ARTHUR CAVALCANTE
CURTA DE ANIMAÇÃO NATALENSE É SELECIONADO PRA FESTIVAL MUNDIAL
Fotografia: Argemiro Lima / NJ
CURTA DE ANIMAÇÃO NATALENSE É SELECIONADO PRA FESTIVAL MUNDIAL
Fotografia: Argemiro Lima / NJ
O curta-metragem de animação
"Ciclo" foi selecionado para o festival Anima Mundi, considerado um
dos maiores festivais de animação do mundo. O filme, que será exibido na mostra
Panorama Internacional, foi realizado pelo professor Arthur Cavalcante que é
Coordenador do Curso Produção Cultural do IFRN Cidade Alta, Natal/RN. O
Festival Anima Mundi será realizado de 10 a 15 de julho, no Rio de Janeiro e de
17 a 22 de julho, em São Paulo.
CURTA POTIGUAR NO ANIMA MUNDI
Por
Henrique Arruda
NOVO JORNAL
Henrique Arruda
NOVO JORNAL
Professor de edição de vídeo e
animação (2D e 3D) no curso integrado de Multimídia do Instituto Federal de
Educação Ciência e Tecnologia (IFRN - Campus Cidade Alta), o alagoano Arthur
Cavalcante, 26, vive um dos momentos mais cinematográficos da sua vida: em
julho o seu primeiro filme de animação, “Ciclo”, vai fazer parte do Panorama
Internacional do “Festival Anima Mundi”, o principal do gênero no país.
Para se ter uma ideia, somente neste ano o festival recebeu mais de 1.500 inscrições vindas de todas as regiões do país, dentre as quais estava “Ciclo”, animação com três minutos e quarenta segundos roteirizada, animada e dirigida pelo professor Arthur há cerca de três anos, de forma totalmente independente, marcando a sua estreia no mercado.
No filme, uma dupla de simpáticos bonecos disputa a atenção de um misterioso interlocutor, e tenta de todas as formas alcançar uma plataforma mais alta para conquistar um objeto. Uma espécie de desafio que também pode ser claramente entendida, ao final do filme, como uma crítica ao capitalismo desenfreado e a consequente sociedade de classes.
“Pode ser essa a interpretação sim”, afirma o professor antes de começar a sua primeira aula do dia. “Mas é como perguntar ao poeta o sentido de uma Poesia, sempre vai depender de quem está observando. O que eu queria era que meu filme fosse entendido por diferentes idades”, resume sobre a obra que já está disponível em seu canal no youtube.
Até o ano de 2012, Arhur colecionava em seu portfólio pessoal apenas pequenos exercícios com poucos segundos de duração, cada, desenvolvidos enquanto estudava “Design de Animação” em São Paulo, onde também cursou logo em seguida o seu Mestrado em Comunicação ligada ao audiovisual.
“Eram pequenos exercícios de movimentação de boca, por exemplo, para mostrar às empresas da área o que eu era capaz, algo muito comum em um tipo de curso como esse, no qual só o diploma não basta”, explica, informando que preferiu então realizar sua primeira animação para se testar em todas as possibilidades, principalmente no roteiro e direção de um projeto em animação.
Realizado de forma totalmente independente, “Ciclo” demorou cerca de 10 meses para ficar pronto, tempo necessário para inscrever a animação no Festival de Cinema Universitário de Penedo em 2013.
“Fiz uma primeira versão para o festival e logo em seguida aperfeiçoei o som do filme e lancei a última versão oficial que está no Anima Mundi”, detalha, contando que, em paralelo, ele sempre corria atrás de sua carreira como professor, até o dia em que ele passou no concurso exatamente para a sua área no IFRN. “Estou em Natal desde o ano passado”, lembra.
Para achar os seus pequenos heróis, protagonistas da trama, o professor se utilizou da plataforma “Creative Commons”, organização não governamental sem fins lucrativos, que disponibiliza online uma série de obras artísticas através de suas licenças que permitem a cópia e compartilhamento em outros projetos criativos.
“E foi então por lá que eu encontrei o animador Michel Urbanek, e utilizei os personagens dele para dar vida ao curta”, explica, caracterizando toda a produção como “cinema do possível”, ou seja, um projeto realizado sem nenhum recurso, fato que o professor não considera negativo.
“A gente pensa que a limitação financeira é algo ruim, mas a limitação melhora porque as primeiras ideias são geralmente as mais óbvias. Você precisa refinar seu pensamento... Eu vivo dizendo aos meus alunos que fazer um filme difícil é fácil, mas refinar a sua ideia até encontrar algo pessoal não. ‘Ciclo’ eu considero um trabalho refinado porque é muito simples: um plano sequência de plano geral sem diálogos e que pode ser entendido no mundo inteiro”, considera.
Atualmente professor de Roteiro Cinematográfico no IFRN (até chegar o período em que vai começar a lecionar edição de vídeo e animação para a sua primeira turma), Arthur pretende implantar um projeto de extensão no campus para abrir um curso de animação na instituição, mas tudo ainda está no campo das possibilidades.
“Vamos nos reunir ainda esta semana para analisar as possibilidades. Acredito que será com a duração de um ano e meio, aberto para a comunidade. O objetivo é fomentar a cena local a partir do trabalho de conclusão de curso desses alunos, por exemplo”, avisa, frisando que a participação no Panorama Internacional do Anima Mundi logo no seu primeiro curta metragem, não foi sorte de iniciante.
“Foi uma consequência”, avalia, lembrando-se que após “Ciclo”, ele só teve mais uma experiência em animação: “Cultura de Ouro”, curta criado especificamente para participar do Festival de Baía Formosa, no ano passado. Na animação em 3D, um homem delira com um barco de ouro e se imagina dentro da própria embarcação que está observando.
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