JENIPABU
Os empresários do setor turístico potiguar alertam gestores públicos
sobre a necessidade de investir na melhoria da infraestrutura das praias
do litoral Norte inseridas na Região Metropolitana de Natal/RN
sobre a necessidade de investir na melhoria da infraestrutura das praias
do litoral Norte inseridas na Região Metropolitana de Natal/RN
fotografia: Hélio Duarte
JENIPABU, HOJE E SEMPRE
Por
Moura Neto
DO NOVO JORNAL
Contrariando as expectativas geradas com a inauguração da Ponte Newton
Navarro, há pouco mais de quatro anos, as praias do litoral Norte
inseridas na Região Metropolitana de Natal ainda sucumbem pela
deficiência de infraestrutura e serviços básicos, o que afasta
investimento privado e, consequentemente, os turistas que injetam vigor
na economia da região.
Exemplo típico é Jenipabu, em Extremoz, a 20 KM de Natal, retratada pelo NOVO JORNAL na edição do último domingo. Empresários, comerciantes e bugueiros amargam a pior alta estação dos últimos anos, iniciando a partir dos prejuízos financeiros um movimento para exigir das autoridades providências que possam reverte o quadro sombrio.
Jenipabu despontou como combustível para a incipiente indústria do turismo potiguar ainda nas décadas de 70 e 80, quando o Morro do Careca, em Ponta Negra, figurava como cenário solitário entre os cartões postais que divulgavam as belezas naturais do Rio Grande do Norte para o resto do país.
Exemplo típico é Jenipabu, em Extremoz, a 20 KM de Natal, retratada pelo NOVO JORNAL na edição do último domingo. Empresários, comerciantes e bugueiros amargam a pior alta estação dos últimos anos, iniciando a partir dos prejuízos financeiros um movimento para exigir das autoridades providências que possam reverte o quadro sombrio.
Jenipabu despontou como combustível para a incipiente indústria do turismo potiguar ainda nas décadas de 70 e 80, quando o Morro do Careca, em Ponta Negra, figurava como cenário solitário entre os cartões postais que divulgavam as belezas naturais do Rio Grande do Norte para o resto do país.
As águas da praia de Jenipabu são mornas, calmas e limpas
fotografia: Canindé Soares
fotografia: Canindé Soares
Naquela época, porém, chegar à praia
exigia espírito de aventura; o abastecimento de água era precário; a
iluminação era a gás; o comércio só oferecia o básico. Mas era esse tipo
de isolamento do centro urbano que atraia os poucos aventureiros que
por lá chegavam, de transporte ou caminhando pela beira-mar a partir da
Redinha, passando por Santa Rita, ainda mais paradisíaca do que a praia
vizinha.
O Bar do Porra (assim chamado porque seu proprietário, Albino, só se referia aos clientes com o impropério na ponta da língua, mas com “todo respeito”, como gostava de frisar), nas proximidades das dunas por onde hoje trafegam bugues e dromedários, era o único reduto salutar para quem gostava de comer peixe frito e tomar cerveja jogando conversa fora com os amigos.
O Bar do Porra (assim chamado porque seu proprietário, Albino, só se referia aos clientes com o impropério na ponta da língua, mas com “todo respeito”, como gostava de frisar), nas proximidades das dunas por onde hoje trafegam bugues e dromedários, era o único reduto salutar para quem gostava de comer peixe frito e tomar cerveja jogando conversa fora com os amigos.
Um passeio nas dunas de Jenipabu, divertimento e fotos inesquecíveis
os dromedários chegam a dois metros de altura e a pesar até 500 kg
fotografia: Ângelo Cabral
os dromedários chegam a dois metros de altura e a pesar até 500 kg
fotografia: Ângelo Cabral
No início de 80 surgiu o Bar do Pedro,
comandado por Pedro Vale, que oferecia melhor atendimento aos clientes e
mais opções no cardápio em que se destacavam os frutos do mar. O
negócio prosperou rapidamente, passando a receber famílias de veranistas
e turistas, que ali chegavam de carro ou ônibus fretado pelas
operadoras que começaram a explorar o litoral junto com os bugueiros.
Daí pra frente a comunidade desfrutou algum tempo de pujança econômica: havia emprego nos restaurantes, nas pousadas, nas barracas de quitutes e artesanato. Os pescadores passaram a navegar em suas jangadas com os turistas deslumbrados com a natureza do local.
O boom foi interrompido pela falta de visão dos gestores públicos, que não dotaram a praia de condições adequadas para atender ao turista exigente. O projeto de reurbanização não sai do papel, repelindo investidores. Se vivo fosse, Albino não deixaria por menos: e não vão fazer nada seus Porras? Com todo respeito.
Daí pra frente a comunidade desfrutou algum tempo de pujança econômica: havia emprego nos restaurantes, nas pousadas, nas barracas de quitutes e artesanato. Os pescadores passaram a navegar em suas jangadas com os turistas deslumbrados com a natureza do local.
O boom foi interrompido pela falta de visão dos gestores públicos, que não dotaram a praia de condições adequadas para atender ao turista exigente. O projeto de reurbanização não sai do papel, repelindo investidores. Se vivo fosse, Albino não deixaria por menos: e não vão fazer nada seus Porras? Com todo respeito.
...fonte...
Moura Neto
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