GUARACI GABRIEL
O artista visual conta com trabalho catalogado até no Guiness Book
Países como Cuba, França e Áustria já conhecem o seu trabalho
São quatro bienais internacionais no currículo do Potiguar
O artista expõe “Bicho do Mundo”
na Pinacoteca do Estado
Fotografia: Divulgação
"BICHO DO MUNDO"
A ARTE DE GUARACI GABRIEL CRAVADA EM FERRO E TINTA
O artista visual conta com trabalho catalogado até no Guiness Book
Países como Cuba, França e Áustria já conhecem o seu trabalho
São quatro bienais internacionais no currículo do Potiguar
O artista expõe “Bicho do Mundo”
na Pinacoteca do Estado
Fotografia: Divulgação
"BICHO DO MUNDO"
A ARTE DE GUARACI GABRIEL CRAVADA EM FERRO E TINTA
Por
Yuno Silva
TRIBUNA DO NORTE
Guaraci Gabriel é daqueles que
gostam de aprontar, de fazer arte. Quem conhece o figura sabe de seu perfil
inquieto; misto de loucura, gaiatice e responsabilidade (!). Alguns diriam que
é exagerado ou tem mania de grandeza se tomarem como referência apenas suas
esculturas gigantes de metal, muitos desconhecem o profissional sério que
existe por baixo da barba e do riso fácil. De pintor a escultor, Guaraci é um
“amostrado” confesso que hoje circula pelas artes visuais e audiovisuais.
Reconhecido mundialmente, com quatro bienais internacionais nas costas, o
artista expõe “Bicho do Mundo” até o dia 14 de dezembro, na Pinacoteca
do Estado. A intenção, como sempre, é sacudir, instigar.
A mostra pode ser percebida pelo
público como um campo fértil, ou mesmo uma encruzilhada que une presente,
passado e futuro, onde Guaraci apresenta projetos de grande porte já realizados
de um lado e maquetes do que está por vir de outro – tendo o “Bicho do Mundo”
como vértice, uma série com 12 imagens de ícones culturais, criadas a partir de
miniaturas de animais, gravadas como estampas em chapas de metal. Para
completar, ele também aproveita o vernissage desta quinta-feira como primeira
locação para a gravação do docudrama em longa metragem “Bicho do Mundo –
Biografia não autorizada”. A visitação terá duração de 30 dias e o acesso é
gratuito.
“Trabalho a desconstrução da
racionalidade”, disse Gabriel sobre a nova exposição, “e nem preciso dizer que
o bicho mais perigoso do planeta é o homem”, emenda. Preocupado em permanecer
atualizado e mais próximo dos novos artistas urbanos, Guaraci ainda incluiu o
estêncil nas obras. Todas as pinturas-colagens estarão à venda.
Para desdobrar a premissa da
“desconstrução” e provar que “não passamos de um amontoado organizado de
cadeias de carbono”, o artista selecionou fotos de personalidades famosas como
Bob Marley, John Lennon, Martin Luther King, Charlie Chaplin, Hitler, Marilyn
Monroe, Pelé, Santos Dumont e Ayrton Senna para passar seu recado. No meio da
lista um potiguar: o próprio Guaraci. “Sou todos eles, somos!”, garante.
Se tudo correr conforme o
planejado, no dia da abertura (e somente só!), o cenário será complementado por
uma grande instalação em frente a Pinacoteca: um dado de acrílico, com 2 metros
de lado e a projeção de um globo terrestre girando dentro, será içado – “aos
poucos” – a uma altura de até 12 metros.
"O JARDIM DAS DELÍCIAS"
Guaracy Gabriel recriou obras de Bosh, o inspirador de Salvador Dali
Fotografia: Divulgação
BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA
Guaracy Gabriel recriou obras de Bosh, o inspirador de Salvador Dali
Fotografia: Divulgação
BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA
Guaraci Gabriel e Carlos Tourinho
dividem a responsabilidade pela condução do filme “Bicho do Mundo – Biografia
não autorizada”, um docudrama “que parece mas não é”, diz com ar misterioso.
Ele e a atriz Silbene Sil, respectivamente diretor de arte e preparadora de
elenco do projeto audiovisual Nós na Tela, são os ‘pseudo- protagonistas’ do
filme. “Seremos nós mesmo e vamos mostrar o conflito que há entre as duas
profissões. No filme, convenço Sil a adiar uma estreia teatral para ir a minha
exposição, e quem estiver em volta vai fazer parte da história. Na verdade não
posso adiantar muita coisa, pois queremos filmar biografias não autorizadas”.
O detalhe ‘não autorizado’
implica guardar alguns segredos e Guaraci não tem tanta certeza do que pode
acontecer até o final do filme: “O que sei é temos duas histórias fantástica para serem contadas, e
no meio desse processo muita coisa pode acontecer”, destaca.
"SONDA INTERGALÁTICA"
Montagem fotográfica
com a escultura Sonda Intergaláctica,
originalmente instalada em Mossoró/RN, durante exposição na França
Fotografia: Divulgação
MAIS QUE UM MECENAS
originalmente instalada em Mossoró/RN, durante exposição na França
Fotografia: Divulgação
MAIS QUE UM MECENAS
Por trás dos ‘exageros’ de
Guaraci, que já lhe renderam o recorde mundial – devidamente registrado no
Guinness Book – da maior escultura feita com material reciclado do mundo para a
obra “Guerra e Paz” em 2000, topamos com a empresa mossoroense J. Patrício
Metais. O empresário Joaquim Patrício, que morreu em um acidente de carro em
junho deste ano, era mais que um mecenas para o artista: “É uma parceria que já
dura mais de 30 anos”, recorda Gabriel. Mas foi em 1994, com a exposição
“Primavera Parabólica Secular” na Funcarte, que a dobradinha artista e mecenas
começou a construir as grandes esculturas de metal.
"GUERRA E PAZ"
escultura feita de material
reciclado do mundo
Fotografia: Divulgação
O acidente ocorreu com Patrício
ocorreu entre Jardim do Seridó e Parelhas, quando o empresário estava a caminho
de Campina Grande (PB) onde iria acompanhar a montagem de uma formiga gigante,
uma escultura de Gabriel com cinco toneladas. “A tragédia não permitiu que
concluíssemos a montagem, vamos recomeçar agora no início do próximo ano”,
informou o artista, que continua recebendo apoio da J. Patrício Metais.
“Emanuel Patrício assumiu o lugar do pai dele e a primeira coisa que fez foi me
chamar para reforçar a parceria”, comemorou.
Em Mossoró, onde funciona a sede
da empresa, há cinco esculturas gigantes: “Boca da Noite” (garfo e faca),
“Garça”, “Sonda Intergaláctica”, “Flor de Maracujá” e o “Colibri”. Seus
próximos projetos são uma escultura de 12 metros em homenagem a Marinho Chagas,
“o melhor lateral esquerdo do mundo”, e a “maior escultura do mundo” com 300 km
de extensão: “Quero fazer o sistema solar em escala 1:16 milhões, começando com
o Sol em Mossoró e Netuno na beira do mar aqui em Natal”.
Guaraci Gabriel começou guardando
sucata e restos de ferro “meio que escondido” dentro da empresa de Patrício.
“No dia que soube, me chamou para perguntar o que ia fazer com aquele material.
Disse que ia ajudar e lançou o desafio para eu mostrar que eu bom. Não parei
mais”, disse Guaraci, que irá prestar homenagem ao saudoso amigo durante “Bicho
Homem”. As homenagens ainda se estendem para Nalva Melo, “que me deu a maior
força no ‘Guerra e Paz’”; a jornalista Rejane Cardoso, “que foi presidente da
Capitania das Artes e me deu muita força no começo da carreira”; a juíza Maria
de Fátima Soares e Pedro Dantas, amigos e apoiadores.
...fonte...
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