No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará
BOA NOTÍCIA AOS CORDELISTAS
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Diário de NatalA Fundação Biblioteca Nacional/MinC (FBN) começou uma ampla campanha de comunicação para incentivar os autores de cordel a enviarem suas obras para a instituição. Conhecida como a guardiã intelectual do Brasil, a Biblioteca Nacional é uma referência para estudiosos e todo tipo de público que precisa pesquisar, buscar informações e consultar obras raras. E a Literatura de Cordel é uma representação significativa da cultura do nordeste brasileiro e que precisa estar catalogada para o futuro entre os mais de nove milhões de itens que compõe o acervo da BN.
"A Literatura de Cordel representa o talento e a criatividade do povo. Ela registra com lirismo, tradição e muito bom humor histórias e temas do cotidiano. Para que essa forma de arte tenha o seu registro preservado e esteja à disposição de todos os brasileiros, a FBN está iniciando um amplo movimento pela preservação do cordel, por meio do Depósito Legal", afirma a chefe da Divisão de Depósito Legal (DDL), Daniele Del Giudice.
O serviço de Depósito Legal é uma exigência que abrange a todas editoras (e também a produção musical) brasileira que são obrigadas a enviar um exemplar das publicações produzidas à Biblioteca Nacional para salvaguarda daquela peça. E o cordel se enquadra nesta lei, mesmo quando não é produzido numa editora e não tenha o ISBN. O serviço foi criado para assegurar a coleta, guarda e difusão da produção intelectual brasileira, todas elas. Exceto em casos como cartazes de propaganda e monografias universitárias.
Infelizmente, poucos autores de Literatura de Cordel realizam o Depósito Legal. O desconhecimento da iniciativa ou de sua obrigatoriedade são algumas das razões que apontam o baixo número de obras enviadas à fundação. Sem os cordelistas, a coleção da Biblioteca Nacional perde uma parte importante da cultura letrada produzida no país. "Nossa intenção é divulgar a existência do depósito e incentivar o envio de cordéis, que representa uma parte da memória brasileira", afirma Daniele.
O serviço de Depósito Legal é uma exigência que abrange a todas editoras (e também a produção musical) brasileira que são obrigadas a enviar um exemplar das publicações produzidas à Biblioteca Nacional para salvaguarda daquela peça. E o cordel se enquadra nesta lei, mesmo quando não é produzido numa editora e não tenha o ISBN. O serviço foi criado para assegurar a coleta, guarda e difusão da produção intelectual brasileira, todas elas. Exceto em casos como cartazes de propaganda e monografias universitárias.
Infelizmente, poucos autores de Literatura de Cordel realizam o Depósito Legal. O desconhecimento da iniciativa ou de sua obrigatoriedade são algumas das razões que apontam o baixo número de obras enviadas à fundação. Sem os cordelistas, a coleção da Biblioteca Nacional perde uma parte importante da cultura letrada produzida no país. "Nossa intenção é divulgar a existência do depósito e incentivar o envio de cordéis, que representa uma parte da memória brasileira", afirma Daniele.
FUNDAÇÃO QUER REUNIR PUBLICAÇÕES DE TODO O PAÍS
A divisão recebe cerca de 10 mil itens por mês, entre livros, mapas, discos, partituras, fotografias e imagens. Única instituição habilitada a realizar o Depósito Legal no território nacional, a FBN quer contar em seu acervo com mais trabalhos dos versadores que encantam o país há gerações. "No último mês, recebemos apenas oito cordéis e todos do mesmo autor", conta Danielle. Porém, todos têm direito de eternizar suas obras por meio do Depósito Legal - instrumento de preservação da cultura nacional.
Fazer o depósito é simples. Basta o editor ou autor da obra enviá-la aos cuidados de Daniele Del Giudice, chefe da Divisão de Depósito Legal, para o endereço da Fundação Biblioteca Nacional (Avenida Rio Branco, nº 219, 3º andar - Centro - Rio de Janeiro/RJ, CEP: 20040-008). Junto do material, deve constar uma carta informando quais foram os itens enviados e os contatos do remetente - como nome completo, telefone e e-mail. Os textos enviados não precisam ter registro de direito autoral ou número de ISBN.
Daniele lembra que o e-mail é um dado muito importante, já que a comprovação do Depósito Legal é emitida via recibo eletrônico. "Se mais autores de cordel realizarem o Depósito Legal, teremos a certeza de que essa cultura singular do Brasil em sua forma original seguirá preservada", conclui.
Fazer o depósito é simples. Basta o editor ou autor da obra enviá-la aos cuidados de Daniele Del Giudice, chefe da Divisão de Depósito Legal, para o endereço da Fundação Biblioteca Nacional (Avenida Rio Branco, nº 219, 3º andar - Centro - Rio de Janeiro/RJ, CEP: 20040-008). Junto do material, deve constar uma carta informando quais foram os itens enviados e os contatos do remetente - como nome completo, telefone e e-mail. Os textos enviados não precisam ter registro de direito autoral ou número de ISBN.
Daniele lembra que o e-mail é um dado muito importante, já que a comprovação do Depósito Legal é emitida via recibo eletrônico. "Se mais autores de cordel realizarem o Depósito Legal, teremos a certeza de que essa cultura singular do Brasil em sua forma original seguirá preservada", conclui.
UMA ACADEMIA AO CORDEL POTIGUAR
No dia 19 de dezembro, o cordel potiguar foi prestigiado com uma noite especial. Na sede da Academia Norte-rio-grandense de Letras, foi lançada a Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel. O anfitrião dos cordelistas foi o escritor e poeta Diógenes da Cunha Lima, que fez o discurso de abertura.
A proposta inicial veio do pesquisador Gutenberg Costa, que por muitos anos batia na tecla, clamando mais atenção à cultura da literatura de cordel, cujo solo do Rio Grande do Norte sempre foi fértil.
A Academia fica presidida pela cordelista e professora Rosa Régis. A presidenta é figura de grande atuação, sempre escrevendo muitos dos folhetos de cordel produzidos em nosso Estado. O vice-presidente é o poeta Hélio Gomes da Silva, conhecido em Natal pelo pseudônimo de Hegos.
Trinta e quatro cordelistas de todo o Rio Grande do Norte foram empossados e imortalizados. O poeta José Saldanha, falecido este ano, foi homenageado como patrono da cadeira de numero um, ocupada pelo neto dele, o também poeta ThomasSaldanha. Entre os homenageados, Manoel Justino de Araújo. O cordelista de 96 anos, considerado o mais antigo do Estado, recebeu a cadeira de numero 22. Emocionado, ele se mostrou surpreso com o reconhecimento. "Eu nunca tinha participado de uma coisa dessa, até estranhava o que ia acontecer e vi agora de perto, é suportável", disse Manoel Justino.
NOVA GERAÇÃO
Marciano Medeiros, 38 anos, é o mais jovem imortal da Academia. Para ele, esta é mais uma maneira de manter o cordel cada vez mais vivo, entre a juventude. "A literatura de cordel tem recebido um amplo destaque, principalmente após a novela Cordel Encantado. Eu me sinto bastante feliz em ser um jovem cordelista dessa Academia", revela o poeta popular. Marciano Medeiros nasceu em Santo Antônio, em 1973, porém, sempre manteve vínculo com Serra de São Bento, cidade onde está presente toda a sua origem familiar. O escritor foi empossado na cadeira 31, cujo patrono é Luiz Felipe Nerís.
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