fevereiro 26, 2012

A CULTURA EM UM NOVO COMPLEXO POTIGUAR

 Josué Gomes da Silva, filho caçula do saudoso José Alencar,
 é o  presidente do legado empresarial deixado pelo pai
 fotografia: Pio Figueroa

SÃO GONÇALO DO AMARANTE - RIO GRANDE DO NORTE
GRUPO COTEMINAS FARÁ COMPLEXO IMOBILIÁRIO

Por
 Andrielle Mendes
 
O grupo Coteminas, um dos maiores no segmento têxtil e de confecções do país, vai construir um complexo residencial e comercial em São Gonçalo do Amarante, a 10 km do novo aeroporto do Rio Grande do Norte. O projeto, que prevê a construção de condomínio residencial para 12 mil pessoas, shopping center com 300 lojas, hotel com 720 apartamentos, centro comercial, de convenções, de artesanato e teatro, foi apresentado esta semana à governadora Rosalba Ciarlini e ao prefeito de São Gonçalo, Jaime Calado. O complexo levará entre três e quatro anos para ficar pronto, com conclusão da primeira fase prevista para até a Copa do Mundo de 2014. O grupo pretende investir R$ 1,1 bilhão no projeto, que também conta com espaço para escola, creche, posto de saúde, biblioteca e parque ecológico.

Josué Gomes, presidente do grupo, evitou fixar data para início das obras, mas segundo Hélio Duarte, secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de São Gonçalo, "com o projeto e os estudos em mãos, a obra será licenciada em até dois meses". Hélio disse não ter dúvidas de que as obras iniciem ainda em 2012. O complexo, o primeiro construído próximo ao novo aeroporto, será erguido na área que hoje é ocupada pela fábrica da Coteminas no município. A companhia continuará sua produção têxtil, mas, gradativamente, vai transferir a atividade para a fábrica de Macaíba, que será ampliada. Com a mudança, parte dos funcionários será transferida para a outra unidade. Os demais deverão ser capacitados, segundo a empresa, para desempenhar funções no complexo imobiliário.

O complexo deverá gerar cerca de 5 mil empregos diretos na construção e 6 mil diretos na fase de operação. O grupo está construindo um semelhante em Minas Gerais.

Imagem de como ficará o Complexo: a previsão é que a primeira etapa
 do empreendimento seja concluída até a Copa de 2014

O desenvolvimento de São Gonçalo - impulsionado pela construção do novo aeroporto, implantação da zona de processamento de exportação de Macaíba e construção do terminal marítimo de passageiros - segundo Gomes, foram determinantes na escolha do local no RN. Foram necessários 12 meses para concluir o projeto, que só recebeu sinal verde após 'estudos de mercado cuidadosos'.  O anúncio do executivo surpreendeu o governo, que esperava investimento na área têxtil.

A Coteminas é uma companhia de capital aberto que  produz e comercializa fios e tecidos dentro e fora do país. A Sociedade opera como holding - espécie de empresa guarda-chuva - de empresas têxteis no Brasil e no exterior. As controladas, entre elas a Santanense, M Martan Têxtil e Springs Global, estão entre os maiores fabricantes integrados de tecidos para acessórios domésticos e vestuário do mundo. Embora não divulgue o faturamento do grupo, que tem ações na bolsa de valores e não pode repassar informações antes de comunicar acionistas, Josué afirmou que os dois primeiros meses do ano surpreenderam positivamente.

O grupo foi fundado em 1967 pelo ex-vice-presidente da República, José Alencar Gomes da Silva, que faleceu no ano passado. A família controla aproximadamente 60% das ações. Josué Gomes da Silva, filho do fundador, ocupa os cargos de presidente do Conselho de Administração e diretor presidente da Companhia. Segundo informações do site oficial, a Coteminas tem 15 fábricas no Brasil, 5 nos EUA, uma na Argentina e uma no México e mais de 15 mil colaboradores.

 Praça Seridó
São Gonçalo receberá investimento de 1 bilhão

 COMPLEXO VAI APROVEITAR TRABALHADORES DA INDÚSTRIA

Durante a apresentação do projeto de construção do complexo imobiliário, Josué Gomes, presidente da Coteminas, evitou associar a desativação - mesmo gradual - da fábrica têxtil em São Gonçalo do Amarante ao mau momento vivido pelo setor no país. Enquanto a indústria de transformação avançou 0,3% no ano passado, nacionalmente, a têxtil e de confecções recuou 14,9%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só no Rio Grande do Norte, o setor demitiu quase 10 mil pessoas em 2011.

Segundo Josué, a unidade de São Gonçalo do Amarante, que hoje emprega cerca de 2 mil pessoas, seria desativada para dar lugar ao complexo mesmo que a produção estivesse em alta. Ele evitou falar em demissões, mas confirmou que os galpões serão demolidos aos poucos. Parte das atividades e dos empregados será transferida para a unidade em Macaíba, que será ampliada. A Coteminas importará matéria-prima para manter a produção no mesmo patamar. Os funcionários dispensados farão cursos - pagos pelo Grupo - no Sesc, Senac e Senai - e trabalharão no complexo, de acordo com o executivo.

Shopping Center
O complexo deverá gerar 11 mil empregos diretos e indiretos

"A diferença é que antes quem trabalhava com têxtil e confecções agora vai trabalhar na construção civil, no comércio, nos serviços", ressaltou Gomes. Quem concluir o curso antes do início das obras será encaminhado pelo Sistema S para outras empresas. Josué estima que 600 pessoas trabalhem atualmente no setor de fiação e tecelagem na fábrica de São Gonçalo - primeiro setor a ser desativado. A governadora Rosalba Ciarlini frisou que o investimento mostra o potencial da zona Norte. Durante a reunião, ela também anunciou que o Governo Federal destinou R$ 73 milhões para construir o acesso completo ao Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em Macaíba.


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fevereiro 21, 2012

O CANTOR GOSPEL DAS MULTIDÕES

   J. NETO
O potiguar é considerado, por grande parte da crítica,
um dos principais cantores da música gospel do Brasil

O CANTOR GOSPEL DAS MULTIDÕES
AS MAIORES EMOÇÕES DE UMA CARREIRA 
  
Por
 jotaneto.net
Jornal Informativo
Marcos Paulo Bin - Universo Musical

José Clementino de Azevedo. Você o conhece? Não? E se eu lhe perguntar por J. Neto? Ah, agora, sim! Com 27 anos de carreira e mais de 6 milões de discos vendidos, este potiguar é considerado, por grande parte da crítica, como o principal cantor da música gospel no País.  Em decorrência de seu belíssimo e privilegiado timbre de voz, veio também a conquistar um público significativo, independentemente de credo religioso.
 
Com a expansão do mercado gospel, rompeu fronteiras e barreiras, sendo reconhecido em vários países. Além disso, suas canções, integram a grade de programação de várias emissoras populares. Consagrado no meio gospel por sua voz marcante  e interpretação sempre emocionante, J.Neto é um dos poucos cantores gospel a ter músicas em trilhas sonoras de novelas, como “Escrava Isaura”, “Essas Mulheres” e “Cidadão Brasileiro”.

Natural de Parelhas, no Rio Grande do Norte, nascido num dia 27 de agosto, filho de João Paulo Alves e Anaiza Dina de Azevedo, já aos 6 anos de idade mudou-se para o Rio de Janeiro, aonde, no inicio de sua vida profissional, tentou de tudo, inclusive trabalhando como pintor artistico, entre outras atividades. Tudo em vão, pois nada disso era um plano em sua vida.

O primeiro cantor  gospel  a ter músicas em trilhas sonoras de novelas
 
Aos 21 anos de idade, após expressivo acontecimento em sua vida, converteu-se e membrou numa Assembléia de Deus, onde chegou a ser líder de mocidade. Quatro anos após sua conversão, aos 25 anos, lança seu primeiro disco: “Água Viva”. Depois vieram mais 21 álbuns.

Sua carreira é repleta de grandes sucessos, que se tornaram grandes clássicos da canção Gospel, tais como: Pensando Bem, Nada me Separa Desse Amor, É Bonita, Água Viva, Fogo no Altar, Conquista, etc etc É também o primeiro cantor gospel do Brasil, a ter canções em trilhas sonoras de novelas: “Escrava Isaura”, “Essas Mulheres” e “Cidadão Brasileiro”, todas na Rede Record. Além disso, é notoriamente o pioneiro da música "gospel romântica."

Em 2008, lançou uma verdadeira obra prima da música gospel brasileira, o CD "RIQUEZAS", repleto de grandes sucessos do passado, tais como: Consagração, Restitui, Alfa e Ômega, Creio, Jesus Cristo mudou meu viver, Mover do Espirito, entre outros.  J. Neto já foi premiado pela ABPD com dois discos de ouro e um de platina, pelos álbuns Bem Aventurado, Conquista e Além das Aparências.

No inicio de 2010 realizou mais um trabalho, o CD intitulado "Um Milagre Novo", trabalho que contou com o lançamento pela Line Records, este só de canções inéditas. Com enorme e variada quantidade de sucessos em seu repertório, apresenta-se de norte a sul do Brasil, sempre com a presença de grande público.

  A voz de J. Neto é muito semelhante à do Cantor Roberto Carlos
Uma semelhança e influência que ele nunca escondeu

 REI APROVA REGRAVAÇÕES  
 
J. Neto sempre foi conhecido pela semelhança de sua voz com a de Roberto Carlos. Uma influência que ele nunca escondeu, e que em ao Vivo é ainda mais explícita. Isso fica claro logo no começo dos seus  CDs. Perguntado se a semelhança com a banda que o acompanha com a de Roberto foi proposital, J. Neto sorri e responde com um “não” meio maroto. “Eu não esperava, mas gostei do resultado.  Ficou bem com o meu estilo romântico. Não é à toa que o Roberto dar certo até hoje”, disse J. Neto, sorrindo.

Outro fator que liga os dois cantores é a música Jesus Salvador, de Roberto e Erasmo, que J. Neto já havia incluído em seu repertório, quando estreou na Line Records. Para um dos seus CDs, Ao Vivo,  o Rei aprovou a regravação. “Em um  trabalho  anterior, o Roberto pediu para ouvir o repertório inteiro, para ver em que contexto a música dele estava inserida. Ele aprovou à época e , mais uma vez, autorizou a gravação", contou J. Neto, orgulhoso.  
 
Mas o que chama a atenção mesmo – e sempre chamou – é a semelhança das vozes. J. Neto diz que nunca forçou a situação, mas não nega a influência do Rei em sua carreira. “É grande, não vou negar. É melhor ser autêntico”, afirma o cantor. “Eu cantei muito na noite. Interpretava também outros cantores, mas as pessoas diziam que ficava bom quando eu cantava músicas do Roberto”, lembra-se J. Neto, ressaltando que prefere as canções antigas do Rei.

Uma delas, especialmente, parece “emocionar” mais o cantor. Ela mesma, "Emoções", que, sutilmente, aparece dentro do CD "Ao Vivo" de 2003, atrás da contracapa, embaixo do local onde é guardado o disco. Ali está escrito: “J. Neto Ao Vivo – As maiores emoções de uma carreira”. 


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www.jornalinformativo.com.br
  http://pt.wikipedia.org/wiki/J
www.universomusical.com.b

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fevereiro 20, 2012

"EXISTE A COCA-COLA E EXISTE O GRAFITH"

A banda Grafith possui uma carreira de grande longevidade
e sempre arrasta e reúne multidões por onde passa
ilustração: Éllen  Monike/G.D.O

BANDA GRAFITH
DE TODOS OS GOSTOS E DE TODAS AS CLASSES

Por
Tribuna do Norte

A banda Grafith passa  os 4 quatro dias de Carnaval em Macau, onde puxa um dos quatro trios elétricos que fazem o arrastão do Mela-Mela - ponto alto da programação de Momo da Terra das Salinas. A novidade fica por conta da gravação do oitavo DVD do grupo que acontece em plena segunda-feira de Carnaval, onde são esperados cerca de 250 mil foliões no percurso de 6,5 quilômetros, que circula a cidade pelo novo Anel Viário. A banda potiguar será também responsável pelo encerramento da folia macauense, no Largo de Eventos Mestre Avelino, onde se apresentará a partir das 2h da quarta-feira de Cinzas.

A banda Grafith possui uma carreira de grande longevidade, comprometimento, experiência e convivência familiar. A Grafith, composta pelos quatro irmãos João Batista - conhecidos como Joãozinho, Luís Cláudio (Kaká), Júnior e Carlinhos -, possui marca registrada tanto no Rio Grande do Norte como em outros estados do Nordeste e vem conquistando fãs em grandes cidades e interiores com sucesso estável, bem como vem mantendo fielmente seus seguidores.

A carreira musical da família iniciou-se ainda na infância, quando Joãozinho resolveu "escapar" da severidade imposta pela educação militar do pai para expressar seu talento e paixão pela música. Passou a tocar guitarra e logo estava em contato com sua primeira experiência em apresentações musicais.


Teve uma passagem rápida na banda Infernais, formado no bairro das Quintas, e logo se firmou na The Shinys como guitarrista e cantor, em 1974. Com o despertar musical de Joãozinho, os outros irmãos, que também possuíam interesse pela música, decidiram seguir seus passos, sempre sendo questionados pelo pai, que tinha dúvidas se a música traria algum futuro e retorno financeiro para eles. Segundo os irmãos, o maior medo do pai era que os filhos acabassem possuindo algum vício, muito comum ao ambiente musical, o que não aconteceu.

Após a saída de Joãozinho do The Shinys, Luís Claúdio de Lima, o Kaká, foi chamado para substituir o irmão. Joãozinho passou a integrar o Suigeneris, com shows no Estado de São Paulo. Enquanto o precursor Joãozinho se apresentava em programas de televisão, como o do Chacrinha, do Raul Gil, Clube do Bolinha e outros em São Paulo com o Suigeneres, seus irmãos Júnior, Kaká e Carlinhos integravam a banda os Impossíveis, começando, assim, a junção que formaria a futura banda que é sucesso até os dias de hoje.

Quando Joãozinho voltou a Natal em 1981, recusou o convite do Skema Livre e se juntou aos irmãos e o contrabaixista Jaílson na banda os Impossíveis. Essa nova formação durou até 1987 e, com sua ruptura, surgiu a Banda Grafith.

 
A banda recém-surgida mantinha o estilo de banda baile e, assim, conquistou fãs que se denominam "nação grafitheira". Novos ritmos foram aderidos, e a banda logo ficou reconhecida por sua diversidade, capacidade de adequação aos mais diversos ambientes - tocando em eventos como formaturas, casamentos, festas, carnaval e shows - e variedade de repertório.

Por onde passa, Grafith arrasta multidões, sendo considerada banda "da massa", de todos os gostos e todas as classes sociais. Com 22 anos de carreira, o grupo tem grande consideração e contato com seus fãs, além de manter sempre a humildade e o contato e apoio dos amigos e familiares, proporcionando, assim, o reconhecimento e o sucesso.

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JúniorGrafith

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 "EXISTE A COCA-COLA E EXISTE O GRAFITH"
Júnior Grafith

fevereiro 19, 2012

O SEGREDO DE UM CAMPEÃO

 CAYQUE FELIPE
 Potiguar é primeiro lugar na USP e na UnB

NATALENSE BRILHA FORA DO RIO GRANDE DO NORTE

Por
Tribuna do Norte

Pela primeira vez, um estudante natalense e nordestino passou em primeiro lugar em dois dos vestibulares mais concorridos do Brasil. A proeza se deve ao jovem Cayque Felipe dos Anjos, 18 anos, aprovado nos cursos de Ciências Biomoleculares da USP (Universidade de São Paulo) e de Biotecnologia da UnB (Universidade de Brasília). O resultado foi divulgado na semana passada. A USP é a maior universidade pública brasileira e forma grande parte dos mestres e doutores do país. Já a UnB tem 50 anos de história e foi eleita pelo Ministério da Educação como a maior instituição de ensino superior do Centro-Oeste. Perguntado sobre qual delas escolheria, Cayque não hesitou: "Vou para a USP, porque é uma das maiores universidades da América Latina e do mundo".

Em 2010, quando ainda cursava o segundo ano do ensino médio, Cayque tentou o vestibular da UnB e, quando foi conferir sua nota no site da instituição, viu que a média o credenciava para passar em todos os cursos na primeira chamada - exceto Direito e Medicina. "Eu cursei pra treineiro, que é uma opção só pra testar o conhecimento mesmo", contou, entre tímido e orgulhoso com o próprio desempenho.

Ele se disse um "nerd" assumido, apelido comumente dados aos alunos muito dedicados aos estudos. Cayque, porém, revelou que não precisou abrir mão de muita coisa para conquistar bons resultados na carreira escolar. Desde o ensino fundamental, colecionou medalhas em olimpíadas de Química, Física e Biologia no Rio Grande do Norte e no Brasil. Chegou a ir à Costa Rica, onde participou da Olimpíada Ibero-Americana de Biologia.

"Tudo que eu queria fazer este ano eu fiz. Até porque não sou muito de ir pra balada e shows, porque não gosto de forró nem das bandas que tocam aqui. Fui pra vários aniversários de amigos meus, churrasco, fui praquilo que eu queria ir. Até porque se eu ficasse só em casa estudando iria enlouquecer", contou Cayque, que estudou no Colégio Ciências Aplicadas. Para quem acha que ele não sabe curtir a vida, Cayque tem uma resposta pronta: "Eu gosto de estudar. Não gosto de 'Garota Safada', gosto de estudar Química".

Cayque Felipe comemora, com a mãe, aprovação na USP
 e no vestibular da Universidade de Brasília

Cayque admitiu estar "ansioso" com o futuro. O pai Douglas e a mãe Elizabeth - ambos servidores da Polícia Federal - estão sentindo uma mistura de orgulho e apreensão. Afinal, ele ainda é muito jovem e, agora, vai morar na distante São Carlos, interior de São Paulo, onde fica o campus da USP em que Cayque vai estudar pelos próximos anos. Ele e o pai viajaram na última quarta-feira para São Carlos, com o objetivo de procurar uma república estudantil para servir de moradia de Cayque.

"Minha mãe mesmo dizia que eu deveria ficar aqui, mas não tem comparação. Não que a UFRN seja ruim, pelo contrário. Mas a USP é uma das melhores da América Latina e do mundo. Eu pretendo trabalhar com pesquisa. Lá, um artigo que você fizer tem mais visibilidade", explicou.

Cayque revelou que planeja fazer pós-graduação na Alemanha. Ele disse que "sonha alto", mas lembrou que está mais fácil estudar no exterior.  "Tá mais fácil, porque a presidente Dilma [Rousseff] abriu o programa 'Ciências Sem Fronteiras', que está dando muitas bolsas para os melhores alunos. Como minha área é na biotecnologia, que é uma das prioridades do Brasil, porque aqui não existe muito essa coisa, pode dar certo", ponderou.

Demonstrando saber bem o terreno em que está pisando, Cayque avaliou que ainda não aconteceu o "boom" da biotecnologia no Brasil. Por isso, acredita que esse é um campo fértil à pesquisa.  "Lá no exterior já existe um 'case' de biotecnologia há muito tempo, de genética, de nanobiotecnologia, que é um setor que tá explodindo agora. Existe uma urgência do Brasil de se modernizar, de desenvolver a tecnologia necessária para que essa área cresça aqui".


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fevereiro 17, 2012

CANTOR REALIZA SHOW DE MPB PARA CÃES

Joseh Garcia  vai realizar show único de MPB para cães
no Wag Hotels em San Francisco, Califórnia

INUSITADO
CANTOR NATALENSE REALIZA SHOW  PARA CÃES NOS EUA 

Por
Tribuna do Norte
Centro Comunitário Brasileiro

SAN FRANCISCO, USA - Um show para cães e um álbum gravado na França? Sim, talvez você não conheça Joseh Garcia, mas o cantor natalense tem conquistado público nos Estados Unidos, Canadá e França, desde que saiu de Natal, Rio Grande do Norte.

No dia 18 de fevereiro, sábado, Joseh Garcia vai realizar um show único de música brasileira para cães e seus donos no Wag Hotels em San Francisco. Os animais receberão biscoitos caninos, seus donos desfrutarão de bebidas e salgadinhos, e ambos assistirão ao show. Os lucros provenientes dos ingressos serão doados a uma organização sem fins lucrativos que resgata cães abandonados de pequeno porte.
 
Joseh Garcia optou por um repertório eclético que inclui músicas de sua EP Bossa a Trois, gravado na França e produzida pelo aclamado Daniel Masson (produtor de compilações para o Buddha Bar em Paris), e canções de grandes compositores da música brasileira. Para não decepcionar os cães, Joseh fez questão de adicionar músicas que tocam no tema canino, como Um Filho e um Cachorro (Zeca Baleiro), Vira-lata de Raça (Rita Lee), e uma versão politicamente correta de Hound Dog, um clássico de Elvis Presley.

O evento já chamou a atenção da midia americana. A TV americana KGO interessou-se pelo show e o canal de TV de Los Angeles BDCi cobrirá o evento.

Joseh Garcia é psicólogo e ex-integrante do De Coro e Alma

JOSEH GARCIA

Não há dúvida que Joseh Garcia tem magia! Ao ouvir este maravilhoso cantor, podemos nos sentir em uma praia brasileira, refrescado por uma brisa serena, e levados por uma carícia apaixonada. As canções de Joseh personificam as características do charme brasileiro: uma sensualidade divertida e natural. Com gestos vocais precisos Joseh sussurra segredos que gentilmente convidam cada um de nós a uma jornada interior.Cada nota é belamente cantada com a intenção e atenção.

Sua voz e movimentos nos encantam à medida em que todo o seu ser suinga em harmonia. Seja solo ou bem acompanhado, com uma banda completa, no palco a impactante presença de Joseh tem o poder de mover-nos e fazer-nos sorrir à medida em que experimentamos a alegria da entrega à música. A visionária artista Silvia Nakkach disse: "Joseh Garcia deverá abalar as fronteiras da música brasileira e do cool jazz nas décadas que virão." Ao ouvirmos Joseh sabemos que ele não tem medo de explorar e cruzar fronteiras.

Como um alquimista, Joseh saboreia cada canção, combinando-as, reconstruíndo-as e cria algo novo. Seu gosto musical refinado e sua abertura para encontros inusitados o levou a explorar a junção da Bossa Nova com a música do Oriente Médio, e da música brasileira com a música eletrônica. Em 2011 Joseh Garcia lançou sua primeira EP, Bossa a Trois, em colaboração com Jonathan Rickert. O album criativamente une pop Brasileiro com downtempo eletrônico e foi produzido pelo produtor francês Daniel Masson, conhecido mundialmente por suas coletâneas para o Buddha Bar de Paris. De forma bela e sem esforço Joseh desafia os limites da música de seu país.

A profunda conexão de Joseh com a música o fez concluir um Ph.D. na Califórnia onde examinou a transformação psicológica do ouvinte através de canções. As melodias de Joseh graciosamente incorporam sua pesquisa. Quando o ouvimos, nos conectamos com um lugar interior pleno de potencial para experiências transformadoras.Joseh Garcia atingiu públicos no Brasil, Itália, França e Canadá e tem trabalhado com produtores inovadores, tais como o francês Daniel Masson. 

Nos Estados Unidos ele tem se apresentado em locais respeitados como La Peña Cultural Center, California Institute of Integral Studies, Palace of Fine Arts, Rudramandir e Red Poppy Art House. Com a profundidade da sua música, Joseh Garcia aspira a reconectar seus ouvintes com os aspectos humano e transcendentes da vida. 


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www.tribunadonorte.com.br
Centro Comunitário Brasileiro

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fevereiro 15, 2012

UMA MENTE BRILHANTE EM MEIO AO SERTÃO

 
  O jovem professor André Magri, de apenas 20 anos,
 à frente dos projetos premiados  
 
PROFESSOR DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE
É PREMIADO E RECEBE DESTAQUE NO MEC 

Em meio à zona rural do sertão potiguar, no município de Ipanguaçu, há cerca de 200 km de Natal, uma escola da rede municipal tem chamado a atenção de instituições de todo o Brasil. O motivo? É que desde o ano de 2010, a Escola Municipal Adalberto Nobre de Siqueira, localizada no Assentamento Tabuleiro Alto, já conquistou 04 prêmios nacionais. À frente de todos os projetos premiados, o jovem professor André Magri Ribeiro de Melo, de apenas 20 anos de idade. A façanha foi destacada em matéria publicada nesta terça-feira (14) no portal do Ministério da Educação (MEC).

 PROFESSOR DESENVOLVE PROJETOS CRIATIVOS
 EM ESCOLA POTIGUAR

Por
Fátima Schenini

Os projetos criados por um professor de apenas 20 anos contribuíram para a premiação de sua escola em diferentes ocasiões. Estudante de letras, André Magri Ribeiro de Melo dá aulas de língua portuguesa e literatura na Escola Municipal Adalberto Nobre de Siqueira, em Ipanguaçu, município potiguar a 200 quilômetros de Natal. Na mesma instituição, localizada no assentamento Tabuleiro Alto, área rural do município, ele iniciou a carreira de professor, há quatro anos.

A primeira iniciativa premiada de André foi o projeto Literatura de Terror: uma Visita à Elegante Essência do Medo. A experiência conquistou o primeiro lugar do prêmio Construindo a Nação, edição 2010, no ensino fundamental. Em 2011, o projeto Identidade e Voz do Povo Nordestino na Literatura Regionalista proporcionou à escola o primeiro lugar na mesma premiação. Com esse projeto, a instituição também foi vencedora do Selo Escola Solidária (2011) e conquistou o segundo lugar no Prêmio Educador Nota 10, da Fundação Victor Civita (2011).

 Um batalhão de personagens, histórias e emoções
 pretende bater à porta da escola e das famílias de Tabuleiro Alto

Na visão desse jovem educador, o uso de meios alternativos de ensino, como músicas, filmes e desenhos animados, mostra ao estudante diferentes formas de estudar e analisar a língua materna que não sejam apenas o livro didático e o quadro com giz. “Se o aluno sentir prazer em estar na sala de aula e na escola, renderá bem mais, e seu aprendizado sofrerá evolução significativa”, afirma André. Em todo os projetos que desenvolve, ele conta sempre com a parceria dos professores de língua inglesa e ensino da arte.

Seus planos para 2012 incluem uma grande viagem pela história da literatura brasileira com o projeto De Caminha a Lobato: A Evolução da Literatura Brasileira. “Os alunos serão apresentados aos diferentes momentos de construção da nossa literatura e conhecerão as influências recebidas, bem como as relações das obras escritas com os momentos históricos que nosso país vivia a cada surgimento de um novo olhar sobre a palavra”, revela.

  Professor André e um grupo de alunos, na biblioteca

A viagem pelas letras terá início com a leitura de uma versão infantil da Carta de Pero Vaz de Caminha (sexto e sétimo anos) e trechos do texto original (oitavo e nono). Terá continuidade com a passagem pelas escolas da literatura brasileira, como o Romantismo e o Modernismo, até chegar às obras de Monteiro Lobato. “Um batalhão de personagens, histórias e emoções pretende bater à porta da escola e das famílias de Tabuleiro Alto”, adianta André.

Ele assegura que os alunos lerão todas as obras indicadas, integralmente. Embora o acervo da biblioteca da escola seja pequeno, os estudantes contam com a ajuda da família para a aquisição de obras, com doações e visitas a bibliotecas municipais. “Entendemos que a leitura dos textos integrais garante maior compreensão do aluno e o insere mais ainda no mundo letrado e literário”, diz o professor.


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arquivo da escola

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Jornal do Professor

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 “Professor, uma profissão! Educador, a mais nobre de todas as missões!"
(Antonio Gomes Lacerda)

fevereiro 14, 2012

HANGAR: MAIS QUE UM TROFÉU NA ESTANTE

   MARCELO VENI
Idealizador do Prêmio Hangar, a maior premiação da música potiguar
Fillho de potiguares, o brasiliense  fala da alegria de ser produtor artístico
Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press

PERFIL
   MARCELO VENI

Por
Alex Costa

"Pessoas acham que produtores artísticos são artistas frustrados. Estão erradas. Produzir me fez ter o verdadeiro encontro com a arte". A afirmação proferida por Marcelo Veni referencia o estilo de vida escolhido pelo produtor cultural. Para ele, a profissão adotada por uma pessoa a transforma e a estimula a viver em função daquilo que sabe e aprendeu a fazer. Autor do prestigiado Prêmio Hangar, que visa homenagear os artistas potiguares por seu destaque em seus trabalhos, Marcelo esbanja carisma, com vontade de inovar e fazer a arte aparecer na sociedade.

Nascido em Brasília, no dia 16 de abril de 1974, o filho dos comerciantes potiguares Valéria e Joaquim passou uma infância simples num cenário que contrastava com sua história. "Meus pais foram para o Centro-Oeste com a chamada do JK. Eu nasci lá, passamos alguns anos na atual capital do Brasil e depois nos mudamos para Goiânia", conta Marcelo.

Foi na capital de Goiás que Veni teve o seu primeiro contato com a arte, através de peças escolares. "Eu gostava de fazer, criar, imaginar", realça. Aos 13 anos, os pais do Marcelo retornam para a capital potiguar e o adolescente descobre em Natal o berço da sua cultura. Na escola, Veni continuou participando de eventos teatrais e durante toda a sua formação, o jovem Marcelo foi buscando se especializar em arte. A sua entrada no Centro Social Urbano da Cidade da Esperança marcou a entrada de Veni na cultura potiguar.

"Eu estava folheando uma revista do Sesc e vi um anúncio falando a respeito de um curso de teatro com o já falecido diretor Chico Vila. Não deixei de lado, corri atrás do meu sonho, do meu desejo por ver a arte mais de perto e fui integrado a esse mundo cultural", afirma Veni. Lá, Marcelo conheceu outros grandes nomes como João Marcelino e Lula Belmont, e já teve a oportunidade de trabalhar junto com eles em algumas produções.

A porta para um mundo de cultura tinha sido aberta para o jovem Marcelo Veni, que não sabia como seria o seu futuro até então. Na escola, Marcelosempre foi muito comunicativo, desinibido. Era sempre o centro das atenções e foi por várias vezes o chefe de classe. A postura de liderança e de atitudes rápidas e consistentes sempre estiveram presentes no sangue do produtor musical. Marcelo foi militante da União Metropolitana de Estudantes (UMES). Lá, atuou como diretor cultural e experimentou coordenar ações artísticas com o público estudantil.

"Fui me encontrando, me descobrindo e revelando a minha capacidade de criar e fazer. Eu tenho a sensação de ter despertado algo que já existia dentro de mim: é um pedaço do meu coração que ainda tem muito espaço para guardar essa paixão pela cultura", diz. Marcelo trabalhou na 96FM no período de 1995 e 1997 onde apresentava a Gincana Cultural, grande sucesso na época, o que deu a oportunidade de ser ainda mais visto pelo mercado cultural potiguar.

Idealizado, coordenado e apresentado por Veni, a Gincana Cultural unia esportes e cultura e sempre repercutia muito na sociedade. "Era muito legal. Trabalhar na rádio me fez usar o meu lado jornalista, que eu já quis ser também. Comecei a faculdade de letras e de jornalismo mas não conclui porque a demanda com shows começou a crescer", relata.

Desde então, Marcelo nunca mais parou. Organizando projetos e arranjando formas de apresentar, o produtor cultural fluía em ideias e em oportunidades. Veni chegou a trabalhar também na assessoria do DCE da UFRN, coordenando a parte cultural alternativa e na UnP no programa Universidade Solidária, criando e apresentando pequenos teatros em cidades interioranas, falando sobre questões sociais como drogas, violência contra a mulher, dengue e camisinha.

"Também organizei muitos shows. A minha vida era isso. Se resumia em pensar em arte, correr atrás dela e encontrar novas dimensões. Os tributos a grandes artistas que eu realizei tinha muito a ver comigo: Cazuza, Raul Seixas... Para expressar quem eu sou, o que tenho, o que posso fazer", compartilha.

Em 1999, o produtor criou o Prêmio Hangar de Música. A cabeça de Veni se encheu de imagens, de produtos e de idéias. Colocando em prática e vendo que teve aceitação entre o público, Marcelo começou a se dedicar mais para a música e para eventos culturais que trabalhem essa área da arte. 
 
A OUSADIA, INOVAÇÃO E PERSISTÊNCIA 
SÃO ALGUMAS MARCAS REGISTRADAS

O Carnaval, data preferida pelo produtor, apesar da grande quantidade de trabalhos a realizar, comprovam sua ousadia em inovar com novos meios e novas roupagens. Inserindo sonoridades como o reggae, rock underground e rave eletrônica, o Carnaval da Ribeira passou a ter diferencial e a ter um público maior e mais diversificado. "Temos que saber aproveitar e fazer diferente, conclamando para que todos os diferentes se divirtam de maneira igual", realça.

A dedicação para eventos que associem a sociedade e a cultura é notável. Para Marcelo, "inserir a cultura urbana nos trabalhos artísticos que faço no dia a dia é importante". Ele destaca o trabalho com os grafiteiros, onde locais são escolhidos para que sejam feitos os trabalhos e os grupos de forró tocando em feiras populares como Rocas, Cidade da Esperança e Alecrim.

"E aí, será que as pessoas ainda podem me achar um artista frustrado?", questiona Marcelo. O produtor cultural diz que o seu trabalho é um diálogo constante e que o conhecimento adquirido é muito maior. Coordenando os artistas e valorizando-os através do Prêmio Hangar, Marcelo afirma já estar fazendo o seu papel de artista: criando, testando e apresentando resultados.

Sair com os amigos é costumeiro, mas produzir é a verdadeira diversão de Marcelo Veni. "Quem me conhece sabe que eu não mudo, que eu não tenho duas vidas. Eu sou um só e faço da cultura o meu estilo de vida", finaliza.

  PRÊMIO HANGAR DE MÚSICA
MAIS QUE UM TROFÉU NA ESTANTE

Por
 Yuno Silva

Prêmios são sempre bem vindos, mesmo que simbólicos, e  a música potiguar voltou a ser o centro das atenções durante nova rodada do Hangar, que concedeu, no Teatro Alberto Maranhão, o troféu Clave de Sol aos destaques musicais de 2011. Chegando em sua décima edição - 31 do mês passado -  sem patrocínio e nenhum apoio público, o Prêmio Hangar de Música homenageou os mestres Elino Julião e Luiz Gonzaga com uma programação pontuada por versões personalizadas de grandes clássicos da música nordestina. 

"Considero 2012 o encerramento de um ciclo, afinal foram dez edições do Hangar, e agora nossa meta é trabalhar com antecedência para captar recursos e viabilizar as próximas edições de maneira mais estruturada, com uma produção mais tranquila", disse Marcelo Veni, produtor e idealizador do Hangar em 1998, que comemora o apoio do SESC-RN, da Arte Musical e da FM Universitária. "Acredito que o Prêmio mereça o envolvimento de grandes marcas enquanto patrocinadores", acrescentou.

O Prêmio Hangar de Música 2012 contemplou os destaques de 2011 em onze categorias, sendo três escolhidas por júri popular. A lista final de indicados foi selecionada por onze pessoas, entre jornalistas, produtores e músicos, e o júri oficial  foi  formado por outros dez convidados. Durante o evento também foram concedidos prêmios especiais para artistas nacionais e projetos realizados no RN.

Segundo Marcelo Veni, a partir deste ano não haverá mais a denominação Melhor isso ou aquilo: "Vi que não vale a pena comparar, ninguém é melhor que ninguém, então optamos por simplificar. Em vez de Melhor Artista, teremos Artista do Ano, e assim sucessivamente", adianta.

DEPOIS DAS VACAS MAGRAS, A RETOMADA

Superando um período de vacas magras e certo descrédito entre o segmento musical, principalmente entre os anos de 2006 e 2007 quando passou em branco, o Prêmio Hangar vem ganhando fôlego para voltar à boa forma já vista em outros momentos: em 2003, por exemplo, o Hangar realizou festa de encerramento no Hotel Pirâmide com show de Elino Julião e a banda paraibana Cabruêra; Sandra de Sá, Maria da Paz, DJ Dolores, Lia de Itamaracá e João Bosco já figuraram entre as atrações convidadas, a modelo Fernanda Tavares e o ex-VJ fashionista Max Fivelinha chegaram participar - Fivelinha por duas vezes, uma como apresentador e outra fazendo cobertura jornalística para a TV Bandeirantes em rede nacional.


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Alex Costa

fevereiro 11, 2012

FILHO DA CANÇÃO, IRMÃO DO POEMA

MARIANO TAVARES
Chega à maturidade artística lançando seu segundo álbum, "Sem Parar"
 Sofisticação e poesia permeiam as 11 faixas do novo disco
 
FILHO DA CANÇÃO, IRMÃO DO POEMA

  Por
Sílvio Santiago 
especial para o VIVER 
Caderno Cultural do jornal Tribuna do Norte

Ele não para. Desde a sua estreia, em 1994, com o concerto Mariano Canta Caetano, cujo repertório foi baseado na obra do baiano Caetano Veloso, o assuense Mariano Tavares não parou mais de realizar shows e de compor, firmando-se como um artista de composições e interpretações elaboradamente sofisticadas - até excessivamente refinadas para serem pop, acusam alguns.

 Dezoito anos depois daquela apresentação no auditório da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), em Mossoró, ele chega à maturidade artística lançando seu segundo álbum, "Sem Parar".
 
A partir dali, Tavares fez o mesmo percurso que a maioria dos iniciantes: tocou e cantou em bares e espaços culturais do Oeste potiguar e de Natal fazendo releituras personalíssimas da obra de artistas como Bob Dylan, Gilberto Gil, Lou Reed, Alceu Valença, Morrissey, Adriana Calcanhoto, Leonardo Cohen, Jards Macalé, entre outros.

 Porém, ao mesmo tempo em que se aprimorava como intérprete, ele também foi compondo suas próprias canções, marcadas por uma musicalidade e uma poesia demasiadamente delicadas, sublimes até. Apesar existir a polêmica que dissocia música e poesia, Tavares é enfático ao afirmar que "a canção é irmã siamesa - ou mãe, sei lá - do poema".

Graduado em Letras pela UERN, instituição da qual é hoje pesquisador e professor de Literaturas Norte-americana e Inglesa, Tavares fez seu mestrado em Literatura Comparada pela UFRN. Sua dissertação foi sobre a performance/performatividade nos poemas do livro "Ariel", da poetisa, romancista e contista norte-americana Sylvia Plath. Mas outros elementos também são essenciais às apresentações de Tavares, hoje restritas a teatros. Os cenários, sempre assinados pelo artista visual e fotógrafo Renato de Melo Medeiros, a iluminação e os figurinos, muitos criados pelo estilista Henrique Araujo, corroboram para sua identidade artística.

A formação musical de Mariano Tavares começou ainda na infância. Seu pai, de quem herdou o nome e a dramaticidade nas interpretações, foi um famoso e requisitado seresteiro que se apresentava em Assu e cidades vizinhas.

Na adolescência, descobriu e encantou-se com o tropicalismo, movimento que acontecera uma geração anterior a sua. "Foi o encontro que considero mais definitivo na minha carreira", afirma ele sobre o coletivo vanguardista do final da década de 1960. "E aqui incluo, além dos compositores e cantores, alguns poetas e artistas que circundaram o movimento. Toda aquela ideia de uma música/arte que olhava para dentro de si, para dentro do Brasil, do Sertão, mas que não se furtava a se deixar contaminar pela contemporaneidade que vinha do estrangeiro". Mais recentemente, Tavares vem se dedicando ao estudo da obra dos compositores, cantores e produtores brasileiros Cibelle, que desenvolveu sua carreira em Londres, e Cícero, o fluminense de Nova Friburgo que vem recebendo elogios de medalhões da MPB, e dos norte-americanos Antony Hegarty, líder da banda Antony and the Johnsons, e Rufus Wainwright.
 
"SEM PARAR"
CRÍTICA

Os primeiros acordes do piano de Humberto Luiz na música "Sem Parar", que abre o disco homônimo de Mariano Tavares, indicam a sofisticação sonora que permeia todas as 11 faixas do segundo álbum da carreira do cantor e compositor assuense. Já a voz suave e de timbre baixo dele explode e se agiganta na dramaticidade de suas interpretações. E as letras de todo o álbum não são pop; elas são poesias sublimes: "E quando os humanos matarem a dor no cartaz/ Terei ido embora/ Será nosso fim/ A deslizar sem parar/ A deslizar sem parar/ Sem parar".

Todas as músicas são de autoria de Tavares, com exceção de "É Dando Que Se Recebe", que compôs em parceria com a poetisa e atriz Civone Medeiros; "It's Not For Us", com o economista e estudante de Direito Hugo Vargas Soliz; e "Sacrifício", com o cantor e compositor Romildo Soares. Essa última ganhou clipe veiculado no programa "Canto da Terra", da TVU, e integra o DVD "Dos Pés  à Cabeça", do coral Harmus, que será lançado neste semestre. A música foi gravada no Salão Nobre do TAM com Tavares acompanhado apenas pelo coral e pelo pianista Humberto Luiz, seu maestro e arranjador. Outra exceção é "How Should I Your True Love Know", de William Shakespeare para "Hamlet". Ela é uma das canções do álbum em que se pode "ouvir" o silêncio de Tavares exercitando seu talento também como violonista. Na igualmente ótima "Se Eu Te Chamar de Baby", que encerra o disco, Tavares executa com suavidade seu violão e entrega sua voz a versos como "Se eu te chamar de baby/ Vai ser para ter de volta/ Meu retrato na parede/ E andar sob a chuva com você". Duas cantoras potiguares da nova geração fazem participações especiais em "Sem Parar" - que teve a capa e o encarte assinados pelo designer gráfico Alexandre Oliveira. Katarina Góis canta em "Não Há Segredo" e Simona Talma em "Para Onde os Sonhos Vão?".

Ficou fora do CD uma versão de "Age d'Or", do poeta simbolista francês Arthur Rimbaud que Tavares musicou. O motivo foi a não autorização dos direitos autorais pelo tradutor Ivo Barroso. Mas ela, assim como outros vídeos de Mariano Tavares, pode ser conferida no YouTube. 


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Sílvio Santiago 
especial para o VIVER 
Caderno Cultural do jornal Tribuna do Norte

fevereiro 10, 2012

ANDAR COM FÉ EU VOU...

 BOTE FÉ, NATAL
Praia do Forte, Natal/RN, Sede do Mega Evento Cristão
30 Mil Pessoas Deverão Participar do "Bote Fé Natal"
fotografia: Canindé Soares

  O POP DO SENHOR

Por
Tádzio França 

A música religiosa é o novo pop - pelo menos no Brasil. As canções que louvam a religião cristã saíram dos templos e aos poucos foram ganhando as rádios, paradas de sucesso, programas de televisão, e as listas de discos mais vendidos do País - com direito a inclusão da Lei de Incentivo à Cultura Rouanet. Um verdadeiro fenômeno que atrai multidões. A mesma multidão que está sendo esperada para o "Bote Fé", um evento católico preparatório para a visita do Papa Bento XVI (em julho de 2013 no Rio de Janeiro) e que corre o Brasil em uma espécie de peregrinação, parte da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A organização espera um público estimado em 30 mil pessoas, vindas de 11 estados do País. 

 O pioneiro Padre Zezinho

Serão três dias de programação no Rio Grande do Norte, cujo dia mais aguardado é hoje: nesta sexta-feira, a partir das 17h, será gravado um DVD com cenas do mega-show apresentado na chamada 'Arena Bote Fé', especialmente montada na Praia do Forte, ao lado da Ponte Newton Navarro, no terreno do antigo Círculo Militar (Clube do Exército).

    Padre Reginaldo Manzotti

Passarão pelo palco 31 atrações, entre padres e bandas que professam a fé católica através da música. Alguns são verdadeiras estrelas do gênero, como os padres Marcelo Rossi, Fábio de Melo, Antônio Maria e Reginaldo Manzotti, o pioneiro Padre Zezinho,  e a Irmã Kelly Patrícia.

As bandas e cantores que fazem rock e pop com mensagens cristãs também estarão presentes, como Rosa de Saron, Dominus, Cantores de Deus, Jake (que fez sucesso com o axé "Pó parar com Pó"), entre outros. Um verdadeiro "all stars" da música gospel cristã nacional.  

Padre Fábio de Melo

Para congregar essa maratona de música e mensagem, foi convocado Guto Graça Mello, um dos mais experientes produtores musicais do Brasil. O currículo do homem fala por si: ele compõe para para cinema e televisão desde os anos 70. A abertura do "Fantástico" de 1973 é dele. Para a televisão já compôs as trilhas de "Pecado capital", "Pai herói", "Coração alado", "Pirlimpimpim", "Coração alado", entre outros. Para o cinema, assinou "Beijo no asfalto", "Menino do Rio", "Cazuza", "Se eu fosse você", "Irma Vap", "Caixa Dois", etc.

Graça Mello já produziu mais de 350 discos ao longo de sua carreira, tendo trabalhado com artistas como Roberto Carlos, Maria Bethania, Milton Nascimento, Rita Lee, Elis Regina, João Gilberto, Gil, Gal, Caetano Veloso, entre outros. Durante 17 anos ele foi diretor musical da Rede Globo e da gravadora Som Livre. O produtor musical está em Natal desde o começo da semana e ontem à tarde participou do ensaio.

O "Bote Fé" tem apoio da gravadora Sony Music, em parceria com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e a Arquidiocese de Natal.

 Padre Marcelo Rossi

NOS PALCOS DA FÉ

Vários nomes do Arena Bote Fé têm fama nacional, apreciados por gente de religiõeAs diversas. Padre Marcelo Rossi foi o primeiro 'popstar' da nova leva cristã, emplacando músicas como "Noites traiçoeiras", "Eu navegarei", "Cura-me", entre outros. Tem programa de rádio, promove missas para milhares de pessoas, e é sucesso literário com o livro "Agape". Em seu rastro surgiu Padre Fábio de Melo, sem batina e destacando a figura de cantor. Seus hits são "Tudo posso", "Viver pra mim é Cristo" e "Não desista do amor". O mais novo da leva, padre Reginaldo Manzotti, segue o mesmo caminho, já emplacado músicas como "A tempestade vai passar" e "Deus está aqui neste momento".

Rosa de Saron
 
DO METAL AO SOUL

Outras linguagens musicais cabem na nova música cristã. Caso do Rosa de Saron, que faz sucesso com seu "white metal" católico. O grupo lança discos desde 1994, e conta com hits como "Sem você", "Menos de um segundo", "Lembranças", e "Apenas uma canção de amor". Grupos como Dominus e Anjos de Resgate já foram classificados como o "Jota Quest da música católica". A Dominus, por exemplo, toca de rock a forró, e incorpora dançarinos ao show. Já os Anjos fazem pop/rock com uma pegada country. Mas a "palavra" está sempre lá, em primeiro plano.

 Irmã Kelly Patrícia

ARTISTAS DO GRAMMY

Provando que o "paraíso" sonoro é aberto a todos, as mulheres também marcam presença no louvor do palco. A Irmã Kelly Patrícia, de Fortaleza, é um dos nomes de destaque. Ela já tem 11 CDs lançados, e vai tocar na Arena a música "Tentação", de seu último CD, "Busca de Deus". O disco tem forte influência de rock, com guitarras e batidas fortes.

Em outro segmento totalmente diferente, a cantora Jake aposta na festiva axé músic para passar sua mensagem. A moça fez grande sucesso na internet, há três anos, com a música "Pó pará com o pó". Chegou a cantar com Ivete Sangalo no Carnatal. Todos louvam e dançam.

Outro detalhe: três das atrações do Bote Fé Natal já concorreram ao Grammy. Rosa de Saron, Ministério Adoração e Vida, e o pioneiro Padre Zezinho. Os três concorreram, ano passado, ao principal prêmio da música internacional na categoria "Melhor Álbum de Música Cristã". 

 A capital potiguar sediará a gravação de um DVD
com os principais cantores e Bandas Católicas do Brasil
fotografia: Canindé Soares

ARTISTAS POTIGUARES

Segundo informações do blog do fotógrafo Canindé soares, além das atrações nacionais, como Padre Marcelo Rossi, Padre Fabio de Melo e Padre Zezinho, artistas potiguares, que até então não se  sabia que iriam participar, também estarão no mega evento. A presença de cantores de Natal na gravação do DVD passa a ser  uma honra para a  Cidade que sedia o evento, pois percebe-se a  valorização da prata da  casa. Embora não tenha tido o repasse oficial, por parte da organização, sobre a participação dos potiguares, listamos os nomes cotados para o evento. São eles: Padre Nunes, Padre Humberto, Sandro Menezes, Emanuel, Adriana, Angélica e Aline.

 Jornada Mundial da Juventude
um encontro nascido em 1985, criado pelo Papa João Paulo II

FESTIVAL QUER ATRAIR JOVENS

O Bote Fé um evento ligado à   Jornada Mundial da Juventude, um encontro nascido em 1985, criado pelo Papa João Paulo II. As JMJs acontecem a cada dois ou três anos, numa cidade escolhida para sediar a jornada. Em Natal, além do show de sexta-feira, as celebrações se estenderão até sábado e domingo com uma série de paradas, missas, romarias e celebrações em bairros de Natal e outros municípios, como São Gonçalo do Amarante, Santa Cruz e Caicó.

A jornada católica também está ligada à celebração de dois símbolos: uma grande cruz de madeira entrega pelo Papa João Paulo aos jovens, em 1984, que deveria ser carregada pelo mundo. Em 2003, foi acrescida o Ícone de Nossa Senhora, uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira basílica para Maria Mãe de Deus, no ocidente. A cruz e o ícone chegaram ao Brasil em setembro de 2011, e virão para Natal nesta sexta-feira, já sendo apresentados na Arena Bote Fé, na Praia do Forte. Depois eles percorrerão todo o País, até o momento do encontro com o Papa Bento XVI, no Rio de Janeiro, em 2013.

"Será a primeira vez que as maiores expressões católicas da música se reunirão em um mesmo palco", destacou o Padre Sávio, assessor nacional para a juventude da CNBB, e coordenador geral do projeto Bote Fé. "Todos os custos do evento serão arcados pelos nossos patrocinadores", ressaltou. 


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Tádzio França