Deífilo estudou e documentou o folclore nordestino há mais de três décadas
e lamentou o desinteresse da população pelo folclore. Ele, porém, não desistiu.
fotografia: Giovani Sérgio
O DERRADEIRTO VERSO DO FOLCLORISTA
Por
Tádzio França e Yuno Silva
Repórteres
Cinthia Lopes
Editora
Tribuna do Norte
"Este foi um homem feliz. / Trabalhou em silêncio, / sua ração cotidiana / de humildes aleg(o)rias // Nunca o seduziu a glória dos humanos / Nem a eternidade dos deuses. // Fez o que tinha de fazer: / repartiu o seu pão entre os humildes, / defendeu como pôde os ofendidos, / semeou esperanças entre os justos, / e partiu, como tinha de partir / feliz com sua vida e sua morte."
O poema "Epitáfio", escrito em 1994 por Deífilo Gurgel, 85. comprova que o próprio poeta, escritor, pesquisador, professor e folclorista tinha a certeza do dever cumprido há quase duas décadas. E isso, de certa forma, conforta.
Falecido às 11h50 desta segunda-feira (6), após 16 dias internado na UTI do hospital PAPI, em decorrência à falência múltipla de órgãos, Deífilo foi velado e sepultado ontem no Cemitério Morada da Paz, em Emaús. Último elo legítimo entre passado, presente e futuro, o folclorista cumpriu a missão de registrar para a posteridade capítulos importantes de uma tradição intimamente ligada à formação da identidade cultural do povo potiguar. Seu trabalho está impregnado de uma insubstituível sabedoria oral. Deífilo deixa a esposa Zoraide de Oliveira Gurgel, 9 filhos, 17 netos e 6 bisnetos. Ficam também, em caráter inédito, as obras "O Romanceiro Potiguar", (finalizado, mas sem data de lançamento pela Fundação José Augusto , "No reino de Baltazar" e "O Diabo a quatro".
Falecido às 11h50 desta segunda-feira (6), após 16 dias internado na UTI do hospital PAPI, em decorrência à falência múltipla de órgãos, Deífilo foi velado e sepultado ontem no Cemitério Morada da Paz, em Emaús. Último elo legítimo entre passado, presente e futuro, o folclorista cumpriu a missão de registrar para a posteridade capítulos importantes de uma tradição intimamente ligada à formação da identidade cultural do povo potiguar. Seu trabalho está impregnado de uma insubstituível sabedoria oral. Deífilo deixa a esposa Zoraide de Oliveira Gurgel, 9 filhos, 17 netos e 6 bisnetos. Ficam também, em caráter inédito, as obras "O Romanceiro Potiguar", (finalizado, mas sem data de lançamento pela Fundação José Augusto , "No reino de Baltazar" e "O Diabo a quatro".
Cursando Direito; um dos seus professores foi Câmara Cascudo
- com quem futuramente teria um belo trabalho em comum
fotografia: Alex Régis
O POETA E O PESQUISADOR
Deífilo Gurgel se dizia, como Cascudo, um "provinciano incurável". A afirmação tinha mais a ver com a paixão que ele nutria pela cultura de sua terra do que com algum tipo de conservadorismo. Em Areia Branca, onde nasceu, já se via fascinado pelas apresentações de Pastoril e Bumba Meu Boi. Mas até então eram só lembranças de criança. Quando o folclore passou a ser o motivo maior da vida do poeta, escritor e advogado, o próprio Deífilo foi incorporado à história que ele tanto pesquisou e enriqueceu ao longo de 40 anos de trabalho.
Aos 18 anos Deífilo deixou Areia Branca e veio estudar em Natal, no velho Atheneu da Cidade Alta. Corria o ano de 1944. Já nesse período escrevia sonetos que eram publicados nos suplementos literários da época. O único lazer era jogar sinuca no Café Grande Ponto, antes de ir pra casa. Em 1951 se casa com Zoraide Gurgel, com quem teve nove filhos. Durante a década de 60 Deífilo cursou a Faculdade de Direito; um dos seus professores foi Câmara Cascudo - com quem futuramente teria um belo trabalho em comum.
A primeira faceta de Deífilo foi a de poeta. No território dos versos lançou os livros "Cais da ausência" (o primeiro, em 1961), "Os dias e as noites", "Sete sonetos do Rio e outros poemas", "Areia Branca, a Terra e a Gente", e "Os bens aventurados". A prosa veio depois, em forma de pesquisa. O interesse profundo pelo folclore só veio em 1970, quando ele já estava com 44 anos, época em que atuava como diretor de cultura pela prefeitura de Natal. O até então poeta foi incumbido pelo município de organizar um grupo de artistas para um show folclórico. Deífilo foi para São Gonçalo do Amarante e, entre as coloridas fitas esvoaçantes dos galantes, encontrou um novo motivo de fascínio.
"Fique maravilhado e decidi estudar. O primeiro livro sobre o assunto que eu li foi 'Danças Dramáticas do Brasil', de Mário de Andrade. Mário era um gênio!", declarou ele em uma entrevista à poeta Marize Castro, em 2001. Aliás, um dos maiores motivos de orgulho para Deífilo enquanto folclorista teve a ver com a obra de Andrade. A história começa na década de 20, época em que o escritor paulista esteve no Rio Grande do Norte para uma pesquisa etnográfica. Em Pedro Velho, Andrade conheceu Chico Antônio, um dos mais hábeis emboladores de coco que já havia visto. Registrou tudo devidamente em seus livros.
Anos depois, entre 1979 e 1981, Deífilo iniciou um extensa pesquisa sobre as danças folclóricas do RN, viajando por todo o Estado. Ao passar por Pedro Velho, na reta final da viagem, recebeu a dica de um morador sobre um certo embolador de coco "muito bom". Qual a surpresa de Deífilo ao ver que o tal coquista era Chico Antônio, o mesmo que encantou Mário de Andrade 50 anos atrás. O folclorista levou Chico para uma apresentação no programa Som Brasil, cuja apresentação mereceu aplausos de pé.
Outro orgulho de Deífilo foi ter descoberto a maior romanceira do Brasil, Dona Militana, em São Gonçalo do Amarante. O folclorista já havia conhecido o pai dela, no mesmo período em que fazia as pesquisas sobre as danças, nos anos 70. Deífilo registrou em seu gravador séculos de uma tradição oral ibérica, trabalho que o estimulava mais do que tudo. "O que me emociona e me encanta é pegar um gravador e uma máquina fotográfica e sair pelas vilas humildes, sítios e fazendas entrevistando pessoas simples que sabem coisas que muita gente de academia não sabe", afirmou.
Deífilo Gurgel esteve ligado por anos ao incentivo da cultura popular no Estado. Trabalhou como diretor do Depto de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Natal (SMEC), diretor de Promoções Culturais da Fundação José Augusto e presidente da Comissão Norte-rio-grandense de Folclore. Também foi professor de folclore brasileiro na UFRN por 12 anos. Seu trabalho também trouxe à tona os trabalhos de mamulengueiro Chico Daniel e de Manoel Marinheiro. Entre os livros sobre folclore estão "Danças folclóricas do RN", "João Redondo - Teatro de Bonecos do Nordeste", "Romanceiro de Alcaçus", "Manual do Boi Calemba" e "Espaço e tempo do folclore potiguar".
"Fique maravilhado e decidi estudar. O primeiro livro sobre o assunto que eu li foi 'Danças Dramáticas do Brasil', de Mário de Andrade. Mário era um gênio!", declarou ele em uma entrevista à poeta Marize Castro, em 2001. Aliás, um dos maiores motivos de orgulho para Deífilo enquanto folclorista teve a ver com a obra de Andrade. A história começa na década de 20, época em que o escritor paulista esteve no Rio Grande do Norte para uma pesquisa etnográfica. Em Pedro Velho, Andrade conheceu Chico Antônio, um dos mais hábeis emboladores de coco que já havia visto. Registrou tudo devidamente em seus livros.
Anos depois, entre 1979 e 1981, Deífilo iniciou um extensa pesquisa sobre as danças folclóricas do RN, viajando por todo o Estado. Ao passar por Pedro Velho, na reta final da viagem, recebeu a dica de um morador sobre um certo embolador de coco "muito bom". Qual a surpresa de Deífilo ao ver que o tal coquista era Chico Antônio, o mesmo que encantou Mário de Andrade 50 anos atrás. O folclorista levou Chico para uma apresentação no programa Som Brasil, cuja apresentação mereceu aplausos de pé.
Outro orgulho de Deífilo foi ter descoberto a maior romanceira do Brasil, Dona Militana, em São Gonçalo do Amarante. O folclorista já havia conhecido o pai dela, no mesmo período em que fazia as pesquisas sobre as danças, nos anos 70. Deífilo registrou em seu gravador séculos de uma tradição oral ibérica, trabalho que o estimulava mais do que tudo. "O que me emociona e me encanta é pegar um gravador e uma máquina fotográfica e sair pelas vilas humildes, sítios e fazendas entrevistando pessoas simples que sabem coisas que muita gente de academia não sabe", afirmou.
Deífilo Gurgel esteve ligado por anos ao incentivo da cultura popular no Estado. Trabalhou como diretor do Depto de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Natal (SMEC), diretor de Promoções Culturais da Fundação José Augusto e presidente da Comissão Norte-rio-grandense de Folclore. Também foi professor de folclore brasileiro na UFRN por 12 anos. Seu trabalho também trouxe à tona os trabalhos de mamulengueiro Chico Daniel e de Manoel Marinheiro. Entre os livros sobre folclore estão "Danças folclóricas do RN", "João Redondo - Teatro de Bonecos do Nordeste", "Romanceiro de Alcaçus", "Manual do Boi Calemba" e "Espaço e tempo do folclore potiguar".
Deífilo Gurgel
Na lista dos 100 poetas mais importantes de sua geração,
reconhecimento dado pelo crítico literário carioca Alexei Bueno
fotografia: Alex Régis
FAMÍLIA DE DEÍFILO GURGEL PRETENDE CRIAR FUNDAÇÃO
Por
Yuno Silva
O semblante derradeiro de Deífilo Gurgel (1926-2012) é de descanso, paz e tranquilidade, e a simplicidade que sempre acompanhou o folclorista permanece no ar e comove amigos, familiares e admiradores. Saudado não apenas por sua obra e pelo que ela representa, mas, sobretudo, por sua humanidade, bom humor, sinceridade e compromisso diante das raízes da Cultura potiguar, Deífilo deixa várias lições e uma certeza: a de que há muito trabalho a ser feito.
Prova disso é "Romanceiro Potiguar", livro pelo qual dedicou quase 30 anos de sua vida e que traz mais de 100 entrevistas e cerca de 300 romances ibéricos, bem como ligados à vida sertaneja e à pecuária, registrados entre 1985 e 1995, período que percorreu os rincões do RN munido de sua incansável vontade de revelar as pérolas que fazem do RN um dos grandes redutos do que há de mais original em termos de tradição. Deífilo deixou o título devidamente revisado e pronto para ser impresso.
"Papai se alimentava da cultura popular", disse Alexandre Gurgel, filho do pesquisador, durante velório ocorrido ontem no Cemitério Morada da Paz. "Seu maior receio era a descontinuidade do trabalho junto aos mestres e aos grupos populares", lembrou.
Segundo Alexandre, a família planeja criar uma fundação para cuidar do legado deixado pelo patriarca. "É uma questão de honra manter seu acervo e sua memória. Há livros e poemas inéditos, anotações e pesquisas que precisam ser organizados." Sobre a publicação de "Romanceiro Potiguar", editado com apoio da FJA, informou que "logo que passar esse momento" será organizada uma festa à altura da importância da obra, inclusive com participação de grupos tradicionais. Sem uma data definida, ele estima que em 30 dias deverá ter alguma definição. "Mamãe (Zoraide Gurgel) irá decidir a melhor hora", garante.
Na lista dos 100 poetas mais importantes de sua geração, reconhecimento dado pelo crítico literário carioca Alexei Bueno, Deífilo Gurgel exaltava a cultura e se configurava como "um sonetista centrado e desprovido da tendência do 'cerebrismo'. Ele preferia usar uma linguagem popular, acessível, e se destacava por tratar com naturalidade assuntos considerados tabus como a morte", ressalta o jornalista e escritor Nelson Patriota.
"Papai se alimentava da cultura popular", disse Alexandre Gurgel, filho do pesquisador, durante velório ocorrido ontem no Cemitério Morada da Paz. "Seu maior receio era a descontinuidade do trabalho junto aos mestres e aos grupos populares", lembrou.
Segundo Alexandre, a família planeja criar uma fundação para cuidar do legado deixado pelo patriarca. "É uma questão de honra manter seu acervo e sua memória. Há livros e poemas inéditos, anotações e pesquisas que precisam ser organizados." Sobre a publicação de "Romanceiro Potiguar", editado com apoio da FJA, informou que "logo que passar esse momento" será organizada uma festa à altura da importância da obra, inclusive com participação de grupos tradicionais. Sem uma data definida, ele estima que em 30 dias deverá ter alguma definição. "Mamãe (Zoraide Gurgel) irá decidir a melhor hora", garante.
Na lista dos 100 poetas mais importantes de sua geração, reconhecimento dado pelo crítico literário carioca Alexei Bueno, Deífilo Gurgel exaltava a cultura e se configurava como "um sonetista centrado e desprovido da tendência do 'cerebrismo'. Ele preferia usar uma linguagem popular, acessível, e se destacava por tratar com naturalidade assuntos considerados tabus como a morte", ressalta o jornalista e escritor Nelson Patriota.
Nascido em Areia Branca e o mais velho de nove irmãos, Deífilo Gurgel "deixa um vácuo no cenário cultural", analisa o jornalista Tarcísio Gurgel, 66. "De sua geração, restam duas figuras importantíssimas: Dorian Gray Caldas e Sanderson Negreiros, baluartes que sustentam o elo entre as gerações." O caçula dos Gurgel se emociona ao lembrar da generosidade do irmão: "Seu humor contagiava, tinha um zelo pelas pessoas e pela Cultura que comovia; um mestre que vibrava junto sem passar a mão na cabeça. Lembro que quando ensaiava meus primeiros versos, me deu régua, compasso e um conselho: 'já pensou em escrever contos?' Tinha um senso acurado".
"Amo-te muito, muito mais do que o tempo disser"
(Carlos Gurgel, poeta e filho do historiador Deífilo Gurgel)
fotografia: Canindé Soares
ETERNAMENTE DEÍFILO
Por
Carlos Gurgel
poeta e filho do historiador
Papai sempre foi uma árvore. Frondosa, como uma sombra sábia e educada. Papai sempre se vestiu de paz e da alma do povo. Através do qual, produziu, por sobre milhares de revelações e descobertas, uma intensa luz, límpida e audaz, onde construiu seus castelos e abençoadas fontes.
Por onde andou, como um mártir de muitas estradas, buscou sempre o humilde, o raro, o inquebrantável canto de todos aqueles que fazem parte de uma enorme constelação, repleta de vida e anunciações.
Com seus olhos, percebeu que o mundo, assim como seus dias e suas noites, era como uma armadura, um farol, um porto, repleto de relíquias e reinados.
Foi assim, por um bom tempo, que palmilhou nosso chão, como um missionário espalhando seu suor e sorrisos. Um incansável, sempre, protegendo o desejo de todos aqueles recantos, quando se benzia e enfrenta o escuro e os seus dragões.
O amor de papai para tudo que reluz essência, raiz de uma gente, sempre fez dele um guerreiro, um solitário batalhador de loas, brincantes, romances, rezas, promessas e dos anônimos de uma roça onde se dança cheganças, e de pífanos que anunciam a disputa da celebração do amor e da amizade.
Com papai, todos esses caminhos foram trilhados. E como uma jura, ele fez do brilho das suas visitas e apontamentos, no meio das comunidades e sertões, o seu maior prêmio.
Humano ao extremo, uma criança tão dócil, que, ao primeiro encontro, já conquistava todos como se fosse uma grande confraternização do tempo e de tudo que lembra alegria e bondade.
Assim foi papai. Imenso no seu caráter. Um ser que vai fazer tanta falta, que nem imagino o que possa acontecer, quando o vento e os seus faróis, prenunciarem que a cidade e o seu povo, clamam por suas sandálias e seus garimpos.
Eu, como filho primogênito, ao invés de derramar lágrimas, sorrio; porque sei que lá do infinito céu onde papai se encontra, a folia que ele capitaneará, farão de todos os presentes, uma enorme chama, como deve ser para um homem que sempre procurou pelas palavras, como quem garimpa o ouro e o espírito de todo aquele que crê.
Com seus olhos, percebeu que o mundo, assim como seus dias e suas noites, era como uma armadura, um farol, um porto, repleto de relíquias e reinados.
Foi assim, por um bom tempo, que palmilhou nosso chão, como um missionário espalhando seu suor e sorrisos. Um incansável, sempre, protegendo o desejo de todos aqueles recantos, quando se benzia e enfrenta o escuro e os seus dragões.
O amor de papai para tudo que reluz essência, raiz de uma gente, sempre fez dele um guerreiro, um solitário batalhador de loas, brincantes, romances, rezas, promessas e dos anônimos de uma roça onde se dança cheganças, e de pífanos que anunciam a disputa da celebração do amor e da amizade.
Com papai, todos esses caminhos foram trilhados. E como uma jura, ele fez do brilho das suas visitas e apontamentos, no meio das comunidades e sertões, o seu maior prêmio.
Humano ao extremo, uma criança tão dócil, que, ao primeiro encontro, já conquistava todos como se fosse uma grande confraternização do tempo e de tudo que lembra alegria e bondade.
Assim foi papai. Imenso no seu caráter. Um ser que vai fazer tanta falta, que nem imagino o que possa acontecer, quando o vento e os seus faróis, prenunciarem que a cidade e o seu povo, clamam por suas sandálias e seus garimpos.
Eu, como filho primogênito, ao invés de derramar lágrimas, sorrio; porque sei que lá do infinito céu onde papai se encontra, a folia que ele capitaneará, farão de todos os presentes, uma enorme chama, como deve ser para um homem que sempre procurou pelas palavras, como quem garimpa o ouro e o espírito de todo aquele que crê.
Pois tudo que ele pronunciou e criou, alimenta o coração do povo que ele tanto amou e entregou sua vida.
Amo-te muito, muito mais do que o tempo disser.
...fotografia...
Alex Régis
Canindé soaresGiovani Sérgio
...curiosidade...
Deífilo lançou um livro em que não aborda tema folclórico, mas certamente escreveu com as tintas da emoção e recordação da terra onde nasceu: “Areia Branca – A terra e a gente”. A obra é uma exaustiva pesquisa da geografia e da história da cidade (410 páginas). Detalhes pitorescos são contados e contribuem para uma visão sociológica e antropológica da zona salineira e parte do Oeste potiguar.
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Fiz uma visita e gostei!! Passa lá você também!!!