08 DE MAIO
DIA DO ARTISTA PLÁSTICO
... edição especial ...
WAGNER DE OLIVEIRA
PINCELADAS TELÚRICAS NO COTIDIANO ASSUENSE
PINCELADAS TELÚRICAS NO COTIDIANO ASSUENSE
No
cenário das artes visuais do Rio Grande do Norte a pintura de Wagner de
Oliveira apresenta-se como uma novidade surpreendente. Jovem,
talentoso, vindo do Vale do Assu, suas telas nos emocionam pelo lirismo
dos personagens e pela força telúrica da paisagem física.
O artista assuense retrata, com muita sensualidade, o cotidiano do município,
lembrando-nos, sem dúvida, Di Cavalcanti, ou mesmo, Vicente do Rego
Monteiro, embora de forma atual, isto é, dentro de uma proposta
artística do século XXI.
Autodidata,
filho do pintor e músico Barrinha, Wagner de Oliveira revela que o
primeiro contato com as artes plásticas se deu aos sete anos por meio de
revistas e livros com pinturas de Leonardo da Vinci, Monet, Picasso e
Van Gogh. Tanta admiração pelos mestres fez o artista tentar vender
pequenas histórias ilustradas em folha de ofício na escola.
Mas
a principal influência não veio do universo pictórico e, sim, dos
quadrinhos dos anos 1980, notadamente Mozart Couto, Eugênio Colonnese,
Edmundo Rodrigues e Flavio Colin. Naquela época, apaixonado por gibis,
Wagner começou a absorver as técnicas desses quadrinistas.
“Quando
comecei a pintar tinha umas seis bisnagas com cores diferentes, mas
nenhuma delas era da cor de pele, então resolvi usar o marrom e pintar
uma linda negra. Se você pegar as mulheres de Mozart Couto,
transformá-las em mulatas, e as colocar em uma tela, vem logo a
comparação com Di Cavalcanti”, ilustra.
Wagner
assinala ainda que os críticos apontam semelhanças entre sua obra e o
expressionismo de Di Cavalcanti: “apesar de ser um belo elogio, eu não
me prendo a isso, e procuro encontrar meu próprio estilo”, afirma. No
Rio Grande do Norte, Wagner de Oliveira admira o trabalho de Ulisses
Leopoldo, Pedro Alves e Marcelus Bob.
Wagner
de Oliveira expôs pela primeira vez em 2004, no Assu Mix. Daí até 2008,
seus trabalhos sempre estiveram presentes nas festas juninas e feiras
de negócios de Assu. Em 2005, ele expôs na Caixa Econômica e realizou
cinco exposições durante o movimento Arte em Toda Parte. Naquele mesmo
ano participou da 5ª Mostra Officina Interior. No VIII Salão de Artes
Visuais da Cidade do Natal, promovido pela Prefeitura de Natal, por
intermédio da Fundação Cultural Capitania das Artes, foi selecionado
entre 30 artistas.
Em
2006, conquistou o 3º lugar em um concurso de pintura realizado pelo
SESI, no projeto SESI Cidadania. Participa também de exposição coletiva
em albergue de Ponta Negra e assina a capa do livro “Roda Gigante”, do
colunista social Marcos Henrique, em 2009.
Em
2010, obteve destaque no Bardallo´s Comida & Arte com a mostra
individual "ASSUasMulheres" , onde reuniu 20 telas em técnicas variadas
- óleo sobre tela, pastel sobre canson, acrílica sobre tela e grafite
sobre canson. Uma das obras, "Flor de cera", foi escolhida para ilustrar
a capa do Guia Cultural Solto na Cidade, edição nº 39 -maio/2010.
* * * *
"Um homem que trabalha com as mãos é um operário;
um homem que trabalha com as mãos e o cérebro é um artesão;
mas um homem que trabalha com as mãos e o cérebro
e o coração é um artista."
( Louis Nizer )
( Louis Nizer )
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