DIÁRIO DE NATAL
O Diário de Natal deixou de circular após 75 anos de atuação
O segundo mais antigo veículo de comunicação impresso
que estava em circulação no Rio Grande do Norte
Charge: Amâncio
DN, UM DESTINO AINDA INCERTO
O Diário de Natal deixou de circular após 75 anos de atuação
O segundo mais antigo veículo de comunicação impresso
que estava em circulação no Rio Grande do Norte
Charge: Amâncio
DN, UM DESTINO AINDA INCERTO
Via
Tribuna do Norte
O destino do acervo acumulado pelo Diário de Natal ao longo de quase 74
anos permanece incerto, mas logo o assunto terá de ser definido pois o
prédio onde o jornal funcionava na zona Norte passou a pertencer ao
Sistema Fiern/Sesi/Senai/Iel - a pretensão do Sistema, de acordo com o
diretor regional do Senai, Afonso Avelino, é instalar cursos
profissionalizantes no local até próximo ano; porém ainda não há um
prazo para ocupação definitiva do imóvel adquirido em setembro de 2012.
Por lá ainda funcionam duas rádios vinculadas ao grupo Diários Associados, que controlava o DN, as emissores Poty (AM) e Clube (FM), e todo o arquivo permanece no prédio recebendo os devidos cuidados como controle de umidade e temperatura.
Por lá ainda funcionam duas rádios vinculadas ao grupo Diários Associados, que controlava o DN, as emissores Poty (AM) e Clube (FM), e todo o arquivo permanece no prédio recebendo os devidos cuidados como controle de umidade e temperatura.
A versão impressa do periódico deixou
de circular no começo de outubro do ano passado e, desde então, muito se
tem especulado em torno do paradeiro final de seu espólio formado por
vasta documentação, fotografias e obras de arte.
Terça-feira
02 de outubro de 2012
Publicação anuncia o fim da edição impressa a partir desta data
O Estado do Rio Grande do Norte perde um dos seus principais infomativos
"O assunto está sendo tratado pela direção nacional do grupo, e não há
interesse de levar esse acervo para outro estado como estão dizendo por
aí", garantiu Deliomar Soares, ex-superintendente do Diário de Natal e
que hoje está como colaborador do grupo DA nessa fase de transição. "As
rádios ainda estão procurando um outro lugar se instalarem, e o prazo
para desocupação do prédio que findaria agora em março pode ser
prorrogado", informou Soares.
A superintendência regional dos
Associados, sediada no Recife, também não acrescentou muito sobre o
destino do acervo: "Não chegamos a uma resolução. O assunto já foi
discutido internamente na diretoria mas não há nada definido", disse o
diretor Paulo Guilherme por telefone.
Diante do impasse, surgem especulações sobre o valor estimado do acervo e seu rumo - informalmente circulam duas avaliações para o arquivo guardado pelo DN desde 1939: uns sugerem R$ 3 milhões outros R$ 7 milhões. A única opinião consensual é a possibilidade de expropriação do patrimônio pelo Governo do Estado em nome da memória cultura do RN, que pagaria um valor abaixo do de mercado.
Diante do impasse, surgem especulações sobre o valor estimado do acervo e seu rumo - informalmente circulam duas avaliações para o arquivo guardado pelo DN desde 1939: uns sugerem R$ 3 milhões outros R$ 7 milhões. A única opinião consensual é a possibilidade de expropriação do patrimônio pelo Governo do Estado em nome da memória cultura do RN, que pagaria um valor abaixo do de mercado.
Arquivos de textos, edições, fotografias e obras de artes
Um acervo acumulado ao longo de sete décadas com destino incerto
O prédio que sediava o Diário de Natal foi vendido ao Sesi
Fotografia: Google Street View
O prédio que sediava o Diário de Natal foi vendido ao Sesi
Fotografia: Google Street View
ABRIGO
A
nova diretoria do Instituto Histórico e Geográfico do RN já demonstrou
interesse em abrigar os documentos; o Departamento de História da UFRN e
a Fundação José Augusto também estão na fila, mas qualquer definição a
respeito deve partir da direção do Diários Associados. "Como o assunto
voltou ao centro das atenções, instituições, gestores e iniciativa
privada precisam agir para resolver esse impasse. Só vai dar certo se
todos se unirem", acredita Valério Mesquita, presidente eleito do IHGRN.
Foram 74 anos de jornalismo, que começaram no dia 18 de setembro de 1939. De lá para cá o jornal foi testemunha de fatos importantes da história, como o final da Segunda Guerra Mundial, a construção da Base Aérea de Natal, a visita do presidente Eurico Gaspar Dutra à capital do Rio Grande do Norte, o suicídio do presidente Getúlio Vargas, o golpe militar de 1964 e tantos outros episódios locais, nacionais e internacionais que foram notícia.
Foram 74 anos de jornalismo, que começaram no dia 18 de setembro de 1939. De lá para cá o jornal foi testemunha de fatos importantes da história, como o final da Segunda Guerra Mundial, a construção da Base Aérea de Natal, a visita do presidente Eurico Gaspar Dutra à capital do Rio Grande do Norte, o suicídio do presidente Getúlio Vargas, o golpe militar de 1964 e tantos outros episódios locais, nacionais e internacionais que foram notícia.
Um dos primeiros a integrar a equipe do DN,
Furtado trabalhou como repórter e diretor da rádio Poti.
Hoje, é advogado dos Associados
Fotografia: Emanuel amaral
Furtado trabalhou como repórter e diretor da rádio Poti.
Hoje, é advogado dos Associados
Fotografia: Emanuel amaral
EIDER FURTADO
O
advogado e escritor Eider Furtado, 88, um dos primeiros a integrar a
equipe do Diário de Natal no início da década de 1940, sabia que ali
seriam registradas passagens importantes da história de Natal e do Rio
Grande do Norte. "Sabíamos da importância histórica que o DN desde seu
lançamento", recorda. Os primórdios do Diário foi capitaneado por nomes
como o ex-prefeito Djalma Maranhão, Rivaldo Pinheiro, Valdemar Araújo e
Aderbal de França. Depois o jornal foi vendido para o empresário Rui
Moreira Paiva, pernambucano radicado em Natal e que chegou a ser
presidente do América, para em seguida integrar o grupo comandado por
Assis Chateuabriand.
Eider Furtado começou como músico -
tocava violino - na Rádio Educadora de Natal (REN), que passou a se
chamar Rádio Poty quando o controle foi para as mãos do DA. Furtado
trabalhou como repórter, diretor artístico e diretor comercial da rádio.
Também foi gerente da Poty e do próprio Diário de Natal. "Tudo o que
sei devo a essa vivência", garante. Membro da Academia
Norte-riograndense de Letras desde 2010, Eider dedicou 26 anos de sua
vida ao DN, foi editorialista por três anos, substituindo o professor
Edgar Barbosa, que tinha "um texto primoroso, musical, foi uma
responsabilidade muito grande".
Segundo o próprio, que responde
como advogado do grupo Diários Associados no RN, até hoje sua carteira
de trabalho está em aberto. "Acredito que não é interessante para
ninguém tirar esse acervo daqui do RN; se querem vender e alguém tem
interesse em comprar então que ele possa ser consultado, popularizado",
finaliza.
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