março 23, 2015

POTIGUARES NO ROCKABILLI WEEKEND

 
 THE BOP HOUNDS
Tenente da Polícia Militar e cantor da The Bop Hounds, Dastaev Gomes
 diz que toda a banda se divide em jornadas duplas.
 A banda sobe ao maior palco do   “Viva Las Vegas – Rockabilly Weekend”, 
um dos maiores festivais do estilo, no dia 4 de abril, assim que
 o relógio marcar meio dia e quinze em pleno deserto de Nevada
 - até então nenhum desafio para quem já está acostumado com
 a temperatura diária da “Noiva do Sol”.
 Fotografia: Rafael Passos

ROCKABILLY WEEKEND
POTIGUARES REPRESENTAM O BRASIL NO FESTIVAL

   Por
 Henrique Arruda
    Do Novo Jornal

O gênero musical que consagrou mundialmente nomes como Elvis Presley, Johnny Cash, Buddy Holly e Jerry Lee Lewis “The Killer” também tem adeptos na capital potiguar. Com apenas dois anos de banda, o “The Bop Hounds” ou “Rastreadores do ritmo certo” se preparam agora para um big desafio: representar o nordeste brasileiro no “Viva Las Vegas – Rockabilly Weekend”, um dos maiores festivais do estilo, marcado para abril deste ano.

A banda sobe ao maior palco do evento no dia 4 de abril assim que o relógio marcar meio dia e quinze em pleno deserto de Nevada - até então nenhum desafio para quem já está acostumado com a temperatura diária da “Noiva do Sol”. Na bagagem, eles levam em destaque o primeiro EP autoral da banda, lançado em agosto do ano passado. 
“Vamos tocar no principal palco, o Car Show, que será armado no estacionamento do Orleans Hotel junto com uma feira de produtos vintage e vários carros antigos. Os outros palcos são dentro do cassino mesmo. É um festival que já existe há quase 20 anos e em 2015 selecionou 65 bandas do mundo inteiro”, comenta o vocalista do grupo, Dastaev Gomes (31), aliás, tenente Dastaev.

Dividindo a rotina entre a paixão pelo Rockabilly e a carreira militar, o 2º tenente PM Dastaev Gomes, do 1º Batalhão de Felipe Camarão, explica que todos na banda possuem jornadas duplas: além dele, há espaço para baterista chef de cozinha, baixista web designer, violonista auxiliar administrativo e guitarrista programador de informática.

 “Não tem ninguém vagabundo”, brinca o tenente trajando todo o fardamento monocromático bem diferente do figurino vintage levado aos palcos. “Muito embora a banda exista há dois anos, a gente se conhece há muito mais tempo, todos de outras experiências musicais semelhantes, que nasceram de Jam sessions”, diz.

Comparando as duas jornadas, o tenente Dastaev garante que a música não atrapalha a ordem policial e vice versa. “O nosso estilo musical só rema contra a maré em um sentido: enquanto todos estão tentando novos artifícios tecnológicos para manipular o som, o nosso quer buscar a raiz, a origem crua e instrumental dele”, avalia.

Ainda falando em estereótipos, Dastaev comenta que a pesquisa da banda é contínua e passa até mesmo pela roupa de cada integrante. “Essa ideia de jaqueta de couro e calça jeans dobrada na barra é muito mais uma visão cinematográfica sobre o Rockabilly”, esclarece, dizendo ainda que o grupo compra peças pela internet e até mesmo em brechós remanescentes daquela época.

Até então, o The Bop Hounds possui cerca de 40 minutos de músicas inéditas, das quais sete faixas estão presentes no primeiro registro em estúdio, um EP homônomo lançado em agosto do ano passado. Mas durante as apresentações eles também fazem versões de algumas lendas do estilo, em especial, de nomes menos conhecidos do grande público, como: Charlie Feathers, Hayden Thompson, Narvel Felts, Carl Perkins e Merle Travis.

“O que é mais especial no Rockabilly é porque ele inevitavelmente agrada a todos os públicos, independente da idade. É um som quente que dá vontade de dançar mesmo em quem não dança, o meu caso”, brinca Dastaev, lembrando que o seu primeiro contato com o Rockabilly se deu aos seis anos, quando, perto do dia das crianças, o seu pai lhe comprou um álbum de Elvis Presley em promoção em um supermercado.

“Cheguei em casa e não soltei mais aquele CD, disse a meu pai que não queria mais presente nenhum de dia das crianças, que aquele disco e aquele cara já eram tudo”, recorda, preferindo a fase inicial do “Rei do Rock”, foco da banda que ele também iria fundar alguns anos mais tarde, a “Rebelvis”.

“O Elvis influenciou muito essa minha estrada. Cheguei a usar topete na época do Rebelvis, mas no final dos anos 90 comecei a pesquisar melhor sobre o Rockabilly e foi quando conheci outros diversos nomes importantes”, completa.

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