Macedo - trovador e poeta capaz de fazer um verso em poucos minutos |
POTIGUAR É PREMIADO EM EVENTO NACIONAL
A trova, forma poética de quatro versos e rimas alternadas surgida na França em plena Idade Média, está devidamente representada no Rio Grande do Norte por nomes como Francisco Neves de Macedo. Editor do periódico "O Trovador" e membro da Academia de Trovas do RN, o potiguar acaba de ser premiado no 15º Jogos Florais de Santos, para onde segue nesta próxima sexta-feira (10). Há oito anos como acadêmico, Macedo faturou dois prêmios no evento promovido em abril no litoral paulista, cujo nome remete as competições literárias da antiguidade, quando a deusa Flora era homenageada e os vencedores ganhavam pedras preciosas com formato de flores.
"Isso foi antigamente, onde os prêmios eram apenas simbólicos", informa. "Já participei de vários eventos e concursos de trovas, inclusive em Portugal, e estou muito animado para participar da solenidade de premiação pois será a segunda vez que presenciarei uma missa celebrada em trova", comemora Francisco de Macedo. Ainda na batalha para emitir as passagens aéreas, ele explicou que a celebração de missas em trova não são comuns e necessitam de autorização prévia do bispo responsável pela paróquia da localidade.
Ocupante da cadeira número 14, Macedo contou que um dos desejos dos membros da Academia de Trovas do RN, umas das três em atividade no Brasil ao lado do Rio de Janeiro e Minas Gerais, é promover missa semelhante aqui em Natal: "A primeira vez que acompanhei uma missa em trova foi em 2006, quando estive em São Paulo para receber outro prêmio", lembra o editor do "O Trovador", informativo criado em 1966 que passará a ser bimestral até o fim deste ano - interessados podem adquirir exemplares na Casa do Cordel ou no café São Luiz, ambos no centro da capital potiguar.
Concorrendo na categoria Lírica-filosófica com quase mil trovadores, de 20 estados brasileiros e nove países, Macedo enviou três trovas para o tema "destino": emplacou duas.
A trova surgiu no século 11, quando os poemas passaram a ter acompanhamento musical. 'Prima mais velha' do Cordel e do repente, a trova literária segue características específicas quanto à sua construção: precisa ser uma quadra, onde cada um dos versos tem sete sílabas poéticas (fonemas), e a informação deve ter um sentido completo, uma ideia autônoma. "Logo no início, o termo era aplicado a qualquer poema ou canção. Com o passar dos tempos é que a trova passou a designar apenas certo tipo de composição, com características fixas próprias", ressalta Macedo.
Segundo o potiguar, há dois gêneros de trova: a lírico-filosófica, que abrange temas morais, religiosos, políticos e sentimentais; e a trova humorística, que pendem para o lado da sátira e da anedota. Os concursos e festivais, conhecidos como Jogos Florais, são realizados pela União Brasileira de Trovadores desde a década de 1960. "Todo trovador é poeta, mas nem todo poeta é trovador. Nem todos poetas sabem metrificar, fazer o verso medido. Poeta para ser poeta precisa saber metrificação, saber contar o verso", escreveu o baiano Jorge Amado.
Concorrendo na categoria Lírica-filosófica com quase mil trovadores, de 20 estados brasileiros e nove países, Macedo enviou três trovas para o tema "destino": emplacou duas.
A trova surgiu no século 11, quando os poemas passaram a ter acompanhamento musical. 'Prima mais velha' do Cordel e do repente, a trova literária segue características específicas quanto à sua construção: precisa ser uma quadra, onde cada um dos versos tem sete sílabas poéticas (fonemas), e a informação deve ter um sentido completo, uma ideia autônoma. "Logo no início, o termo era aplicado a qualquer poema ou canção. Com o passar dos tempos é que a trova passou a designar apenas certo tipo de composição, com características fixas próprias", ressalta Macedo.
Segundo o potiguar, há dois gêneros de trova: a lírico-filosófica, que abrange temas morais, religiosos, políticos e sentimentais; e a trova humorística, que pendem para o lado da sátira e da anedota. Os concursos e festivais, conhecidos como Jogos Florais, são realizados pela União Brasileira de Trovadores desde a década de 1960. "Todo trovador é poeta, mas nem todo poeta é trovador. Nem todos poetas sabem metrificar, fazer o verso medido. Poeta para ser poeta precisa saber metrificação, saber contar o verso", escreveu o baiano Jorge Amado.
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