dezembro 23, 2013

POTIGUARES: A VIDA PÓS REALITY SHOW

SIMONA - KHRYSTAL - SWELLEN
O MOMENTO É DE RETROSPECTIVA E CERTAMENTE QUANDO SIMONA TALMA, 
SWELLEN PIMENTEL E KHRYSTAL FIZEREM A DELAS, ESTARÃO
 CONECTADAS  NUMA MESMA RECORDAÇÃO: 
THE VOICE BRASIL
Fotografia: Divulgação/Tv Globo

A VIDA DEPOIS DO REALITY SHOW

Por
Henrique Arruda
DO NOVO JORNAL

O TANGO DE SIMONA

Três de outubro de 2013, o primeiro programa da segunda temporada do The Voice Brasil está quase terminando até que, instantaneamente, todos os potiguares começam a reconhecer uma das últimas vozes do episódio. Era da moça que surgia na tela interpretando “Tango de Nancy”, música composta por Chico Buarque e Edu Lobo. Em uma sala fora do palco, os amigos de longa data, Luiz Gadelha e Quitéria Kelly, vibravam com Carlinhos Brown, que escolheu a cantora para seu time nos segundos finais de apresentação.

Simona Talma conta que “Tango de Nancy” já estava em seu repertório há muitos anos, e que quando surgiu a oportunidade de participar da seletiva regional realizada em um hotel em Natal, meses antes da atração estrear na TV, ela não pensou duas vezes e apostou na força poética da letra para tentar a sorte. A partir da confirmação para a próxima fase, Simona começou a trabalhar em parceria com o produtor musical Vinicius Rosa, que selecionou mais algumas opções, além do Tango de Nancy, para que ela apresentasse ao vivo na audição às cegas diante os jurados.

Uma das opções seria inclusive uma autoral: “Porque Todo Coração é Burro”, da banda na qual ela divide os vocais com Luiz Gadelha, o “Talma&Gadelha”. Simona saiu da atração alguns episódios depois, quando passou para a segunda fase da competição, a das batalhas, na qual teve de dividir os vocais de “Quase sem Querer” (Legião Urbana) com Raíza Rae.

“Não entrei em uma competição, entrei para mostrar a minha música e desde o começo foi assim”, garante, dizendo que o número de fãs, principalmente através do facebook, triplicou. Até então, ela nunca tinha pensado em participar de nenhum reality show. “Pra você ter uma ideia do nível da minha timidez, eu não conseguia nem fazer prova de violoncelo, quando estudava música, porque era para me apresentar diante dos professores e de uma pequena plateia da escola de música”, afirma. Ela lembra ainda que estava programada para cantar no primeiro dia de audições às cegas, mas quando estava no último degrau do palco a sua participação foi interrompida por problemas técnicos da atração e ela teve de voltar no dia seguinte.

“E aí eu tinha certeza que nem ia cantar porque poderia ser que eles já tivessem com os times completos no outro dia e não tivesse mais espaço para mim. Todo o processo é muito punk, acredite”, conta. “Eu só vim entender o Big Brother Brasil depois de ter participado do The Voice, porque por mais que eu não estivesse trancada em uma casa, eu estava trancada em uma situação de pressão, e isso leva qualquer um ao extremo”, complementa, garantindo que faria tudo novamente.

A PRINCESA POTIGUAR

No dia 24 de outubro foi a vez de Natal conferir a performance da “princesa potiguar”. Até então desconhecida do grande público, Swellen Pimentel cantou “Ovelha Negra” e preferiu escolher Daniel como o seu técnico, ao invés de Lulu Santos, já que os dois viraram a cadeira demonstrando interesse na cantora de apenas 19 anos.

Enquanto o Brasil acompanhava a audição através de seus televisores, Swellen revivia o momento com o coração na mão direto do quarto de um hotel no Rio de Janeiro. No mesmo dia em que sua audição foi ao ar, ela já estava de volta à capital carioca para gravar algumas novas cenas dos próximos programas.

“Na mesma hora o meu facebook começou a lotar de notificação, foi meio louco”, conta. Antes do programa eram cerca de 1.200 amigos na rede social, hoje em dia mais de mil solicitações não podem ser atendidas, já que ela atingiu o número máximo de amigos.

Por mais que tenha conquistado os jurados com “Ovelha Negra”, clássico de Rita Lee, sua aposta inicial era “Como Nossos Pais”, de Belchior. A mudança foi sugerida pelo produtor Torcuato Mariano, que cuidou da primeira apresentação da garota. Swellen foi eliminada na fase seguinte da competição, quando teve que duelar com o cantor Rubens Daniel. Ela mandou uma lista de músicas para a produção, assim como solicitado, ele também. A escolhida foi “Segundo Sol”, do repertório dele.

Muito embora tenha sido o segundo duelo a ser exibido neste episódio, ela foi a penúltima a gravar a sua batalha no dia. Entrou no palco com a certeza de que a música beneficiaria mais ele, e que também não poderia mais ser resgatada por outro técnico porque as vagas já haviam sido preenchidas nos outros duelos.

“Mesmo assim Tiago Leifert (apresentador) segurou na minha mão e disse que a gente teria que gravar a cena do resgate, então eu segurei o choro, mesmo sabendo que eu não teria como ninguém me pegar, ele perguntou aos jurados se alguém queria me resgatar”, conta. Esse é o momento que Swellen vai levar para sempre de sua experiência no programa, principalmente por causa do carinho de Claudia Leitte, cantora da qual ela fã “desde Bola de Sabão”.

“Ela olhava para mim segurando o choro porque sabia que o momento era difícil e depois me abraçou forte, foi quando eu lhe disse que era sua fã”, comenta. “Mas fiquei muito satisfeita com a minha participação, quando saí tinha fã de Tóquio... Tóquio! você tem noção do que é isso?”, conta a menina, que pretende gravar em breve um DVD ao vivo, tudo com a ajuda dos pais que acompanham de perto a sua carreira.

“O mais difícil era quando eu chegava no hotel à noite e olhava ao redor me sentindo sozinha, era o único minuto que eu conseguia ter tempo de tocar no telefone e conversar com a minha família”, diz.

É KHRYSTAL, MORÔ?

Depois de semanas com várias especulações de outros nomes potiguares na atração, Khrystal surge como uma das últimas selecionadas cantando “Morô?” no episódio do dia 31 de outubro. Entre as conterrâneas, ela foi a que chegou mais distante dentro da competição, sendo eliminada recentemente, no dia 12 de dezembro, após cantar “Lamento Sertanejo”, de Dominguinhos, no primeiro dia de exibições ao vivo do programa.

A escolha da canção mais calma causou certa estranheza no público já que semanas antes ela havia sido um dos destaques da atração com sua interpretação fervorosa para “A Carne” de Seu Jorge. Apesar de “Lamento Sertanejo” ter sido sugerida pela equipe do programa, Khrystal conta que tudo aconteceu “numa boa”, sem comprometer sua liberdade artística.

“Se fosse para eu escolher, assim como escolhi ‘A Carne’, eu teria cantado ‘Carcará’. Porque também faz parte do meu repertório e subir ali para cantar uma música que você já tem intimidade lhe trás conforto”, garante. “Achava que Carcará ia segurar o apoio do público do programa, que gosta das canções mais enérgicas. Mas não desmereço o Lamento Sertanejo, é uma canção deslumbrante e a defendi com honra”, completa.

Ela não participaria de uma experiência similar novamente, porque afirma que o The Voice bastou. “É o reality mais bonito, bem feito e o que mais tem audiência no país. Já que era para me expor, que fosse no melhor programa”, argumenta. Desde a primeira exibição em horário nobre da Rede Globo, ela conta que os convites para shows aumentaram consideravelmente, bem como os e-mails de fãs .

“Atingi pessoas através do programa que sozinha jamais conseguiria. As pessoas me escrevem de Nova Iorque, Suécia, Portugal... o Sul do Brasil foi minha maior surpresa, pois nunca fui lá nem passear. A TV é um filtro poderoso na vida dos brasileiros”, afirma. Com um álbum ainda quente e até um bordão originado no programa “Peixeira na mão”, frase que disse antes de cantar “A Carne”, ela afirma que o programa foi o palco mais difícil no qual ela já esteve.

“O programa é muito bem feito, cheio de gente boa. O que eu sei é que foi uma experiência e tanto na minha vida”, conclui.

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dezembro 12, 2013

A HISTÓRIA DE UMA ILHA NO RIO POTENGI

 
 "ABRAÇO DE MARÉ"
Victor Ciríaco e Hélio Ronyvon dividem roteiro do documentário
"Abraço de Maré" revela a história de um casal que mora
em ilha no Rio Potengi, Natal/RN
 Fotografia: Alex Régis

 O AMOR NA MARÉ

 Por
Yuno Silva
TRIBUNA DO NORTE

Ao cruzar a ponte de Igapó, já do lado da zona Norte, repare na solitária casinha de taipa que ocupa quase a totalidade de uma pequena ilha cercada pelo mangue do Potengi. O lugar é humilde, seu cotidiano obedece o movimento das marés, e quem vê de longe nem imagina que ali há uma história de amor pronta para ser contada. A paisagem bucólica, o famoso pôr do Sol e a relação estreita com o rio servem como fonte de energia para Biluca e Ilton seguirem vivendo sem lamentos; também são a moldura enxergada pelo jovem diretor Victor Ciriaco no documentário “Abraço de Maré”
 
Apesar do cenário, pobreza é última coisa que passa pela cabeça de quem assiste o curta-metragem em preto e branco – o foco está no amor que paira sobre aquele pequeno naco de terra onde o casal e seus três filhos compartilham há doze anos. Ilton é pedreiro e pescador, e quando não está empregado, recorre ao rio para garantir o sustento da família.
 
Melhor filme do Goiamum Audiovisual, a produção ganhou vida alimentada pela curiosidade que o estudante universitário de 19 anos nutria pela paisagem diária avistada da janela do ônibus. “Passo por ali todos os dias e aquela casa sempre foi motivo de muitas perguntas: quem são e como vivem aquelas pessoas? Até que decidi ir lá conhecer de perto”, disse Victor ao VIVER. Diretor estreante, aluno do curso de Rádio e TV da UFRN, ele participava de uma oficina de formação audiovisual com o cineasta paraibano André da Costa Pinto, e aquele contexto poderia servir como base para se construir o argumento de um documentário.
 
Dito e feito! Ele passou a frequentar o lugar, participou do cotidiano, e começou a levar outros integrantes da equipe até sentir confiança para ligar a câmera – as filmagens foram realizadas em apenas quatro dias, mas o resultado coroa uma relação que durou cerca de três meses, de maio a agosto.
 
O primeiro indício de que aquela história havia sido bem contada veio no início de novembro, com o prêmio de Melhor Filme, Roteiro e Direção na Mostra Primeiros Passos do festival nacional Curta Taquary, em Taquritinga (PE). Esse resultado reflete outro mérito da “Abraço de Maré”, que passa longe do perfil ‘reportagem’ visto em muitos documentários.
 
Questionado sobre a opção visual de adotar o preto e branco como linguagem narrativa, Victor informa que foi uma decisão tomada na hora de editar o material. “A montadora Pipa Dantas que sugeriu o preto e branco. Acredito que esse recurso disfarçou a humildade do lugar, das pessoas, e concentrou foco na história”, acredita o diretor.
 
Para Helio Ronyvon, 22, diretor executivo do curta, “com o preto e branco víamos menos os detalhes da pobreza e mais a essência das palavras deles. As cores poderiam desviar a atenção”, garante. O produtor lembra que conseguiu viabilizar o filme através de pequenos apoios: “Pedimos de R$ 50 a R$ 100 aos comerciantes da zona Norte, e quem não podia ajudar com dinheiro ajudou com serviço: em um salão de beleza conseguimos quatro cortes de cabelo e rifamos, um sex shop nos deu um kit e vendemos...”, contou.
 
Além de Victor, Pipa e Helio, a ficha técnica também inclui Beatriz Tanabe (direção de produção), Luara Schamó (direção de fotografia), Bárbara Neves (som direto), Ixion Fonteneles (produção), Pedras Leão (trilha sonora) e Eduardo Schamó (arte) – todos são estudantes de Rádio e TV na UFRN. O roteiro é assinado por Victor, Luara e Helio.
 
O próximo passo da equipe é utilizar o crédito ganho no Goiamum Audiovisual, o Prêmio Mangue Filmes, para gravar uma ficção. “Como teremos estrutura e suporte, vamos utilizar esse prêmio para fazer uma ficção, bem mais dispendioso de  rodar um documentário. Temos duas ideias em discussão no momento”, adiantou Ciriaco.
 
Em tempo: Ibama e Idema sabem da existência da casinha de taipa, e já avisaram que a família não pode fazer nenhuma benfeitoria no local que recebe o “abraço de maré”.

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