O casarão número 479 da Av. Deodoro da Fonseca, em Petrópolis, Natal/RN
um dos
últimos prédios de Natal a manter características da arquitetura
neoclássica e art nouveau, passa por restauração.
Fotografia: Adriano Abreu/TN
CASARÃO DA DEODORO EM PROCESSO DE RESTAURAÇÃO
Por
Alexis Peixoto
Tribuna do Norte
O casarão número 479 da Av. Deodoro da Fonseca, em Petrópolis, um dos
últimos prédios de Natal a manter características da arquitetura
neoclássica e art nouveau, passa por restauração. O imóvel, que é
tombado pelo patrimônio estadual desde 1989, foi adquirido pelo
empresário Flávio Azevedo, que pretende instalar no local um escritório
da empresa Dois A Engenharia. Azevedo garante que a estrutura original
da casa não será alterada e que a restauração está autorizada pelos
órgãos competentes. No entanto, de acordo com o chefe do setor de
patrimônio da FJA, Sérgio Wycliffe, a instituição que tem
responsabilidade sobre o prédio desconhece a obra.
As obras no casarão da Deodoro começaram há cerca de cinco meses. Segundo Flávio Azevedo, que na manhã de ontem acompanhou a reportagem do VIVER em uma visita ao imóvel, após a restauração, a casa se tornará um misto de espaço social e acervo da história da empresa, com biblioteca técnica e mostruário dos serviços realizados. Nos fundos do terreno da casa que tem cerca de 1000 m² será erguido um segundo prédio com dois pavimentos e garagem, onde funcionará o escritório da empresa.
O empresário garantiu que o novo prédio não irá alterar a estrutura da casa principal. Tivemos o cuidado de não usar máquinas para cavar os alicerces, por medo de abalar as estruturas da casa. Todo o trabalho foi feito de forma manual, disse Azevedo. Ele ressalta ainda que a altura da segunda edificação será levemente inferior à da casa principal, de modo a não comprometer a visão do prédio histórico.
Flávio Azevedo diz que as únicas alterações feitas no prédio original até o momento foram pequenos reparos no reboco e a reposição das telhas quebradas, para prevenir contra as chuvas. A parte interna da casa está nas mesmas condições em que foi deixada pelos proprietários anteriores.
Entre os aspectos originais do casarão que não foram totalmente destruídos ao longo do tempo pela má conservação, ainda é possível ver parte do piso de madeira, o que sobrou do forro metálico desenhado em relevo que reveste dois cômodos e alguns pedaços dos vidros das portas e janelas.
A escada de alvenaria que dá acesso à casa pela fachada lateral também continua de pé, embora tenha perdido os ornamentos originais. O imóvel foi construído em 1916.
Flávio Azevedo diz que até o próximo mês um especialista em restauração irá visitar a casa, para elaborar um relatório. Vamos nos esforçar em preservar todos os aspectos originais da casa, inclusive buscando materiais semelhantes aos originais para reparar os danos, diz.
As obras no casarão da Deodoro começaram há cerca de cinco meses. Segundo Flávio Azevedo, que na manhã de ontem acompanhou a reportagem do VIVER em uma visita ao imóvel, após a restauração, a casa se tornará um misto de espaço social e acervo da história da empresa, com biblioteca técnica e mostruário dos serviços realizados. Nos fundos do terreno da casa que tem cerca de 1000 m² será erguido um segundo prédio com dois pavimentos e garagem, onde funcionará o escritório da empresa.
O empresário garantiu que o novo prédio não irá alterar a estrutura da casa principal. Tivemos o cuidado de não usar máquinas para cavar os alicerces, por medo de abalar as estruturas da casa. Todo o trabalho foi feito de forma manual, disse Azevedo. Ele ressalta ainda que a altura da segunda edificação será levemente inferior à da casa principal, de modo a não comprometer a visão do prédio histórico.
A intenção do empresário Flávio Azevedo, proprietário do imóvel,
é preservar ao máximo os traços originais do casarão, tombado em 1989.
Imóvel pertenceu à família do médico Varela Santiago
Fotografia: Adriano Abreu/TN
AÇÃO DO TEMPO
Flávio Azevedo diz que as únicas alterações feitas no prédio original até o momento foram pequenos reparos no reboco e a reposição das telhas quebradas, para prevenir contra as chuvas. A parte interna da casa está nas mesmas condições em que foi deixada pelos proprietários anteriores.
Entre os aspectos originais do casarão que não foram totalmente destruídos ao longo do tempo pela má conservação, ainda é possível ver parte do piso de madeira, o que sobrou do forro metálico desenhado em relevo que reveste dois cômodos e alguns pedaços dos vidros das portas e janelas.
A escada de alvenaria que dá acesso à casa pela fachada lateral também continua de pé, embora tenha perdido os ornamentos originais. O imóvel foi construído em 1916.
Flávio Azevedo diz que até o próximo mês um especialista em restauração irá visitar a casa, para elaborar um relatório. Vamos nos esforçar em preservar todos os aspectos originais da casa, inclusive buscando materiais semelhantes aos originais para reparar os danos, diz.
RESPONSÁVEL PELO TOMBAMENTO, ESTADO DESCONHECE RESTAURAÇÃO
Informado
pela reportagem sobre o andamento da obra no casarão da Deodoro, o
chefe do setor de patrimônio da Fundação José Augusto, Sérgio Wycliffe,
disse desconhecer a realização do serviço. Não fui informado sobre isso
e acredito que não passou pelo nosso setor, afirmou, para logo em
seguida reconhecer as dificuldades de administrar os imóveis históricos
sob a tutela do Governo do RN. A FJA tem mais de 500 prédios tombados, é
impossível tomar conta de todos.
Caso a obra realmente esteja
sem o parecer técnico favorável, Wycliffe diz que o proprietário será
chamado para prestar esclarecimentos junto à Fundação. Vou checar os
documentos relativos a essa obra para verificar se está tudo certo, caso
contrário o proprietário terá que responder à Fundação.
INICIATIVA PODE ESTIMULAR OUTROS PROPRIETÁRIOS
Para o superintendente estadual do Instituto do Patrimônio Histório e Artístico Nacional (Iphan-RN), Onésimo Santos, a restauração do casarão da Deodoro pode trazer resultados positivos para a memória histórica da cidade. A atitude do proprietário de restaurar o prédio é louvável e pode estimular outros a fazer o mesmo, afirma.
Embora desconheça os detalhes da obra, já que o imóvel não está sob a competência do Iphan-RN, o superintendente afirma que o instituto está pronto para oferecer uma assessoria técnica na restauração da obra. Caso sejamos solicitados, estamos à disposição para ajudar no que for possível, disse.
...fonte...
Alexis Peixoto
www.tribunadonorte.com.br
Se copiar textos e ou fotografias, atribua os créditos!
Os direitos autorais são protegidos pela Lei n° 9.610/98, violá-los é crime!
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