julho 08, 2012

O POTIGUAR QUE SE ENCONTROU NO GOOGLE

  MADE IN RN
Ele começou com um computador 486, aos 10 anos, em 1993,
formou-se em Administração, fez curso no Senac e hoje, nos EUA,
é "só" um dos que cuida para que o Google não caia
fotografia: Argemiro Lima/NJ

HISTÓRIA DE SUCESSO
O POTIGUAR QUE SE ENCONTROU NO GOOGLE

 Por
Tallysom Moura

O potiguar Marcel Cavalcanti Campos, 29, não brincou na hora de pensar a carreira. Ao invés de se acomodar ou pensar pequeno com relação ao futuro, ele apostou numa ida aos Estados Unidos para refinar o inglês. Levou debaixo do braço dois diplomas: um da UFRN em Administração; e outro do Senac, em redes (área de informática). É claro que contribuiu para seu sucesso o fato de estar no local certo no momento adequado. Mas a mentalidade de não se impor barreiras e querer sempre o melhor foi fundamental para garantir a ele um trabalho na empresa que é um sonho de emprego para muitos da área de tecnologia, o Google, onde Marcel se encontrou; e hoje atua como engenheiro de redes.

Não é exagero dizer que a trajetória de Marcel Cavalcanti Campos começou aos 10 anos de idade, em 1993, quando ele ganhou do pai um computador 486, na época “uma bala”, o sonho de todo cidadão que entendia um pouco desse troço chamado informática e que, no Brasil, ainda engatinhava . Só para dar uma ideia, nesse período, internet, ainda era coisa que iam inventar por aqui.

Para aprender a usar a “máquina”, ele recebeu uma importante dica do pai: “Se vira”. Não existiam, à época, cursos de informática. Então, Marcel seguiu à risca a dica e aprendeu tudo  mexendo, testando e desmontando. A aptidão para a informática ficou cada vez mais clara e, alguns anos depois, ele conseguiu fazer alguns cursos de informática. A ambição sempre foi uma das marcas das personalidade de Marcel Cavalcanti. Tanto que entre suas metas, desde a época da faculdade, estava a de trabalhar em uma empresa multinacional e morar no exterior. Os pais moraram no exterior e ele queria seguir o mesmo caminho.

O destino escolhido foi os Estados Unidos. O foco inicial era aprender o idioma inglês. Quando foi para os Estados Unidos, em 2004, ele tinha se formado há pouco tempo como um administrador de empresas.  Mas a área em que  Cavalcanti atuava profissionalmente em Natal era da computação. Prestava consultoria a algumas empresas e imaginou que poderia encontrar mercado na terra do Tio Sam. “Tinha muita coisa na área. Era um mundo de tecnologia que não existia, principalmente, em Natal/RN. Natal era zero. Se eu fosse procurar emprego naquela época em Natal até não tinha. As tecnologias que eu já trabalhava era muito mais avançada que as da  própria cidade”, ressaltou.

Foi na capital potiguar, no entanto, que ele aprendeu o suficiente para garantir seus primeiros passos profissionais no exterior. O que mais abriu os olhos dele para a área, no entanto, foi o Cisco Networking Academy, oferecido pelo Senac em Natal com a parceria da multinacional americana Cisco para treinar o pessoal na área de redes. “As pessoas lá nos Estados Unidos me perguntam ‘se formou onde?’ Eu digo: ‘me formei na UFRN’. Eu aprendi as coisas em Natal. Isso dá uma dimensão de que você não precisa sair do Estado para aprender coisas que são utilizadas no resto do mundo. Você pode aprender tudo localmente. Hoje com a internet, você consegue acessar qualquer documentação”, ressaltou.

Antes de chegar à Google,  ele começou em uma consultoria pequena e fez vários trabalhos de desenho de rede, monitoramento, implementação de sistemas. Enquanto isso, ia enviando seu currículo. Até que um dia, foi chamado.  A multinacional convidou Marcel e deu largada a um processo seletivo que durou cerca de quatro meses. Selecionado para trabalhar na Google em 2007, Marcel começou no cargo de engenheiro de operações.  O trabalho era menos especializado do que o que ele opera atualmente, depois de três promoções. Com a graduação de administrador de empresas, não acreditava que fosse escolhido para trabalhar em uma parte tão técnica da Google. “Cheguei aos Estados Unidos e vi que lá não interessa o que você se formou, mas o que você sabe fazer. O mercado é muito mais dinâmico e não é tão regulamentado com o mercado brasileiro”, comentou.

A Google tem mais de cem escritórios no mundo inteiro e são todos conectados. Na Califórnia, onde mora, seu trabalho é fazer o monitoramento e, às vezes, o desenho da rede. “Se tem algum problema na rede, tem que descobrir se é uma falha física ou no desenho inicial. Se tem um problema na Finlândia, eu tenho que resolvê-lo imediatamente. Do mesmo jeito na Califórnia ou na Austrália. Minha área é monitorar a rede e fazer com que nunca caia, funcionando o mais eficientemente possível”, explicou. Marcel acredita que a graduação na UFRN foi fundamental para que ele conseguisse chegar à multinacional. O aprendizado obtido em Natal o ajuda até hoje no gerenciamento dos projetos, a lidar com a diversidade, a lidar com a pressão e a gerenciar melhor o tempo no trabalho diante das várias demandas que surgem ao mesmo tempo. “O curso de administração lhe dá essa visão global que um curso de área mais técnica talvez não dê tanto”, ressaltou.

...fonte...
Tallysson Moura

...visite...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
 SENAC/RN
 GOOGLE
 https://www.google.com.br/

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