novembro 28, 2011

UMA BIBLIOTECA NO MEIO DO SERTÃO

 O Sítio Três Altos é um sertão de campina árida onde o sol queima a terra,
o céu rejeita a chuva e onde o tempo passa sereno e sem pressa.
Residência e biblioteca de Danilo Bezerra  - Almino Afonso/RN

DANILO BEZERRA VIEIRA 
UM JOVEM GUARDIÃO DAS PALAVRAS

PROJETO DE ESTUDANTE POTIGUAR VIRA DOCUMENTÁRIO

O Sítio Três Altos é um sertão de campina árida onde o sol queima a terra, o céu rejeita a chuva e onde o tempo passa sereno e sem pressa. Nesse lugar brotou a Biblioteca Comunitária Presidente Juscelino Kubtischek, com mais de dois mil livros em plena terra ardente.

O semeador da idéia foi Danilo Bezerra Vieira, 17, estudante da Escola Estadual Ronald Neo Júnior. O sitio tem menos de duzentos habitantes e está localizado a cinco quilômetros da sede do município de Almino Afonso, no Médio Oeste, Rio Grande do Norte.

A história começou quando professores da escola perceberam que Danilo tinha um passatempo diferente dos outros meninos da sua idade. Enquanto todos brincavam de jogar bola e correr, Danilo se divertia lendo.  O gosto pela leitura rendeu muitas doações e quando o acervo já contava com mais de 300 títulos, ele sentiu a necessidade de dar um destino adequado a pilha de livros.

Danilo teve a ideia de montar, na sala de sua casa, uma biblioteca comunitária. No início, Dona Mara Núbia Bezerra, mãe de Danilo, desconfiou e não gostou muito de ocupar um vão da pequena residência com uma biblioteca, mas logo lá estava ela ajudando a montar estantes, a afastar os móveis e adaptar a sala ao desejo do filho.

"No começo, eu me preocupei, mas se era isso que ele queria, o que eu podia fazer era apoiar! Hoje, quando alguém tem um livro para doar, nós vamos buscar de carroça, a pé, de qualquer jeito. A sala já toda ocupada com livros, não tem lugar para nenhum móvel a não ser as estantes." Afirmou D. Mara Núbia.

 Danilo Bezerra, finalista do III Concurso do Senado 
pelo Estado do RN em entrevista concedida à TV Senado em setembro de 2011
 
 DANILO VIEIRA
ORGULHO DO RN QUE O RN AINDA DESCONHECE

No ano passado, Danilo participou do 3º Concurso de Redação do Senado. O texto escrito por ele foi escolhido o melhor do Rio Grande do Norte o que lhe rendeu uma viagem a Brasília para um encontro com os vencedores de todos os estados no Senado Federal. A participação no concurso deu visibilidade à biblioteca. O projeto chamou a atenção dos educadores e foi selecionado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para ser documentado, em vídeo, e foi apresentado em uma cerimônia de comemoração do 47º aniversário da instituição, realizada  em Brasília.

Este ano, Danilo, realizou  mais uma ida à  capital federal e foi recebido pela secretária de Educação do Estado, Betania Ramalho. Ele falou de sua participação em  mais um evento em Brasília. "A receptividade foi  muito boa. Lá eu falei na presença do ministro, Fernando Hadad, foi um evento muito importante. Foi mais uma honra poder representar o RN e o município de Almino Afonso em Brasília", disse Danilo.

Para a secretária, ações como essa do jovem Danilo são muito bem vindas. "Tudo que sirva para aumentar na população o gosto pela Leitura tem grande importância no plano educacional. Uma iniciativa dessa dimensão deve ser saudada e estimulada por todos nós que temos responsabilidade na condução do Ensino no Rio Grande do Norte", afirmou a professora Betânia Ramalho, secretária estadual da Educação. 

O Evento fez parte das atividades comemorativas do aniversário do Instituto e também contou com  uma palestra do  Ariano Suassuna, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.

Residência e biblioteca de Danilo Bezerra  - Almino Afonso/RN

O SEMEADOR DE PALAVRAS

Com 17 anos e morando no Sítio Três Altos, a 5 quilômetros do centro da cidade de Almino Afonso, no Oeste do Rio Grande do Norte, o Estudante Danilo Bezerra cursa o terceiro ano numa escola da rede estadual de ensino.

Filho de Francisco Vicente Vieira, analfabeto e sem trabalho, e de Mara Núbia Bezerra, dona de casa e sem muito estudo, Danilo Bezerra Vieira é um exemplo raro de brasileiro que os setores da Educação desconhecem.

Sozinho, o menino que tem como ídolo Juscelino Kubistchek, construiu um pedaço de um sonho que ainda tem muito a ser erguido. Juntou os livros que tinha em casa e na sala sem reboco de sua casa simples, montou uma biblioteca.

Sem apoio e provando que muitas vezes vale a força própria para ganhar o reconhecimento, Danilo não precisou de Prefeito,  Governador…mas de seu esforço e talento para chegar a Brasília como vencedor de um concurso de redação. Tema: Juscelino Kubistcheck. Foi destaque no Senado, que ficou quase um ano lhe sendo devedor da premiação, um notebook que ele ganhou por ter vencido o concurso.

   Arca das Letras, projeto criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário

ARCA DAS LETRAS

A Biblioteca JK, instalada na zona rural de Almino Afonso, pelo estudante Danilo Bezerra, foi integrada ao Arca das Letras, projeto criado em 2003 pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O programa implanta bibliotecas para facilitar o acesso ao livro e à informação no meio rural brasileiro, e beneficia diariamente milhares de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades de pescadores…

Para incentivar e facilitar o acesso à leitura, as bibliotecas são instaladas nas casas de agentes de leitura ou em associações comunitárias, pontos de cultura, igrejas…

Em Almino Afonso, o projeto reralizou a  doação de 200 livros à biblioteca rural criada pelo estudante e instalada em sua casa.

Em outubro passado, o secretário Gilberto Jales, da Secretaria Estadual de Assuntos Fundiários e de Apoio a Reforma Agrária, responsável pelo ‘Arca das Letras’ no Rio Grande do Norte, foi a Almino Afonso fazer a entrega do acervo.

 
   Danilo Bezerra Vieira  no Senado Federal - novembro/2011

FINALMENTE 

O estudante Danilo Bezerra, fundador da Biblioteca Juscelino Kubistchek, na zona rural de Almino Afonso, interior do Rio Grande do Norte, recebeu o notebook que ganhou do Senado no ano passado, como vencedor de um concurso de redação.

A entrega ocorreu este mês, em Brasília, durante solenidade onde o presidente do Senado, José Sarney, premiou os vencedores deste ano.

Além dos vencedores do ano passado, que por um problema na licitação para aquisição dos computadores ficaram sem receber os prêmios, foram receber a premiação os vencedores deste ano de todos os Estados do Brasil.

Do Rio Grande do Norte, a vencedora foi a estudante Franssoice Basília da Silva, aluna da Escola Estadual Professora Herondina Caldas, no município de Serra Caiada. Mas como ela não foi a Brasilia, foi representada por Natália Braga, que ficou em segundo lugar.


...fonte...
www.rn.gov.br

...DOAÇÕES... 
Biblioteca Comunitária Presidente Juscelino Kubitschek
Sítio Três Altos  - Casa nº 6 - Zona Rural
Almino Afonso – RN – CEP 59.760-000

novembro 26, 2011

O PRESTÍGIO DA MÚSICA INSTRUMENTAL

O 1º  trabalho autoral dos irmãos Roberto (violonista) e Eduardo Taufic (pianista)
 
MÚSICOS DE DESTAQUE INTERNACIONAL
LANÇAM  O PRIMEIRO CD JUNTOS NA ESCOLA DE MÚSICA DA UFRN

Por
Sérgio Vilar

Em Natal há fatos inexplicáveis. Pouca gente argumenta o porquê de tantos poetas e tão poucos prosadores. Na música, a situação é parecida, quase uma metáfora: há um sem número de instrumentistas virtuosos de fama internacional, mas intérpretes a contar nos dedos e presos na redoma quase intransponível deste Rio Grande de Poti. Os irmãos Roberto e Eduardo Taufic são exemplos clássicos. Amanhã lançam o primeiro CD juntos na Escola de Música da UFRN (às 18h e 20h). Só música instrumental. E depois voam pelo mundo afora.

Os dois conhecem cenários musicais brasileiros e europeus, mas não explicam essa tradição local. Talvez o violoncelo de Aldo Parisot tenha navegado além da Ribeira, naquele início de século 20. Ou as modinhas de Lourival Açucena e outros seresteiros tenham deixado um lirismo musical nos ouvidos e corações apaixonados da Belle Epóque natalense. O maestro Oswaldo de Souza morreu sem reconhecimento local e tocado na Europa - outro gênio da música instrumental potiguar. Royal Cinema foi apenas uma das peças de Tonheca Dantas...

Boa explicação para esse virtuosismo instrumental de tantos bambas, a exemplo de Sérgio Groove, Manoca Barreto, os irmãos Beethoven e Jubileu, Junior Primata, Gilberto Cabral, talvez sejam as décadas em que o maestro Waldemar de Almeida ministrou curso de piano em seu instituto de música, entre 1930 e 1950. Dali brotaram alunos e alunas notáveis, a exemplo do sobrinho Oriano de Almeida. E acelerado o rolo do tempo, no século 21 Eduardo e Roberto Taufic mantêm essa tradição secular da música instrumental norte-riograndense desprestigiada aqui e cheia de ecos para além-mar.

 Duo instrumental com irmãos potiguares

OS TAUFIC EM DUETO INÉDITO

Por
Yuno Siva 

O diálogo harmonioso entre piano e violão presente no álbum "Bate Rebate" marca o início de um novo ciclo na carreira dos irmãos Taufic. Pela primeira vez ancorados em um repertório inteiramente autoral, Roberto e Eduardo compartilham entre si e com o público a bagagem musical adquirida ao longo de duas décadas.

Gravado em São Paulo e produzido pelo jovem e experiente pianista carioca André Mehmari, "Bate Rebate" equilibra as forças entre dois instrumentos completos. "Tivemos o cuidado para um não sobrepor o outro, pois violão e piano são instrumentos complexos, e buscamos criar arranjos que respeitassem os espaços", disse Eduardo. "Eles se complementam como em um bate-papo. Percebe-se o momento do silêncio, a pausa para respirar", complementa Roberto.

Segundo eles, o disco foi concebido para ser um trabalho acessível. "Conseguimos o resultado esperado. Criamos a liga que une o repertório baseada em uma maneira leve, livre e cuidadosa de interpretar", explica Roberto. "O foco está nas melodias, na emoção e na forma simples como construímos os arranjos. Não é um disco de virtuoses", emenda o irmão mais novo. Na opinião de ambos, há um tratamento quase erudito que transpira a maturidade dos músicos populares.

O trabalho também reflete a versatilidade e as possibilidades criativas de personalidades que trilharam caminhos distintos dentro da música: enquanto Eduardo dava suas primeiras dedilhadas no teclado, ainda no início dos anos noventa, Roberto resolveu 'pegar a viola, botar na sacola e viajar'. Ex-integrante do saudoso grupo Cantocalismo, Roberto Taufic se mandou para a Europa e acabou fixando residência na Itália. Em 1994, veio ao Brasil em turnê com Elza Soares, como arranjador e guitarrista dela. Vive na Itália até hoje. "Nossas carreiras foram construídas de forma paralela, mas sempre tocamos juntos quando surge uma oportunidade", disse Dudu Taufic, também arranjador e proprietário do estúdio Promídia.

Apesar do show de amanhã na EMUFRN representar o lançamento oficial do álbum, a dupla esteve em Fortaleza na semana passada para única apresentação no Centro Cultural do BNB. "Estamos apostando todas as nossas fichas nesse trabalho, e a meta é cair na estrada a partir do próximo ano", informou o tecladista. Em janeiro de 2012, o duo de apresenta em São Paulo e Cuiabá, e quem perder as duas sessões deste domingo em Natal só terá nova oportunidade em fevereiro, quando os irmãos se apresentam na Casa da Ribeira   dentro do circuito Cena Aberta.

Os planos ainda incluem articulações para shows no Clube do Choro em Brasília, no Carnaval instrumental de Guaramiranga (CE) e no Festival de Garanhuns (PE). "Em junho e julho, também vamos aproveitar o verão na Europa para uma turnê", adiantou Eduardo, que garante ser possível viver de música em Natal: "Só tocar é realmente complicado, tem que se virar de várias formas. Eu trabalho com produção musical, arranjo, estúdio... não adianta ficar só no circuito de barzinho, acordar tarde e gastar todo o cachê; mas é inegável a maior valorização que a música potiguar encontra fora do RN", critica.

Antes de "Bate Rebate", Roberto e Eduardo haviam lançado um DVD ao vivo em 2008, com repertório mesclado de músicas autorais e clássicos da MPB mais standards da música instrumental internacional.

Sobre o novo disco dos Taufic, o bossanovista e produtor musical Roberto Menescal escreveu o seguinte: "O CD dos irmãos é demais! Impressionante o trabalho deles! A dinâmica dos arranjos, as andanças por execuções tão difíceis , incrível! Parece que vocês tocam juntos desde que nasceram, o dia inteiro, tal o entrosamento que têm. Parabéns, categoria top!". Se ele diz, quem somos nós para contrariar o compositor da clássica "O barquinho" e músico que já atuou ao lado de nomes como Nara Leão, Maysa, Dorival Caymmi e Elis Regina.


...fonte...
Sérgio Vilar
Yuno Silva

...fotografia...
Pablo Pinheiro
www.tribunadonorte.com

...serviço...
Apresentação neste domingo (27), em duas sessões (18h e 20h) no auditório da Escola de Música da UFRN - com direito a piano de cauda acústico -, repertório do novo disco que sai do forno com 18 faixas. Gravado em fevereiro deste ano, a dupla esperava o momento certo de lançar oficialmente o CD e pelo visto chegou a hora. Os ingressos estão à venda na loja Arte Musical do Via Direta (antecipados) e no próprio local por R$ 20.

novembro 25, 2011

A REALIDADE EM PRETO E BRANCO

 Foto da série Mi ama Vin, de Marcelo Buanain, trata de religiosidade

 A REALIDADE EM PRETO E BRANCO

 Por
Yuno Silva

A fotografia enquanto expressão artística ainda é um conceito pouco difundido em terras tupiniquins, e o seminário "Enquadres" pretende dar visibilidade a essa vertente que passou a ganhar força no Brasil há quase uma década com o surgimento de galerias especializadas, o interesse de consumidores de arte e o consequente fortalecimento desse mercado. 

O evento acontece este sábado (26) na Casa da Ribeira, pela manhã e à tarde, e está inserido na programação do circuito Cena Aberta. Vale salientar que "Enquadres" pretende atingir não apenas fotógrafos profissionais e amadores, como também interessados por fotografia e artes visuais em geral - esta é a primeira vez que é realizado um evento dessa natureza em Natal.

Promovido pelo Duas Estúdio, das fotógrafas Elisa Elsie e Mariana do Vale, o seminário reúne nomes expressivos da arte de desenhar com luz e contraste que conversam com o público sobre dois temas distintos: às 9h, os fotógrafos João Roberto Ripper, do Rio de Janeiro, e Marcelo Buainain abordam a Fotografia Documental; e às 14h, a curadora Isabel Amado e o fotógrafo Nuno Rama conversam sobre Fotografia como Expressão Artística. Os ingressos para cada sessão custam R$ 5, e estão à venda na bilheteria da própria Casa.

 Isabel Amado, curadora e proprietária das Galerias da Gávea (RJ) e da Rua (SP)
 
GALERISTA REALIZOU  LEILÃO NACIONAL DE FOTOGRAFIA

Isabel Amado, curadora e proprietária das Galerias da Gávea (RJ) e da Rua (SP), acredita que o mercado de arte no Brasil começou a prestar atenção na fotografia há cerca de sete anos. "Essencialmente, a foto artística traduz a impressão pessoal do fotógrafo; e a principal diferença de outras linguagens da fotografia é sua pré-elaboração. Não se trata de fotojornalismo nem de foto publicitária, apesar desta última também ser produzida", ensina.

Isabel realizou, em 2008, o primeiro leilão exclusivo de fotografias no país, e adianta que durante o seminário irá apresentar um material no intuito de explicitar conceitos da foto-arte. A intenção de Amado é traçar um breve panorama sobre a fotografia enquanto arte desde o início do século 20: "Também aproveito a ocasião para mostrar três ensaios - de Júlio Bittencourt, Iatã Cannabrava e Pedro Davi - que exemplificam essa forma peculiar de enxergar a fotografia", aposta a curadora.

Isabel Amado divide o palco com o premiado fotógrafo Nuno Rama. Paraibano radicado no RN, Rama faturou o conceituado Prêmio Porto Seguro de Fotografia em 2004 na categoria Brasil, quando apresentou a série "Humanos"  dentro da temática Mitos, Sonhos, Realidade: Terra Brasili. A palavra será facultada ao público nos dois momentos do seminário.

 Da série Imagens humanas do fotógrafo João Roberto Ripper
 
PRETO E BRANCO

No campo da Fotografia Documental, temática debatida pelo carioca João Roberto Ripper e o sul-matogrossense Marcelo Buainain, o bate-papo transita entre a experiência profissional de cada um e como se dá a abordagem quando estão em campo. O ponto em comum entre Ripper, Buainain e Nuno Rama é a opção pelo trabalho fotográfico em preto e branco.

Autor de quatro livros de fotografia e diretor do documentário "Do lodo ao lótus", filme que retrata a transformação filosófica e espiritual do apenado Luiz Henrique Gusson após seu contato com a obra do professor Hermógenes, 90, escritor potiguar e um dos pioneiros na prática e na divulgação da hatha ioga no Brasil, Marcelo Buanain dá a dica para quem está começando: "Não há grandes segredos para a foto documental, mas um bom trabalho - além da sensibilidade estética de quem aponta a câmera - está alicerçado no tripé: escolha do tema, o debruçar sobre esse tema e fotografar, fotografar muito!".

   “Indía: Quantos olhos tem uma alma” - do fotógrafo  Marcelo Buainain

Para Buainain, que já publicou os livros "Pantanal" (1987), "Índia: quantos olhos tem uma alma" (1998), "Bahia: saga e misticismo (2004) e o recente "Mi ama vin" (eu te amo em esperanto) onde aborda a religiosidade brasileira, o tema "precisa revelar uma intenção ideológica". Considerado pela revista especializada Photo Magazine como um dos dez mais importantes fotógrafos da década, Marcelo contou que optou pela foto preto e branco por um motivo aparentemente simples: nem sempre há cor no que é retratado.

"A partir dessa constatação, percebi que consigo resolver melhor um trabalho com o preto e branco. Gosto do colorido, mas busco um contraste forte como o que vi na Índia. Já tentei fotografar ao mesmo tempo com duas câmeras mas não funcionou. A fotografia tem muito do momento, há toda uma concentração, um mergulho necessário para se conseguir um bom resultado", garante. "E o preto e branco depura a imagem, elimina o excesso de informação cromática", complementa.

  “Indía: Quantos olhos tem uma alma” - do fotógrafo  Marcelo Buainain
 
DIGITAL E ANALÓGICO

Quanto ao advento da fotografia digital, que chegou para ficar por mais que os puritanos torçam o nariz, Marcelo Buanain é taxativo: "A foto digital traz inúmeras vantagens, e a principal delas é a velocidade com que obtemos um resultado - há também o lance da economia. Perdemos aquele ritual de preparar a química, de revelar (ele mesmo revelava seus filmes), cortar os negativos, ampliar, selecionar... hoje um trabalho que levaria cinco meses faço em dois dias", garante.

Para Marcelo a tecnologia democratizou a fotografia, e que as pessoas que acreditam ma banalização ele afirma que "o contexto atual do mundo está banalizado, e não é culpa ou responsabilidade da fotografia". Ele se sente um felizardo por ter acompanhado essa transição, acelerada no final dos anos noventa, e garante que "há um prazer especial em manipular o negativo,  uma sensação que essa turma de agora nunca terá", sentencia.

O projeto Cena Aberta, iniciativa que abarca o Seminário Enquadres, conta com patrocínio do Governo Federal e do Banco do Nordeste, da Cosern e   Fecomércio através da lei estadual Câmara Cascudo.

 
...fonte...
 
...serviço...
Seminário Enquadres, sábado (26), na Casa da Ribeira - debates às 9h (Fotografia Documental) e às 14h (Fotografia como Expressão Artística). Os ingressos custam R$ 5 para cada sessão. Informações 9982-7193 e 9664-8789.

novembro 23, 2011

UMA POTIGUAR EXCLUIDA DA HISTÓRIA

JÚLIA AUGUSTA DE MEDEIROS
A comovente história de uma mulher à frente do seu tempo

ROCAS-QUINTAS
O TRISTE FIM DE JÚLIA AUGUSTA DE MEDEIROS

Por
Itaércio Porpino

Natal, década de 60, em algum lugar entre os bairros das Rocas e Quintas. Garotos se divertem provocando uma senhora trôpega, suja e maltrapilha. Os meninos fazem coro: "Rocas-Quintas"! E ela, com o dedo em riste, revida: "Me respeitem, que eu tive vida importante"! A zombaria continua, e a mulher, que se tornou folclórica por fazer todo santo-dia, a pé, o mesmo itinerário da linha de ônibus Rocas-Quintas (daí o apelido), retoma as passadas ligeiras e nervosas, parando sempre para catar lixo e restos de coisas podres.

Caicó, final da década de 50. Júlia Augusta de Medeiros, uma das mulheres pioneiras no jornalismo e na educação no Rio Grande do Norte nos anos 20, feminista, mulher de idéias avançadas, com participação destacada na vida pública e política do RN, tendo sido uma das primeiras mulheres a votar no Estado e exercido dois mandatos como vereadora, começa a apresentar lapsos de memória e a perder a sanidade mental. O estado de saúde vai se agravando e ela, que desafiara a sociedade assumindo uma postura ousada, termina seus últimos anos deprimida em Natal, no mais completo ostracismo, perambulando pelas ruas feito mendiga.

Júlia Medeiros, educadora e jornalista que um dia teve lugar cativo nas rodas de intelectuais, gozando da amizade e apreço de gente como Câmara Cascudo e Palmira Wanderley, é a mesma Rocas-Quintas. Em um minucioso trabalho investigativo, o jornalista natalense Manoel Pereira da Rocha Neto, conseguiu unir os dois capítulos extremos dessa história e contá-la na íntegra pela primeira vez. "Júlia teve um passado obscuro, que ficou perdido, pois enquanto Rocas-Quintas ela falava quem tinha sido e ninguém acreditava. As pessoas a insultavam e a depreciavam", diz Manoel.

O objetivo de sua tese de doutorado no Departamento de Educação da UFRN, dentro da base de pesquisa Gênero e Práticas Culturais, era (e foi) falar das práticas pedagógicas de Júlia enquanto educadora, mas o jornalista acabou também mergulhando fundo na vida da personagem à medida que descobriu história tão rica e dramática.  

 
Centro de Caicó/RN, década de 20 do século XX. Foto: Manoel Ezelino

O autor, além de conseguir conceito máximo com a tese, acabou quitando uma dívida com a memória de Júlia Medeiros. "Em cinco anos de pesquisa, não encontrei quase nada em livro, a não ser algumas poucas citações, e também uma monografia do curso de História, em Caicó, sobre Júlia, mas muito superficial. A casa em que ela morou em Caicó foi demolida e no lugar existe atualmente uma boutique. Já a casa em que ela viveu em Natal, na rua da Misericórdia, Cidade Alta, foi demolida para a construção de uma praça. Até o túmulo e seus restos mortais, no Cemitério Parque, em Caicó, foram violados e extraviados. Ela não tem direito sequer a ser lembrada como cidadã no Dia de Finados. Em sua cidade natal, deu nome a uma rua e a uma escola. Foi só", fala. 

Imagem antiga do Mercado Público de Caicó - inaugurado em 23/02/1918

A história de Júlia Medeiros, do nascimento à morte (1896 a 1972), foi totalmente reconstituída pelo jornalista Manoel Pereira da Rocha Neto e contada com riqueza de detalhes em seu trabalho. A maior parte das informações ele coletou com pessoas que foram vizinhas de Júlia, em Caicó e em Natal, e com os ex-alunos dela. "Foi uma pesquisa difícil. A família dela ofereceu muita resistência. Somente uma sobrinha sua, Julieta Dantas, que vive em Caicó, ajudou, cedendo inclusive um farto material fotográfico", conta Manoel, que chegou a pagar para conseguir uma cópia do atestado de óbito de Júlia Medeiros/Rocas-Quintas.

"A família não quis ceder, então fui até o 4º Ofício de Notas e paguei por uma cópia", conta Manoel. O laudo deixa em dúvida se Júlia cometeu suicídio, mas o jornalista acredita que ela tenha mesmo se matado. "Acho que o ostracismo e a depressão contribuíram para isso. Há um detalhe importante: Júlia morreu na madrugada do dia seguinte ao seu aniversário. Acho que em sua loucura ela pode ter tido um momento de lucidez e lembrado a data". 

 "O vestir-se bem - desejo de distinção social na Caicó de 1939"

E esse não teria sido o único momento de lucidez em sua fase de loucura e mendicância. Certa vez, conta Manoel, ela ficou parada observando por bastante tempo a vitrine de uma loja de roupas. Quase foi presa ao tentar entrar. Isso só não aconteceu porque na hora passou uma pessoa de Caicó que a conhecia e contornou a situação. "Penso que ela estava recordando sua época de moça. As moças da alta sociedade caicoense só vestiam as roupas feitas por Maria do Vale Monteiro, costureira mais famosa da cidade. Mas antes Júlia tinha que vestir e aprovar. Por causa do corpo bem feito, ela era uma espécie de manequim no município".

O jornalista conta que, antes disso, Júlia havia adquirido uma máquina Singer pensando em fazer os próprios vestidos, como forma de relembrar a época áurea. Ela comprou em dez vezes sem juros, na Loja Natal, o que já era um sinal também de sua fragilidade financeira.

"Júlia veio para Natal já doente e, aposentada e deprimida, começou a perambular pelas ruas, levando sempre junto ao corpo um monte de penduricalhos. A cada dia seu estado mental ia se agravando. Ela já não cuidava da higiene, catava lixo e andava com roupas em trapos. Ninguém acreditava quando dizia ter sido uma pessoa importante", diz Manoel.

A aposentada Lúcia Bruno Damasceno mora na rua da Misericórdia, onde Rocas-Quintas viveu de 1960 até 1972, e confirma a informação do jornalista: "Ela vivia na rua catando coisas e entulhava tudo num porão em casa. Costumava dizer que foi uma mulher de destaque em Caicó, mas ninguém acreditava".

Participação ativa na vida pública - Julia Medeiros votando em Caicó/RN

EXCLUIDA DA SOCIEDADE E DA HISTÓRIA

Exceção entre as meninas de seu tempo, Júlia Medeiros teve a sorte de pertencer a uma família abastada e de visão pedagógica diferente da maioria das famílias do início do século 20. O pai, Antônio Cesino Medeiros, detentor de grandes propriedades de terra em Caicó, sendo a maior e mais próspera delas a fazenda Umari, onde Júlia nasce no dia 28 de agosto de 1896, cuida desde cedo para que a filha tenha acesso à educação. A menina aprende as primeiras letras em casa com um mestre-escola e depois é mandada para estudar em Natal.

Júlia deixa Caicó no ano de 1910. Com 13 anos, enfrenta uma jornada de oito dias em lombo de burro. Era uma comitiva em que estavam outras duas moças, Olívia Pereira e Maria Leonor Cavalcanti. A futura feminista hospeda-se em uma casa na Ribeira - a do professor de português João Vicente - e passa a estudar no Colégio Imaculada Conceição, onde conclui o ginásio. Em 1920, faz a seleção para a Escola Normal de Natal. 

Antiga praça Jose Augusto e o colegio Senador Guerra - Caicó/RN

Forma-se em 1925 e, um ano depois, volta a morar em Caicó, passando a lecionar no Grupo Escolar Senador Guerra, a mais conceituada instituição de ensino do município. A essa época já escrevia para o "Jornal das Moças", periódico que logo passa a redigir sozinha com a saída da fundadora, Georgina Pires. A publicação, um marco no jornalismo feminino no Rio Grande do Norte, dura de 1926 a 1932.
Júlia Medeiros também já participava ativamente da vida pública de Caicó, envolvida com a elite intelectual e política da cidade. Ela foi amiga, entre outros, de Juvenal Lamartine, senador e governador em meados da década de 20, e de José Augusto Bezerra de Medeiros, governador que dominou a política no RN até 1930. 
Antiga Prefeitura de Caicó/RN  

Considerada exímia oradora, Júlia notabiliza-se por questionar, em seus discursos de improviso, a condição da mulher da década de 20 - cuja vida resumia-se aos afazeres domésticos. Em suas falas em público, exigia, principalmente, o direito à educação e à cidadania. Sua amizade com a feminista Berta Lutz e suas idas ao Rio de Janeiro - onde tomava conhecimento da modernidade - fortaleciam ainda mais seus ideais. Júlia choca a sociedade caicoense com seu comportamento avançado. Ela passa a usar roupa preta - cor condenável a não ser em ocasião de luto - calça jeans e costas nuas. Ao aparecer nas ruas dirigindo um automóvel - um ford 29 (baratinha) que compra no Rio de Janeiro com dinheiro do próprio trabalho - promove um escândalo. Choca mais uma vez a sociedade ao recusar um pedido de casamento e ao ir morar sozinha, na casa de número 157 da rua Seridó.
O preço da "ousadia" acaba sendo alto. Júlia passa a ser excluída e alvo de preconceito. Na rua, é perseguida pelas crianças, que entoam uma cantoria assim: "Júlia Medeiros no seu carro ford, virou a princesa do caritó".
Antes de aposentar-se como professora, em 1958, se candidata a vereadora, sendo eleita para dois mandatos, de 1951 a 1954 e de 1954 a 1957. É nesse período que começa a apresentar lapsos de memória e a ficar perturbada mentalmente. Em 1960, a família a leva para Natal, entendendo ser essa a melhor opção. Júlia passa a morar sozinha, por vontade própria, em uma casa de frente para o rio Potengi, na rua da Misericórdia. Seu quadro de saúde vai se agravando e, na madrugada do dia 29 de agosto de 1972, aos 76 anos, morre como a mendiga Rocas-Quintas. Louca, pobre, esquecida e insultada; excluída da sociedade e da história.

...fonte...
Itaércio Porpino
(jornal Tribuna do Norte em  edição de 18 de setembro de 2005)


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novembro 20, 2011

UM ROQUEIRO CONVERTIDO AO BREGA

 
COMEMORAÇÃO
FERNANDO LUIZ - DO ROCK AO BREGA - 40 ANOS DE CARREIRA

 Por
Sérgio Vilar

Fernando Luiz é um roqueiro convertido ao brega. E na música popular descobriu caminhos fáceis à felicidade. Mas para estreitar esse percurso, o autor do clássico Garotinha ralou muito. São 40 anos de carreira, de causos, de sucessos e insucessos, resumidos no prestígio do público, no desprestígio persistente dos gestores locais e no sorriso fácil no rosto pela vida estabilizada, no âmbito profissional e pessoal.

Essa história começa em 21 de janeiro de 1952, quando a mãe, parteira, dá à luz o filho único que nunca conheceu o pai militar. Infância no Areal das Rocas, nos campos verdes de Ceará-Mirim ou onde a mãe recebia melhor proposta de trabalho e migrava de cidade. E foi em Nova Cruz onde assistiu o show do cantor mirim Iraquitan Brito, no Comercial Atlético Clube, que tudo começou.

Fernando Luiz em festa solidária ao GACC
Grupo de Apoio à Criança com Câncer

"O menino era da minha idade, 11 anos, era sucesso. Eu já gostava de cantar em casa. Sabia que tinha ritmo. Eu só era muito tímido. Mas pedi ao diretor do clube pra cantar também. E nãoparei mais", lembra Fernando Luiz. Vieram os convites para shows e para integrar a banda Regional do Tenente Freitas, por três anos. Até terminar o ginásio e vir a Natal morar com a tia e cursar o clássico.

Encantado com o programa de auditório Sabatina da Alegria, na Rádio Poti e depois no Cine São Luiz, logo receberia o primeiro lugar entre os calouros. "Não tinha cachê, mas era bom demais". Da vitrine do programa veio o convite da banda Os Apaches, quando tinha apenas 17 anos. "Natal tinha as melhores bandas de baile do Norte e Nordeste. E com Os Apaches eu cantei de tudo. Foi um aprendizado".


Paralelo à carreira de cantor, Fernando Luiz trabalhava de diskjóquei na AM Rádio Nordeste. "Só tocava internacional. Estava influenciado pela época. Tinha horror ao brega. Eu ficava invocado quando me chamavam de cantor popular". Mas sem audiência, o programa mudou de horário e programação. "Fui obrigado a tocar brega, meus ídolos de infância".

O período colegial terminara. "Enrolei dois anos pra fazer o vestibular e migrei para o Rio de Janeiro. Eu queria ser um astro da música. Em dezembro de 1973, participei do concurso de calouros do Chacrinha. Em janeiro saí vencedor". Um episódio curioso foi que a jurada Araci de Almeida taxou Fernando Luiz de desafinado. "Chacrinha expulsou Araci do júri".

O genro ator Murilo Rosa e a filha Top Model Fernanda Tavares

Fernando Luiz passou a cantar na noite carioca. Estreitou laços com cantores populares. "Foram três anos de sofrimento. Cheguei a pedir dinheiro na rua, com a carteira de músico na mão". Em 1975, casou. Dividia a carreira na noite com o trabalho de vendedor de livros da Abril Cultural. "Foram quatro anos. Cheguei à gerência, me estabilizei e cantava mais esporadicamente".

Em 1979, venceria novamente o concurso no Chacrinha de melhor intérprete de Roberto Carlos. "Me empolguei e decidi cantar novamente". Em 1980, o então comunicador Carlos Alberto de Sousa convidou Fernando Luiz para assinar contrato com a RGE. "Larguei a Abril e voltei a Natal. Nada deu certo. O cantor gravaria um compacto em 1982, bancado pelo deputado Osvaldo Garcia.


  A GAROTINHA DOS OLHOS

Em Natal, Fernando Luiz dividia o trabalho de locutor de rádio e shows em circos pelo interior potiguar. Mas ainda voltaria ao Rio de Janeiro com as duas músicas do compacto simples gravado para tentar contrato na Odeon, por intermédio de Miguel Plopschi, conhecido do programa do Chacrinha. "Me lançaram como cantor na linha de Carlos Alexandre. Vendi 1.600 cópias. Me senti artista pela primeira vez". Mas Miguel saiu da Odeon e demitiram Fernando. "Voltei pra Natal de novo. Passei a me dedicar à rádio. Tinha quase desistido quando Otávio Abreu, diretor da Gravason, do Pará, procurou um substituto pra um álbum já pago e me chamou. Gravei o LP Vou Voltar P'ro Meu Amor (1984)". E nesse álbum, viria o divisor de águas da carreira do cantor: o sucesso Garotinha e nove mil cópias vendidas.

Fernando Luíz integrou o time de cantores do forró brega do Brasil: Alípio Martins, Zé Orlando, Carlos André, Eliane... Fez shows lotados no Norte e Nordeste e pelo Rio-São Paulo por cinco anos. Até o divórcio, em 1989. "Minha ex-mulher levou os filhos para o Rio e voltei pra lá. Mas o que acabou a carreira dos cantores de forró brega foi o forró eletrônico. O público permaneceu e permanece, mas perdemos a mídia".

 algumas capas Lps da discografia

O cantor natalense ainda lançou mais dois discos por gravadoras e outros de forma independente. Produziu muitos discos de artistas potiguares, a exemplo do primeiro LP de Glorinha Oliveira, em 1988. Hoje, Fernando Luiz divide seu tempo entre o programa de TV, projetos culturais voltados à música da periferia (a exemplo do guia Talento Potiguar), shows pelo interior do Estado e trabalhos paralelos ao lado da esposa Joelma.

Fernando Luiz construiu uma carreira de sucesso regional consolidado. Foram 20 discos gravados, entre dois compactos, sete LPs, sete CDs, um DVD e três coletâneas. Leva a missão de incentivar e promover a cultura musical popular como filosofia de vida. "É um dever meu. Pelo que passei na vida, posso fazer isso. E hoje sou realizado. Foi nessa estrada que descobri que ser feliz é fácil; difícil é saber que é fácil ser feliz".


...fonte...
www.dnonline.com.br 
 
...fotografia...
Canindé soares
Acervo Pessoal

novembro 18, 2011

RIO GRANDE LINDO DO NORTE

Pôr-do-sol em São Miguel do Gostoso/RN

REDE RECORD
BELEZAS DO RN EXIBIDAS EM EMISSORA NACIONAL

As belezas do Rio Grande do Norte irão ser destaque em matéria nacional na Rede Record de Televisão. Uma equipe do Programa Tudo é Possível, da apresentadora Ana Hickman, estará em terras potiguares na próxima semana para registrar vários pontos turísticos de nosso Estado. O Governo do estado, através da Emprotur, em parceria com a ABIH-RN e a Avianca Linhas Aéreas são parceiros nesta ação de divulgação turística.

A matéria irá ao ar no quadro “Missão Verão” em que as repórteres Dani Bolina e Lizzi Benites, a Piu Piu, vão para os pontos turísticos mais famosos do Brasil e do mundo, nesta época de calor, mostrando a cultura, os passeios, as baladas, as mais belas praias, e dão dicas de viagem nos destinos escolhidos. No cronograma de filmagens estão incluídas Natal, Pipa, Barra de Cunhaú e São Miguel do Gostoso.

De acordo com o presidente da Emprotur e secretário de turismo do RN, Ramzi Elali, esta exposição do destino veio em boa hora, pois irá reforçar a divulgação publicitária que já está sendo realizada nacionalmente. “Esta ação será muito importante para a divulgação do RN em um programa de grande audiência nacional. O Governo do RN não poupou esforços para conseguir trazer esta equipe para cá. A parceria com a ABIH-RN e a Avianca foram imprescindíveis, pois juntos conseguimos viabilizar tudo que a produção do programa solicitou”, explicou Ramzi.

Ponta Negra - Natal/RN

SBT
BELEZAS DO RN DESTAQUE  EM  PROGRAMA NACIONAL

Com o apoio da Emprotur, o governo do RN apoio a visita da equipe de reportagem do Programa Domingo Legal/SBT durante as gravações que ocorrem nas terras potiguare. O Quadro Especial "As aventuras de David Brazil", pretendem mostrar diversos atrativos turisticos presentes no RN.

De acordo com Francisco Barbosa, uma parceria do Governo do Estado com a Avianca viabilizou a compra das passagens para a vinda da equipe do SBT para a gravação do programa que será exibido na TV em dezembro. "Esta será uma importante oportunidade de divulgar o RN mostrando seus atrativos a nível nacional num dos programas de maiores audiências da televisão brasileira", explica Barbosa.

Os telespectadores irão poder conferir vários passeios diferentes para curtir nos dias de sol e mar do Estado. Barra do Cunhaú, e a praia de Ponta Negra são alguns dos locais filmados pela equipe, além de mostrar o famoso forró e um belo voo panorâmico pelo litoral potiguar.  

 Jenipabu/RN

RIO GRANDE DO NORTE
MOSTRARÁ ATRATIVOS NO FESTIVAL DE TURISMO DE GRAMADO

O Governo do Rio Grande do Norte, através de ação desenvolvida pela Emprotur, divulga as potencialidades turísticas do Estado para um público de 14 mil profissionais de turismo no 23º Festival do Turismo de Gramado (Festuris) que começou  nesta  quinta-feira (17), em Gramado, No Rio Grande do Sul.

O estande potiguar possui 20m² e tem  uma localização privilegiada, no meio da via principal de circulação do evento. O espaço tem duas fachadas e conta com fotos que destacam cinco dos principais atrativos turísticos do Estado. "O nosso estande é  ilustrado por fotos que mostram a Praia de Ponta Negra, em Natal; a Praia do Amor, em Pipa; a Lagoa de Jenipabu; os Parrachos de Maracajaú e a estátua de Santa Rita, de Santa Cruz", destaca o vice-presidente da Emprotur, Francisco Barbosa de Albuquerque.

Santa Rita de Cássia - O maior monumento católico do mundo - Santa Cruz (RN)

Uma equipe da Emprotur  coordena os trabalhos de promoção do Estado neste evento que deverá  reunir 1,8 mil marcas e tem 360 estandes, sendo 25 companhias aéreas, 60 operadores e 40 destinos internacionais. "O espaço também será ocupado pelos empresários do trade turístico potiguar que irão participar conosco da ação. Os visitantes poderão saborear iguarias potiguares como a castanha de caju e irão receber folheteria informativa sobre os nossos roteiros turísticos além de DVD e CD com imagens de nosso destino", afirma Barbosa. Ele destaca também a importância da participação do Estado nesta promoção por causa da internacionalização cada vez maior do evento. "A forte presença do mercado internacional é confirmada com as caravanas de agentes de viagens, operadores e imprensa da Europa, América do Norte, América Central e América do Sul o que resulta numa grande oportunidade de fazer bons negócios e captar mais turistas para o RN", finaliza.

Com o intuito de capacitar e atualizar os profissionais do trade turístico de todo o país sobre as novidades e tendências do mercado, durante os dias 18 e 19 também serão realizados congressos e workshops no Festuris. Com compradores internacionais confirmados entre os participantes, a Rodada de Negócios também envolverá segmentos específicos do mercado: e-commerce e tecnologia, turismo de pesca amadora, turismo religioso e enoturismo.

...fonte...
SETUR/EMPROTUR

...fotografias...
Canindé Soares
Hélio Duarte
Vlademir Alexandre

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