novembro 30, 2015

POTIGUAR LAUREADO EMBAIXADOR DAS ARTES


JOSÉ CARLOS
Idealizador e fundador do blog Potiguarte e do grupo Caçadores de Imagens, 
uma das maiores comunidades de fotografia na América Latina, 
dentro de uma rede social, o Facebook,
 reunindo mais de 94 mil membros
Fotografia: Acervo pessoal 

POTIGUAR LAUREADO EMBAIXADOR DAS ARTES 
POR INSTITUIÇÃO FRANCESA

 Por
ANNA RUTH
ASSESSORIA COMUNICAÇÃO JFRN

Mais um destaque internacional para Justiça Federal do Rio Grande do Norte. A Presidente da Divine Académie Francaise des Arts, Lettres et Culture, jornalista Divani Pavesi, dentro das comemorações pela passagem dos 20 anos da Divine Académie, homenageará 30 personalidades artísticas do Brasil e da França, em cerimônia a ser realizada no Rio de Janeiro, Copacabana Palace, dia 1 de fevereiro de 2016. Escritores, poetas, fotógrafos, teatrólogos, curadores, artistas plásticos, produtores culturais e demais personalidades do mundo artístico serão outorgados com insígnias francesas e laureados Embaixadores das Artes.

Por seu envolvimento e comprometimento com o mundo das artes, José Carlos da Silva, Coordenador das atividades culturais e artísticas da Justiça Federal no Rio Grande do Norte será um dos homenageados e contemplado com o título de Embaixador das Artes pela Divine Académie Française des Arts, Lettres et Culture.

José Carlos, servidor público federal, fotógrafo amador e produtor cultural, é o idealizador e fundador do blog Potiguarte, onde difunde a arte e cultura potiguar, e do grupo de fotografia Caçadores de Imagens, um dos maiores e melhores da América latina dentro de uma rede social, o Facebook, reunindo atualmente mais de 94 mil membros.

A Divine Académie Française des Arts, Lettres et Culture, sob a égide de Diva Pavesi, fundada em 25 de Outubro de 1995 em Paris, ocupa um lugar privilegiado dentro da defesa, encorajamento e promoção da Cultura Brasileira na França e da Cultura Francesa no Brasil, através das artes, letras e cultura, objetivando enfatizar, promover e premiar o trabalho dos acadêmicos, escritores, artistas, criadores, promotores, produtores e de talentos eméritos nos campos sociais, artísticos, literários e culturais dos dois Países.

A Divine Académie Française des Arts, Lettres et Culture organiza, na França e no Brasil, grandiosas cerimônias de outorga das insígnias e distinções honoríficas aos futuros laureados que mereçam ser condecorados pelos relevantes serviços prestados ao longo de suas carreiras dentro das suas atividades intelectuais, profissionais, culturais e sociais. A Divine Académie conta com 30 vice-presidentes de Honra, dentre eles: Milton Nascimento, Milton Gonçalves, Martinho da Vila, Daniela Mercury, Ângela Maria e Cauby Peixoto.

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www.jfrn.jus.br 
 
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novembro 28, 2015

VIOLONCELISTA DA UFRN TOP INTERNACIONAL

 
LUCAS BARROS

 A competição esse ano contou com 82 violoncelistas de 24 países
e Barros foi o primeiro brasileiro a atingir tal distinção
Fotografia: Divulgação
 
 VIOLONCELISTA DA UFRN  DESBANCA CONCORRENTES 
DE 24 PAÍSES E VENCE PRÊMIO INTERNACIONAL
 
Via
TRIBUNA DO NORTE
SUBSTANTIVO PLURAL
 
Um aluno de Bacharelado em Violoncelo da Escola de Música da UFRN (EMUFRN), Lucas Barros, é o primeiro brasileiro a vencer o Concurso Internacional David Popper, na Hungria. A competição foi realizada na cidade de Várpalota e reuniu 82 violoncelistas de 24 países.
 
O resultado foi anunciado no último domingo (22). Segundo o professor Fábio Presgrave, da EMUFRN, a premiação internacional tem um significado valioso do ponto de vista acadêmico e artístico e faz a diferença na vida desses profissionais.
 
O professor conta ainda que os vencedores anteriores do prêmio Popper são, atualmente, violoncelistas de grande importância, como Robert Nagy - Primeiro Violoncelo da Orquestra Filarmônica de Viena - e Andrei Ionut - último vencedor do Prêmio Tchaikovsky. 
 
O concurso tem como presidente o renomado violoncelista Czaba Onczay, professor catedrático da Academia Liszt em Budapest, e vencedor do lendário Concurso Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, em 1976.

Nascido em Belo Horizonte, em uma família de músicos, Lucas Barros já se apresentou como solista de orquestras como a Filarmônica de Minas Gerais, a Sinfônica de Minas Gerais, SESI-MG e a Sinfônica da UFRN, atuando junto a maestros como Roberto Tibiriçá, Abel Rocha e André Muniz.
 
O estudante também já se apresentou no Festival Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, em 2014, em decorrência do segundo prêmio conquistado no Concurso Internacional de Violoncelo do Rio Cello Encounter, em 2013.
 
Atualmente está finalizando seu curso de Bacharelado na UFRN, onde foi nos últimos anos bolsista da Orquestra Sinfônica da UFRN e do grupo UFRN CELLOS.
 
No início de 2015, Lucas Barros venceu o Concurso do Mozarteum, de São Paulo, para bolsa na Orquestra Sinfônica de Berlim (DSO). Atualmente, realiza estágio como bolsista do Mozarteum e está finalizando seu curso na EMUFRN, onde atuou, nos últimos anos, como bolsista da Orquestra Sinfônica da UFRN e do grupo UFRN CELLOS.
 
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novembro 09, 2015

UM CASTELO NA PAISAGEM SECA


UMA OBRA COM INSPIRAÇÃO VINDA DOS CÉUS
 Idealizada por um militar aposentado, obra fica a 400 metros de altitude
 e oferece uma vista especial das formações rochosas da região
Fotografia: Carla Belke
 
UM CASTELO NA PAISAGEM SECA
 
Por
Marcelo Lima
TRIBUNA DO NORTE 

Do alto da Serra da Tapuia, as torres brancas despontam no horizonte. Construído sobre a pedra do ovo, o Castelo de Zé dos Montes colocou o município de Sítio Novo definitivamente no roteiro do ecoturismo potiguar. A obra de um militar aposentado recebe pessoas de todos os lugares do mundo, oferecendo-lhes uma vista da formação rochosa daquela cidade, a 400 metros de altitude.

Construído em estilo primitivo, a estrutura não teve a coordenação de arquitetos nem de engenheiro civil; só de pedreiros coordenados pelo proprietário. “Tudo foi da cabeça dele mesmo”, disse o filho Joseildo Gomes de 35 anos. Atualmente, José Antônio Barreto  (Zé dos Montes) cansou-se de entrevistas, mas para receber os R$7 pagos por cada visitante lhe sobra paciência. Ao idoso de 83 anos também não falta fôlego para fazer constantes modificações nos labirintos estreitos da estrutura.

Mas para o próximo ano, o filho de Zé é quem idealizou uma inovação: instalação de energia elétrica. A novidade poderá ampliar o horário de atendimento do castelo  e consequentemente vai encarecer o preço da entrada individual. Além de ter se entediado de dar entrevistas, a família gosta de estabelecer certo mistério sobre a inspiração do prédio. “Nem tudo que se sabe é pra contar as pessoas. Ele conta”, reproduziu o filho.

 
Mas a inspiração mesmo veio dos céus. De acordo com o filho de Zé dos Montes, o seu pai recebeu uma orientação divina de Nossa Senhora ainda na infância, mas não teria dado atenção. Porém, aquela ordem da mãe de Jesus Cristo ficou latente na sua cabeça. Já adulto, o militar começou a construir castelos pelo interior do Nordeste. O filho não sabe falar em quais foram os lugares. “Ele teve só iniciativa, mas não deu certo. Aí, vendeu os terrenos e tudo”, contou.  Até que em 1984 ele resolveu fazer essa construção no município de Sítio Novo, que hoje em dia tem pouco mais de 5,4 mil habitantes. 

 

 ZÉ DOS MONTES E O SEU CASTELO DIVINO
Fotografia: Hugo Macedo

Embora não tenha se prendido a nenhum estilo arquitetônico, é possível perceber a influências primitivas e árabes. Joseildo afirma que o pai só fez viagens para outros países depois de construir sua obra prima. Outro mistério que o militar aposentado gosta de cultivar é o motivo pelo qual escolheu a cidade de Sítio Novo para ser a sede do seu “reinado”. O valor investido ao longo desses anos também não foi contabilizado.

Apesar da imponência do castelo, as instalações internas são simples. O chão é de areia. Não há água encanada, nem energia elétrica – prevista para ser instalada em 2016. Na área central do castelo foi construída uma capela. Nesse ambiente há imagens das duas padroeiras da estrutura:  Nossa Senhora de Lourdes e Santa Bernadete. O filho do proprietário não soube quantificar quantos visitantes recebe mensalmente, mas segundo ele vários ônibus chegam lotados de romeiros.  

A simplicidade não impede que o lugar seja convidativo. Até placas bilíngues    foram instaladas no entorno do castelo. Ninguém mora no local hoje em dia, mas Zé dos Montes já fez essa experiência por alguns anos quando era mais novo segundo contou o filho. Atualmente, a família mora a um quilômetro de distância do castelo.  
 

Além dos trilheiros e romeiros, a visitação está aberta para escolas, turmas de estudantes universitários e até para ensaios fotográficos. De acordo com o Joseildo Gomes, vários casais apaixonados – ou não – usaram o castelo de Zé dos Montes como cenário para as fotos de seu álbum de casamento. Os elementos que compõem a paisagem são tão peculiares que até uma grife de roupas escolheu o lugar como locação para fazer um ensaio para sua nova coleção no início deste ano. Além da grife Maria Valentina, o herdeiro de Zé dos Montes já está negociando com uma nova marca para dezembro deste ano. 

COMO CHEGAR?

Saindo de Natal deve-se pegar BR-226 até Tangará. Chegando na cidade, basta seguir as indicações para a cidade de Sítio Novo. O castelo fica à distância de 25 quilômetros de Tangará. 

QUANTO CUSTA?

R$ 7 por pessoa.
Horário de funcionamento: 8h às 17h.
Dias de funcionamento: sábados, domingo e feriados.
Contato: 84.98751-8972
whatsapp: 84.99970-9130

Obs.: o lugar possui um guia local no castelo e um restaurante dentro do mesmo terreno. 


CURIOSIDADES

Zé dos Montes já recebeu proposta para vender sua obra, mas não aceitou. “Isso já faz tempo, mas ele não aceitou porque o castelo não foi feito para isso”, reforçou o filho.

O fluxo de turismo vem de todos os lugares do mundo. No Brasil, os mais frequentes são paraibanos, cearenses, baianos, alagoanos e gaúchos. De fora do País, China, Japão, Holanda, Portugal, Itália e até países do Oriente Médio. 

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www.tribunadonorte.com.br

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novembro 05, 2015

UM NOVO PRÊMIO AO TALENTO POTIGUAR

  
JOSÉ NETO BARBOSA
 
Aos 24 anos, o ator José Neto Barbosa subiu ao palco essa semana para receber o prêmio "Melhor Ator do Teatro Nacional", pela Academia de Artes no Teatro do Brasil, desbancando nomes como o consagrado Ary Fontoura e outros atores da cena nacional. O único potiguar premiado na história da premiação. Mais uma vitória do teatro potiguar.
 
VOCÊ CONHECE O POTIGUAR CONSIDERADO 
O MELHOR ATOR NACIONAL DE 2015?

Por
Sergio Vilar
SUBSTANTIVO PLURAL

Esquinas de Santo Antônio do Salto da Onça, Rio Grande do Norte. Nesse cenário, o menino José Neto Barbosa cresceu. Nasceu mesmo em Natal, mas os alumbramentos infantis partem do colorido artístico do seu interior afetivo. Afeição que o guiou à arte. Não só a se maravilhar com a arte, mas a viver dela; ser artista e vestir a roupa de tantos personagens dos seus sonhos juvenis. Festejos juninos, manifestações folclóricas, cultura interiorana. Quadrantes do Agreste potiguar. Dos desfiles em concursos e estreias em peças escolares ao trabalho junto ao S.E.M Cia de Teatro são 13 anos. E aos 24 anos, o ator José Neto Barbosa subiu ao palco essa semana para receber o prêmio de Melhor Ator do Teatro Nacional, pela Academia de Artes no Teatro do Brasil, desbancando nomes como o consagrado Ary Fontoura e outros atores da cena nacional. O único potiguar premiado na história da premiação. Mais uma vitória do nosso teatro.

Quando se iniciou nas artes cênicas?

José Neto Barbosa - Quando eu tinha nove anos minha irmã mais velha era modelo, e por eu sempre acompanhá-la surgiu o convite de desfilar num concurso. Adorei a experiência de estar “em cena”. Até que um dia, já no CEI Mirassol, onde eu fazia encenações nas atividades escolares, soube de um curso de atuação televisiva e teatral. Fiz o curso e, desde então, não mais parei de fazer oficinas de interpretação. Me formei duas vezes no extinto Centro de Formação e Pesquisa Teatral de Natal; duas vezes por que adorava estar lá. Foi uma paixão que ia crescendo a cada espetáculo convidado e também produzido no grupo teatral escolar que eu integrava – dirigido por Ruth Freire. Ainda duvidoso em ser ator por profissão, mesmo já participando de peças profissionais, foi em um auto natalino aqui da cidade (dirigido por João Junior e Diana Fontes) que Titina Medeiros assistiu um ensaio, me puxou no cantinho do palco e me fez jurar que eu jamais iria deixar de fazer teatro na minha vida. Até hoje tenho um carinho mais que especial por ela, pelo mestre João Júnior, aos queridos dos Clowns (onde sempre fui oficineiro) e por todos os mestres e as inesquecíveis palavras que eu ouvi ainda pequeno. Sem escolhas, vi que o palco é o meu lugar, onde me sinto bem, onde sou completamente feliz.

Quais os primeiros trabalhos, os primeiros 
grupos teatrais que participou?

O tempo foi passando, fiz autos natalinos, tive experiências com vídeo (publicidade na TV e filmes de curta-metragem), até montarmos o Grupo de Teatro Janela – junto a Ana Carolina Marinho, Ranniery Sousa e Cris Reliê. Mas por motivos maiores o grupo teve que parar. Assim fiquei sem cia.

Fale mais da S.E.M Cia de Teatro.

A S.E.M. Cia de Teatro atualmente tem sede-escritório em Natal e também no Recife, em Pernambuco. Para pesquisas práticas e de campo, unimo-nos às nossas parcerias. Surgiu com a necessidade em oficializar meus estudos que vinham desde o Grupo de Teatro Janela (2010), afora minhas experiências nesses 13 anos de trajetória como ator e produtor. S.E.M. significa ”Sentimento, Estéticas e Movimento”. Pesquisa as questões e inquietudes do humano e suas intimidades, os sentimentos no seu profundo conceito na busca do sentido e aplicação da Atuação. Reconhece o teatro como uma arte de encontro e investiga a experimentação de estéticas e poéticas teatrais, o movimento do fazer teatral não apenas no ato de criação como também em sua inserção e contribuição para a sociedade. O nome da Cia é sim uma saudável ironia ao atual movimento de teatro de grupo do Brasil, que pode, em momentos, se tornar excludente. Reconheço o movimento como plausível e conquistador das atuais políticas culturais. Mas quero atentar sempre ao pensamento de formação e inclusão, para que os grupos também tenham um olhar com os “sem cia”, que por falta de articulações ou até oportunidades acabam desistindo de fazer teatro. É difícil sim entrar no “mercado de circulações”, cair na sorte ou agrados de curadores dos poucos editais sendo de um grupo de teatro, imagina sem ter cia. Pensando em capacitar essa galera, desenvolvemos diversas ações formativas pelo país, não só de atuação, como também workshops de produção. Enfim, é uma Cia com um conceito e funcionalidade bem diferente; tem apenas um ator e outros integrantes-artistas que compõem as artes no teatro. PC Gurgel também é interprete, mas na Cia assume pesquisas de iluminação, junto ao pernambucano Gabriel Félix. Anderson Oliveira é produtor artístico. E Mylena Sousa é uma fotografa e DJ, que traz seu olhar norueguês entre a imagem e o sonoro. Em parceria com Junior Dalberto, estreamos o primeiro espetáculo, o monólogo “Borderline”, que já foi visto por mais de 7.500 pessoas em dois anos de estreia, passando por diversos estados nordestinos e pelo sul do Brasil.

Metas próximas da companhia?

Estudamos muito Caio Fernando Abreu, temos olhares para os atuais acontecimentos e discussões do país, e tudo isso pode resultar nos próximos espetáculos. Faz meses que já iniciamos pesquisas pelas terras pernambucanas, nos aproximando de queridos artistas de Recife, como Renato Parentes, a cantora Patricia Solis e o ícone Adriano Cabral.

Referências e inspirações para seu trabalho?

O Brasil tem tantos bons e incríveis atores. Me inspiro na Drica Moraes, no contemporâneo Silvero Pereira, na Bibi Ferreira, a Montenegro, Paulo Autran, José Celso, minha madrinha Ittala Nandi, a Kiss. Aos artistas circenses e populares. João Falcão. Cazuza, Ney Matogrosso, Maria Bethânia. Caio Fernando Abreu, Cida Pedrosa, Gonzaga. Eduardo Okamoto. E temos atores potiguares incríveis como João Júnior, César Ferrário, César Amorim, Titina, Quitéria, Nara Kelly, Rogério Ferraz. E o grande João Marcelino. Sou eclético nos gostos e inspirações.

Boderline foi um divisor de águas na sua carreira?

Junior Dalberto me conheceu quando me indicaram para substituir um ator na sua comédia O Velório da Marquesa Di Fátimo. Fiz uma leitura e nela ele super acreditou em mim. Circulamos com a comédia pelo Nordeste e logo depois ele me presenteou escrevendo o espetáculo Borderline pra mim. Diz ele que se inspirou em muitas coisas, e também no meu olhar, que segundo ele é forte. Sonia Santos nos abriu o Teatro de Cultura Popular, montamos o espetáculo com um pequeno e importante apoio da Fecomercio RN. Da estreia pra cá são quase 40 apresentações Brasil afora, participando de importantes festivais no Sul do Brasil, nas cidades nordestinas e premiação em Pernambuco. Passamos por 12 equipamentos teatrais. Já fiz 34 espetáculos/musicais/vivências teatrais nesses anos, comecei cedo. Mas esse é o meu primeiro monólogo, sem dúvidas marco na minha trajetória. Um drama forte, que o público se emociona, acolhe.

A peça também concorreu como melhor monólogo. 
Quem foram os concorrentes?

Como Melhor Ator, prêmio que conseguimos alcançar, concorri com Ary Fontoura (por O Comediante), Thalles Cabral (por Tadzio), Ricardo Gelli (por Genet, O Poeta Ladrão) e Nicolas Lama (por Nine, Um Musical Feliniano). Já na categoria Melhor Monólogo concorremos com a obra de Gregório Duvivier e João Falcão (Uma Noite na Lua), Gustavo Gasparini (Ricardo III), Isabel Santos (Senhora dos Restos) e o vencedor Paulo Betti (Autobiografia Autorizada).

Pode descrever detalhadamente como foi a noite de premiação
 para o leitor que não estava lá ter uma noção?

Embora os trajes blacktie, a premiação foi bem espontânea. Aconteceu em Sergipe, cidade sede. Ficamos em concentração no Hotel Real Classic, na orla de Aracaju, com os outros indicados que puderam comparecer. Tiveram representantes de diversos eixos do país, principalmente de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A cerimônia foi no charmoso Teatro Lourival Baptista, apenas para convidados e indicados. Evento exclusivo. Pessoas admiráveis estavam lá! Grupos de teatro com mais de 25 anos de história, cias de sucesso de público no RJ e SP, dos musicais. Foi uma noite divertida e descontraída. Alguns indicados foram convidados para anunciar as premiações, eu tive a honra de poder anunciar a Melhor Cia de Teatro e Melhor Grupo de Teatro. Só vi pessoas de nome vencendo, lá e cá algumas boas revelações. Isso me deixava com aquele friozinho na barriga. As categorias mais importantes iam ficando por último. Anunciaram o Melhor Monólogo e não vencemos, mas me sentia um vencedor só de estar ali. Após 28 categorias, restavam duas, e quando anunciaram Melhor Ator… Nossa, eu quase não levantava da cadeira, não esperava aquilo. E logo falei que esse frio na barriga, as expectativas e a esperança que nos torna mais humanos, em consequência, mais atores.

E as palavras ao receber o prêmio?

Todos se emocionaram com o discurso, que foi mais ou menos assim: “Não se prepara discurso quando concorre com Ary Fontoura e outros tantos ícones das artes cênicas. Agradeço a Deus e todos os elementos da natureza que tornam isso possível. Minha mãe incrível, e minha família tão amada. A Ittala Nandi que tanto me impulsiona. Ao Anderson Oliveira que está comigo em todos os momentos da vida. Obrigado a Mylena, Paulo Sergio, Gabriel Felix e todos que compõem nossa S.E.M. Cia de Teatro, e aos que já passaram por nossa equipe. Aos meus alunos queridos. A Sonia Santos. A Rogério Ferraz, mestre que assina luz do Espetáculo. A todos que já nos produziram/receberam, até independentemente, em suas cidades. Obrigado ao Junior Dalberto, que acreditou na minha força e escreveu o texto do Borderline pra mim. Parabéns pra nós, querido! Obrigado a todas as pessoas que acreditam no meu trabalho! Recebi e recebo muitas vibrações, mensagens de todos – inclusive dos tantos que nem conheço! Obrigado a todos os mestres, ministrantes dos cursos e oficinas, e aos diretores que me ensinam esse ofício do palco. Sou só gratidão, pois Teatro se faz pro povo! Por um teatro mais humano, como arte de encontro. Para que possamos falar mais de Sentimentos, experimentar Estéticas e se fazer Movimento. Estou muito emocionado. Passa um filme na cabeça de todos esses 13 anos de dedicação. Dos momentos complicados e dos maravilhosos. Mas foi inevitável falar dos difíceis investimentos em cultura – principalmente de onde venho. Que os nordestinos possam se unir e se valorizar mais – também, principalmente de onde venho. E de relembrar que, segundo dados, mais de 80% dos brasileiros não frequentam Teatro – isso é preocupante, precisamos falar sobre isso sim. Obrigado aos 70 curadores, das diversas regiões do país, que votaram pela plataforma Cenym. Ao Tom W. Gente, obrigado a todo mundo, mesmo. Estou muito feliz, é um momento bem especial! Desculpem se estou esquecendo alguém, por favor entendam, não esperava por isso.”

O que falta e o que sobra no teatro potiguar?

Falta escola de teatro, faltam políticas públicas eficientes e eficazes, investimentos. Falta união. Falta formação, falta produtores de teatro. Falta mais olhar para os nossos. Sobra dedicação, bons profissionais, e cultura rica, potente.
 
 
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Divulgação/Acervo Pessoal
 
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