abril 07, 2016

PASSO DA PÁTRIA - PORTO DE DESTINOS

 
 
PASSO DA PÁTRIA - PORTO DE DESTINOS
Documentário longa-metragem que lança um olhar humano sobre o cotidiano
da comunidade. Dirigido por Alex Régis e Paulo Jorge Dumaresq, 
o filme será lançado amanhã, dia 08, às 20h, no auditório
do IFRN Cidade Alta, com acesso gratuito.
Fotografia: Alex Régis
 
"PASSO DA PÁTRIA - PORTO DE DESTINOS"

Via
REDAÇÃO - NOVO JORNAL

A comunidade do Passo da Pátria se desenvolveu de forma improvisada e desordenada, espremida entre a linha do trem e o rio Potengi, próximo aos bairros do Alecrim, Cidade Alta e Ribeira, em decorrência da intensa movimentação comercial no local entre o final do século 19 e início do século 20, quando foi o principal porto e porta de entrada do comércio na capital do Rio Grande do Norte.

Este aspecto histórico do lugar inspirou o título do filme “Passo da Pátria - Porto de Destinos”, documentário longa-metragem que lança um olhar humano sobre o cotidiano da comunidade. Dirigido por Alex Régis e Paulo Jorge Dumaresq, o filme será lançado amanhã, dia 08, às 20h, no auditório do IFRN Cidade Alta, com acesso gratuito.

Fotógrafo do jornal Tribuna do Norte há mais de uma década, Alex Régis precisou entrar no Passo da Pátria algumas vezes para fazer matéria. E os enfoques, quase sempre, eram negativos, de histórias tristes, de crimes, de problemas. “Tinha ali o local perfeito, com o cenário composto por barcos e a luz do pôr do sol refletida no rio Potengi. Depois de fazer a foto, comecei a conversar com o pescador ‘Nino do Peixe’. Ele falava do Passo com um orgulho, um brilho no olhar que me despertou o interesse em pesquisar a história da comunidade”, diz o fotógrafo, contando como surgiu a ideia do documentário.

Ele saiu de lá com a foto que lhe daria o prêmio BNB de Jornalismo e com a visão menos preconceituosa. “Eles sofrem discriminação. Quem passa ali na Avenida do Contorno e olha pra comunidade, tem medo”, diz.

Com o tema definido e, uma prévia ideia de que linha seguir, convidou o jornalista e dramaturgo Paulo Jorge Dumaresq para escrever o roteiro e o ajudar na direção. Os dois já haviam trabalhado juntos no curta de ficção "Incontinências” (2014). Entre planejamento, pré-produção, produção, edição, finalização e mixagem de áudio, o documentário levou um ano para ser feito — 100% com recursos próprios e a colaboração de parceiros.

Os diretores primaram por contar a história do Passo da Pátria, desde os primórdios até os dias atuais, pela boca de seus moradores. “Creio que fomos fieis ao nosso intento”, avalia Dumaresq.

A ideia inicial era produzir um curta-metragem, mas, ao entrar no Passo, eles se depararam com a riqueza humana da comunidade, a geografia peculiar do lugar e belezas naturais. De modo que foram fortemente atraídos pelas possibilidades que o lugar ofereceu. “Quando assistimos todas as entrevistas e as imagens capturadas, chegamos à conclusão que o filme tinha virado um longa. Ele ficou com 70 minutos”, diz Alex Régis.

Os realizadores optaram por uma fotografia limpa, com luz natural e sem muitos efeitos. “Aproveitamos ao máximo as cores da comunidade. Cor é vida. E o Passo tem sua dinâmica própria na colorida alegria de seus habitantes. Usamos ainda a cor sépia para remeter ao passado”, fala Dumaresq.
 
O documentário é quase todo construído a partir das memórias e narrativas dos moradores. Mas Paulo Dumaresq e Alex Régis tiveram também a ideia de convidar um ator para interpretar Luís da Câmara Cascudo e recitar seus escritos sobre os tempos áureos do Passo. O escolhido para o papel foi o carioca Ruyter de Carvalho, com experiência no teatro, no cinema e na TV, inclusive participações em novelas da Globo, como o folhetim “Que Rei sou eu?”.

“Os textos foram extraídos do livro História da Cidade do Natal. Mas não quisemos mimetizar o ator de Câmara Cascudo. Apenas remeter ao folclorista e historiador. É importante esclarecer isso”, ressalta Dumaresq.

A trilha teve a direção musical de Adriano Azambuja. Destaque para a canção "Passo da Pátria - Porto de Destinos" (de Antônio Ronaldo e Franklin Mário), interpretada pela cantora Antoanet Madureira, e o rap "As margens", do projeto Éris (Artur Faustino e Bruno Otávio). Participam ainda os músicos Nicholas Guitarman, Dudu Campos, Isaac Ribeiro e Heudes Régis.

A equipe técnica prati-camente foi a mesma de “Incontinências”, com a adição da editora e montadora Suerda Morais, da CaSu Filmes, produtora parceira. A Peron Filmes também apoiou com equipamentos. Colaboraram ainda Camilla Natasha e Davis Josino (assistência de produção), Nilson Eloy (som direto e mixagem de áudio) e Alysson Régis (platô).

O filme contou com o apoio da Secretaria Municipal de Comunicação Social, Cinemateca Potiguar, IFRN, Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo, Nalva Melo Café Salão, Bardallo’s Comida & Arte, Associação para o Desenvolvimento de Iniciativas de Cidadania (ADIC), CBTU e Estúdio Sonorus.
 
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