia seguinte do teste comecei a ensaiar - isso agora pouco, em setembro".
No espetáculo, seu papel fixo é um garçom bêbado que "briga por vinho com a personagem da Cláudia. Também tenho um momento solo, na pele de um jovem nazista, por isso o cabelo loiro", justifica a mudança no visual. "Sou desapegado a minha imagem, fico com a cara do personagem que estou fazendo - já tive que engordar pra ficar mais forte em outro espetáculo, e dessa vez estou mais magro para vestir bem o figurino de 'Cabaret' que também inclui cinta liga e langerie". Durante o musical, Quaresma usa cinco sapatos, três chapéus, troca oito vezes de roupa e ainda usa peruca.
"É bacana receber, depois do espetáculo, natalenses que estavam na plateia e vêm conversar comigo. Sabem de Natal para trabalhar com os melhores profissionais de teatro do país. Fico orgulhoso junto com eles", confessa.
Sobre trabalhar com Cláudia Raia e Miguel Falabella, Tomas conta que ela "é um ser à parte. Uma estrela sem dúvida, tem um brilho, uma coisa que não se ensina, chega e você presta atenção! É uma das pessoas mais queridas que eu conheço! Uma maezona. Como também é produtora do musical, fica ligada em tudo. Já o Falabella é aquilo que todo mundo acha: uma figura, engraçado até dizer chega, tudo vira uma piada. Acho que ele não dorme por que a cabeça dele não para nunca", diverte-se.
Em março "Cabaret" vai para o Rio de Janeiro e uma temporada no Nordeste ainda não está confirmada.
"É bacana receber, depois do espetáculo, natalenses que estavam na plateia e vêm conversar comigo. Sabem de Natal para trabalhar com os melhores profissionais de teatro do país. Fico orgulhoso junto com eles", confessa.
Sobre trabalhar com Cláudia Raia e Miguel Falabella, Tomas conta que ela "é um ser à parte. Uma estrela sem dúvida, tem um brilho, uma coisa que não se ensina, chega e você presta atenção! É uma das pessoas mais queridas que eu conheço! Uma maezona. Como também é produtora do musical, fica ligada em tudo. Já o Falabella é aquilo que todo mundo acha: uma figura, engraçado até dizer chega, tudo vira uma piada. Acho que ele não dorme por que a cabeça dele não para nunca", diverte-se.
Em março "Cabaret" vai para o Rio de Janeiro e uma temporada no Nordeste ainda não está confirmada.
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