maio 17, 2014

A CASA DE CONTOS

BETO VIEIRA & ANA CELINA
Uma simpática residência na Gonçalves Ledo, Centro Histórico,
se transforma em oásis para ouvir e contar histórias,
além de investir na formação do contador
Fotografia: Magnus Nascimento

UM MUNDO CABE NA CASA DOS CONTOS

Por
Itaércio Porpino
TRIBUNA DO NORTE

Uma casinha antiga, com cara de casa de vó, no Centro Histórico de Natal, foi escolhida pelo casal de atores Beto Vieira e Ana Celina para ser a Casa de Contos, espaço físico voltado para a contação de histórias, trabalho a que os dois se dedicam há pelo menos 15 anos  à frente da Trotamundos Companhia de Artes.

Branco por fora e colorido por dentro, o lugar abriga bonecos, instrumentos musicais, figurinos, cenários e engenhocas feitas com material reciclável usados para reproduzir efeitos sonoros. É nesse espaço que a magia acontece.

A Casa de Contos foi aberta no último dia 3 de maio e, a princípio, funcionará com atividades à tarde, a partir das 14h30. “É um espaço dedicado a oralidade, para se contar e ouvir histórias, mas, principalmente, um espaço de formação do contador”, diz a falante Celina. 

Ela e Beto vão movimentar a casa com rodas de contação de histórias e oficinas de contar histórias. Os dois informam que algumas oficinas serão abertas ao público geral, pra que qualquer pessoa interessada em enveredar pelos caminhos lúdicos do ancestral hábito de contar histórias possa participar, e outras serão dirigidas a públicos específicos, como professores (para que eles possam usar a contação como ferramenta na sala de aula) e gestantes, mães e pais (com a finalidade de ajudá-los a estreitar os laços afetivos e culturais com seus filhos).  

Duas oficinas já têm data definida – Histórias de Encantar (nos dias 26, 28 e 30 deste mês) e O Corpo do Contador de Histórias (dia 29/05). As inscrições estão abertas até o próximo dia 19. A taxa custa R$20.

Para as rodas de contação de histórias, entretanto, ainda não há um calendário de atividades, pois isso depende do trabalho de divulgação que os dois atores ainda vão fazer nas escolas particulares e públicas de Natal. Como o espaço da Casa de Contos é apertadinho, eles só vão poder trabalhar, por sessão, com grupos de 20 a 25 crianças no máximo.   

Havendo uma demanda maior de alunos, Beto e Celina irão até a escola levando seus figurinos, bonecos e instrumentos musicais, coisa que já estão acostumados a fazer.

Na estrada há bastante tempo e com um trabalho muito conhecido e respeitado, o casal não vai ter qualquer dificuldade em levar público para suas rodas de contação de história cheias de musicalidade, saber e ludicidade.

Logo logo a pequena sala da casa de número 798 da rua Gonçalves Lêdo, na Cidade Alta, vai estar apinhada de crianças, que vão se divertir e aprender com os contos e lendas populares narrados com muita alegria e desenvoltura por  Beto e Celina. E haja habilidade para se apresentarem em um espaço cênico minimalista.

“É um desafio que propomos para nós. Se conseguimos fazer aqui, podemos fazer em qualquer lugar. Às vezes é em um palco grande, como o do Teatro Alberto Maranhão, mas também pode ser em locais bem apertados, como já aconteceu mais de uma vez”, diz Beto.  

O importante é que o pequeno espaço está todo arrumado, com almofadas coloridas e tapete no chão, só esperando os pequenos espectadores. 

...fonte...

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Casa de Contos
Rua Gonçalves Lêdo, 798, Cidade Alta 
(por trás da antiga Central do Cidadão)
 (84) 8717 7686 / 8896 7760 / 9910 0833

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