"IN THE AMERICAS WITH DAVID YETMAN"
Programa de documentários sobre as Américas,
produzido pela televisão norte-americana, grava episódio
nas Dunas do
Rosado, região litorânea
entre os municípios
potiguares de Areia Branca e
Porto do Mangue
Fotografia: Divulgação
A imagem pode estar sujeita a direitos de autor!
Fotografia: Divulgação
A imagem pode estar sujeita a direitos de autor!
O RN NAS TELAS AMERICANAS
Por
Henrique Arruda
Do Novo Jornal
Depois de servir como cenário para cenas da próxima novela das seis da
Rede Globo, “Flor do Caribe”, que deve estrear no próximo mês, as “Dunas
do Rosado” também serão projetadas em um dos programas da quarta
temporada da série “In The Americas With David Yetman” . A paisagem
paradisíaca localizada entre os municípios de Areia Branca e Porto do
Mangue só vai ser exibida em 2014 na TV norte-americana, através do
canal PBS, para cerca de 40 milhões de pessoas.
“Passamos um ano inteiro produzindo uma temporada e somente depois de pronta é que entregamos ao canal os 10 programas”, explica o produtor Daniel Duncan, enquanto o apresentador David Yetman comenta algo sobre uma peculiaridade que encontrou no local. “É um lugar lindo e o que achei mais curioso é que o nome ‘Rosado’ não foi dado pela cor da areia, e sim porque faz referência a uma família”, comenta.
“Passamos um ano inteiro produzindo uma temporada e somente depois de pronta é que entregamos ao canal os 10 programas”, explica o produtor Daniel Duncan, enquanto o apresentador David Yetman comenta algo sobre uma peculiaridade que encontrou no local. “É um lugar lindo e o que achei mais curioso é que o nome ‘Rosado’ não foi dado pela cor da areia, e sim porque faz referência a uma família”, comenta.
DUNAS DO ROSADO
Segundo maior parque de dunas do Brasil
Fica atrás somente dos Lençõis Maranhenses
Fotografia: Josuá Carlos
Entre os 10 programas da próxima temporada, quatro irão passear pelo
Nordeste brasileiro. Dois se passam em Pernambuco, o primeiro
percorrendo o Estado “do lugar mais pobre ao mais rico”, como define o
produtor; o segundo somente sobre o carnaval pernambucano. “No terceiro
programa vamos justamente mostrar essa diferença entre o carnaval
pernambucano e o do Rio de Janeiro porque não teve como juntar as duas
coisas, e era o que pensávamos em fazer antes”, conta.
O Rio Grande do Norte, mais especificamente as Dunas do Rosado ganha espaço somente no último programa pelo Nordeste, quando o tema “Dunas” entra em cena. “Visitamos as Falésias do Ceará, os Lençóis Maranhenses, a Lagoa do Abaeté, na Bahia e, por fim, as Dunas do Rosado”, detalha o produtor da atração que surgiu há três anos na Universidade do Arizona, onde o programa é editado.
Para acompanhar a dupla de aventureiros em
solo potiguar, a companhia do artista plástico Flávio Freitas que,
inclusive, chamou reforços para as filmagens. “Chamei também para nos
acompanhar Carito Cavalcanti, que é um dos maiores especialistas em
Dunas do Rosado nesse estado. Por muito tempo ele teve uma pousada lá,
que serviu de suporte para a gravação de alguns filmes, como ‘Maria, Mãe
do Filho de Deus’, do Padre Marcelo Rossi”, conta Flávio, citando o
poeta e multiartista, amigo de longa data.
O que mais impressionou Freitas durante as filmagens nas Dunas do Rosado, que ocorreram na última quinta-feira, 14, foi a forma leve como a dupla conduz as gravações. “Quem vê de fora tem a impressão de que não tem planejamento porque tudo serve de material, quando na verdade a gente sabe que existe uma pesquisa minuciosa. Mas fiquei impressionado de ver como eles capturaram vários detalhes. São muito abertos para o conteúdo do programa”, observa.
O Rio Grande do Norte, mais especificamente as Dunas do Rosado ganha espaço somente no último programa pelo Nordeste, quando o tema “Dunas” entra em cena. “Visitamos as Falésias do Ceará, os Lençóis Maranhenses, a Lagoa do Abaeté, na Bahia e, por fim, as Dunas do Rosado”, detalha o produtor da atração que surgiu há três anos na Universidade do Arizona, onde o programa é editado.
DUNAS DO ROSADO
Rede Globo incluiu as dunas do Rosado como cenário de gravação
de cenas da novela “Flor do Caribe” no Rio Grande do Norte
Fotografia: Josuá Carlos
O que mais impressionou Freitas durante as filmagens nas Dunas do Rosado, que ocorreram na última quinta-feira, 14, foi a forma leve como a dupla conduz as gravações. “Quem vê de fora tem a impressão de que não tem planejamento porque tudo serve de material, quando na verdade a gente sabe que existe uma pesquisa minuciosa. Mas fiquei impressionado de ver como eles capturaram vários detalhes. São muito abertos para o conteúdo do programa”, observa.
CAJUEIRO DE PIRANGI - PARNAMIRIM/RN
Fotografia: Canindé Soares
Fotografia: Canindé Soares
IN THE AMERICAS
In The Americas With David Yetman foi viabilizado quando o
financiamento para o seu primeiro programa, “The Desert Speaks”, chegou
ao fim depois de 20 anos. “Então David chegou para mim e disse que
queria criar o seu próprio programa, que fosse bem além dos desertos.
Agora ele queria falar sobre toda a América”, conta Daniel Duncan, que
também era produtor da antiga atração antes mesmo de David se tornar o
apresentador dos “Desertos”. “The Desert Speaks foi ao ar durante 20
anos e David foi o apresentador dos últimos 10 anos”, explica.
A figura amigável, de voz tranquila e que de certa forma lembra “Indiana Jones”, o clássico personagem de George Lucas, por causa do chapéu de “cowboy” que não sai de sua cabeça, exceto nos minutos finais da entrevista, quando o calor realmente domina o ambiente, diz que até hoje em dia é reconhecido por causa de suas matérias nos desertos. “Nós fomos gravar no Panamá, dia desses e por causa do chapéu vieram falar comigo, ‘com o cara do deserto’”, conta David em um português pausado e sem atropelos, muito embora ele não domine completamente a língua portuguesa.
In The Americas, além de ser exibido nos EUA, é veiculado também na Europa, em países como França e Alemanha, mas no Brasil ainda não há previsão de alguma emissora comprar o programa. Voltando para Natal, David conta que se surpreendeu bastante com o cajueiro de Pirangi, o maior do mundo. Ele fez questão de passar pelo ponto turístico, já que também é biólogo, especialista em plantas, autor de vários livros e ainda coleciona no currículo o doutorado em filosofia pela Universidade do Arizona. “É impressionante”, pontua.
O encontro entre Daniel e David aconteceu no México, enquanto a 9ª temporada de “The Desert Speaks” era gravada e David nem sonhava em se tornar o apresentador da atração. Ele fazia uma pesquisa sobre o uso medicinal de plantas. “E aí a PBS quis mudar um pouco o formato e incluir um apresentador que fosse além de abrir e fechar o programa. E eu percebi no mesmo momento que esse cara era David, que entendia perfeitamente sobre toda a nossa temática”, justifica o produtor.
Desde então foram 10 anos comandando a atração até chegar ao atual programa “das Américas”. “In The Americas não é difícil de fazer, mas por outro lado requer muito tempo e mão de obra. Temos uma lista enorme de lugares que queremos passar ainda, mas não queremos também fechar, por exemplo, cinco programas de uma vez só em um único país, e sim misturar todos eles”, explica. Ainda este ano, eles irão gravar na Colômbia, Panamá, Ruta Nacional 40 (Argentina) e talvez ainda voltem ao Brasil, em outubro, para gravações em Fernando de Noronha.
A figura amigável, de voz tranquila e que de certa forma lembra “Indiana Jones”, o clássico personagem de George Lucas, por causa do chapéu de “cowboy” que não sai de sua cabeça, exceto nos minutos finais da entrevista, quando o calor realmente domina o ambiente, diz que até hoje em dia é reconhecido por causa de suas matérias nos desertos. “Nós fomos gravar no Panamá, dia desses e por causa do chapéu vieram falar comigo, ‘com o cara do deserto’”, conta David em um português pausado e sem atropelos, muito embora ele não domine completamente a língua portuguesa.
In The Americas, além de ser exibido nos EUA, é veiculado também na Europa, em países como França e Alemanha, mas no Brasil ainda não há previsão de alguma emissora comprar o programa. Voltando para Natal, David conta que se surpreendeu bastante com o cajueiro de Pirangi, o maior do mundo. Ele fez questão de passar pelo ponto turístico, já que também é biólogo, especialista em plantas, autor de vários livros e ainda coleciona no currículo o doutorado em filosofia pela Universidade do Arizona. “É impressionante”, pontua.
O encontro entre Daniel e David aconteceu no México, enquanto a 9ª temporada de “The Desert Speaks” era gravada e David nem sonhava em se tornar o apresentador da atração. Ele fazia uma pesquisa sobre o uso medicinal de plantas. “E aí a PBS quis mudar um pouco o formato e incluir um apresentador que fosse além de abrir e fechar o programa. E eu percebi no mesmo momento que esse cara era David, que entendia perfeitamente sobre toda a nossa temática”, justifica o produtor.
Desde então foram 10 anos comandando a atração até chegar ao atual programa “das Américas”. “In The Americas não é difícil de fazer, mas por outro lado requer muito tempo e mão de obra. Temos uma lista enorme de lugares que queremos passar ainda, mas não queremos também fechar, por exemplo, cinco programas de uma vez só em um único país, e sim misturar todos eles”, explica. Ainda este ano, eles irão gravar na Colômbia, Panamá, Ruta Nacional 40 (Argentina) e talvez ainda voltem ao Brasil, em outubro, para gravações em Fernando de Noronha.
FLÁVIO FREITAS
Fotografia: Canindé Soares
SOY LOUCO POR TI
Mais adiante, na conversa, David destaca a ideia de separação que existe nas Américas, defendendo justamente o contrário: a união de todas elas. “Antes de sermos brasileiros, norte-americanos, mexicanos e por aí em diante, somos americanos, somos irmãos”, justifica, enquanto Flávio Freitas também opina. “Acho que essa separação é muito mais uma questão ideológica e política”, completa.
A lógica que permeia as gravações é somente uma: mostrar o que o
espectador não espera ver, seja ele americano ou não. “Eu sempre digo:
se vamos ao Peru, não vamos a Machu Picchu, porque essa rota todo
turista faz. O mais importante pra mim é aprender alguma coisa e
transmitir isso no programa”, garante.
Para quem ainda não conhece In The Americas, todos os programas já exibidos na TV norte-americana estão disponíveis no site deles (intheamericans.com). E é lá que a reportagem encontra, por exemplo, um dos que mais surpreendeu David. O episódio 201, gravado em Tultepec, no México. A pequena cidade é a capital de Pirotecnia do país e no episódio David mostra ao telespectador a forma caseira como alguns fogos de artifício são feitos.
“Foi bem surpreendente gravar lá, porque eles montam vários touros e soltam os fogos de dentro deles e aí tudo começa a explodir no meio das pessoas”, conta Daniel. “É bem perigoso, uma loucura total”, complementa David.
Para quem ainda não conhece In The Americas, todos os programas já exibidos na TV norte-americana estão disponíveis no site deles (intheamericans.com). E é lá que a reportagem encontra, por exemplo, um dos que mais surpreendeu David. O episódio 201, gravado em Tultepec, no México. A pequena cidade é a capital de Pirotecnia do país e no episódio David mostra ao telespectador a forma caseira como alguns fogos de artifício são feitos.
“Foi bem surpreendente gravar lá, porque eles montam vários touros e soltam os fogos de dentro deles e aí tudo começa a explodir no meio das pessoas”, conta Daniel. “É bem perigoso, uma loucura total”, complementa David.
PETIT DAS VIRGENS
Fotografia: Divulgação
A imagem pode estar sujeita a direitos de autor!
LIGAÇÃO COM NATAL
Esta pode até ser a primeira vez de David Yetman em solo potiguar, no
entanto, para Daniel Duncan a paisagem é familiar, já que durante a
década de 70 ele morou em Natal e foi vizinho do artista plástico Flávio
Freitas, época em que os dois eram apenas estudantes.
“Viemos para cá porque meu pai era o diretor do projeto Hope em Natal e trouxe toda a família. Ficamos por uns três anos e meio, mas os filhos se casaram com brasileiras e sempre tivemos essa ligação muito forte com o país, principalmente com o Nordeste”, explica Daniel.
A quarta temporada da atração ainda vai contar com mais um tempero potiguar, o jornalista Petit das Virgens. Ele é um dos entrevistados no programa que fala sobre o carnaval pernambucano. “Não podíamos finalizar sem a opinião de um jornalista que conhecesse aquela realidade para falar um pouco sobre isso. Por isso Petit foi incluído no programa”, justifica Daniel”.
Durante os minutos de entrevista, Petit lembra do “mela mela” que hoje em dia só é permitido com água e recordou também os primeiros bonecos de Olinda, que começaram a surgir na década de 20 através de personagens como o Zé Pereira. “É um carnaval que resgata as tradições, assim como era o de Natal também lá no início”, diz, sendo orientado para esquecer que “a câmera está ali e olhar somente para David”. O Galo da Madrugada, tradicional bloco do sábado de carnaval foi um dos cenários que mais surpreendeu o apresentador. “Gravamos no meio de mais de 1 milhão de pessoas e isso foi impressionante”, conclui.
“Viemos para cá porque meu pai era o diretor do projeto Hope em Natal e trouxe toda a família. Ficamos por uns três anos e meio, mas os filhos se casaram com brasileiras e sempre tivemos essa ligação muito forte com o país, principalmente com o Nordeste”, explica Daniel.
A quarta temporada da atração ainda vai contar com mais um tempero potiguar, o jornalista Petit das Virgens. Ele é um dos entrevistados no programa que fala sobre o carnaval pernambucano. “Não podíamos finalizar sem a opinião de um jornalista que conhecesse aquela realidade para falar um pouco sobre isso. Por isso Petit foi incluído no programa”, justifica Daniel”.
Durante os minutos de entrevista, Petit lembra do “mela mela” que hoje em dia só é permitido com água e recordou também os primeiros bonecos de Olinda, que começaram a surgir na década de 20 através de personagens como o Zé Pereira. “É um carnaval que resgata as tradições, assim como era o de Natal também lá no início”, diz, sendo orientado para esquecer que “a câmera está ali e olhar somente para David”. O Galo da Madrugada, tradicional bloco do sábado de carnaval foi um dos cenários que mais surpreendeu o apresentador. “Gravamos no meio de mais de 1 milhão de pessoas e isso foi impressionante”, conclui.
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Os direitos autorais são protegidos pela Lei n° 9.610/98, violá-los é crime!
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