Fotografia: Divulgação
O NORDESTE SEM RÓTULOS DE ARTUR SOARES
Por
Yuno Silva
Tribuna do Norte
A voz é rouca e rasgada, já o sotaque confunde: nordestino com certeza,
mas difícil localizar geograficamente de onde vem. A música também não
segue pelo lugar comum do regionalismo, e pode ser rock, pop, MPB...
cosmopolita seria a melhor opção se houver mesmo a necessidade de
enquadrar a personalidade do trabalho de Artur Soares.
Com vinte e
poucos anos na cara e uma timidez só vencida na hora de subir nos palcos
da vida, o mossoroense surpreende quem ouve pela primeira vez qualquer
uma das faixas registradas em seu disco de estreia “Bodoque”
(independente), que chama atenção pela consistência sonora e maturidade
das letras – uma coleção de 12 composições inspiradas na poesia cantada,
nas toadas e trovas tão comuns no interior do Nordeste.
Mas nesse caldo regional por essência também cabem Beatles, Rolling
Stones, Jovem Guarda, Tropicalismo, João Gilberto, música clássica,
africana, erudita, frevo, rock, folk e Luiz Gonzaga; e é no equilíbrio
dessa mistura que encontra-se o maior mérito de Artur
Soares (artursoares.com), proprietário de um fusca azul celeste 1978 que
ganhou homenagem do cantor e compositor em “Meu Fusca Charlie”, aquele
que tem um coração de “puro ferro” e mereceu um vídeo clipe caprichado
que apresentou oficialmente o mossoroense ao grande público.
“O fusca Charlie é meu mesmo. Está no meu dia-a-dia desde que cheguei do Rio de Janeiro. Compus a canção como uma singela homenagem ao carro que, por uma longa temporada, foi meu único amigo”, escreveu Artur na entrevista concedida ao VIVER por e-mail – disse que a timidez ataca durante entrevistas por telefone. A música "Da Minha Terra" também virou vídeo clipe recentemente com assinatura do Som Sem Plugs. “É fácil encontrar, está tudo no YouTube”, avisa.
“O fusca Charlie é meu mesmo. Está no meu dia-a-dia desde que cheguei do Rio de Janeiro. Compus a canção como uma singela homenagem ao carro que, por uma longa temporada, foi meu único amigo”, escreveu Artur na entrevista concedida ao VIVER por e-mail – disse que a timidez ataca durante entrevistas por telefone. A música "Da Minha Terra" também virou vídeo clipe recentemente com assinatura do Som Sem Plugs. “É fácil encontrar, está tudo no YouTube”, avisa.
ARTUR SOARES
O cantor acabou de lançar seu primeiro CD, intitulado “Bodoque”
e de quebra lançou o clipe da música “Meu Fusca Charlie”.
Foram mais de três mil visualizações no Youtube
em menos de uma semana.
Fotografia: Divulgação
FUGA PARA O RIO DE JANEIRO
Artur aprendeu a tocar violão sozinho aos 12 anos, contra a vontade da família. “Sabiam que aquilo poderia atrapalhar os estudos, e acertaram”, confessa o músico de 24 anos. “Viver de música autoral no Nordeste é uma missão difícil. Eu também trabalho no comércio e tenho a certeza de que meu ofício de mercador está conectado à minha arte”.
Sobre a salada de influências ele esclarece que “os Beatles sempre foram uma grande referência. Lá em casa sempre ouvia Luiz Gonzaga, a turma do Tropicalismo, Jovem Guarda, Bossa Nova, e aquilo meio que se impregnou em mim. Hoje em dia ouço de tudo um pouco, as coisas da música africana, o maracatu, tudo que só tive oportunidade de conhecer após uma viagem que fiz ao Rio de Janeiro”.
ARTUR SOARES
Fotografia: Divulgação
Essa temporada no Rio rendeu: “fui
morar por lá em meados de 2010, com alguns amigos aqui de Mossoró, fugi
com uma namorada que tinha na época. Na capital carioca cheguei a tocar
com o mestre Jorge Ben Jor no ‘Corujão da Poesia’, projeto que
acontecia no Leblon à meia noite, na Livraria Letras & Expressões.
Participei do grupo Batucadas Brasileiras, comandado por Jorginho Gomes
(ex-Novos Baianos) e Sérgio Chiavazzoli (guitarrista de Gilberto Gil).
Toquei na Lapa, Copacabana, em Caxias e até no metrô. Voltei para lançar
meu disco aqui, onde tenho mais tranquilidade, tempo e espaço para
compor sossegado”.
Ele reconhece que sua música não se enquadra fácil nos padrões nem está sujeita a rótulos simplistas. “Pop do Sertão? Não saberia rotular minha música com uma palavra. Acho que a forma como minha música soa depende de quem a escuta. Na maioria das vezes soa como uma coisa mais popular, o que naturalmente abre portas. Fiquei bastante impressionado com a aceitação do público”, avalia Soares, que não imaginava a boa repercussão colhida por “Bodoque” em tão pouco tempo. Os planos atuais do artista são singelos, e se resume “em tocar bastante em vários lugares, levar música para pessoas e cidades que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho”.
...fonte...
www.artursoares.com
...BAIXE O DISCO BODOQUE...
(que significa baladeira ou estilingue)
www.mediafire.com
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...contato...
84.8711-3067
artursoares_@hotmail.com
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