Com poucos recursos e muita boa vontade, Flávio Rezende, presidente da Casa do Bem, tem conduzido a entidade com a ajuda de voluntários e doações de empresas parceiras |
A "alma boa" DE FLÁVIO REZENDE
Jornalista, escritor e ativista completa 50 anos com um sonho realizado:
ver a Casa do Bem aberta em Mãe Luíza – Natal/RN
Jornalista, escritor e ativista completa 50 anos com um sonho realizado:
ver a Casa do Bem aberta em Mãe Luíza – Natal/RN
Por
Paulo Nascimento
O prazer de ajudar e servir aos mais necessitados mistura-se com a história do jornalista, escritor e ativista social Flávio Rezende, 50 anos recém completados neste mês de julho. Como consequência da veia filantrópica que sempre teve desde criança, Flávio toca há pouco mais de ano o que tem como "sonho da sua vida": a Casa do Bem. Nascida de uma somatória de fatores, desde a escolha por morar em Mãe Luíza há mais de 20 anos, passando pela transformação do desejo de prestar assistência em realidade, a construção da Casa do Bem é o retrato da "alma boa" - como Flávio trata todos com quem conversa - do jornalista.
Aos poucos, unindo projetos já existentes, que envolviam igrejas e escolas do bairro, e criando os seus, formava-se um embrião Casa do Bem. "Tudo começou ainda em minha antiga casa, trazendo os primeiros projetos para a garagem", explicou Flávio. Atualmente, ele não vive mais na mesma casa - transformada em pequenos apartamentos -, que é vizinha a atual sede da instituição. "Eu, e principalmente minha família, estávamos sendo sufocados. Todo dia várias pessoas apareciam na minha porta fazendo pedidos pessoais, como bujão de gás, o que não é o objetivo das ações da Casa do Bem", afirmou Flávio. A Casa do Bem, no entanto, não é morada apenas de quem participa dos projetos oferecidos, mas também do diretor, que nunca deixa de passar pelo local diariamente.
Desde a infância, Flávio despertou entre os irmãos - no total de seis - o desejo de ajudar. Segundo ele, sempre que alguém passava em sua casa pedindo algum tipo de ajuda, em especial alimentação, o então estudante do Instituto Maria Auxiliadora não negava. "Recordo muito bem que quando o único shopping de Natal era o CCAB Norte, em Petrópolis, a moda da época era tomar um chocolate de Gramado. E sempre que eu ia, chamava também o garoto que ficava tomando conta do estacionamento, como se fosse um flanelinha de hoje, para tomar chocolate comigo", lembrou Flávio.
Vindo de família abastada, tendo como patriarca o médico Fernando Rezende - que hoje dá nome à Casa do Bem -, e amigo de muitos integrantes da alta sociedade da capital potiguar, o já jornalista, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Flávio surpreendeu a todos quando resolveu morar em Mãe Luíza, então e até hoje considerado um dos bairros mais perigosos da cidade. "Eu me sinto bem entre meus amigos de alta classe, mas me sinto muito melhor no meio do povo. Isso vem de mim e eu não sei explicar a razão. E estando no meio do povo, me sinto com ainda mais vontade de ajudar", afirmou o diretor da Casa do Bem.
Seguindo o passo a passo que resultou na instalação da Casa do Bem no bairro em julho de 2010, Flávio deparou-se com uma escolha relativa à comunidade onde escolheu para viver: interagir ou não com a população local. "Eu poderia simplesmente me trancar na minha casa e não olhar para cara de ninguém, mas eu escolhi realmente viver em Mãe Luíza", disse Flávio. Aos poucos, com a aproximação, conhecendo a realidade do local, uma luz despertou na "alma boa" de Flávio. "Eu percebi que, apesar de todos os problemas que existiam por aqui, poderia fazer alguma coisa para ajudar", ponderou o jornalista.
Desde a infância, Flávio despertou entre os irmãos - no total de seis - o desejo de ajudar. Segundo ele, sempre que alguém passava em sua casa pedindo algum tipo de ajuda, em especial alimentação, o então estudante do Instituto Maria Auxiliadora não negava. "Recordo muito bem que quando o único shopping de Natal era o CCAB Norte, em Petrópolis, a moda da época era tomar um chocolate de Gramado. E sempre que eu ia, chamava também o garoto que ficava tomando conta do estacionamento, como se fosse um flanelinha de hoje, para tomar chocolate comigo", lembrou Flávio.
A Casa do Bem atende hoje cerca de 2.800 pessoas direta e indiretamente |
O CARA DO BEM
Vindo de família abastada, tendo como patriarca o médico Fernando Rezende - que hoje dá nome à Casa do Bem -, e amigo de muitos integrantes da alta sociedade da capital potiguar, o já jornalista, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Flávio surpreendeu a todos quando resolveu morar em Mãe Luíza, então e até hoje considerado um dos bairros mais perigosos da cidade. "Eu me sinto bem entre meus amigos de alta classe, mas me sinto muito melhor no meio do povo. Isso vem de mim e eu não sei explicar a razão. E estando no meio do povo, me sinto com ainda mais vontade de ajudar", afirmou o diretor da Casa do Bem.
Seguindo o passo a passo que resultou na instalação da Casa do Bem no bairro em julho de 2010, Flávio deparou-se com uma escolha relativa à comunidade onde escolheu para viver: interagir ou não com a população local. "Eu poderia simplesmente me trancar na minha casa e não olhar para cara de ninguém, mas eu escolhi realmente viver em Mãe Luíza", disse Flávio. Aos poucos, com a aproximação, conhecendo a realidade do local, uma luz despertou na "alma boa" de Flávio. "Eu percebi que, apesar de todos os problemas que existiam por aqui, poderia fazer alguma coisa para ajudar", ponderou o jornalista.
Mais um grande sucesso da Casa do Bem, a edição da saída do Palhaço da Paz
com a campanha: “Liberdade aos Passarinhos”. No comando, Flávio Rezende
com a campanha: “Liberdade aos Passarinhos”. No comando, Flávio Rezende
DECEPÇÃO COM FALTA DE APOIO DOS AMIGOS
Com o crescimento dos projetos e a chegada de cada vez mais pessoas para participar das ações, além da maior visibilidade alcançada pelo que seria o embrião da atual sede, a Casa do Bem finalmente virou realidade. A construção da casa de dois pavimentos em Mãe Luíza, inaugurada em 15 de julho de 2010, contou com o apoio de empresas de grande porte, como a petrolífera Petrobras, e o governo do estado, através de leis de incentivo, como a Câmara Cascudo. "Esta casa de pé, funcionando, me dá, acima de tudo, um sentimento extremamente gratificante. Muitos chegaram a não acreditar, mas hoje posso dizer que é um sonho realizado", afirma Flávio Rezende.
projeto "Surfista do Bem", atende jovens carentes do bairro de Mãe Luiza |
SOBRE A CASA
A Casa do Bem é uma organização não governamental funcionando na cidade do Natal, capital do Rio Grande do Norte, no Brasil. Atualmente mais de 30 projetos estão em andamento e, em sua sede social na Rua João XXIII, nº. 1719, em Mãe Luiza, atividades diversas podem ser feitas através de voluntários, tudo sem cobrança de taxas e sem interferência política e nem religiosa. Com o lema "Fazer o bem sem olhar a quem", a Casa do Bem, atende pelo fone (84) 3202-3441. A Casa do Bem é de utilidade pública municipal, estadual, legalizada em todos os sentidos, possuindo ainda aval do Conselho Municipal de Assistência Social, além de fazer parte do programa Cidadão Nota 10 do Governo do Estado do RN.
...fonte...
Paulo Nascimento
especial para o Diário de Natal
paulonascimento.rn@dabr.com.br
www.diariodenatal.com.br
www.casadobem.org.br
...fotografia...
Canindé Soares
“Respiro a Casa do Bem 24 horas, é um sonho que virou realidade, hoje busco de todas as formas manter a ONG funcionando, mas não tenho conseguido muitos apoios. Temos até agora só um apoio governamental, que é da Prefeitura da Cidade do Natal, de algumas empresas e dos poucos amigos. Isso é o que tem tornado a Casa do Bem possível. Apesar de tudo, o ideal é maior e permaneço com a chama acesa, pois minha missão é ajudar, e disso não abro mão". (Flávio Rezende)
...visite...
www.casadobem.org.br
Amigo sem palavras para agradecer, só o coração pulsando de alegria e, revelando com esse pum-pum-pum o quanto estou feliz com sua postagem, luz e paz, sempre, FR
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