fevereiro 25, 2014

O TOQUE DA SEGUNDA GUERRA

NALVA NÓBREGA 
 AOS 85 ANOS, A PIANISTA CAIOCOENSE, IRMÁ DO CONSELHEIRO APOSENTADO 
DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO, GETÚLIO NÓBREGA,  CONTA
 COMO SE INSPIROU NO  CLIMA QUE NATAL VIVEU COM A PRESENÇA
 DOS AMERICANOS PARA PRODUZIR SEU SEXTO TRABALHO MUSICAL
Fotografia: Elaine

O TOQUE DA SEGUNDA GUERRA

Por
Henrique Arruda
NOVO JORNAL

O ano era 1942 e o mundo estava em guerra pela segunda vez. Enquanto lá fora a batalha entre países aliados e os do eixo seguia firme, Nalva Nóbrega, 85, adorava conhecer os soldados estrangeiros que chegavam em Natal. Por causa da sua timidez, que só desaparecia quando ela estava acompanhada de sua grande paixão, o piano, a caicoense deixava as tentativas de comunicação com os homens para as amigas desinibidas.

E se hoje em dia a moderna Natal não fala em outra coisa senão na Copa do Mundo e na quantidade de estrangeiros que vai passar pela cidade no período dos jogos, imagine para aquela cidadezinha pacata da época, perdida entre dunas, mar e rio, que de repente é tida como a principal base para as tropas norte-americanas durante o confronto de proporções globais!

Diante da efervescência registrada no recém-inaugurado Grande Hotel, na Ribeira, e em toda extensão da Rua Dr. Barata, Nalva e suas amigas observavam os bonitões que circulavam pela cidade. “What time is it (que horas são)?”, perguntava em voz alta a mais animada do grupo quando algum deles se aproximava, até mesmo para testar o aprendizado da língua estrangeira que estudavam no Colégio Santa Terezinha, em Caicó.

Exatamente 72 anos depois, Nalva está na sala de seu apartamento, em Petrópolis, sentada ao lado do seu piano branco, enquanto relembra esses e outros episódios da época em que Natal foi invadida pelo país da Coca Cola, chicletes e outras maravilhas, em plena II Guerra Mundial.

Grupo de militares americanos, década de 40,  bebendo no Grande Hotel,
defronte a igreja de Bom Jesus, no bairro da Ribeira, em Natal/RN

Foram essas mesmas memórias que lhe fizeram gravar o sexto CD da carreira como pianista. No repertório, o foco foi para as canções que costumavam tocar nos bailes e rádios de Natal naquela época. O trabalho foi lançado há pouco mais de duas semanas em sessão solene no Teatro Alberto Maranhão.

A pianista tira da memória 20 canções, incluindo a icônica valsa “Royal Cinema” de Tonheca Dantas, que no ano passado completou 100 anos e é tida como uma das composições mais importantes para a história da música no Rio Grande do Norte.

“A BBC vivia tocando a Royal Cinema, mas dizendo que era de autor desconhecido”, recorda Nalva, carregando o mesmo brilho no olhar da caicoense que aprendeu a tocar piano aos 4 anos com sua tia. “Minha tia foi uma excelente pianista e Tonheca Dantas, inclusive, chegou a fazer uma música para ela, mas eu não tenho mais a partitura”, lamenta, apontando para o teto do escritório, onde se pode observar na prateleira uma pasta com partituras e documentos relacionados ao seu universo particular da música.

“Se for lhe contar tudo pode sentar que vai demorar. Minha vida é um romance”, adverte sem se decidir entre ficar em pé ou sentada, empolgação que carrega desde os tempos de sala de aula. Além de ser aposentada pelo Tribunal de Contas da União, Nalva também é aposentada pela UFRN, onde foi professora de contabilidade no curso de Administração.

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fevereiro 15, 2014

RELÍQUIAS DO PATRIMÔNIO NORDESTINO

FERNANDO CHIRIBOGA
AS RELÍQUIAS DO PATRIMÔNIO MATERIAL NORDESTINO
Foram dois anos entre elaboração e finalização do projeto, de  10 mil 
a onze mil quilômetros rodados pelos nove estados do Nordeste. 
As viagens foram intensificadas no segundo semestre de 2013
e foram necessários dois meses para a edição do livro,
que tem 252 páginas e mais de 320 fotografias
Fotografia: Divulgação

FERNANDO CHIRIBOGA LANÇA RELÍQUIAS

Por
Sergio Vilar
PORTAL NO AR

Por mérito de um olhar singular, ao qual sobrepõe as belezas de uma edificação e busca nos recônditos das histórias e da importância de preservação dos monumentos históricos e culturais do Nordeste brasileiro, as imagens retratadas pelas lentes do fotógrafo Fernando Chiriboga transformaram-se, assim como o real capturado, em “Relíquias”.

O livro-álbum “Relíquias – Patrimônio Arquitetônico do Nordeste do Brasil”, com o patrocínio da Cosern – Grupo Neoenergia, através da Lei Rouanet de incentivo a cultura, do Ministério da Cultura, reunindo mais de 250 páginas com fotografias de edificações seculares dos nove estados da região Nordeste, será lançado no próximo dia 20 de fevereiro, às 19h, na Livraria Saraiva do shopping Midway Mall, Natal/RN, 

Assim como o título do livro sugere, ‘Relíquias’ retrata o imensurável legado construído pelos nossos antepassados, dotados de belezas arquitetônicas em sua diversidade patrimonial, um verdadeiro testemunho da história do Brasil.

O 11º livro de Chiriboga, diferente dos seus outros lançamentos, vai além das exuberantes paisagens da região potiguar. “O Nordeste brasileiro é um mundo fascinante por excelência, repleto de história, encanto e mistério. Com este meu novo trabalho, acalento o sonho de poder favorecer a valorização e a preservação do seu importante patrimônio arquitetônico”, conta Chiriboga na entrevista abaixo, exclusiva para o Portal No Ar.

O livro-álbum, além de suas ricas imagens, contém legendas com texto em português e inglês, projeto gráfico e coordenação de pesquisa de Leila Maria Medeiros de Chiriboga, esposa do fotógrafo, tradução de Jennifer Sarah Cooper, Maria Júlia de Medeiros Chiriboga, Paulo Vitor de Medeiros Chiriboga e Lucas Bezerra de Medeiros Lima como auxiliares de pesquisa e, impressão e acabamento da Gráfica Santa Marta Ltda.

FORTE DOS REIS MAGOS – NATAL/RN
Fotografia: Fernando Chiriboga

COLEÇÃO

De 2004 até hoje, Fernando Chiriboga lançou dez livros de fotografias sobre o Rio Grande do Norte. O “Relíquias – Patrimônio Arquitetônico do Nordeste do Brasil”, é o 11° de sua carreira.

O primeiro foi “Matas Potiguares – Natureza e Surrealismo”, um ensaio fotográfico da Mata Atlântica Potiguar, com poemas de Leila Medeiros.

Em 2005, “Praias e Dunas – Rio Grande do Norte”, com fotos do litoral potiguar. Já em 2007, Chiriboga retratou as belezas do sertão potiguar, com o livro “Seridó – Paisagens de um Sertão Encantado”.

Voltando para o litoral, em 2008, Chiriboga uniu suas fotos aos relatos de pescadores do litoral, no livro “De Ondas e Ventos: Potiguares na Imensidão do Mar”.

Em 2009, publicou o “Natal – Luzes da Cidade”, com as fotos da capital potiguar iluminada.

As serras do alto oeste do estado foram destaque no livro “Serras Potiguares – Terras do Alto Oeste”, lançado em 2010. No mesmo ano, Chiriboga fez ensaio com as paisagens do litoral potiguar.

Em 2011, lançou dois livros, o “Mangues Potiguares – Vida e Marés”, com fotos das florestas de manguezal do Rio Grande do Norte, e depois,” Céu, Terra, Mar – Rio Grande do Norte”, com imagens áreas das belezas naturais do estado.

E em 2012, lançou o “Caminhos de Sertão e Mar”, 10° livro de Chiriboga, com 140 páginas, que revela belezas do Oeste do Rio Grande do Norte, com cenários encantadores, como as Dunas do Rosado, em Porto do Mangue, o Lajedo do Rosário, em Felipe Guerra, os morros de areias coloridas na praia de Tibau, entre outros lugares do sertão. A obra também traz poemas de escritores potiguares, como Deífilo Gurgel, Henrique Castriciano, Homero Homem, Othoniel Menezes, Zila Mamede e outros.

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fevereiro 14, 2014

LYSIA CONDÉ EM UMA ARTE HOMÔNIMA

LYSIA CONDÉ 
A CANTORA E INTÉRPRETE CHEGA COM O SEU PRIMEIRO CD INDEPENDENTE
 Lançamento será dia 15 de fevereiro, às 20h, Casa da Ribeira, em Natal. 
O show terá entrada franca com retirada de ingressos  a partir das 19h.
Mineira radicada na capital potiguar há seis anos,
Lysia Condé tem sido alvo de elogios entre
os seus pares pelo timbre de voz, a
afinação e escolha de repertório.
Fotografia: Divulgação

LYSIA CONDÉ LANÇA DISCO COM SHOW GRATUITO

Via
TRIBUNA DO NORTE

A cantora e intérprete Lysia Condé lança disco homônimo próximo dia 15 de fevereiro, às 20h, na Casa da Ribeira, com show gratuito. Influenciada pelos compositores que projetaram a música de Minas Gerais, como o Clube da Esquina, Lysia apresenta onze composições que passeiam por diversos gêneros do cancioneiro popular, indo do maxixe “Corta-Jaca”, de Chiquinha Gonzaga e Machado Careca, até o choro “Flor Amorosa”.

A convivência com músicos potiguares também favoreceu a pesquisa por compositores locais, representados no disco pela música “Ana Bandolim”, de Tico da Costa, “É Brincadeira”, de João Salinas e Carlos Newton Junior e “Primeiro Olhar”, de Sérgio Farias e Cristina Saraiva. Com sonoridade delicada, e arranjos concebidos para valorizar a poesia, a expressividade das canções e o timbre doce e suave da cantora, o disco tem produção musical assinado por Sérgio Farias.

A formação instrumental do disco, gravado de forma acústica e quase todo ao vivo, se assemelha ao formato de música de câmara, com dois violões, baixo acústico e percussão, além de participações de flauta, acordeom, bandolim e bateria. Para quem não conhece o trabalho da cantora, em 2013 Lysia Condé participou da terceira edição do Projeto Parcerias Sinfônicas do SESC/RN, no tributo a Vinícius de Moraes, e venceu o “Festival Música Potiguar Brasileira”, promovido pela Rádio Universitária FM.

LYSIA CONDÉ 
Fotografia: Divulgação

LYSIA CONDÉ 
EM CD PRIMOROSO DE ESTREIA

Por
 Lívio Oliveira
livioliveira@yahoo.com.br

Nas últimas semanas tenho me deleitado com a audição contínua de uma obra musical de sabor e qualidades inegáveis e que de alguma forma tem algo de raro e que resgata em meio à história do cancioneiro nacional e mesmo internacional – no caso de “Duerme Negrito”, canção tradicional da América hispânica, eternizada por Atahualpa Yupanqui e Mercedes Sosa – peças musicais que já não se ouve com facilidade em época de axés e funks e coisa-e-tal; ao tempo em que nos traz outras mais contemporâneas que contêm brilho peculiar e que somam belos contornos na voz de sua intérprete. Falo do CD de estreia da cantora Lysia Condé, mineira de nascimento (Rio Pomba, 1973), que vive em Natal há uns bons sete anos. Bons para ela, ótimos para nós, potiguares da gema, que podemos vê-la e ouvi-la com regular frequência. Sua inserção em nosso meio musical só tem enriquecido a cena, inclusive com a sua ótima participação no espetáculo lançado no ano passado em homenagem aos cem anos do poeta Vinícius de Moraes.

Quanto ao CD, tudo nele se revela como algo meticulosamente cuidado, a partir da bela embalagem em digipack, capa e encarte que estampam imagens da graciosa cantora em ambientações meio românticas e vintage. A produção é integralmente vitoriosa e se constitui num agradável presente ao mundo dos apreciadores da boa música. A participação de músicos do quilate de Sérgio Farias (violão e bandolim – também produtor e diretor musical e arranjador das onze faixas), Antônio de Pádua (congas, na primeira faixa), Sami Tarik (percussão), Zé Hilton (acordeon), Di Steffano (bateria), Jow Ferreira (violão), Airton Guimarães (contrabaixo) e Carlos Zens (flauta) somente dignifica e evidencia o desenho acústico primoroso do CD. E há ainda a voz do cantor Miltinho (MPB4) na faixa “Enigma”, de sua autoria com o saudoso Magro.

Há um sutil fio condutor que permeia toda essa obra ora apresentada ao público. Na verdade, são os fios delicados da meiguice comportada, suavidade discreta, voz maternal e doce, sonoridade em brisa, leveza e afinação, timbre, textura e poética em fina seda e boas escolhas de repertório com acompanhamento de luxo. Eis a equilibrada lista de faixas, norteadas pelas qualidades todas do conjunto: “A Lua Girou”, “A Vida do Rio”, “Corta-Jaca”, “Enigma”, “Ana Bandolim”, “Flor Amorosa”, “Contrato de Separação” (compreendo como o ponto alto e melhor interpretação de Lysia no CD), “Primeiro Olhar”, “Duerme Negrito”, “Brincadeira”, “Mais de Um”. Essas canções terão execução certa no show de estreia do CD no próximo dia 15 de fevereiro, na Casa da Ribeira. No site da cantora (www.lysiaconde.com.br) há informações de como conseguir o ingresso. Bom correr para não se deparar com o esgotamento da lotação.

Um trecho da letra deliciosa e divertida da faixa maxixe “Corta-Jaca”, da pioneira e revolucionária compositora Chiquinha Gonzaga com Machado Careca diz tudo sobre o CD de Lysia: “Ai, ai, tem feitiço, tem...”. Tem sim. E é bom saber que o Rio Grande do Norte tem hoje Lysia Condé. Até quando? Somente o tempo e as descobertas que sua música provocará poderão nos apontar onde essas veredas musicais se integrarão e a estrada terá (certamente) continuidade.

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fevereiro 09, 2014

POTIGUARTE NO RANKING DO TOP BLOG

POTIGUARTE NO RANKING DOS 100 MELHORES BLOGS DO PAÍS
Em 2012/2013, ficamos entre os 100 mais votados na nossa categoria e,
em seguida, passamos para os três melhores, chegando ao 2º lugar na final.
Agora, precisamos do seu voto para chegar na final de 2013/2014
Você pode votar uma vez pelo seu E-mail ou Facebook!
Arte: blog Potiguarte

TOP BLOG
POTIGUARTE CONCORRE AO TOP BLOG 2013/2014

Por
José Carlos da Silva
Administrador do Potiguarte

O Prêmio Top Blog 2013/2014 é um sistema interativo de incentivo cultural destinado a reconhecer e premiar, mediante votação popular (júri popular) e acadêmica (júri acadêmico), os blogs brasileiros mais populares que possuam a maior parte de seu conteúdo focado para o público brasileiro, com melhor apresentação técnica específica a cada grupo (Pessoal e Profissional ) e suas respectivas categorias. Cada categoria premia blogs com primeiro, segundo e terceiro lugares tanto no júri popular, com votação pela internet, quanto no júri acadêmico, avaliação técnica.

Hoje, no Brasil, são lançados cerca de 120.000 novos blog todos os dias. Esse número mostra o quanto a sobrevivência na Blogosfera é acirrada e competitiva. Estima-se que no país existam mais de dois milhões de blogs publicados em língua portuguesa. Só em 2011, o prêmio Top Blog teve 250 mil blogs inscritos/indexados no processo seletivo. 

POTIGUARTE

O blog Potiguarte é um espaço dedicado à divulgação de postagens de matérias jornalísticas que retratam as manifestações culturais e artísticas geradas em Natal e Região (Rio Grande do Norte), além de tratar daquelas que - de uma forma direta ou indireta - impactam e trazem mudanças ao cenário cultural regional. O blog Potiguarte tem mantido um estilo peculiar de compartilhar, divulgar e mostrar ao mundo a arte e cultura genuinamente potiguar.

O Potiguarte acredita que a arte e a cultura, assim como seu caráter transformador, são inerentes ao ser humano e como tal devem ser estimulados e encarados como fatores de construção de uma consciência crítica e de indivíduos atuantes social, intelectual, cultural, política e artisticamente.

Em pouco mais de dois anos, o blog Potiguarte conseguiu a façanha de atingir a marca dos 123.000 acessos por um refinado perfil de leitor, ávido por arte e cultura regional. Além de, conforme dados do Google analytics, a constatação do acesso diário de leitores distribuidos em quase todos os estados brasileiro e em vários países da África, Europa, América Latina e Ásia.

 AGRADECIMENTOS 

Para o  blog Potiguarte figurar entre os  melhores blogs do País e ser indicado à participação no grande prêmio Top Blog Brasil 2013/2014, passou a ser um fato. E, permanecer entre os melhores do Pais, em sua categoria, é um feito que logo, logo será alcançado. Um feito que será alcançado graças a você que acredita no real propósito do blog e já o colocou em um dos lugares mais alto do pódium da blogosfera. Agradeço a você que nos brinda com a sua visita diária, curte, compartilha e fornece um feedback nos comentários do que aqui é postado. Agradeço aos visitantes esporádicos que caem de paraquedas aqui pelo Google ou outros sites de busca.  

Um agradecimento, pra lá de especial, à nossa mídia potiguar, impressa ou virtual, com seus competentes editores, jornalistas e fotógrafos, pois são destes veículos que são reportadas as postagens por aqui ancoradas. Sim, isso mesmo,  agradecimentos à Tribuna do Norte, Gazeta do Oeste, Novo Jornal, Jornal de Hoje e ao Jornal De Fato, entre outros.

CAPTAÇÃO DE VOTOS

Pois bem, em 2012/2013, ficamos entre os 100 mais votados na nossa categoria e, em seguida, passamos para os três melhores, chegando ao 2º lugar na final. Agora, preciso do seu voto para chegar na final de 2013/2014. Você pode votar uma vez pelo seu E-mail ou Facebook. Lembrando - depois - de ir à sua caixa de e-mails e confirmar o seu voto! Simples, assim! 

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fevereiro 05, 2014

COUTINHO E O IMPERADOR DO SERTÃO

CINEASTA EDUARDO COUTINHO
CINEASTA ASSASSINADO NO RIO DE JANEIRO PRODUZIU DOCUMENTÁRIO
SOBRE A VIDA DO POLÍTICO POTIGUAR THEODORICO BEZERRA,
 CUJOS FAMILIARES  LEMBRAM DETALHES DOS BASTIDORES 
DO TRABALHO VEICULADO NA TV GLOBO
Fotografia: Eduardo Anizelli/Folhapress

COUTINHO E O IMPERADOR DO SERTÃO

Por
Henrique Arruda
NOVO JORNAL

Theodorico Bezerra estava em seu escritório, no Grande Hotel de Natal, localizado na Avenida Duque de Caxias, Ribeira, empreendimento de sua propriedade e onde também morava. O ano era 1978. Ele desenvolvia os afazeres de rotina ao lado do filho, Kleber Bezerra, quando o telefone de sua mesa tocou. Do outro lado da linha, o interlocutor com sotaque carioca lhe questionava se o empresário e político potiguar queria ser o protagonista de um documentário sobre sua própria vida a ser exibido na Rede Globo de Televisão. Na direção do material, estaria o respeitado cineasta Eduardo Coutinho, com quem Bezerra conversava.

A ligação entre o cineasta e o seu personagem norte-rio-grandense ocorreu há 36 anos, mas volta a ser lembrada agora com a trágica morte do primeiro, Coutinho foi assassinado a facadas no último domingo pelo próprio filho, Daniel, no apartamento da família no Rio de Janeiro, segundo apurou a polícia carioca. Tinha 80 anos.

O episódio que chocou o país, no entanto, refrescou a memória dos potiguares sobre o documentário produzido por Coutinho, em 1978, no qual ele apresenta uma das figuras mais curiosas da história política do Rio Grande do Norte, o “imperador do sertão”, Theodorico Bezerra.

THEODORICO BEZERRA
LÍDER POLÍTICO BRASILEIRO QUE PERTENCEU AO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE,
 CONSIDERADO UM TÍPICO “CORONEL” DO NORDESTE EM PLENO SÉCULO XX
Fotografia: Divulgação

O documentário produzido no primeiro semestre daquele ano e veiculado em agosto especialmente para o “Globo Repórter Documento” pode ser facilmente encontrado no youtube hoje em dia. Naquela ocasião, foi considerado um dos melhores documentários do ano. Destacava-se a naturalidade com que o próprio “imperador do sertão” narrava o modo como administrava os moradores de sua fazenda Irapurú, localizada em Tangará, interior do Rio Grande do Norte.

Durante 50 minutos, Coutinho conta a vida de Theodorico sob o olhar do próprio “imperador do sertão”, que entrevista os moradores de sua fazenda e fala abertamente o que pensa sobre diversos assuntos. Uma das cenas mais curiosas é quando Bezerra lê um quadro com os 12 mandamentos que cada morador deve seguir para poder morar no local.

“O morador que não cumprir o regulamento será tomado o roçado e terá um prazo de 24 horas para se mudar da residência… Se você não trabalha, viverá para sempre pobre. Mesmo na hora da morte, esteja estrebuchando, mas não pare. Aqui ninguém fica parado. Se não cumprir, digo logo que o Brasil todo é dele e que pode ir embora. Eles já sabem que é assim”, conta o agropecuarista para Coutinho na casa de uma moradora que, obedientemente, concorda com todas as regras.

HENFIL
A HISTÓRIA DE THEODORICO BEZERRA INTERESSOU AO CINEASTA
EDUARDO COUTINHO A PARTIR DO CARTUNISTA HENFIL,
NA ÉPOCA, MORANDO NA CAPITAL POTIGUAR
Fotografia: Divulgação

A história do potiguar interessou Eduardo Coutinho, a partir de Henfil. Na época, o cartunista morava em Natal e conheceu a fazenda de Theodorico Bezerra na companhia de alguns familiares deste, incluindo o sobrinho do personagem, o médico e escritor Lauro Bezerra, 80.

“Percorremos toda a fazenda em um dia e Henfil ficou muito interessado pelo modo como Theodorico controlava as pessoas que viviam ali. Quando viajou para São Paulo, Henfil teve uma conversa com Eduardo Coutinho na Rede Globo e sugeriu que a vida do meu tio virasse um documentário”, comenta Lauro, dizendo também que, naquele ano, Theodorico Bezerra era candidato a deputado estadual e por isso o programa não pode ser exibido em Natal.

“Vivíamos sob a Lei Falcão, que era muito rígida e não permitia nenhuma propaganda política na TV para os candidatos; como Theodorico era candidato a deputado, o programa não passou aqui. Ele teve que viajar para Recife, assistir o programa lá, na casa de um familiar e depois voltar para Natal contando a história”, conta o sobrinho, que quatro anos depois lançou o livro Major Theodorico Bezerra, o imperador do Sertão.

Ainda de acordo com Lauro Bezerra, a propriedade de seu tio, na época, tinha cerca de 3 mil moradores e 500 casas. Após a exibição do programa, Theodorico conseguiu uma cópia do material na sede da Rede Globo e começou a exibir o documentário em uma sala de cinema amadora que montou na sua fazenda.

Nas eleições daquele ano, Theodorico Bezerra foi eleito e permaneceu na Assembleia Legislativa até os 80 anos, tornando-se um dos deputados estaduais mais antigos da história. “Ele ficou feliz demais com essa gravação. Para ele, foi o máximo de glória se ver entrevistado e entrevistando em rede nacional. Causou uma repercussão muito grande, foram diversos artigos em jornais do Sudeste”, lembra.

...fonte...
www.novojornal.jor.br

...DOCUMENTÁRIO...



THEODORICO, O IMPERADOR DO SERTÃO

É a primeira grande obra que se tem notícia sobre a vida do "majó" Theodorico Bezerra. Mostra-se inovadora, embora não seja revolucionária, e critica a realidade brasileira ao problematizar, de maneira distinta, a condição do povo sertanejo do período. Do tempo em que o Globo Repórter era produzido por cineastas, este foi feito por Eduardo Coutinho:

No documentário, Eduardo Coutinho consegue centralizar a história em apenas um personagem, o próprio major Theodorico Bezerra, que narra inteiramente o filme de sua vida, entrevistando pessoas e falando de suas ideias. O documentário foi considerado, conforme Artur da Távara, "um dos melhores programas do ano",[2] haja vista, a maneira que foi exposta por Coutinho e sua equipe, o modo que o majó tratava a miséria do seu estado, com uma estrutura capitalista dentro de um verdadeiro feudo paternalista, exercendo na prática algumas ideias, como a defesa do socialismo, do marxismo e da poligamia em rede nacional, chocando uns e criando admiração de outros.

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