maio 07, 2015

NAS PORTEIRAS DO SERIDÓ

ABRINDO A CANCELA DAS LEMBRANÇAS
Nesta sexta-feira, (8), a Livraria Saraiva do Midway, Natal/RN,  receberá o autor Haroldo Pinheiro Borges que lançará o livro: “Abrindo a cancela das lembranças – a história do seridoense Joaquim das Virgens”. A obra resgata um rico período da história  com personagens e fatos da região seridoense. O lançamento integra o projeto Ação Leitura, promovido pelo Selo Jovens Escribas. Crédito fotografia: Magnus Nascimento/TN

 NAS PORTEIRAS DO SERIDÓ

 Por
Ramon Ribeiro
TRIBUNA DO NORTE  

A história da sociedade seridoense, seus costumes, seus conterrâneos de destaque, o período áureo do ciclo do algodão, a luta contra a seca, os primeiros açudes, tudo isso é revisitado por Haroldo Pinheiro Borges no livro “Abrindo a cancela das lembranças – A saga do seridoense Joaquim da Virgem”, editado pelos Jovens Escribas, com lançamento nesta sexta-feira, às 18h30, na Saraiva do Midway Mall. 

Haroldo, neto de Joaquim - mais conhecido como Joaquim Felix dos Garrotes -, parte da trajetória de vida do avô, que viveu de 1864 a 1932, para contar  história da região até os dias atuais. 

“Naquela tempo era difícil estudar. Desde novo já se trabalhava com a terra, que era de onde se tirava o sustento das famílias. Meu avô foi dessa época,  segunda metade do século XIX. Mas mesmo com sua instrução  rudimentar, ele conseguiu prosperar, especialmente com o plantio do algodão. E é a partir da história da minha família que faço essa caminhada por aquela época no Seridó”, comenta o autor.

O ciclo do algodão, motor da economia potiguar naquele período, é lembrado com detalhes. Foi o irmão de Joaquim, o agricultor Francisco Raymundo de Araujo, famoso por fazer experieências entre as espécie da planta, que descobriu o algodão mocó. O produto ficou conhecido como “ouro branco” por sua qualidade, que só perdia na época para o algodão indiano.

“Francisco Raymundo tava caçando mocó, um tipo de rato da região, como o preá. Em frente a um buraco de mocó ele se deparou com um pé com diferentes bolotas, bem mais robustas que as outras espécies”, explica Haroldo.

Haroldo Pinheiro Borges e o “Vapor” que havia pertencido ao coronel
Joaquim das Virgens e veio da Inglaterra para Acari em 1906
Origem fotografia: tokdehistoria.com.br

O autor comenta que o interesse de fazer o livro surgiu de sua paixão pelo seridó. “Tenho admiração pelas pessoas e costumes locais. É uma região muito seca e com um povo de coragem e garra, que ama sua terra, que, mesmo com todas as dificuldades, descobre uma maneira de sobreviver na região. Há muita história por lá, por isso senti necessidade de registrar aquele tempo para que as gerações futuras pudessem tomar conhecimento”.

A produção levou três anos de pesquisa. Haroldo teve que buscar informações que fossem além das lembradas por sua família e de suas vivências. “Tinha um vasto material familiar, mas foi preciso checar algumas história, buscar outros documentos. Fiz várias buscas em jornais antigos, entrevistei vaqueiros e operários que trabalharam com Joaquim, amigos da família. Foi um trabalho difícil, mas prazeroso”.  

Na orelha do livro Paulo de Bala Bezerra avisa: “O livro que me chega sobre seu avô Joaquim vem de quem estudou e se fez homem na luta de todos os dias, sem quebrar a palavra empenhada, voltado para as origens que não esqueceu. (...)Fala  em linguagem sincera, emotiva, limpa, cheirando a terra molhada,  cheia de saudade e sabedoria”.

Haroldo Pinheiro Borges tem 79 anos, nasceu no município de São Tomé, no Rio Grande do Norte. Quando jovem trabalhou na fazenda da família. Em 1966 passou a morar em Natal, e, sem se desligar da agricultura, passou a atuar na indústria e no comércio. "Abrindo a cancela das lembranças" é seu primeiro livro.

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O coquetel de lançamento será na sexta-feira (8), a partir das 18h30, na Livraria Saraiva do Midway Mall. Parte da renda obtida com a venda do livro será destinada à Liga Norte-rio-grandense Contra o Câncer. 

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