NAZARENO VIEIRA
Conhecido nas vozes de gente grande da Música Popular Brasileira como
Emílio Santiago, Elizete Cardoso, Originais do Samba e Wilson Simonal,
compositor potiguar iniciou sua carreira em Macau/RN, nos anos 60
SOS NAZARENO VIEIRA
Por
Sérgio Vilar
O compositor Nazareno Vieira está com estado avançado de câncer, já em
cadeira de rodas e magérrimo. Nazareno é figura importante na história
musical potiguar. Durante décadas esteve na linha de frente na luta
pelos direitos dos músicos. Conta hoje 73 anos. Vive modestamente. Os
amigos Castelo Casado e Kiko Chagas têm procurado mobilizar a classe
artística na tentativa de prestar um show-homenagem a Nazareno. Para
tal, irão solicitar uma pauta no Teatro Alberto Maranhão - Natal/RN - e a
participação de músicos para compor a programação. Empresas e artistas
que queiram colaborar, basta entrar em contato com eles pelos contatos
84.9128-8267 (Castelo Casado) e 84.9138-1824 (Kiko Chagas).
Nazareno Vieira foi amigo de Wilson Simonal, teve composição regravada por intérpretes de renome nacional, participou dos programas de auditório mais famosos da TV brasileira e é autor do sucesso nacional Vai doer. Nos anos dourados pelo sucesso, viveu décadas rodeado de famosos. Cantou nas melhores casas danoite paulistana, carioca e nos programas televisivos do Chacrinha, Raul Gil, Silvio Santos e Bolinha. Das suas 110 composições, Emílio Santiago, Noite Ilustrada, Simonal e Elizeth Cardoso gravaram algumas. Mas ele mesmo foi sucesso na interpretação única, na voz rouca e seresteira.
Nazareno Vieira foi amigo de Wilson Simonal, teve composição regravada por intérpretes de renome nacional, participou dos programas de auditório mais famosos da TV brasileira e é autor do sucesso nacional Vai doer. Nos anos dourados pelo sucesso, viveu décadas rodeado de famosos. Cantou nas melhores casas danoite paulistana, carioca e nos programas televisivos do Chacrinha, Raul Gil, Silvio Santos e Bolinha. Das suas 110 composições, Emílio Santiago, Noite Ilustrada, Simonal e Elizeth Cardoso gravaram algumas. Mas ele mesmo foi sucesso na interpretação única, na voz rouca e seresteira.
O compositor se mostrou entusiasmado com a ideia da homenagem. "Está tudo autorizado. O que fizerem está ótimo. Graças a Deus eu já posso comparecer, sentado na minha cadeira de roda a qualquer lugar". A conquista é porque Nazareno passou um mês internado no Hospital Onofre Lopes. Os médicos preferiram não realizar procedimentos cirúrgicos diante da gravidade da doença. Por isso ele voltou pra casa. Perguntado quem ele gostaria de ver no palco para lhe homenagear, ele disse: "Lane Cardoso, Nara Costa, Lucinha Lira, Kiko Chagas, Silvana, Pedro Mendes. São todos artistas conhecidos, de muitos fãs, e sei que posso contar com eles".
Teatro Alberto Maranhão
uma pauta para um show-homenagem a Nazareno
INICIATIVA
Quando soube da tentativa de homenagem, o maestro Franklin Novaes se manifestou: "Acho uma ótima ideia, mas para que funcione é necessário comunhão entre casas de evento, firmas de som e luz, produtores culturais e artistas com real boa vontade e que encarem um evento beneficente com profissionalismo e estejam dispostos a domar seu ego em prol de uma boa causa, afinal todos estamos sujeitos às mesmas condições independente de talento ou classe social, sobretudo em nossa cidade de memória curta e artistas com 'rei na barriga' (sem querer generalizar)". E concluiu: "Tem o meu apoio. Afinal todos caminhamos para a velhice e não podemos prever o amanhã ainda".
"NATAL É UM CEMITÉRIO PARA O ARTISTA"
Depois de um intervalo de mais de uma década, Nazareno voltou a gravar em 2008. O CD Feliz da Vida foi lançado com participação dos filhos de Wilson Simonal: Simoninha e Max de Castro, além dos antigos parceiros musicais, Tová e Neném; o prestigiado compositor e cantor Luiz Américo; o potiguar João Batista; e seu irmão Gilson, ainda com carreira no Rio de Janeiro e músicas gravadas por mais de 30 artistas nacionais, desde Altemar Dutra a Paula Toller e outros mais internacionais. Como citou Nazareno, Gilson - autor de I Love You Baby e Casinha Branca - é outro artista nacional apagado para a mídia.
Em entrevista para o Diário de Natal em maio de 2009, Nazareno se mostrou amargurado com a cena local: "Adoro Natal, mas ela é um cemitério para o artista. Gilson tem pelo menos 12 sucessos nacionais. A luta do compositor é muito árdua. A glória do sucesso vai para o Emílio Santiago, grande intérprete das músicas de Gilson. Quer outro exemplo? Gilson não vem ao Seis e Meia como atração nacional. Se vier é local, para receber mil reais". O compositor reclama ainda da cultura local voltada ao que vem de fora: "No Seis e Meia, as pessoas esperam no pátio do Teatro a atração nacional, enquanto o artista local canta para ninguém".
Nazareno enumerou uma lista de dezenas de cantores, compositores e intérpretes potiguares de "nível nacional e internacional" que poderiam substituir ou integrar o time de nomes consagrados da MPB nacional. Alguns sequer conhecidos do público local, como Andrezza e Diana Cravo, ou músicos como Eduardo Taufic, Jubileu, Joca Costa, Sérgio Groove e Manoca. "Temos ainda o João Batista que é muito maior do que aquele programa que ele participou (Fama) e é um dos grandes cantores do Brasil. Já passou o tempo do reconhecimeto aos nossos valores".
CARREIRA
Depois de lançar 12 Lps enquanto integrou trios, duplas e quartetos musicais no eixo Rio-São Paulo, entre as décadas de 1960 e 1970, Nazareno foi convidado para abrir o show da intérprete Joana, no projeto Seis e Meia, em setembro de 2008. O compositor de Vai doer - já gravada na Europa na década de 1970 por Edi Goouneth, e regravada pela mesma cantora em 2005 - vive hoje de uma parca aposentadoria e da marmitaria da esposa, com quem tem dois filhos: um de 12 anos e uma criança de 4 anos. Antes do câncer, descoberto há aproximadamente três meses, Nazareno recebia convites esporádicos para produção musical de CDs e shows.
...fonte..
Sérgio Vilar
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fiz uma visita e gostei!! Passa lá você também!!!