fevereiro 03, 2012

UM ANJO PARA SER ADOTADO...

 Casarão que abriga o Anjo Azul foi vendido 
...E  o destino da escultura de Jordão é incerto
 crédito: Aldair Dantas

O ANJO QUE NINGUÉM QUER

Por
Yuno Silva

A incerteza de um futuro tranquilo volta a rondar o Anjo Azul, escultura de 12 metros que serviu como ponto de referência para galeria de arte homônima que funcionou entre 2007 e 2010 no Tirol. Com 28 toneladas de ferro e concreto, a obra do artista plástico José Jordão precisa encontrar rapidamente um novo endereço para afastar o risco de ser demolida. O Anjo já foi oferecido como doação para as prefeituras de Natal, Maxaranguape no litoral Norte e a serrana Monte das Gameleiras, mas os custos com sua remoção, transporte (dentro do RN) e reinstalação, além da necessidade de se contratar uma equipe especializada para executar o trabalho, ainda não permitiram a concretização de um acordo. 

A construção do Anjo Azul consumiu cerca de R$ 190 mil, e o custo total para ele mudar de lugar está estimado em R$ 30 mil. O artista se comprometeu em acompanhar todas as etapas do processo do trabalho e estará a postos para efetuar qualquer reparo.

Receoso de ver seu trabalho reduzido a escombros, pois o imóvel onde está instalado foi vendido à empresa pernambucana Adroaldo Tapetes que pretende construir uma nova sede para a filial natalense da loja e o proprietário já adiantou que o projeto não inclui a escultura, Jordão está engajado para dar um destino digno ao Anjo Azul. "Se o problema é o custo, estou buscando apoio da Fundação José Augusto e vereadores de Natal prometeram ajudar a conseguir parte desse dinheiro. Não estou pedindo nada pela obra de arte, mas não quero deixar ela de qualquer jeito", disse, informando que prefere não levar a escultura para à beira mar - "com a maresia, a escultura não vai durar mais de 30 anos, no máximo 50 anos. É pouco, quero que ela dure pra sempre!"

Segundo o artista, o prazo combinado com o empresário Adroaldo Carneiro para remoção da obra já passou. "Ele está abrindo mão do prazo. Para evitar esse vai e vem, quero que ele formalize a doação com documentos", aponta.

Adroaldo disse que "a obra não tem nada a ver com a proposta da loja, mas gostaria bastante que a escultura ficasse em Natal." Para o empresário o Anjo Azul poderia ficar em alguma praça, na entrada da cidade e até no canteiro central da via em frente ao local onde está hoje. "Adotaria e manteria o lugar para onde o anjo fosse", garantiu.

"Espero encontrar alguém interessado que cuide bem dele"
José Jordão

Em 2010, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur) chegou a ser contatada pela Galeria Anjo Azul, mas a doação não prosperou: "Quando a Galeria entrou em contato conosco, houve interesse e fomos até o local fazer uma avaliação técnica e chegamos a conclusão de que o procedimento seria dispendioso e arriscado", declarou a assessoria de imprensa da Semsur na época. Os técnicos identificaram dois problemas básicos: primeiro, a escultura foi construída no próprio local, fato que dificulta a remoção e transporte; segundo, a estrutura é oca e isso torna a obra mais frágil do que aparenta.

Em abril do ano passado, a vitralista curitibana radicada em Natal Analys Berti, amiga de Adroaldo Carneiro, aceitou ficar com o Anjo Azul e tinha a intenção de transformar a escultura em ponto de referência na praia de Caraúbas, no município de Maxaranguape, onde tem uma casa e mantém seu ateliê. Ela chegou a pedir apoio para a prefeitura local, e como não concordou com o local sugerido para instalação acabou recuando. "Não quero colocar a escultura no meu quintal, imagino uma praça bem cuidada, onde as pessoas poderiam se encontrar para tirar fotos", disse.

Diante do impasse, em julho de 2011 entra em cena outro personagem dessa novela: o empresário Walde Faraj. Responsável pela realização do Circuito de Festivais Gastronômicos do RN, Faraj teve a ideia de levar a obra para Monte das Gameleiras, município serrano da Borborema Potiguar, divisa com a Paraíba. O local já estava escolhido, havia planos de mudar a cor(!) do Anjo para melhor contextualização (camuflagem?) com a paisagem. Porém, mais uma vez, a proposta não avançou. "Temos interesse, mas não temos como cobrir esses custos de R$ 30 mil", justifica a prefeita Edna Régia Sales Pinheiro.

Para Jordão, o investimento não é alto quando analisado o custo e o benefício que o Anjo Azul pode trazer - é fato o apelo turístico que a obra sugere. "Estou em campanha, oferecendo o Anjo, e espero encontrar alguém interessado que cuide bem dele." Para entrar em contato com o artista, os telefones são 84. 9603-8876/ 84.9950-0957.

  José Jordão Arimatéia
O pai do Gigante Anjo Azul
 crédito: Danilo Guanabara

ENTRE HIPÉRBOLES E SUPERLATIVOS: JORDÃO

 Por
Filipe Mamede

Quem passa pela movimentada Avenida Hermes da Fonseca não tem outra coisa a fazer, senão contemplar um gigante Anjo Azul que, de tão imponente e chamativo, virou ponto turístico da cidade. Construído pelo artista plástico José Jordão Arimatéia, 61, para ser a principal peça do marketing de uma galeria de arte homônima, o Anjo Azul, feito, basicamente, de gesso e sustentando uma envergadura de cerca de 12 metros de altura, consumiu pouco mais de dez meses para ser concluído. Depois que ficou pronto, é comum ver as pessoas pararem para tirar fotografias ao lado da obra, cuja grandeza parece ser a maior virtude.

O autor dessa obra é autodidata. De origem humilde, filho de lavadeira e cozinheira, muito cedo, ainda com oito anos de idade, Jordão já tinha uma certeza, queria ser artista. “Eu gostava mesmo era de cantar. Eu queria ser artista de qualquer coisa, mas não deu pra ser cantor. Ai um dia, lá no campo do Rio-Mar... tinha chovido. Tava uma planície bonita... comecei a desenhar no chão”. Foi exatamente nesse dia que o escultor deu de cara com o labor criativo que o acompanha até hoje. “Vinha passando dois cidadãos e um disse assim: ‘Esse menino é muito bom desenhista. Parece coisa do artista Newton Navarro”. Com essa frase, Jordão resolveu definitivamente que iria ser àquilo. Iria ser artista.

DE COMO A GENTE SE TORNA O QUE A GENTE É

Depois do singelo desenho na areia do campo de futebol, ele não parou mais. Em pouco tempo já desempenhava o ofício de Santeiro. Fazia as figuras divinas com as sobras de cimento da fábrica de pré-moldados onda trabalhava. “Eu sempre dava um jeito da massa sobrar. Tinha um quartinho nos fundos da fábrica que foi meu primeiro ateliê. Ninguém sabia de nada. Quando o dono descobriu, primeiro levei uma bronca, mas ele percebeu algo e acabou permitindo que continuasse a criar”.

Com o tempo, Jordão foi se moldando até se transformar em escultor e entalhador. Cada tipo de trabalho foi conseqüência do outro. “Depois do ‘entalhe’ foi que eu me soltei. Comecei a viajar e a fazer exposição... a primeira foi numa bienal lá em Fortaleza... acho que em 1974. Levei dois ‘entalhe’, duas esculturas e ganhei dois prêmios”. Jordão continuou viajando. Foi para São Paulo e para o Rio de Janeiro, onde trabalhou para um estrangeiro que lhe arranjou uma viajem para a França. “Passei 15 dias em Paris, mas acabei nem conhecendo muita coisa... sabe como é: não estava bem enturmado”, lembra.

De volta ao Brasil, Jordão confessa que tentou viver de arte na região sudeste. Ele relata que até conseguiu, mas como a família “não cortou o cordão umbilical”, acabou voltando mesmo foi para Natal. “Quando minha família não quis ir comigo ao Rio preferi não voltar. Um erro que até hoje me arrependo. Se fosse hoje não pensaria duas vezes: iria sem olhar pra trás. Perdi toda minha inspiração e deixei de produzir”, confessa com olhar remoto”.

JORDÃO, O ERRANTE

Assim como as viagens que fez por aí, a relação de Jordão com a arte também é repleta de idas e vindas. Na sua história de vida, o artesão confessa que o alcoolismo foi uma personagem persistente em várias ocasiões. “Já deixei muitas vezes a arte. A bebida faz a gente perder a criação. Eu trabalhava só pra manter o vício. Um trabalho que valia quinhentos, eu vendia por duzentos, né... a sede era maior”. Mergulhado num poço que parecia não ter fim, Jordão ficou 15 anos no limbo sem criar uma peça sequer. “Perdi a criatividade, a inspiração. Por desgosto mesmo! Vergonha da sociedade”.

Depois do período nebuloso de auto-exílio, Jordão deixou de beber e se casou de novo. Apagou de vez o capítulo dedicado às bebidas. “A arte me chamou de volta. Hoje eu vivo pro meu lar, minha esposa e minha filhinha”. (Jordão conta isso segurando a pequena Lua no colo).

Arte hiperbólica... 
 crédito: Danilo Guanabara

MODUS OPERANDI

Como criador de formas diversas, o artesão deixa transparecer certa vaidade em relação às suas obras. Sobre o colosso angelical, o artista plástico se diz bastante satisfeito com o resultado. “Ah, eu gostei demais. Ficou do jeito que eu achava que deveria ficar”. A história da produção da escultura é muito curiosa. O projeto chegou a mudar algumas vezes. Inicialmente programado para ter dois ou três metros, a obra ganhou volume de uma hora pra outra. “Anchieta (Dono da Galeria O Anjo Azul) chegou lá em casa e me pediu pra fazer uma escultura. Ele disse que queria uma escultura grande. Eu perguntei: E o tamanho? - Ele disse: uns três metros. Comecei a fazer. Depois ele quis que eu aumentasse. Anchieta disse, “Eu quero uma graaaaande. Não sei nem de que tamanho”.

Como de costume, na hora de elaborar suas obras, Jordão dispensa qualquer tipo de esboço. Para ele, “a arte não precisa de projeto”. E com o “pequeno detalhe” do tamanho resolvido, Jordão botou a mão na massa, ou melhor, na argamassa. “Anchieta disse: “Vamos fazer um desenho”. Ai eu disse: “Vamo fazer sem. Com desenho demora muito”. Mesmo com liberdade para fazer do jeito que quisesse, e com o Anjo praticamente ‘nas alturas’, Jordão teve que vencer alguns percalços. “Quanto tava lá em cima, lá se vem confusão... a prefeitura chegou alegando que a estrutura podia cair”. Foi preciso, então, arrumar um engenheiro para tocar a ‘obra’. “Aí o engenheiro veio, calculou e disse: “Vamos botar mais ferragem”. Ai colocamos mais ferragem... aí eles (Agentes da Prefeitura) pararam de vir””.
  
Fachada do  Edifício Morada Rio Mar - Natal/RN
localizado o maior painel construído em concreto da América Latina
obra de Jordão devidamente registrado no livro de recordes

A ARTE COMO COISA PÚBLICA E OUTRAS OBRAS

O ensaio ‘A origem da obra de arte’ foi publicado pela primeira vez em 1977, pelo filósofo alemão Martin Heidegger, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Abordando a natureza e o enigma da obra de arte, Heidegger defende que obra se faz a partir de uma tríade: artista, obra e um terceiro elemento – o observador, aquele que olha para a o criador e a criatura. Instintivamente, Jordão acaba confirmando essa teoria. “A obra tem que ser pública... eu gosto de fazer arte para o povo”.

Contrariando uma premissa básica de todo artista, que só revela a obra quando o trabalho se encerra, ele oferece o dia-dia de suas invenções de artífice. Revelando uma sensibilidade rústica no traçado, o Anjo Azul, por exemplo, pôde ser acompanhado durante toda a manufatura por àqueles que transitaram pela Hermes da Fonseca entre os meses de dezembro de 2006 a meados de outubro de 2007.

As obras de Jordão, além da grandiosidade e do labor feito ao alcance dos olhos observadores, carregam histórias que, a cada vez que são recontadas, tomam ares de anedota. Foi assim também com uma obra que tem como personagem o Rei do Baião e um popular santo brasileiro.

Engendrada ao ar livre, o trabalho compreende algumas alegorias do imaginário e da cultura nordestina como a religiosidade, a música e o povo. “Chico Brilhante era doido pra fazer um trabalho grande. Mas o trabalho grande que ele queria era um santo. Frei Damião”. Jordão retrucou logo de cara, dizendo que Frei Damião não fazia. “Pra fazer só Frei Damião eu não quero fazer”. O artista plástico ainda arrematou com o chiste: “Bata uma fotografia do Frei e bote aí na parede”. Jordão, defendendo uma obra mais elaborada e contextualizada, se ofereceu para projetar uma coisa diferente. “Me dê uns três meses pra eu pensar o que é que eu vou fazer, que aí a gente faz”.

Com o prazo expirado, Jordão voltou ao encontro de Chico Brilhante. “Eu to com o trabalho feito aqui na minha cabeça”. Chico quis saber qual era o projeto do artista. “Eu vou fazer um Luiz Gonzaga, por que ele gostava muito de Frei Damião. Aí eu juntei... Luis Gonzaga com Frei Damião... Luis Gonzaga tocando a sanfona... arrastando seu povo ao encontro de Frei Damião, olha que negócio bonito?”, se diverte Jordão rememorando a resposta que deu à Chico Brilhante. Para quem tem curiosidade de ver Luiz Gonzaga e sua trupe indo até à presença de Frei Damião, basta um dia, encher o tanque ou calibrar os pneus do carro. Digo isso porque, Jordão fez todo esse trabalho em pleno um posto de gasolina, num bairro de Natal.  
  
Luiz Gonzaga e a trupe de Frei Damião
crédito: Danilo Guanabara

MAIS ALGUMAS

E não é só o Anjo Azul e nem Luiz Gonzaga e a trupe de Frei Damião que ostentam um tamanho fora do comum. A maioria das obras de Jordão apresenta um aparente ‘complexo de superioridade’. Todas elas são enormes, assim como o Pescador que enfeita a Praça da Praia da Pipa desde 2005. “Eu passei um ano morando em Pipa. Aí um dia, o dinheiro tava se acabando... resolvi oferecer meu trabalho ao prefeito. Ele queria um santo. Aí disse que em Pipa tinha muito crente e uma “imagem” poderia dar confusão. Fiz um pescador... pescador não tem religião”. A política da boa-vizinhança de Jordão lhe rendeu mais alguns frutos. Além do pescador, Jordão acabou fazendo a figura de um enorme golfinho que enfeita a frente da Prefeitura de Tibau do Sul.

É de autoria de Jordão o maior painel construído em concreto da América Latina. Localizado no prédio residencial Rio-Mar, o trabalho, que é uma verdadeira façanha, está devidamente registrado no livro de recordes. Mas quem vê os 1000 metros quadrados de obra de arte pronta, não imagina o trabalho que deu. “Quando eu cheguei lá na construtora dizendo que eu queria trabalhar no prédio, acharam que eu era um hippie, um louco. Depois de um chá de cadeira foi que me receberam e eu disse que queria trabalhar as fachadas do prédio”. Conversa vai, conversa vem, Jordão conseguiu vender o projeto.

Com a palavra empenhada pelos representantes da construção, o artista fez algumas exigências. “Eu disse: Eu quero uma bancada nova, lápis. Quero papel bom... de diversos tipos... só papel de linha pesada”. Os pedidos de Jordão foram atendidos. Depois de 15 dias projetando, o artista pediu para que fossem buscar o esboço do trabalho. De volta ao escritório da construtora, pediram para Jordão mostrar o que ele tinha feito. “Vamos ali na mesa de reunião”, disse um engenheiro. Sem a menor cerimônia, o artista explicou que ali não caberia. “Tem que ser lá fora, na rua... Aí eu saí estirando o projeto no meio da rua... do tamanho que era o edifício, era o tamanho do projeto”. Passados mais de 20 anos da elaboração do painel, Jordão acredita que este trabalho foi obra do acaso. “Foi sorte demais. Você levar um projeto desses sem trabalhar na firma, foi muita coragem”.

Um outro lugar onde é possível se esbaldar com as obras de Jordão, dada a grande concentração de trabalhos realizados pelo artista é o Centro de Convenções de Natal. Ao todo são seis painéis: o externo, de aproximadamente sete metros de altura por 25 de comprimento, retrata a paisagem costeira com coqueiros, cajus, jangadeiros e deusas das águas. No saguão de entrada, como não poderia deixar de ser, estão dando as boas vindas um enorme pescador e uma rendeira. Feito com cimento, o material preferido de Jordão, existe ainda um trabalho com motivos indígenas dominando uma das paredes. Na ala central, dois painéis de latão: de um lado um retrato do cangaceiro Lampião, do outro as salineiras de Macau. “Mas o que eu mais gosto ali no Centro é o Bumba meu boi. Ficou muito bonito”, conta Jordão orgulhoso.

PALAVRA DE MESTRE

Nas suas andanças artísticas, Jordão teve a oportunidade de trabalhar com nomes consagrados como Newton Navarro e Dorian Gray Caldas. O maior artista plástico em atividade do Rio Grande do Norte defende que a obra de Jordão ‘dispensa adjetivos’. “Tenho ele como o mais expressivo escultor. Ele tem uma expressão muito própria. Não imita ninguém”. Além de considerar Jordão como um bom pintor, Dorian o compara à unanimidades da arte mundial. “Ele é da mesma linguagem de Michelangelo, Leonardo (Da Vinci). Tem um traço instintivo... vocacionado. Uma pena ele não ter condições de trabalhar com materiais nobres. Ele merecia trabalhar com mármore... bronze...”.

O reconhecimento do valor como feitor de arte de mão cheia, não se restringe à Dorian Gray. No último mês de outubro Jordão desembarcou na capital do país para participar de uma exposição no Salão Negro do Palácio do Congresso. A entrada solene do Palácio, é destinado à mostras, eventos culturais, lançamento de livros, recepções e celebrações religiosas. Dividindo o Salão com artistas de várias regiões do país, o artífice nascido no Rio-Mar revela que a oportunidade de ir à Brasília, surgiu à partir do Anjo Azul. “A senadora Rosalba Ciarlini passou e viu o Anjo, aí me convidou pra ir á Brasília. Achei bom, mas o trânsito faz muito barulho. Prefiro Natal”, analisa Jordão.

Produzindo com a mesma freqüência de antigamente, Jordão conseguiu juntar dinheiro e comprou uma casinha simples na Rua do Motor com direito à vista para o mar e quintal íngreme com muitas árvores frutíferas — no mesmo bairro onde desenhou na areia e vendeu seus santinhos feitos ora de cimento, ora de “argila do padre”. Ele montou um ateliê improvisado nos fundos, onde, cheio de planos, pensa em comprar os terrenos vizinhos para construir sua nova casa e um ateliê maior. Bem maior. Tão grande quanto as colossais esculturas que inventa.

 ...fonte...
Yuno Silva 

...fotografia...
Aldair Dantas
Danilo Guanabara

Um comentário:

  1. Excelente matéria e muito oportuna.Oxalá o nosso Anjo Azul encontre um destino que lhe valoriza e seja visto por todos!

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Fiz uma visita e gostei!! Passa lá você também!!!