Realizadores potiguares embarcam para a Polônia,
onde participam do Festival Off Plus Camera, na cidade
de Cracóvia, dedicado ao cinema independente
onde participam do Festival Off Plus Camera, na cidade
de Cracóvia, dedicado ao cinema independente
Fotografia: Magnus Nascimento
CURTA POTIGUAR TIPO EXPORTAÇÃO
Por
Alexis Peixoto
Tribuna do Norte
O audiovisual potiguar está de malas prontas para a Europa. O
curta-metragem Maré Alta, de Alexandre Santos e Dênia Cruz, foi
selecionado para o Festival Off Plus Camera, em Cracóvia na Polônia, que
será realizado entre os dias 12 e 21 de abril. Os videomakers vão
exibir o filme para o público europeu e proferir palestra sobre a
produção audiovisual potiguar, principalmente o realizado dentro da
UFRN, além de participar de oficinas e debates. A oportunidade de
apresentar o filme na Europa surgiu através da participação no III
Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa (Finc), onde Maré
Alta conquistou o primeiro lugar dentro da temática Minuto Verde
proposta pelo festival em Baía Formosa. O prêmio foi o passaporte para o
evento no país europeu.
Além de Maré Alta, também foram selecionados para o festival na Polônia
outros dois vídeos potiguares: Natural e Mergulho no verde. A
equipe de Maré Alta é composta por cinco pessoas, sendo que uma, a
editora Fernanda Pires, está estudando na Europa - os outros são Élmano
Ricarte e Rômulo Sckaff. Como o prêmio só bancava uma viagem, os três
membros restantes, estudantes de pós-graduação da UFRN, conseguiram as
passagens com a UFRN que por sinal mantém convênio com a Universidade
Jaguelônica, de Cracóvia.
Para os documentaristas, a contrapartida será apresentar um seminário na universidade polonesa, apresentando a produção audiovisual acadêmica dos alunos de Comunicação Social da UFRN, além de programas e documentários produzidos pela TV Universitária.
Alexandre e Dênia vão aproveitar a oportunidade da participação no Festival Off Plus Camera, que é totalmente dedicado ao cinema independente, para produzir um curta sobre as condições de produção dos cineastas independentes da Europa.
Para os documentaristas, a contrapartida será apresentar um seminário na universidade polonesa, apresentando a produção audiovisual acadêmica dos alunos de Comunicação Social da UFRN, além de programas e documentários produzidos pela TV Universitária.
Alexandre e Dênia vão aproveitar a oportunidade da participação no Festival Off Plus Camera, que é totalmente dedicado ao cinema independente, para produzir um curta sobre as condições de produção dos cineastas independentes da Europa.
Diferenças culturais à parte, acredito que as dificuldades deles em relação à produção não é muito diferente da nossa, diz Santos. Queremos produzir um curta mostrando essa realidade e aproveitar para trocar experiências e ideias.
A LENDA DO POÇO FEIO
Na volta, os realizadores pretendem entrar no terreno da ficção. O grupo já tem prontos o roteiro e uma pesquisa preliminar para o curta A lenda do poço feio, baseado em uma lenda do município de Governador Dix-Sept Rosado, o que faltam são recursos. Santos diz que as dificuldades enfrentadas na produção do curta refletem os motivos pelos quais a ficção audiovisual não decola no RN. Para ele, faltam políticas públicas que facilitem a captação de recursos, como pessoal qualificado e acesso a equipamentos de qualidade. Uma coisa está relacionada à outra: não adianta ter os recursos se não existem bons atores ou profissionais capacitados para operar os equipamentos.
A situação poderia ser
remediada se o poder público investisse na classe audiovisual, com
editais de produção, cursos profissionalizantes e oficinas. É preciso
que o governo comece a enxergar os produtores audiovisuais como uma
cadeia produtiva. Não estamos aqui pra ficar brincando: queremos
realizar, afirma, cheio de convicção.
MARÉ ALTA
Filmado no distrito de Sagi, em Baía Formosa, o curta Maré Alta trata dos efeitos do avanço do mar sobre as casas dos moradores da praia. O filme tem um minuto de duração e é estruturado a partir da perspectiva de Dona Jacira, uma moradora do local.
Dênia Cruz conta que a intenção inicial do grupo era produzir um curta de seis minutos. Os planos mudaram quando o festival de baía Formosa lançou o concurso Minuto Verde, para premiar filmes de temática ecológica, com até sessenta segundos de duração. Como já havia a ideia de inscrever o filme no Festival de Baía Formosa, resolvemos adaptar para não perder a oportunidade. Foi difícil, mas valeu a pena, conta a produtora.
O grupo não descarta voltar ao tema e examinar os danos que o avanço da maré provocou em outros locais do litoral potiguar. Caiçara e São Miguel do Gostoso são algumas das locações que estão na mira do coletivo.
Mais do que filmar o movimento das ondas, os cineastas estão interessados em provocar reflexões sobre a relação homem-natureza. A gente fala que o mar invade, mas na verdade foi o homem que se instalou ali, que foi se aproximando do litoral, observa Alexandre Santos. O tema é bastante universal. Acredito que isso inclusive vai facilitar a aceitação do nosso filme na Europa.
...fonte...
www.tribunadonorte.com.br
...visite...
www.offpluscamera.com
Se copiar textos e ou fotografias, atribua os créditos!
Os direitos autorais são protegidos pela Lei n° 9.610/98, violá-los é crime!
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