CATITA
A Maria Fumaça inaugurou a Ponte de Ferro de Igapó em 1916
Justiça Federal determina retorno ao RN da locomotiva histórica,
há muito abandonada e em mau estado de conservação
A Catita se encontra no Museu Ferroviário de Recife
Fotografia: Raul Lisboa
CATITA
UMA LOCOMOTIVA HISTÓRICA
JUSTIÇA FEDERAL DETERMINA RETORNO AO RIO GRANDE DO NORTE
UMA LOCOMOTIVA HISTÓRICA
JUSTIÇA FEDERAL DETERMINA RETORNO AO RIO GRANDE DO NORTE
Por
Ana Ruth Dantas
Assessoria Comunicação
Justiça Federal do Rio Grande do Norte
Ana Ruth Dantas
Assessoria Comunicação
Justiça Federal do Rio Grande do Norte
A Justiça Federal do Rio Grande do Norte determinou que o Governo do
Estado de Pernambuco e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional entreguem a locomotiva nº 03, conhecida como Catita, e seu
reboque ao Estado do Rio Grande do Norte.
A sentença foi da Juíza Federal Gisele Leite, da 4ª Vara Federal, que acolheu os argumentos do Ministério Público Federal e Estadual, argumentando a importância histórica da Catita, que se encontra no Museu Ferroviário de Recife em mau estado de conservação.
“A locomotiva reclamada
encontra-se, há muito, abandonada à própria sorte, a mercê de toda sorte
de intempéries, sem, portanto, qualquer garantia de preservação do seu valor histórico e cultural”, destacou a magistrada na sentença.
A Catita faz parte da própria história potiguar. A magistrada ressaltou, em sua sentença, que “em 1916 (a Catita), foi escolhida para puxar a composição que conduziu importantes figuras do cenário potiguar, Joaquim Ferreira Chaves, Januário Cicco, Henrique Castriciano e Juvenal Lamartine, para a inauguração da Ponte de Igapó, maior obra ferroviária da Região Nordeste à época. Na ocasião, percorreu-se todo o estuário do Potengi”.
A Juíza Federal Gisele Leite, em sentença, reconheceu a importância histórica da locomotiva e seu reboque para o Estado do Rio Grande do Norte, e estabeleceu o prazo de 90 dias para que o Estado de Pernambuco e o IPHAN entreguem a locomotiva ao Estado potiguar, que providenciará o transporte até Natal.
CATITA
Máquina de fabricação inglesa, série 200 - 2 eixos,
com forte vínculo com a história ferroviária do nosso estado
Fotografia: Jornal DeFato
Máquina de fabricação inglesa, série 200 - 2 eixos,
com forte vínculo com a história ferroviária do nosso estado
Fotografia: Jornal DeFato
ENTENDA O CASO
A
Catita foi levada para Recife em 1975 no intuito de ornamentar o
escritório regional da RFSA. Em 2003 começou uma negociação com a
Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Natal que se dispôs a mantê-la,
mas as conversas não avançaram.
Em sua defesa o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) negou que a locomotiva alocada no Museu do Trem de Recife seja a Catita. Mas a Juíza Federal não acatou o argumento e considerou os relatos de testemunhas ouvidas em juízo que atestam ser a referida locomotiva da questão.
...MAIS...
Fabricada na Inglaterra, em 1902, a locomotiva carinhosamente chamada de “Catita” foi a primeira máquina a vapor do Estado do Rio Grande do Norte, e transportou muita história em seus vagões, durante mais de meio século de atividade. Em 1975, foi transferida para o Museu do Trem em Recife (PE) onde se encontra até hoje. Essa importante peça - que merece um lugar de destaque nas páginas da história potiguar - está precisando urgentemente de cuidados, antes que seu estado de deterioração se agrave em demasia.
UM MUSEU PARA A CATITA
A Locomotiva Catita nº 3 e seu reboque, pertencem ao patrimônio
ferroviário do Estado do Rio Grande do Norte
Fotografia: Divulgação
A Locomotiva Catita nº 3 e seu reboque, pertencem ao patrimônio
ferroviário do Estado do Rio Grande do Norte
Fotografia: Divulgação
NATAL GANHARÁ "UM MUSEU DO TREM" NAS ROCAS
Via
NOVO JORNAL
Há 13 anos, quando o pesquisador Ricardo Tersuliano (Cobra), pensou
em criar um “CD ROM” que reunisse texto e imagens sobre os principais
pontos históricos de Natal, passou a resgatar, quase por acaso, um
capítulo importante da história da rede ferroviária no Rio Grande do
Norte. Naquela época, sua intenção era criar um Instituto do Patrimônio
Histórico do RN. A ideia funcionou até o momento em que começou a
estudar a Ponte de Ferro de Igapó. “Aí eu descobri a Catita”, explica.
Quando Ricardo conheceu a história da Maria Fumaça que, em 1916,
inaugurou a Ponte de Ferro de Igapó, prontamente abandonou o projeto
inicial do “CD ROM” e passou a dedicar seus esforços para trazer a
“Catita” de volta à Natal. Em 1975, a locomotiva foi transferida para
Recife, onde ficou ornamentando o hoje extinto Museu do Trem da capital
pernambucana.
“Nessa viagem inaugural (da ponte de Igapó) estavam presentes o
governador e convidados como Câmara Cascudo, aos 10 anos acompanhado de
seu pai (Coronel Cascudo), (médico) Januário Cicco e José Augusto, que
hoje nomeia a Fundação de Cultura do RN”, detalha o pesquisador.
A partir de 2004, Ricardo fundou o Instituto dos Amigos do Patrimônio
Histórico e Cultural do RN, o IAPHACC, para facilitar na “papelada” que
envolvia o retorno da Catita, porque até então todas as reivindicações
estavam sendo feitas no seu nome. "Com o IAPHACC ganhamos força”,
justifica.
Hoje, ele explica que a Catita está abandonada em um galpão anexo ao
extinto Museu do Trem de Recife. Por enquanto. A locomotiva será a
principal atração do Museu do Trem que será criado em Natal até 2014, na
Rotunda, prédio histórico que pertenceu à antiga RFFSA (Rede
Ferroviária Federal) nas Rocas.
NOVO CAMPUS IFRN E MUSEU DO TREM
Restauração da antiga Refesa nas Rocas já foi iniciada
A inauguração do novo campus IFRN está prevista para 2014
A história e memória da cidade também serão prestigiadas
com a criação do Museu do Trem de Natal
Fotografia: Joanisa Prates
Restauração da antiga Refesa nas Rocas já foi iniciada
A inauguração do novo campus IFRN está prevista para 2014
A história e memória da cidade também serão prestigiadas
com a criação do Museu do Trem de Natal
Fotografia: Joanisa Prates
O COBRA E A CATITA
O criador do IAPHACC é um homem obstinado. Sua obstinação, no entanto, atende pelo nome de
Catita, a histórica locomotiva que inaugurou os trilhos da ponte de
ferro de Igapó, em 1916, e os da ponte de concreto Presidente Costa e
Silva, em 1970. Ele conta que, assim como a Catita, existiam outras
25 locomotivas a vapor circulando pelo Estado até o momento em que a
Rede Ferroviária Federal S.A. foi criada em 1957, incorporando todas as
estradas de ferro existentes na época. “Com a empresa estatal chegando
junto, a modernização também chegou e as máquinas a vapor começaram a
ser retiradas”, conta.
Ainda de acordo com suas pesquisas, as 26 máquinas a vapor foram
estacionadas no pátio da RFFSA, localizado nas Rocas, esperando serem
vendidas. Na ordem, a Catita era a última da fila e foi salva
inicialmente pelo acaso. “Felizmente cresceu um mato que acabou
camuflando a Catita, enquanto as outras eram negociadas primeiro para
diferentes compradores”, diz.
Mas o verdadeiro “pai” da Catita, Ricardo conta que foi seu Manoel
Tomé de Souza, conhecido por seu Manozinho, que era chefe das oficinas
da RFFSA e negociou com os compradores a permanência da locomotiva. “Ele
trocou com os compradores a Catita por alguns ferros que não estavam
sendo usados na oficina”, explica.
Ao invés de ser vendida, a Catita ficou guardada na oficina da RFFSA,
sendo usada por seu Manozinho para manobrar vagões. “Em 1970, quando a
primeira ponte de concreto foi inaugurada, ele decidiu colocar também a
Catita para fazer parte do momento. A Maria Fumaça, que tinha inaugurado
a primeira ponte de ferro, agora inaugurava a primeira de concreto”,
conta.
Cinco anos depois, em 1975, com a inauguração da nova sede da RFFSA,
em Recife, os executivos da Rede Ferroviária que já tinham visto a
Catita quando estiveram em Natal para a inauguração da ponte de
concreto, mandaram buscar a locomotiva para ornamentar o novo
escritório. “Anos depois o escritório foi vendido e, desde então, a
Catita não recebeu mais atenção”, garante Ricardo.
Quase 10 anos após a criação do
IAPHACC, que atualmente conta com cerca de 20 sócios, Ricardo Cobra
finalmente está prestes a realizar o maior sonho da instituição:
instalar o Museu do Trem de Natal, com a presença, claro, da Catita.
...fonte...
"JFRN DETERMINA RETORNO DE LOCOMOTIVA HISTÓTICA AO RN"
02/07/2013
www.jfrn.jus.br
"O COBRA E A CATITA"
VEJA NA ÍNTEGRA PELO NOVO JORNAL
19/11/2012
www.novojornal.jor.br
www.amantesdaferrovia.com.br
"JFRN DETERMINA RETORNO DE LOCOMOTIVA HISTÓTICA AO RN"
02/07/2013
www.jfrn.jus.br
"O COBRA E A CATITA"
VEJA NA ÍNTEGRA PELO NOVO JORNAL
19/11/2012
www.novojornal.jor.br
www.amantesdaferrovia.com.br
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