julho 29, 2013

DOMINGUINHOS E A MÚSICA POTIGUAR

 
 DOMINGUINHOS
 José Domingos de Morais, conhecido como Dominguinhos, 
foi um instrumentista, cantor e compositor brasileiro. 
Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes 
como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira
Fotografia: Marcos Hermes

 CHORA SANFONINHA

Por
Alexis Peixoto

Apesar da fama e do respeito de que gozava no cenário da música nacional e internacional, Dominguinhos era conhecido principalmente pela sua generosidade e gentileza. Diz a lenda que o músico tinha por regra nunca recusar um pedido de show ou para participar de alguma gravação. Há quem diga que foi essa vida intensa entre estúdios, viagens e shows que acabou por levá-lo na última terça-feira (23), aos 72 anos, em São Paulo,  depois de um longo período de internação no Hospital Sírio-Libanês, em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas desenvolvidas durante o tratamento contra um câncer de pulmão. Sem a presença física do artista, ficam as lembranças das realizações de Dominguinhos fez pelo Brasil afora. No Rio Grande do Norte, além de amigos e parceiros, o cantor e sanfonista deixou duas gravações inéditas. Uma delas, uma versão  musicada de um poema de Câmara Cascudo.

No dia 2 dezembro de 2012, uma dia após se apresentar no Forró da Lua, Dominguinhos registrou a sanfona na faixa “Agreste”, composição de Dácio Galvão e Gereba, no estúdio montado na fazenda Bonfim, em São José do Mipibu. O plano era que o sanfoneiro também colocasse a voz na música, o que só não foi feito na ocasião porque, como era de manhã cedo, Dominguinhos não havia realizado os exercícios de aquecimento vocal na hora da gravação. Na mesma sessão, Dominguinhos também gravou   o instrumental de uma versão musicada para o poema “Não Gosto de Sertão Verde”, de Câmara Cascudo, com arranjo de Jubileu Filho.

Segundo Dácio Galvão, toda a  sessão foi filmada e existe a intenção de   editar as imagens e lançar um documentário, complementado com o acervo fotográfico de Candinha Bezerra do projeto Nação Potiguar, do qual Dominguinhos participou em diversas ocasiões. Enquanto isso, a faixa “Agreste”, permanece inédita e deve ganhar uma versão com outro vocalista.

“Estamos discutindo quem colocaria a voz, quem poderia substitui-lo. Vai ser difícil, já que o arranjo foi todo preparado para o timbre da voz dele” , disse Dácio.

Para o poeta e presidente da Fundação Cultural Capitania das Artes, Dominguinhos deixou um legado profundo na música potiguar. “Muito mais do que a participação dele em shows ou discos, o que Dominguinhos deixou para a música potiguar foi o registro do seu canto e da sua sanfona, inigualáveis na música brasileira”, disse Galvão, que escreveu o poema “Toada da Barra do Rio Grande” para Dominguinhos musicar.

Um dos potiguares que mais conviveram com Dominguinhos foi o produtor cultural Marcos Lopes, idealizador do Museu do Vaqueiro e do Forró da Lua. Lopes contou ao VIVER que o germe do projeto surgiu a partir de uma conversa com o músico, no final dos anos 1990.

“Em 1999, fiz um evento em homenagem a Luiz Gonzaga e resolvi entrar em contato com Dominguinhos, que eu havia conhecido alguns anos antes”, conta Lopes. “Ele veio tocar e nós começamos a conversar sobre a ideia de fazer um evento de resgate do forró autêntico, que mais tarde virou o Forró da Lua”.

Entre 2003 e 2012, Dominguinhos manteve o compromisso de se apresentar pelo menos uma vez por ano no Forró da Lua. Um dos últimos shows do artista foi justamente dentro do projeto, em dezembro do ano passado. Na ocasião, Dominguinhos aproveitou para doar uma sanfona ao acervo do Museu do Vaqueiro, uma réplica do instrumento utilizado pelo próprio Gonzagão.

Marcos Lopes lembra de Dominguinhos como uma pessoa de personalidade generosa e humilde. “Ele era um cara muito simples. Diferente da maioria dos artistas, não exigia nada no camarim, ônibus especial, nada disso”. O Forró da Lua está em recesso, mas Marcos Lopes avisa que a edição da volta, marcada para setembro, será especial em homenagem a Dominguinhos. “Ele era um dos maiores instrumentistas do Brasil e um artista de primeira grandeza. Acredito que é mais do que justo homenageá-lo”, disse Lopes.

A pesquisadora Leide Câmara considera Dominguinhos  um dos artistas de fora do estado que mais participaram da produção musical do Rio Grande do Norte. “Por ter sido uma espécie de herdeiro de Luiz Gonzaga, Dominguinhos sempre esteve muito próximo da nova geração do forró potiguar, gravando, incentivando e convivendo com nossos artistas”.

Leide Câmara conta que, da última vez em que esteve com Dominguinhos, no final do ano passado, apresentou ao sanfoneiro a música “Flor do Jerimum”, do compositor natalense Paulo Tito. “O próprio Paulo cantou para ele, que se emocionou muito e ficou com a partitura da música, na intenção de gravá-la. Infelizmente, não deu tempo”, lamenta a pesquisadora.

Entre as principais composições de autores potiguares gravadas por Dominguinhos, Leide destaca “Gonzaga Coração”, de Itanildo Medeiros, registrada no LP “Aqui Tá Ficando Bom”, de 1990; “A Missa do Vaqueiro”, parceria do  seridoense Janduhy Finizola com Luiz Gonzaga; e “A Fé do Lavrador”, parceria de Dominguinhos com Janduhy Finizola, também conhecida na versão do Quinteto Violado.

 PARCERIAS
DOMINGUINHOS E A MÚSICA POTIGUAR

“A fé do lavrador” - com Janduhy Finizola, gravada pelo Quinteto Violado no LP “Enquanto a Chaleira Não Chiar”;“Toada da Barra do Rio Grande”, com Dácio Galvão.

COMPOSITORES DO RN GRAVADOS POR DOMINGUINHOS

Itanildo Medeiros - “Gonzaga Coração” (em parceria com Juarez Gonzaga e Zé Sanfoneiro); Dosinho - “O mais querido” (Hino do ABC Futebol Clube); Hermelida - “Forró Traçado” (em parceria com Bastinho Calixto).

PARTICIPAÇÃO EM CDs DE ARTISTAS POTIGUARES

Galvão Filho - “Forró de verdade e pra valer”, 2012. Participação especial; Elino Julião - “Registros Iconográficos do Sertão”, 2010. Participação especial; Marina Elali - “Longe ou Perto”, 2009. Participação especial; Coletânea “K-Ximbinho – Sanfonado”, 2009. Sanfona e voz na faixa “K-xim-bodega”; Câmara Cascudo - “Brouhaha”, 2009. Participação nas faixas “Poema 1” e “Poema 3”; Dácio Galvão – “Poemúsicas”, 2009. Participação com voz e acordeon; CD da Banda Sinfônica do Rio Grande do Norte, 2007. Acordeon e voz na faixa “Toada da Barra do Rio Grande”; Marina Elali – “De Corpo e Alma Outra Vez”, 2007. Participação especial; Marina Elali - “Marina Elali”, 2005. Sanfona na faixa “Sabiá”; Coletânea “Toque & Cantares de Tibau do Sul”, 2004. Voz e sanfona; Carlos Zens – “Fuxico de Feira”, 2004. Participação com sanfona e voz; Elino Julião – “O canto do Seridó”, 1998. Participação especial; Germano Júnior - “É bom, é demais”, 1997. Participação especial.

...fonte...
Leide Câmara/ Instituto Acervo da Música Potiguar

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julho 26, 2013

ELIAS BARAÚNAS: MESTRE DE BOI DE REIS

 
José Izidrio desde pequeno sonhava com o colorido e desejava
 se tornar um brincante de Boi. E, aos 13 anos aprendeu a
brincar. Mas, somente em 1975, aos 39 anos de idade,
que Mestre Elias realizou a sua primeira viagem
 levando a  alegria e a tradição que aprendera 

pelo sertão do Rio Grande do Norte
Fotografia: Max Jordanni 
 
 ELIAS BARAÚNAS: MESTRE DE BOI DE REIS

 Por
Dani Pacheco 
 
“Seu conhecimento vem de muitos Mestres, mas, José Izidrio de Souza, nascido em 23 de junho de 1961, considera-se discípulo do Mestre Severino caboclo de Laranjeiras do Abdias, onde segundo ele aprendeu a arte do Boi de Reis”, declarou Lenilton Lima, fotógrafo e um dos integrantes do Ponto de Cultura Boi Vivo.

O menino José Izidrio desde pequeno sonhava com o colorido e desejava se tornar um brincante de Boi. E, aos 13 anos aprendeu a brincar. Mas, somente em 1975, aos 39 anos de idade, que Mestre Elias realizou a sua primeira viagem levando a alegria e a tradição que aprendera pelo sertão do Rio Grande do Norte e da Paraíba.

Este homem que há mais de 38 anos traz viva a cultura popular em sua memória. Dono de um dom de liderança conquista por onde passa admiradores dessa arte secular transmitida através de suas apresentações pelo interior, que geralmente não se tinha um destino certo ou um cachê pré-estabelecido, na realidade, o espetáculo acontecia num pedaço de terra por onde os brincantes aportassem.

Mestre Elias fala com carinho de todos os Mestres que conheceu e viu brincar. Mas, para ele em sua época ninguém foi melhor do que Severino Caboclo e desabafa ao questionar o prêmio que Manoel Marinheiro recebeu em sua época. “Aquele prêmio deveria ter sido entregue para o Mestre Severino Caboclo. Só que naqueles tempos foi valorizado quem conhecia mais gente importante. E, o melhor de todos terminou morrendo abandonado e esquecido pelas autoridades cultural”.

Parece que esse destino que muitos dos grandes mestres da cultura popular do Rio Grande do Norte não acontecerá com o Mestre Elias Baraúna. “Passamos anos a sua procura. Mas, como o paradeiro do Mestre era desconhecido, há algum tempo decidimos montar uma equipe, formada por mim, Eugênio Pacellis Araújo, Ismael Alves e Bia do Boi. Quando agora, o encontramos trabalhando em uma fazenda, onde planta e limpa mato no Córrego de São Mateus, em Lagoa Salgada”, conta Lenilton.

O fotografo destaca ainda que, “encontramos um Mestre totalmente desmotivado para seguir com a sua arte, inclusive, já tinha até começado a desmontar suas figuras do Boi. Os últimos que restavam estavam amarrados nos caibros e ripas de sua cozinha no meio de suas panelas  e de uma estante improvisada para colocar seu mantimentos. Mestre Elias é um homem humilde, e a exemplo de outros mestres de Boi de Reis, casou-se varias vezes, hoje está em seu décimo segundo casamento”.

Na ocasião do encontro, fez questão de ser fotografado ao lado da esposa e dos amigos, adorava animais e gostava de adotar cachorros e gatos abandonados. E, atualmente encontra-se na lista de espera do MST a espera de ter a sua própria terra.

Nessa busca pelo Mestre Elias, o grupo contou com o apoio da Fundação de Cultura de Parnamirim que fez uma parceria com os pontos de cultura Ileaô e Boivivo com o objetivo de reviver o Boi de Reis de Parnamirim. Ao todo, oito brincantes das Marujas de Chico do Racho e Mestre Elpídio já fazem parte do projeto de revitalização do auto do Boi de Reis de Parnamirim.

Segundo o integrante do ponto de cultura Boi Vivo, “todos os brincantes que fizeram parte dos Bois de Reis de Mestre Elpídio e Chico do Rancho estão sendo convidado. Entre eles, está o Mestre Elias Baraúnas, que foi brincante de Chico do Rancho considerado por todos os brincantes o melhor mestre em atividade do Rio Grande do Norte”.

O objetivo desse projeto é o de valorizar a cultura popular e resgatar suas tradições e costumes, como também, reconhecer a importância dos brincantes, registrar e repassar os conhecimentos. “Considero uma vitória ter encontrado Mestre Elias, homem simples, sonhador por natureza e rico pela tradição cultural que traz em sua mente e conseguir dar novamente a oportunidade dele voltar a brincar de Boi é uma alegria muito grande”.

O Ponto de Cultura Boi Vivo, assumiu ainda, o compromisso de escrever o Mestre no edital do Minc, que esta aberto até o final do mês de julho e junto com a Fundação de Cultura e o Ponto de Cultura Ileaô pretende agilizar uma reunião com os demais brincantes para os acertos finais do início das atividades do Boi de Reis de Parnamirim.  

“Agora é só esperar para poder ver as apresentações desses brincantes que representam uma parte importante da história do Rio Grande do Norte”, finaliza Lenilton Lima.

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www.jornaldehoje.com.br  
  
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julho 25, 2013

NATI CORTEZ: A CONTADORA DE HISTÓRIAS

NATI CORTEZ
PIONEIRA NA LITERATURA INFANTIL POTIGUAR

"A coleção Nati Cortez está surgindo na hora certa, tanto
para que as crianças comecem a ler desde cedo
como para resgatar uma autora que, por sua
importância, não pode ser esquecida"
Fotografia: Acervo Familiar

 . . . LITERATURA . . .
  
O MARIBONDO AMOROSO
 
Por
Dani Pacheco
JORNAL DE HOJE
 
A União Brasileira de Escritores (UBE/RN)  lança nesta quinta-feira (25), Dia do Escritor, a segunda edição do livro “O Marimbondo Amoroso”, de Nati Cortez, pioneira da literatura infantil no Rio Grande do Norte. A autora faleceu em 1989, aos 75 anos, e a publicação deste livro inicia uma série de homenagens ao centenário dela que transcorrerá em setembro do próximo ano.
 
O lançamento será no auditório da Academia de Letras do RN, rua Mipibu, 443, Petrópolis, Natal/RN.  "O Maribondo Amoroso" é o volume de nº  01 da Coleção Nati Cortez (infanto-juvenil), selo editorial Nave da Palavra. Prefácio do professor Carlos Roberto Miranda Gomes
  
Originário de uma peça teatral, o livro conta a estória de um maribondo, cujo nome é Amoroso, que se apaixona por uma abelhinha. O romance, que contraria a vontade da abelha rainha e do rei marimbondo, ainda sofre mais um revés: como são de espécies diferentes, ele machuca a fêmea com seu ferrão. Como prova de amor, Amoroso retira o seu ferrão e se torna um abelhão para conseguir viver junto da amada. Enfim, os dois se casam e vão morar juntos na colmeia, mostrando aos jovens leitores que o amor faz maravilhas quando une os corações.
 
Um dos 24 filhos de Nati Cortez, João Maria, 68, conta que a mãe escrevia desde os 14 anos de idade, mas o gosto pelas peças infantis surgiu somente após o nascimento dos primeiros netos, na década de 60. Durante sua trajetória, publicou peças como Diálogo das Estrelas (1971) e Abelhinha Sonhadora (1973). Suas principais obras, no entanto, foram O Mistério dos Discos Voadores (1976), A Guerra dos Planetas, Natal do meu tempo de menina; O Curumim Amazônico e O Maribondo Amaroso (1980).
 
 NATI CORTEZ
Fotografia: Acervo Familiar
 
João Maria conta que há muitos textos da mãe que nunca foram publicados e são guardados como lembrança na casa da família. Boa parte deste arquivo, segundo ele, é de poesias e contos, predominando entre estes últimos a temática da ufologia, assunto que a autora pesquisava e tinha interesse especial.
 
A iniciativa para a republicação do livro aconteceu em outubro de 2012, durante o V Encontro Potiguar de Escritores, promovido UBE/RN, na Academia Norte-RioGrandense de Letras, quando a autora teve seu nome inserido na Coleção Nati Cortez (Infanto-Juvenil) destinada às crianças e jovens.
 
Com boa parte da família vive em diversos estados, como Rio de Janeiro (RJ), onde Nati passou a infância, Brasília (DF) e Ceará, os filhos estão querendo reunir os parentes durante o lançamento do livro em Natal. “Após a sua morte houve até homenagens internacionais, feitas por amigos de Moçambique e Angola. E com esta (homenagem), de sua terra, não há como não ficar orgulhoso”, afirmou João Maria, resumindo o sentimento dos descendentes de Nati Cortez.
  
 NATI CORTEZ
 Fotografia: Acervo Familiar
 
O presidente da UBE, Eduardo Gosson, explica que o livro faz parte de uma série de publicações realizadas em homenagem a autores potiguares desde o ano passado, conforme plano editorial estebelecido pela instituição. Atualmente, a UEB conta com cinco coleções: a Antônio Pinto de Medeiros, sobre poesia; Bartolomeu Correia de Melo, prosa; Enélio petrovich, história e memória do Rio Grande do Norte; a coleção Deífilo Gurgel, dedicado ao folclore e a coleção Nati Cortez, voltada para a literatura infantil.
 
Para Gosson, a publicação da obra vem em boa hora, pois é uma preocupação da entidade incentivar a leitura das crianças. “O Marimbondo Amoroso” é o primeiro título da UBE destinado a esse público. “A coleção Nati Cortez está surgindo na hora certa, tanto para que as crianças comecem a ler desde cedo como para resgatar uma autora que, por sua importância, não pode ser esquecida”, afirmou.

No ano passado, segundo o presidente da UBE, foram reeditadas pela editora nove obras. E até julho de 2013, pelo menos quatro livros foram publicados. A previsão é de que o número suba para oito até o final deste ano.
 
NATI CORTEZ
 
Maria Natividade Cortez Gomes (Nati Cortez), cujo nome de solteira era Maria Natividade da Silva, nasceu em Natal em 1914 e hoje é considerada a pioneira na literatura infantil do Rio Grande do Norte, quiçá do Nordeste.  Nati Cortez escreveu peças teatrais para crianças e adultos, enfocando temas relacionados a ufologia e a vida de Natal nos anos 20/30/40 do século passado. A Família cogita lançar "Abelhinha Sonhadora", em 2014, ano do seu centenário de nascimento.
 
...visite...
 www.ubern.org.br

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julho 23, 2013

RAOM BENAREZ: ENTRE MUROS E PÁGINAS

 
RAOM BENAREZ
"Existe um espírito de coletividade dos artistas, 
com a facilidade de comunicação via internet.
 A nova geração tem é que aproveitar esse momento 
e começar a escrever uma nova história."
Fotografia: João Maria Alves

 ENTRE MUROS E PÁGINAS

Por
Alexis Peixoto

Com um coquetel molotov de ideias, informações e linguagens na  ponta do lápis e na cabeça, Raom Benarez quer deixar sua marca nos muros e nas páginas da província. Alimentado desde cedo com arte, ele se divide entre a ilustração, o design e o grafite, sempre carregando nas tintas autorais, onde revela um pouco de uma viagem profunda e particular a seu próprio universo, como ele próprio faz questão de ressaltar. Participando de atividades e projetos ligados à arte de rua e também preparando alguns trabalhos de cunho autoral, Raom é um dos principais representantes da nova geração de artistas potiguares, que coexistem tanto nas galerias de arte refrigeradas, quanto nos muros das principais ruas da cidade e nos canais virtuais da internet

Raom está conectado desde cedo ao cenário cultural da cidade, por meio do pai, o cantor e compositor Cleudo Freire. Aliás, foi graças a um show de Cleudo, no projeto Quarta Musical, na Casa da Ribeira, que Raom estreou profissionalmente. Aos 16 anos, assinou sozinho o cenário do espetáculo, ilustrados por sketches seus.

“Sempre gostei de desenhar, desde criança mas na época desse show, nem pensava em levar isso como profissão. Encarei como um trabalho, uma atividade extra”, lembra Raom. “Só fui me encontrar mesmo como artista quando entrei na faculdade de design. Aliás, ainda estou me encontrando”.

A decisão de fazer do hobby um ofício artístico pode ter demorado um pouco, mas o gosto e interesse pela história da arte  está presente desde sempre. Ainda criança, os futuro artista devorava livros com ilustrações de  Rembrandt, Millôr Fernandes, Goya, Basquiat e Egon Schiele. Desenhos animados e quadrinhos também entravam na dieta.

Apesar das referências coletadas de vários lugares, Raom conseguiu criar um estilo próprio, uma interpretação particular que foge às citações óbvias dos artistas que admira.

“Digamos que eu e eles estamos conectados num universo parecido, o que não significa que coletei intencionalmente estas influências. Eu confio no meu jeito de fazer e depois que eu mergulho no meu mundo, acabo me encontrando com muitos artistas e/ou estilos”, diz.
 
 
 A obra do artista divide-se entre a ilustração, o design e o grafite
Ilustração: Raom Benarez

ARTE URBANA

Um dos estilos de escolha de Raom Benarez é o grafite. Trabalhos seus podem ser vistos em vários locais da cidade: em muros espalhados pelo centro da cidade ou Petrópolis, em murais feitos sob encomenda para escolas ou estabelecimentos comerciais ou na  fachada do espaço de ensaio do grupo Gira Dança, na Ribeira. Mas apesar da boa aceitação em alguns lugares, o preconceito e a incompreensão ainda imperam em outros.

“O pessoal ainda tem muito preconceito contra o grafite, muita gente ainda confunde com pichação”, diz. “É possível mudar isso, mas é uma via de mão dupla: os artistas e as instituições públicas precisam se esforçar para isso acontecer”.

Raom cita como bom exemplo da inclusão do grafite no plano de políticas públicas a mostra organizada pela Funcarte em abril desse ano, em alusão ao dia do grafite, da qual ele participou ao lado de outros 17 artistas natalenses. Ele também reforça a importância dos artistas se organizarem, em coletivos ou grupos que possam desenvolver projetos e ações.


“Para mim, 2013 tem sido o ano da união, o ano em que as coisas estão finalmente acontecendo aqui”, opina. “E acredito que muito disso tem a ver com o espírito de coletividade dos artistas, com a facilidade de comunicação via internet, principalmente. Os artistas da geração nova têm mais é que aproveitar esse momento e começar a escrever uma nova história”. 
 
 Atualmente, Raom Benarez trabalha em dois projetos autorais
 Ilustração: Raom Benarez 

 PRÓXIMA EXPOSIÇÃO
PARCERIA COM FOTÓGRAFA

Atualmente, Raom Benarez trabalha em dois projetos autorais. Ainda esse ano, o artista pretende organizar uma exposição em conjunto com a fotógrafa Isadora Gomez, unindo fotografia analógica e ilustração. “Ainda estamos discutindo esse trabalho, decidindo como vai ser o formato e qual vai ser o melhor maneira de trabalhar essas duas linguagens juntas”, diz.

Para o ano que vem, o plano é publicar “O Filho de Soraia”, misto de fanzine, história em quadrinhos e ilustração. O roteiro ainda está em fase de elaboração, mas alguns estudos do personagem principal já podem ser vistos no site do artista.

Segundo Raom, a narrativa vai conectar várias histórias curtas em torno de uma viagem interior do protagonista, uma curiosa figura com características caninas e humanas. “É uma viagem, uma espécie de descobrimento. Esse trabalho vai dar vazão a um lado mais místico meu”, diz o artista, que não descarta a possibilidade de, no futuro, converter o projeto em um curta de animação.

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julho 22, 2013

FOTOGRAFIA: A HORA MÁGICA DE UM CLICK

"HORA MÁGICA"
    Exposição reúne trabalhos de profissionais de diversas áreas 
de atuação, tendo em comum a paixão pela fotografia, 
a paixão pela fotografia conceitualmente artística
26 trabalhos ilustram a mostra fotográfica

 Fotografia: José Carlos da Silva

 EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
"HORA MÁGICA"

 Por
José Carlos da Silva
 
A exposição fotográfica, promovida pelo Coletivo Caçadores de Imagens, será aberta oficialmente nesta sexta-feira (26), às 19h, na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), Av. Hermes da Fonseca, 1017, Tirol, Natal/RN. A "Hora Mágica" reúne trabalhos de profissionais de diversas áreas de atuação que têm em comum a paixão pela fotografia. As imagens ficam em cartaz de 26 a 28 de julho. Entrada gratuita.
 
O Coletivo Caçadores de Imagens, grupo originalmente potiguar, conta com 26 fotografias nesta mostra.Participam desta edição Aluísio Bezerra, Antônio Câmara, Bruno Lacerda, Carla Belker, Charlles Macedo, Fernando Chiriboga, Heider Miranda, Hênio Bezerra, José Carlos da Silva, Josuá Carlos, Luciano Nobre, Pedro Morgan e Tássio Ribeiro. 

São registros dos olhares singulares dos seus integrantes que promete, nesta nova edição, repetir o desempenho do bom nível técnico já reconhecido nos trabalhos de sua  primeira exposição fotográfica, ocorrida em dezembro do ano passado e apreciada por um público estimado em mais de mil visitantes pelos principais polos culturais da capital potiguar. 

A escolha do título tem uma justificativa. “A ‘Hora Mágica’ é aquele momento em que as cores ficam mais agradáveis, a saturação lindamente aumentada, os detalhes e texturas revelados e as sombras suaves. É mais ou menos meia hora antes e depois do nascer do sol e meia hora antes e depois do pôr do sol”, explica um dos integrantes do coletivo.

A primeira edição do projeto atraiu mais de mil visitantes. As exposições itinerantes percorreram os principais polos culturais da capital potiguar. O Coletivo Caçadores de Imagens é formado por um elenco de 13 fotógrafos, entre amadores, hobbystas e profissionais.

A exposição na AABB/RN volta a sinalizar o coroamento de um trabalho em equipe que, até então,  não havia a menor pretensão da grande visibilidade alcançada. A expectativa do Coletivo é fechar o ano com uma terceira edição, prevista para o final deste segundo semestre.   
 
...serviço...
 EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
 "HORA MÁGICA"
 Salão Azul AABB 
Av. Hermes da Fonseca - 1017 - Tirol
sexta-feira, 26/07 -19h
sábado, 27/07 - 15h às 19h
domingo, 28/07 - 12h às 17h  
 
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julho 20, 2013

O PREMIADO JORNALISMO POTIGUAR

 
 RECONHECIMENTO
FOTOGRAFIA DE ALEX RÉGIS PREMIADA PELO BNB
 Alex Régis é um dos repórteres fotográficos mais conceituados  do RN
Começou no ramo em 1993 e está na TN desde o ano de 2003
 Fotografia: Alex Régis

JORNALISTAS DA TRIBUNA DO NORTE
VENCEM O PRÊMIO BNB DE JORNALISMO

 Via
Tribuna do Norte

A TRIBUNA DO NORTE conquistou o prêmio BNB de jornalismo nas categorias mídia impressa texto e foto, regional. A entrega da premiação ocorreu na quinta-feira (18/07), em cerimônia presencial realizada em Fortaleza (CE).

Na categoria impresso,o jornal venceu com a série de reportagens “Crescer”, publicada em dezembro de 2012, no caderno de Economia. A série - de autoria das jornalistas Renata Moura e Andrielle Mendes, editora e repórter de economia – apontou áreas consideradas chaves para a retomada do crescimento, além de desafios e exemplos a serem seguidos em campos como formação de mão de obra e inovação. 

A mesma série está entre as finalistas do prêmio CNI de Jornalismo, concedido pela Confederação Nacional da Indústria, que terá os vencedores anunciados no dia 30 de julho. As duas jornalistas também venceram a etapa regional do prêmio BNB no ano passado.

 ALEX RÉGIS
Com o título “Novos horizontes para a pesca potiguar”,
fotografia rendeu prêmio ao fotógrafo da Tribuna do Norte
 Fotografia: Divulgação

Na categoria foto, o fotógrafo Alexsandro da Silva Régis, mais conhecido como Alex Régis levou o prêmio com o trabalho “Novos horizontes para a pesca potiguar”. A foto foi publicada no caderno Motores do Desenvolvimento Pesca, Aquicultura e Carcinicultura, resultado do Seminário Motores do Desenvolvimento que foi promovido em novembro de 2012 pela TRIBUNA DO NORTE. O fotógrafo já havia sido premiado pelo banco em 2009, na categoria nacional – junto com o fotógrafo do jornal cearense O Povo. A TRIBUNA DO NORTE também venceu nesta categoria em 2012, com uma fotografia do fotógrafo Júnior Santos.

PRÊMIO BNB DE JORNALISMO
 Premiação dos vencedores do prêmio BNB de jornalismo
Cerimônia realizada em Fortaleza
 Fotografia: Divulgação

POTIGUARES

Também do RN, o jornalista Esdras Marchezan venceu a categoria webjornalismo com a reportagem “Caminhos do Comércio Justo”, publicada no portal DeFato.com. O jornalista Luiz Alberto Fonseca venceu a categoria mídia eletrônica (TV) com a série de reportagens ‘Confeções do RN’ veiculada pela InterTV Cabugi. Já o estudante Tárcio Araújo levou o prêmio com o trabalho ‘Feira de Oportunidades’ veiculado pela webrádio da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, na categoria universitária.

Todos foram premiados na categoria Regional II, em que  enquadram-se RN, Paraíba, Maranhão e Minas Gerais.

Ao todo, foram inscritos 100 trabalhos no prêmio, oriundos de mais de 150 profissionais do Nordeste, além dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e do Distrito Federal. Jornalistas de onze estados disputaram, em cinco categorias.

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julho 18, 2013

A HORA MÁGICA DOS CAÇADORES DE IMAGENS

 
"HORA MÁGICA"
A mostra reúne trabalhos de profissionais de diversas áreas 
de atuação, tendo em comum a paixão pela fotografia, 
a paixão pela fotografia conceitualmente artística.
 Fotografia: Fernando Chiriboga

 EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
"HORA MÁGICA"

 Por
José Carlos da Silva

O Coletivo Caçadores de Imagens, um elenco de 13 fotógrafos - amadores, profissionais e hobbistas - integrantes de um conceituado grupo de fotografia artística em uma grande rede social - realizam no dia 26 de julho, às 19h, no Salão Azul da  sede social da Associação Atlética do Banco do Brasil - AABB, Av. Hermes da Fonseca, 1017, Tirol, Natal/RN, a abertura da exposição fotográfica "Hora Mágica".  A exposição estará aberta à visitação de 26 a 28 de julho, entrada gratuita.

O Coletivo Caçadores de Imagens, grupo originalmente potiguar, conta com 26 fotografias nesta mostra. São registros dos olhares singulares dos seus integrantes que promete, nesta nova edição, repetir o desempenho do bom nível técnico já reconhecido nos trabalhos de sua  primeira exposição fotográfica, ocorrida em dezembro do ano passado e apreciada por um público estimado em mais de mil visitantes pelos principais polos culturais da capital potiguar,  

A "Hora Mágica" reúne trabalhos de profissionais de diversas áreas de atuação, tendo em comum a paixão pela fotografia, a paixão pela fotografia conceitualmente artística. Os treze fotógrafos que terão trabalhos expostos  são: Aluísio Bezerra, Antônio Câmara, Bruno Lacerda, Carla Belker, Charlles Macedo, Fernando Chiriboga, Heider Miranda, Hênio Bezerra, José Carlos da Silva, Josuá Carlos, Luciano Nobre, Pedro Morgan e Tássio Ribeiro.

A "Hora Mágica", na fotografia,  é a hora em que as cores ficam mais agradáveis, a saturação lindamente aumentada, os detalhes e texturas revelados e as sombras suaves. A Hora Mágica é mais ou menos meia hora antes e depois do nascer do sol e meia hora antes e depois do pôr do sol. “Mais ou menos” pois depende de onde você está e em qual época do ano", observa um dos integrantes do coletivo.

"O acervo fotográfico a ser exposto, em sua segunda edição,  terá a temática ligada ao momento em que decidimos perpetuar momentos provocadores e sublimes ao nosso olhar e, através de uma câmera fotográfica, evidencia-se a somatória do nosso olhar e da nossa cultura nos resultados capturados, chegando a um resultado surpreendente até mesmo ao nosso olhar", relata um dos fotógrafos expositores. 

Em sua primeira edição, onde foi abordado  o tema "Minha Terra, Meu Chão - Cenas de um Rio Grande do Norte", o projeto dos Caçadores de Imagens chegou à UFRN, onde uma mesa redonda foi promovida entre os alunos do Departamento de Artes - DEART e os  fotógrafos expositores, objetivando estimular a reflexão da fotografia arte  e o seu  papel influenciador.  

A exposição na AABB/RN volta a sinalizar o coroamento de um trabalho em equipe que, até então,  não havia a menor pretensão da grande visibilidade alcançada. A expectativa do Coletivo é fechar o ano com uma terceira edição, prevista para o final deste segundo semestre. 

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julho 15, 2013

TENOR DO RN LUTA PARA ESTUDAR NO CANADÁ

  KAIO MORAIS
 O tenor Kaio foi aceito na McGill University considerada a melhor
universidade do Canadá, uma das 10 melhores universidades
de música do mundo (de acordo com o “Princeton Review”)
Um detalhe: o tenor não possuir condições financeiras
para agarrar esta oportunidade
Fotografia: Acervo Pessoal

TENOR POTIGUAR LUTA PARA ESTUDAR NO CANADÁ

Por
Dani Pacheco

Em meio a uma diversidade cultural e artística admirável, Natal está se tornando um cenário de crescimento para jovens profissionais que estão surgindo e se qualificando para o mercado de trabalho. “E, Kaio Morais impressiona a todos com quem trabalha. Pessoa extremamente dedicada, inteligente e talentosa. Possui uma elevada habilidade musical e um grau de formação intelectual e cultural excelente”, disse o professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Doutor Durval Cesetti.

O tenor Kaio foi aceito na McGill University considerada a melhor universidade do Canadá, uma das 10 melhores universidades de música do mundo (de acordo com o “Princeton Review”) e a universidade é considerada a 18ª melhor universidade (“QS World University Rankings”). “É uma universidade dos sonhos para qualquer músico e tem um sistema rigoroso de seleção que possui uma das maiores concorrências do mundo. Passar na McGill foi um desafio e uma etapa vencida para mim”, disse o jovem tenor potiguar.

O sonho poderia estar bem perto de ser realizado. Se não fosse por um detalhe, o fato do tenor não possuir condições financeiras para agarrar esta oportunidade e trilhar uma carreira internacional em contato com os músicos mais importantes do circuito mundial.

Diante de tal situação, um grupo de pessoas e professores da que sabem valorizar a arte e os talentos decidiram se reunir e começar uma campanha em várias frentes para arrecadar o dinheiro necessário em prol da ida de Kaio para o Canadá. Esta campanha de arrecadação engloba vários projetos com apresentações dos professores e também do próprio Kaio Morais.
 
 McGill University
 Considerada a melhor universidade do Canadá e uma
das melhores Universidades de música do mundo
 Fotografia: Divulgação

Fazem parte desta campanha: os professores Dr. Durval Cesetti; Dra. Elke Beatriz Riedel; Dra. Regiane Yamaguchi; Ms. Igara Cabral; Ms. Maria de Agosto Varela Barca; Prof. Stefano Algieri (McGill University); Cristian Brandão; Daliana Cavalcanti; Bruno Silva, Orquestra de câmara da disciplina Laboratório de Ópera; Yanna Medeiros; Fernanda Queiroz e Heleneide Morais Angelo Medeiros.

O talento de Kaio Morais não chama atenção só do segmento cultural do Rio Grande do Norte. O professor Stefano Algieri da Schlich School of Music of McGill University, declarou que, “em maio de 2012 eu tive a grande honra de ser convidado pelo professor Zilmar Rodrigues para me apresentar e conduzir Master Classes em Natal. E, lá tinham vários jovens cantores que estavam ansiosos em aprender. Um dos cantores deste grupo era realmente um excepcional jovem tenor. O nome dele é Kaio César Freitas Morais que considero um dos melhores jovens tenores que eu tive o prazer de ouvir”.

E, conclui dizendo, “ele possui uma bela voz de qualidade mundial, e talento para uma carreira internacional em potencial. Mas, também é importante dizer que ele precisa de ajuda para desenvolver seu talento e se preparar para uma carreira internacional”.
 
 TEATRO ALBERTO MARANHÃO
Uma Noite Espanhola, uma formação orquestral e um pequeno
 número de Dança Flamenca estão entre as iniciativas
 para levantar o dinheiro necessário
 Fotografia: Divulgação
 
Kaio acredita que precisará ao todo cerca de R$ 65.110,00 (sessenta e cinco mil cento e dez reais) fora as passagens internacionais Natal-Montreal. Entre os projetos pensados para levantar o dinheiro necessário para a viagem está um Recital no Solar Bela Vista – Evento beneficente que irá contar com um coquetel e a apresentação dos músicos Kaio Morais, Igara Cabral, Elke Riedel e Cristian Brandão.

Outra iniciativa será a Noite Espanhola no Teatro Alberto Maranhão, onde acontecerá dois récitais e contará com uma pequena formação orquestral que irá interpretar canções espanholas e uma Tonadilla (forma de ópera espanhola) chamada Al Fin Vence La Mujer. O espetáculo conta ainda com um pequeno número de dança flamenca.

“É importante lembrar que tanto Kaio como o grupo que está apoiando o tenor se encontram totalmente aberto a outras propostas com o intuito de viabilizar o projeto internacional do tenor. Como também podemos conversar com o setor de Marketing de empresas e ver o que pode ser feito em campanhas publicitárias. Caso exista um interesse em participar dessa iniciativa é só entrar em contato com a gente”, disse a produtora cultural Yanna Medeiros pelo e-mail yannamedeiros@gmail.com .
 
 SALÃO SOLAR BELA VISTA
 Um Recital no Solar Bela Vista é um  dos projetos pensados
para levantar dinheiro para o sonho de Kaio Maorais
Um potiguar rumo ao Canadá
 Fotografia: Wellington Barbosa
 
O tenor e pianista Kaio Morais nasceu em Natal é formado em Licenciatura em Música e no Curso Técnico em Piano pela Escola de Música da UFRN. Atualmente, está cursando o Bacharelado em Música na mesma instituição, sob a orientação dos professores Guilherme Rodrigues e Durval Cesetti. Recentemente, foi aprovado em concurso público para professor de Ensino Médio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte.

Ao longo de sua carreira acadêmica, tem atuado em diversos projetos, entre eles: monitor do Curso Básico (piano e teoria musical) e do Projeto de Iniciação a Cordas da EMUFRN, professor de Canto Coral da Escola de Música de Macaíba, pianista do projeto de Musicoterapia desenvolvido no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e, atualmente, pianista-acompanhador da classe da professora de canto Elke Riedel.

Kaio Morais iniciou seus estudos musicais como pianista em 2007, sob a orientação da professora Igara Cabral. Durante seus estudos na EMUFRN, esteve sob a orientação dos Profs. Guilherme Rodrigues e Rogério Lourenço. Como cantor, teve suas primeiras experiências no Grupo de Ópera Canto Dell’Arte, sob a orientação da professora Maria de Agosto Varela, onde participou como coralista e solista nos espetáculos Amor à La Carte, A Morte da Soprano e em diversas cenas líricas produzidas pelo grupo, atuando também como ensaiador e chefe de naipe. Em 2010, ingressou no Madrigal da UFRN, onde assumiu o cargo de coralista e ensaiador substituto.

Participou de diversos Masterclasses de canto nos últimos anos, obtendo orientações importantes de vários professores, dentre eles: Johannes Martin Kränzle (Alemanha), Cláudia Cunha, Alzeny Nelo, Angela Barra, Nazaré Rocha, Elke Riedel, Lenine Santos e Stefano Algieri (Canadá).

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