março 30, 2012

TOTALMENTE E ABSOLUTAMENTE AUTORIZADO!

SUCULENTO E ABSOLUTAMENTE AUTORIZADO
Novo álbum de Luiz Gadelha já pode ser degustado, sem custos, pela internet

SUCULENTO E DE GRAÇA

Por
Sérgio Vilar

Tá com fome agora? Quer algo bem suculento? A solução está na tela fria da internet. Isso mesmo: nesta rede mundial de infinitas possibilidades, mas nenhuma propriamente degustativa, se convenha. Mas acredite: o alimento ainda está quentinho, saído do forno. E bastam umas clicadas e você encontra. A receita foi criada pelo compositor e cantor Luiz Gadelha, fritada por Anderson Foca e está pronta para servir de alimento sonoro/sentimental a quem quiser. De graça. E suculento. Tem ainda quem goste da beleza do prato. Então, nada melhor que a tinta e o pincel da artista de rua Sinhá.

Esses são os ingredientes do novo CD de Luiz Gadelha, Suculento. São dez pedaços açucarados de sons distintos, mas unidos em essência. E o melhor: o molho de cada canção foi feito na hora, no improviso. Gadelha disse ter levado ao estúdio as dez canções ainda em estado cru - voz e violão. Até pensou em gravar todas elas assim mesmo, sem nem tempero. Quando o chef Anderson Foca escutou, sugeriu acréscimos. "Eu e Foca escutávamos a música, decidíamos o que precisava e ia colocando. Quando precisava de bateria, ligava para alguém vir tocar, ali na hora mesmo. Foi assim".

Todo cozinheiro tem um pouco de intuição no preparo. E nessa pegada se deu a elaboração de cada faixa. "Meu trabalho estava pronto: a composição. Depois eu quis uma luz para saber o que fazer dali pra frente. A ideia era de que ficasse o mais simples possível". E os temperos foram sendo experimentados, basicamente por sugestão do próprio Luiz Gadelha e de Anderson Foca. Guitarras, efeitos, distorções, bateria eletrônica e a combinação de gostos rendeu um álbum agridoce: faixas mais alegres, outras mais melancólicas. E todas com as marcas notórias do compositor.

Luiz Gadelha é enfático se alguém insinua alguma semelhança entre Suculento e o primeiro álbum de sua banda Talma&Gadelha, Matando o Amor. "É totalmente diferente. Todos os músicos foram diferentes. A exceção foi Emilly, na bateria de algumas faixas. E não vejo nenhum elemento correlato entre os dois álbuns. Inclusive tivemos muito cuidado neste sentido. Não queria parecer uma sequência da banda". Se há similaridades é na pegada pop, sobretudo nas letras, embora o disco solo soe mais experimental. Mas, explicações dadas, os pratos limpos foram postos à mesa.

Aliás, Luiz Gadelha lembrou ainda que Simona Talma - a outra líder da banda Talma&Gadelha - gravará seu álbum solo na sequência. E nenhum dos dois trabalhos solos irão prejudicar a agenda da banda. O show de lançamento do disco de Luiz Gadelha será dia 14 de abril, no Centro Cultural Dosol (Ribeira). E após mais dois ou três shows de divulgação e a gravação do disco de Simona, a banda se reúne para iniciar as composições do segundo álbum, em julho. "Minha pretensão de carreira solo é zero", enfatiza Gadelha.
 
"Classificar Suculento? Bom, o nome já diz muita coisa."
 fotografia: Diego Marcel

ESVAZIAR IDÉIAS

A gravação do álbum solo funcionou mesmo para esvaziar ideias, vontades próprias e longe da proposta da banda. "Classificar Suculento? Bom, o nome já diz muita coisa. Associo esse 'suculento' não ao conteúdo, mas ao processo de construir as músicas intuitivamente. Foi uma experiência nova e boa. No fim, escutávamos e dizíamos: 'E agora?'. Aí ligávamos para alguém vir colocar bateria, efeitos. E desse jeito ficou delicioso, suculento", brinca o autor, que disse sonhar essas composições na interpretação da baiana Andréa Martins. "Ficaria satisfeito só de ela ouvir. É uma grande compositora e cantora".

Outro sonho - este realizado e exposto na capa do disco - foi receber uma obra de arte da artista Sinhá. "Mostrei algumas músicas para ela, ainda sem mixagem; disse o que seria o disco, e que o que viesse dela, a partir daí, eu iria gostar. É uma honra pra mim ter uma obra de Sinhá exclusiva pro meu disco. E foi tudo feito em comunicação por email, já que ela mora em São Paulo. Ficou uma capa realmente suculenta", se orgulha o músico com seu primeiro álbum lançado, já que o Flor de Mim, lançado na década de 1990, ele disse ser outro já que o nome artístico era diferente - uma relíquia quase Cult de um tal Wellington Luiz. 

O CD Suculento foi gravado pelo Projeto Incubadora, criado no ano passado pelo combo Dosol com o intuito de replicar o conhecimento adquirido no segmento musical e de gestão, acumulado nos últimos dez anos de atividade do Dosol, comandado pelo produtor Anderson Foca. Os discos produzidos pelo Incubadora são totalmente bancados com verba própria do Dosol.

A metodologia é simples: o selo atua em todas as etapas do projeto de cada artista, desde o design da capa até a feitura de vídeos promocionais, ao acompanhamento no estúdio, mixagem, master e agendamento de divulgação de cada trabalho. Segundo Anderson Foca, "O propósito é dar um start mais rápido à carreira da turma, já que já 'pagamos essa matéria' antes", brinca o produtor.

O Projeto Incubadora já lançou álbuns das bandas Monster Coyote, Hossegor, Talma & Gadelha e Venice Under Water. Todas em 2011. Este ano já foram lançados os discos do Red Boots, de Luiz Gadelha. A expectativa é de que sejam lançados ainda em 2012, o disco do 30 de outubro, do High Desert,do Hey Apple e o solo de Simona Talma, além do segundo trabalho do Talma & Gadelha.


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TOTALMENTE E ABSOLUTAMENTE AUTORIZADO
  www.wix.com/luizgadelha/suculent

...fonte...
Sérgio Vilar
sergiovilar.rn@dabr.com.br
www.diariodenatal.com.br

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