dezembro 04, 2011

O CANTO LIVRE DE VALÉRIA OLIVEIRA

 "Valéria transcende fronteiras, pois o que ela faz é música, simplesmente"

VALÉRIA OLIVEIRA

Por
Cleo Lima & Yuno Silva

Valéria Silva de Oliveira, filha das Rocas. Filha do sol, do sal, da terra. Voz doce de ouvir. Caçula de seis filhos, Valéria sempre gostou das cantorias entre amigos. Sorte deles. Ainda assim, tenros anos, seguiu os passos da “normalidade” e cursou engenharia civil na UFRN. A voz, ela só emprestava informalmente, fosse cantando no programa do radialista Martins Filho, na Rádio Cabugi AM, fosse nas intermináveis rodas de violão… Isso eram fins dos anos 80.

Quando a década virou, a vida foi junto. Com o fim do curso, diploma de engenheira recebido, Valéria se percebeu danada no violão e no ouvido, o que a fez levar a música realmente a sério.

Valéria Oliveira mergulhou de cabeça no universo da música em 1986, quando foi convidada por Martins Filho, então locutor do programa "Show da Cidade" (Cabugi AM), para se apresentar no rádio ao lado do irmão mais velho e de uma prima. "Fazíamos o programa como se estivessem numa mesa de um bar", lembra Valéria. "A partir daí comecei a fazer abertura de alguns shows na antiga casa da Música Popular Brasileira, que ficava ali na Praia do Meio. Foi lá, inclusive, que eu vi Pedro Mendes cantar pela primeira vez", recorda a cantora.

 Em show  em Tokio, Valéria conheceu o produtor musical
Kazuo Yoshida e a parceria rendeu três álbuns lançados no arquipélago

Em seguida, passou a participar de Festivais e a tocar no circuito de bares: do pioneiro Bora-Bora, em Ponta Negra, passando pelos saudosos Bar do Buraco, Bodega da Praça, Antes e Depois, Sol e Lua, até o Blackout, na Ribeira.

A consolidação da carreira como intérprete viria no início dos anos noventa, quando aceitou o desafio para estrelar a primeira edição do Projeto Seis & Meia. Sua experiência internacional começou no início dos anos 2000, do outro lado do mundo, quando embarcou para o Japão com voz e violão na bagagem e uma série de cinco shows pré-agendados - turnê que saltou para 15 apresentações e rendeu parceria com o produtor musical e baterista Kazuo Yoshida, com quem gravou disco homônimo em 2001. Ou seja, tanto faz ser em Natal, São Paulo ou Japão, o trabalho de Valéria transcende fronteiras, pois o que ela faz é música, simplesmente.

Em 97 lançou o primeiro disco, “Impressões”, um trabalho recheado de compositores potiguares, como Pedro Mendes, Babal e Galvão Filho. Essa, por sinal, é a tônica que rege o trabalho de Valéria Oliveira até hoje - a valorização do artista da terra. Dois anos após o lançamento de “Impressões”, resolve largar a carreira na engenharia e se dedicar exclusivamente aos acordes, decisão que se mostrou mais que acertada. Vieram mais discos, vieram as turnês de sucesso pelo Brasil e pelo mundo - Suíça, Estados Unidos e Japão, onde conheceu o produtor Kazuo Yoshida, parceiro musical até hoje e figura de extrema importância em sua carreira.

O álbum “No Ar”, seu mais recente trabalho,
já passou pelo palco do Teatro Riachuelo/Natal, Mossoró e Pipa

Em “Leve só as pedras” (2007) a artista deixa fluir a veia da composição. Com repertório quase que exclusivamente autoral, o álbum arrancou elogios e aplausos de Luiz Fernando Vianna, da Folha de S. Paulo, e de Nelson Motta, crítico e produtor musical de renome internacional, além de diversos veículos especializados mundo afora.

Valéria, engenheira que é, edificou com maestria uma carreira consistente, repleta de momentos mágicos: de críticas, sempre positivas, nos mais importantes veículos de comunicação do País, passando por shows antológicos ao lado de nomes como Edu Lobo, João Bosco, Khrystal, Simona Talma, Luiz Gadelha, Ângela Castro e tantos outros, até a consagração não só como intérprete, mas também como compositora e produtora de talento inquestionável.

O “Seis da Tarde”, atual "Seis e Meia", aliás, foi palco de seu primeiro show-solo, “Quero mais”, em 1992. E ela realmente queria mais.


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Sueli de Souza
Luciano Azevedo

"Cantora do mundo, Valéria Oliveira não se prende a rótulos nem se furta a arriscar por novos caminhos. Em seu dicionário, o verbo significa muito mais que se expor, por em risco; ganha conotações bem mais interessantes como experimentar, vivenciar, mergulhar fundo em um projeto, uma viagem ou uma canção."
Yuno Silva

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